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- À Fundação RIOZOO, ao Zoológico Municipal Quinzinho de Barros e ao Zoológico Municipal de São Bernardo do
Campo, por terem cedido seus profissionais para a elaboração deste Guia;
- Aos amigos Adriano Gambarini, Márcia Chame, Márcia Mocelin, Gabriella Landau-Remy, Maria Renata Pitman
e Raquel Von Hohendorff, pela cessão de fotografias;
- A Gabriella Landau-Remy pelo apoio durante a elaboração do guia e compilação das informações,
- Ao companheiro Valme de Almeida, pela revisão dos textos, a Danielle Craveiro pela compilação dos dados,
- À Sociedade de Zoológicos do Brasil, a partir do Fundo para Publicações, que patrocinou o Guia de
Identificação dos Canídeos Silvestres Brasileiros.
Ficha Catalográfica
599.74442 Ramos Jr. Valdir de Almeida
Guia de Identificação dos Canídeos Silvestres Brasileiros / Valdir de Almeida Ramos Jr., Cecília Pessutti, Cleyde Angélica Ferreira da
Silva Chieregatto - Sorocaba, JoyJoy Studio Ltda. - Comunicação Ambiental, 2003.
35 páginas: 32x20 cm / Formato digital
Inclui bibliografia
1. Guia, 2. Identificação, 3.Carnivoros, 4. Canídeos, 5. GTC I. Ramos Jr, Valdir de Almeida II. Pessutti, Cecília III. Chieregatto,
Cleyde Angélica Ferreira da Silva
Carnívoros Studbook - Cachorro do Mato Vinagre
Canídeos Lobo Guará - Chrysocyon brachyurus
Família Canidae no Mundo Cachorro do Mato - Cerdocyon thous
Família Canidae no Brasil Cachorro do Mato de Orelha Curta -
GTC - Grupo de Trabalho de Canídeos Atelocynus microtis
5
Família Canidae no Mundo
A família Canidae contém 16 gêneros e 36 espécies com ampla distribuição, podendo ser encontrada desde os
trópicos até o Ártico (Hennemann III, et al, 1983). É classicamente dividida em três sub-familias, de acordo com o
número de dentes. São elas: Otocyninae, com 46 a 50 dentes; Symocyoninae, que apresenta um número inferior a
42 dentes; e Caninae, com o número clássico de dentes, ou seja, 42 dentes. Segundo Eisenberg (1981), a redução no
numero de dentes que caracteriza o Cachorro-do-Mato-Vinagre, o Dhole e o African Wild Dog, pode refletir mais uma
convergência na especialização da dieta do que uma afinidade genética especial. A sub-familia Otocyninae esta
representada somente pelo gênero Otocyon e a Symocyoninae pelos gêneros Speothos, Cuon e Lycaon. Os gêneros
da sub-familia Caninae são Canis, Alopex, Fennecus, Urocyon, Nyctereutes, Dusicyon, Cerdocyon, Atelocynus e
Chrysocyon.
Das espécies citadas acima, a de biologia mais conhecida é de Chrysocyon brachyurus, o Lobo-Guara, seguida
de Speothos venaticus, o Cachorro-do-Mato Vinagre e as demais com informações insuficientes.
Nem todas as espécies estão representadas nos zoológicos brasileiros, como e o caso de Atelocynus microtis. O
Cachorro-do-Mato e o Lobo-Guara são as espécies mais constantes nos planteis brasileiros, chegando a alguns
zoológicos a terem animais excedentes em sua coleções, situação causada pelo grande número de nascimentos em
cativeiro e animais provenientes de natureza.
O funcionamento de um plano de manejo se dá por meio da organização de um comitê que congrega sete
especialistas (estando representados no comitê, os vários órgãos como zoológicos, ONGs e IBAMA). Esse
comitê tem caráter consultivo, atuando junto às instituições mantenedoras, sugerindo a elas um manejo
reprodutivo adequado, sempre levando em conta a integridade genética de cada espécie, dietas apropriadas,
cuidados com filhotes, programas de imunização contra doenças, programas de educação ambiental,
integração com pesquisadores em natureza, pesquisa, conservação, livro de registro genealógico, elaboração
de protocolos de manejo entre outras atividades.
Desde que foi iniciado o programa, as pesquisas, tanto em natureza quanto em cativeiro, tiveram um
grande aumento, o que resultou na melhoria da qualidade de vida desses animais principalmente em cativeiro.
O desenvolvimento de vacinas específicas para algumas espécie foi também uma grande conquista.
Com a conclusão de mais um trabalho do GTC, estamos entregando à comunidade zoológica o Guia de
Identificação de Canídeos Silvestres Brasileiros, o qual, temos certeza, irá auxiliar no dia-a-dia dos profissionais
que atuam tanto in situ quanto ex situ. Gostaríamos que os usuários deste guia nos auxilia-se com críticas e
sugestões.
O reconhecimento e classificação utilizando-se de chaves taxonômicas, guias de campo com pranchas e/ou
fotografias são algumas das ferramentas que auxiliam o pesquisador em seu trabalho. Os canídeos brasileiros são
ainda fonte de dúvidas principalmente quando encontrados fora do ambiente natural e sem referencias ao local de
onde tais animais foram encontrados ou capturados.
Outro agravante a correta identificação por parte de pesquisadores e profissionais que atuam em cativeiro é a
possibilidade de formação de casais de espécies distintas mas fenotípicamente semelhantes levando a hibridização.
BIOMETRIA
A biometria é uma das mais antigas formas de obter informações morfológicas sobre espécies.
Existem diferenças entre as medidas segundo a classe animal que se está estudando.
Para se tomar medidas de animais vivos há a necessidade dos mesmos estarem imobilizados, em cativeiro
muitas vezes o manejo médico veterinário pode ser associado ao manejo biológico e assim ser realizada a biometria.
As medidas mais comumente utilizadas para mamíferos são estão esboçadas na página seguinte.
8
Co
Oi
Oe
CA
CT CC
FT
Ca
CP
LM Cabeça
FT: Focinho–Temporal
LM: Largura de Mandíbula
IO: Inter-Olhos
Oe: Orelha externa
OI: Orelha Interna pd
3 4
Pata Corpo
5
Lpt: Largura 2 Co = Comprimento do corpo
Cpt: Comprimento 1 Ca = Comprimento da cauda
CP = Circunferência do Pescoço
Cpt
Almofadas CA = Circunferência Abdominal
1,2,3,4 e 5 CT = Circunferência Torácica
L: Largura pt = pata traseira
C: Comprimento Lpt pd = pata dianteira
9
Local de coleta:
Data: ____ / ____/ 200_
Animal No. : Foto No.:
Observações:
Biometria da cabeça
Co = CP = Cauda:
CT = CA = Ca =
1. Dados do animal:
Idade: ( ) jovem ( ) sub-adulto ( ) adulto
Sexo: ( ) macho ( ) fêmea ( ) indeterminado
Estado geral: ( ) gordo ( ) magro ( ) muito magro
2. Avistamento:
( ) solitário
( ) par Idade: (1) ___________ (2) ___________
( ) grupo Quantos: ____________ Idade: _________________
3. Vestígios do animal:
Fezes: ( ) não ( ) sim ® comprimento: diâmetro:
Pêlos: ( ) não ( ) sim ® amostra nº __________________
Pegadas: ( ) não ( ) sim ® pata dianteira molde(s) nº _______
pata traseira molde(s) nº________
Animal atropelado: ( ) não ( ) sim
Encaminhado para: Zôo ( ) Museu ( ) Outros ( )
Qual:
Pata anterior:
A) Comprimento do dedo:
B) Largura do dedo:
C) Comprimento da almofada:
D) Largura da almofada:
E) Comprimento total:
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Entre as cinco espécies de canídeos há uma existindo em relativa abundância em natureza, o
diferenciação quanto ao grau de ameaça entre elas. mesmo não acontece com o segundo. De fato, o lobo
A classificação adotado pelo GTC segue às três maiores gu ar á é co ns id erad o vu ln er áv el pe la Un iã o
agências de manejo de animais, sendo elas o IBAMA, a Internacional para Conservação da Natureza (IUCN,
IUCN e o CITES. 1976), é classificado como espécie ameaçada de
extinção pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente
O IBAMA é o órgão nacional de gestão de vida (IBAMA, 1989) e é colocado como Apêndice II do
selvagem e em 1989 publicou a Lista Oficial de CITES (Convention for the International Trade of
Espécies Ameaçadas de Extinção, a IUCN (União Endangered Species.
Internacional para Conservação da Natureza)
publicou em 2002 o Red List of Threatened Species Devido à sua classificação o Lobo Guará se
que contém todas as espécies ameaçadas de extinção tornou alvo de um plano mundial de manejo
e o CITES (Convention for International Transport reprodutivo, que visa aumentar a população cativa,
Endangered Species) que regulamenta o transporte e mantendo sua diversidade genética e com espécimens
transferência de animais entre os países. aptos a no futuro servirem a repovoamento de habitats
onde eles já existiram ou são raros. O Brasil, desde
Com exceção da raposinha do campo as demais 1989, através da Sociedade de Zoológicos do Brasil,
espécies de canídeos brasileiros são listadas em uma vem participando ativamente deste programa de
ou mais publicações citadas anteriormente. reprodução, buscando resolver os problemas mais
comumente encontrados em cativeiro no país. Além de
O cachorro-do-mato e o lobo-guará encontram- pesquisas biológicas, tra balhos em educação
se em níveis diferentes de ameaça. Enquanto o ambiental vêm reforçando a necessidade de se
primeiro está livre de ser considerado ameaçado, conservar esta espécie.
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Censo de Canídeos
SZB - Sociedade de Zoológicos do Brasil
As tabelas abaixo apresentam o número total de animais de cada espécie, o número de zoológicos
que as mantém, os nascimentos que ocorreram no ano de 2001, os óbitos de filhotes com menos de 30
dias e a mortalidade geral.
O Censo da SZB para o ano de 2001 representa aproximadamente 34% dos zoológicos brasileiros.
O graxaim do campo é mantido em algumas instituições do sul do país mas infelizmente não
houve registro para o ano de 2001.
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CACHORRO do
Speothos venaticus
MATO VINAGRE
Nº espécimes 20
Nº zoológicos 11
Nascimentos nos últimos 12 meses 4
Óbito nos primeiros 30 dias 0
Mortalidade geral 3
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Studbook
O livro de registro da árvore genealógica (pedigree) de uma dada espécie é também conhecido
por studbook e compreende o registro de todos os animais, vivos e mortos que descendem de um
grupo de ancestrais selvagens (fundadores) nascidos na natureza.
O primeiro livro de registro genealógico para uma espécie selvagem foi publicado nos anos 20
para o bisão europeu Bison bonasus.
Dentre os canídeos brasileiros duas espécies possuem studbook tanto internacional quanto
regional, são ela o lobo guará e o cachorro do mato vinagre.
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Studbooks - Canídeos Brasileiros Ameaçados de Extinção
Lobo Guará
Em 1980 foi publicado o primeiro studbook internacional para o lobo guará sob o gerenciamento
do zoológico de Frankfurt e em 1990 o zoológico de Sorocaba organizou o primeiro regional.
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Cachorro do Mato Vinagre
Em 1979 sob o gerenciamento do zoológico de Kopenhagen foi publicado o primeiro studbook
internacional para o cachorro do mato vinagre e em 2002 o zoológico de São Bernardo do Campo
organizou o primeiro regional.
Alimentação
São onívoros, alimentando - se de
pequenas presas, sapos, lagartos,
roedores, insetos, pequenas aves, ovos,
tatus, raízes e frutas diversas.
Coloração
Cor geral castanho avermelhada claro, Distribuição Geográfica
crina sobre a nuca e dorso com pelos Centro-Sul e Nordeste
do Brasil em áreas
pretos, assim como as quatro patas. A
abertas, Sul da Bolívia,
ponta da cauda, parte interna das orelhas Paraguai, Norte da
e região gular são brancos. Argentina e Uruguai.
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Nome cientifico alimentando de pequenos vertebrados e invertebrados
Chrysocyon brachyurus (Illiger, 1815) e grande quantidade de frutas, em especial as do
Solanum lycocarpum, conhecidas como lobeira ou fruta
Nome vulgar do lobo. O adulto pesa cerca de 20 a 23 quilos e mede de
Lobo guará 145 a 190 centímetros de comprimento e 80
IBAMA: Ameaçado de Extinção centímetros de altura.
CITES: II
São encontrados em toda a região compreendida
O Lobo Guará apresenta pelagem longa e pelo Planalto Central, Pantanal mato-grossense, sul da
avermelhada, longas pernas e orelhas grandes. E o bacia amazônica, chegando ate áreas de Mata Atlântica
maior canídeo da América do Sul. Possui as patas dos estados da Bahia, Minas Gerais e São Paulo.
negras, assim como sua crina, que se estende do alto do Ocorrem também em regiões do sul da Bolívia, Paraguai
crânio ate as primeiras vértebras lombares e a ponta do e Argentina.
longo e afilado focinho. Apresenta o final da cauda e o
interior das orelhas com coloração branca. A espécie esta classificada pela UICN como
Vulnerável, de acordo com o Livro Vermelho, de 1994.
São animais solitários e os indivíduos adultos são Uma das principais ameaças a esta espécie e a
territorialistas. Durante o período do acasalamento o constante perda de habitat, seja pelo crescimento
macho pode ficar mais tempo com a fêmea, ate o urbano ou pela agricultura, onde os animais estão mais
nascimento do filhote. A gestação dura sujeitos as pressões de caça. Existem também as
aproximadamente de 62 a 66 dias e a maioria dos crenças populares, onde os animais são caçados para se
nascimentos ocorrem entre junho e setembro. O filhote retirar apenas algumas partes do corpo que serão
nasce com aproximadamente 350 gramas e abre os utilizadas como amuletos ou ate mesmo para curar
olhos entre 8 e 9 dias. Na natureza, o macho não ajuda doenças. Atualmente, existem vários programas de
no cuidado a prole, mas defende o território onde estão. conservação e proteção dentro de alguns parques,
Fazem marcação de território por cheiro e casais se aonde ainda existem os animais, para evitar que a
comunicam a longa distancia através de vocalizações. espécie desapareça.
Apresentam hábitos noturnos - crepusculares, evitando
regiões de ocupação humana mas estes encontros
estão cada vez mais comuns. São onívoros, se
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Cachorro do Mato - Cerdocyon thous
Cachorro do Mato, Crab Eating Fox, Common Fox, Forest Fox,
Zorro Comum, Zorro de Monte, Zorro Sabanero, Zorro Perro
Alimentação
Pequenos vertebrados, crustáceos,
insetos, ovos, animais mortos e frutas.
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Nome cientifico variando sua alimentação nas épocas de chuva e
Cerdocyon thous secas, de acordo com os recursos mais abundantes.
Nome vulgar Vivem em grupos de aproximadamente três casais e
Cachorro do mato o território e marcado através de urina e
CITES: II vocalizações. Os casais formados tendem a
permanecer juntos por um longo período e o
Canídeo mais comum do continente sul- acasalamento não ocorre em épocas certas do ano,
americano, apresenta coloração grisalha (cinza), ocorrendo apenas uma ninhada por ano. A gestação
com alguns pelos negros, que podem variar dura cerca de dois meses, onde nascem de 3 a 6
individualmente, apresentando alguns indivíduos filhotes. A amamentação e feita ate os três meses
uma coloração mais amarelada e outros quase de idade e depois já aprendem a caçar com os pais,
negros. Possui as pernas e pés mais escurecidos e passando a acompanha-los. A longevidade e de
pelo relativamente curto. O adulto pesa de 6 a 7 aproximadamente 11 anos.
quilos.
Coloração
Dorso cinza escuro, cabeça castanho escuro, cauda negra,
pernas pretas ou marrom escuro e partes inferiores
castanho.
Distribuição Geográfica
Florestas tropicais de planícies da América do Sul
ao leste dos Andes na Colômbia, Equador e Peru,
na bacia do Amazonas. No Brasil, ao sul do
Amazonas, do Rio Tocantins ao Mato Grosso.
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Cachorro do Mato Vinagre - Speothos venaticus
Cachorro Vinagre, Cachorro do Mato, Janaui, Janauaíra, Cachorro Putoco, Bush Dog
Alimentação
Pacas, cutias, pássaros, pequenos
vertebrados e frutos.
Coloração
Cabeça e pescoço até os ombros, marrom
claro, escurecendo gradualmente para os Distribuição Geográfica
quartos traseiros até o marrom escuro. Panamá, Colômbia,
Venezuela, Guianas, Sul do
Ventre e peito muito escuros, algumas
Peru, Brasil, Sul da Bolívia,
vezes com manchas brancas no peito. Paraguai e Norte da
Argentina.
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Nome cientifico próximo a cursos d´agua. Sua alimentação e
Speothos venaticus constituída de peixes, grandes roedores como
Nome vulgar cutias, pacas e capivaras, de pequenos cervídeos,
Cachorro do mato vinagre incluindo também outros mamíferos de pequeno
IBAMA: Ameaçado de Extinção porte. A utilização de animais maiores do que o
CITES : I próprio S. venaticus para alimentação e possível
através da caça cooperativa, onde vários indivíduos
Canídeo de pequeno porte, medindo de 55 a 75 do grupo participam. A espécie aparenta ser rara
centímetros da cabeça ao corpo e pesando em seu habitat, sendo mais suscetível a destruição
aproximadamente de 5 a 7 quilos. Apresenta como do habitat e consequentemente perda de suas
características marcantes as orelhas redondas e presas, pelo mesmo problema.
extremamente curtas, assim suas patas e cauda. E
considerado o canídeo mais social, pois vive em Esta espécie foi classificada pela UICN como
grupos de 4 a 7 indivíduos. Estes grupos podem ser vulnerável, de acordo com o Livro Vermelho, de
compostos pelo casal e sua prole e estar ou não 1994. Este canídeo parece ser extremamente raro
associado a outros indivíduos. A gestação dura dentro de sua área de ocorrência, o que o torna mais
aproximadamente 67 dias e a prole varia entre 1 a 6 suscetível a destruição do habitat.
filhotes, que são amamentados por oito semanas. A
longevidade e de aproximadamente 10 anos. São
encontrados no Panamá, Colômbia, Venezuela,
Guianas, leste do Peru, Brasil, Sul da Bolívia,
Paraguai e nordeste da Argentina. Habitam
florestas a áreas de savana úmida, sendo
encontrado em diversos habitats, como florestas de
galeria e floresta tropical úmida, de preferencia
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Raposa do Campo - Lycalopex vetulus
Raposa do Campo, Hoary Fox
Alimentação
Formigas e outros insetos, roedores,
pequenas aves, e ovos.
Coloração
Pelagem cinza, parte externa dos
membros amarelada, queixo cinza e
pescoço branco. A extremidade da cauda Distribuição Geográfica
Centro e Sudeste do
é preta. Brasil, Minas Gerais e
Mato Grosso, até o Oeste
de São Paulo.
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Nome cientifico A gestação dura em media dois meses, onde
Lycalopex vetulus (Lund, 1842) nascem de 2 a 5 filhotes, que ficam em buracos ou
Nome vulgar tocas, procurados pela mãe. E um animal tímido,
Raposinha do Campo mas quando ameaçado pode ser bastante
CITES: não consta territorialista, defendendo sua prole. Longevidade
de 13 anos, aproximadamente.
Canídeo de pequeno porte, com coloração
marrom acinzentado, com uma linha negra na Nas regiões urbanas próximas a agricultura,
região mediana dorsal. Apresenta manchas negras estes animais são caçados pelo homem por serem
na cauda. Uma característica muito importante e considerados uma ameaça a criação de galinhas e
que esta espécie possui a base das orelhas e partes outros animais domésticos, já que em raros casos
das patas amareladas e queixo branco. Mede se alimentam destes pela redução e perda de seu
aproximadamente 60 centímetros e pesa cerca de 4 habitat e proximidade com fazendas.
quilos.
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Graxaim do Campo - Pseudalopex gymnocercus
Raposa Sul Americana, Guaraxaim, Graxaim do Campo, South American Fox
Alimentação
São onívoros, alimentando-se de
roedores, pássaros, lagartos, anfíbios e
frutas.
Coloração
Cinza amarelada com a cabeça e nuca
mais escuras. Orelhas, focinho e patas
Distribuição Geográfica
amarelo claras. Sul do Brasil, Paraguai,
Norte da Argentina e
Uruguai
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Nome cientifico principalmente devido ao plantel reduzido nos
Pseudalopex gymnocercus zoológicos brasileiros. São também muito
Nome vulgar confundidos com a Raposa-do-Campo (P. vetulus),
Graxaim do Campo distinguindo-se apenas em sua distribuição e porte.
CITES: II
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Van Nostrand Reinhold, 1975. 508 p.
32
Endereços dos Integrantes do Grupo de Estudos de Canídeos
Cecília Pessutti Ana Maria Viana Freire Antunes
Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros CENAP / IBAMA
Sorocaba - SP. Tel.: 0 xx 15 3281 3053 / 3281 3702 / 3281 3625
Tel.: 0 xx 15 227 5454 Fax: 0 xx 15 3281 3053
Fax: 0 xx 15 227 5454 Email: cnap@splicenet.com.br
Email: cpessutti@ig.com.br
Rogério de Paula Cunha
Valdir Ramos Júnior CENAP / IBAMA
Fundação RIOZOO - Rio de Janeiro - RJ. Tel.: 0 xx 15 3281 3053 / 3281 3702 / 3281 3625
Tel. : 0 xx 21 2569 2024 Fax: 0 xx 15 3281 3053
Fax : 0 xx 21 2569 3403 Email: rogerio.cenap@uol.com.br
Email: vramosjr@ig.com.br
Cleyde A. F. S. Chieregatto
Gianfranco I. Marino Parque Estoril
Zoológico Municipal de Mogi Mirim - SP. Zoológico Municipal de São Bernardo do Campo - SP.
Tel.: 0 xx 19 3805 4370 Tel.: 0 xx 11 4354 9087
Fax : 0 xx 19 3805 4370 Fax: 0 xx 11 4354 9318
Email: zoomogimirim@ig.com.br Email: cleydechieregatto@ig.com.br
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