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WML Tg! ) Para dar vida as exposigées, criei um persona : gem fictfcio, Ponte Pequena a quem procure, de todo = © modo, ajudar, tirando-o das diticuldades superveni- entes (qualquer semelhanca com alguém do conheci- mento dos leitores sera mera coincidéncia). Nao posso encerrar este prefécio sem fazer al- kaa guns agradecimentos. Primeiramente, ao meu amigo ? eae Francis Cassou, pela sua colaboracae na parte artisti- ca, a Pierre Chevillotte, pelo carinho empregado na da pelo esqueleto sélido 6 autre parte pelo liquido, e ¢ chemad= de PRESSAO NEUTRA. Loge que se permite & dus escapar, 0 esqueleto solide se comprime @ @ pressio neutrs diminui, aumentando 2 carge suportada pelo esqueleta. Finalmente, apés muito tem po, até séculos, 2 égua nao Sa portaré mais pressdo € o sala ester A velocidade de adensamen to depende da facilidade com que a agua pode escapar Gu = coar. Esta facilidade & tanto melor quanto mais permedvel for o terreno. & esta permeabilidade que 48 a velocidade de recalque das censtrucies. Solos diferentes ou solos iguais, quando submetidos 2 pressdes diferentes, nao Se comportam da mesma maneira. Quando as car- gas que as fundagdes fransmitem aos solos do a0 bem equilibradas, ape secem recalques diferen- ‘Giais que geram uma série de incenvenientes. ‘A argila se deforma len- Hamente. A detormagdo é fanto maior quanto maior ‘quantidade de dgua ela con- fiver e quanto maior for a carga sobre ela aplicada. A areia se deforma de- ressa 6 tanto mais quanto maior for a carga sobre ela aplicada Por esta razSo, a Tome! de Pisa tem esse jeito inci nado t30 nosso MEDIDAS . DAS CARACTERISTICAS DO SOLO EM LABORATORIO diferentes caracteristicas que devem ser medidas em um solo so ‘A. A GRANULOMETRIA {estudada na pagina 15) & OO TEOR DE UMIDADE © © PESO ESPECIFICO DB. OS LIMITES DE LIQUIDEZ E DE PLASTICIDADE —& A PERMEABILIDADE E A CAPILARIDADE A medida da quantidade de agua em um solo se faz simplesmente por secagem. A mostra é pesada e em’ seguida colocada fem estufa a 105° até que o peso da amos- fre permanega constante. A diferenca en- fre a primeira e ditima pesagem (quando 0 eso ja se mantém constante) é igual ‘quantidade de 4gua contida na amostra © PESO ESPECIFICO dos gros ¢ 0 peso por unidade de volume dos graos sélidos do solo. 0 peso do solo seco é determina- do pela balanga. O volume ¢ medido com © auxilio de um aparelho denominado PIC- 10. Em um frasco cheio de agua até @borda, coloca-se um sélido : a quantidade de aqua derramada é igual ao volume do Sélido. E suficiente medir a quantidade de Gus trensbordeda para que se conhega 0 volume procurado © PIGNOMETRO 6 constituido por uma garrafa dro, fechada com rolha, através da qual passa dotade de um copinho. Mede-se, inicialmente, © do frasco, enchendo-se de dgua até o nivel do Em seguida, esvazia-se 0 frasco, colocando nele tra de material seco, cujo peso especifico deve se terminado. O frasco deve, entéo, ser novamente agua é agitado, de mado que se eliminem todas de ar. A diferenca entre o primeiro © © de gua colocado no frasco fornece o volume A diferenca entre os pesos determinades na ‘segunda operagoes fornece o peso do sdlido = peso da 4gua, que ndo coube no frasco quando va com a solo dentro. Como se vé, o peso espec obtido por um calculo muito simples. © aspecto e a CONSISTENCIA dos solos, ¢ em & lar dos que contém argila, variam de maneirs conforme a quantidade de agua que retém. se em particular quatro estados - o liquide. o semi-sélido e 0 sdlido. Estes estados so separados por limites definidos por Atterberg: LIMITE DE LIMITE DE PLASTICIDADE ¢ LIMITE DE RETRAGAO, conforme esquems Pléstico ‘Semi-sdlido LIMITE DE LIQUIDEZ E determinado pelo apare- 0 de Casagrande, consti- tuide por uma manivela que move uma concha metélica, fazendo-a cair sobre uma ba- se de ebonite, um certo nix mero de vezes. Prepara-se uma certa quan: tidade de pasta com teor de umidade bem definido. Colo- ca-se esta pasta na concha por meio de uma espatula. Com 0 auxilio de um instru: mento especial, faz-se uma ranhura na pasta segundo o eixo da concha. Em seguida coloca-se esta no aparelho, submetendo-a a quedas se- guidas. Anota-se o numero de que- das necessdrias para que 1 om de ranhura se feche. O limite de liquidez 6 definido pelo teor de umidade neces- sério para que a ranhura se feche com 25 quedas. O valor determinado através de en- salos sucessivos. O teor de umidade 6 a relagéo entre 0 peso da agua e o peso do ma. terlal seco contido numa amostra de solo. RANHURA DEPOIS DAS PANCADAS, A RANHURA COMEGA A FECHAR-SE LIMITE DE PLASTICIDADE Inicla-se como se faria com uma massa de pao para moldar uma bolinha. Em seguida rolase a bolinha, feita com o material da amostra em uma placa de mérmo- re ou de vidra, de modo a formar um pequeno bastio de 3 mm de didmetro e 12 a {5 cm de comprimento. © limite de plasticidade ¢ defi- nido como © teor de umidade do material do bastonete, quando, com aquelas dimensdes, ele comeca a se fissurar, enquanto submeti- do a0 rolamento. Mede-se esse teor de umidade por secagem. — DE PLASTICIDADE E a diferenca entre 0 limite de liquidez e o limite de plasticidade. ip = LL — LP DE RETRAGAO E 0 teor de umidade abaixo do qual o volu me da amostra cessa de diminuir. Para se de- terminar o limite de retrago procede-se a secagem em estufe. Pesase ¢ mede-se o volume da amostra em um frasco cheio de mercurio. Ao contrério, quando se umedece o solo seco, ele incha logo que o teor de umidade ultrapassa 0 limite de retragao. Esse aumento de volume pode ser sufici- ente para erguer uma obra, especialmente nos paises naturalmente secos, quando aci- dentalmente ocorre o umedecimento do solo ou quando as fundagdes se opuserem a eva- poragéo da dgua. Quando a pressdo causada pela fundagao for suficiente para se opor ao inchamento, es- te néo chega a ocorrer. E preferivel neste caso projetarem-se fun- dacdes profundas bastante carregadas @ que nao se oponham & evaporacéo. LIMITES DE ATTERBERG mitem. nao apenas caracterizar 0 ma- mento do solo, mas também fornecer as corregdes a serem procedidas so 0 teor de umidade seja inferior ao li- e de plasticidade, o material pode ser con- rado compactado & oferecer resisténcia escorregamentos. Quando o teor de umi- je natural for superior ao limite de liqui- . 9 solo se escoa e pode ser considerado como um liquide viscose. (lodo] é um exemplo deste caso. Em ida estao ilustrados alguns exemplos de Jimites para diferentes argilas e limos (agua em % de matéria seca). lite de liquidez (LL) = limite de plasticidade (LP) = in@lce de plasticidade (IP) (ambouitet) a il gis vutcanca | Terra ‘araia de Taga go Borech|argia de Geninics | datomscoss | Nowscour, | Mas ronan) ones | it | | le See as | se 19) 907 7" = ee arwia por | timo gory | time ages (Besancon) Tomemos um frasco cilindrico suficientemente gran- de € que disponha, em sua parte interior, de comunice- gdo com um reservatério. Enchamos este frasco com o material em estudo e deixemos corer égua dé maneira que seu nivel aflore na parte superior do frasco, No caso do material em absoreao ser permedvel a gua se infiltra através do mesmo. © COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE ¢ igual a0 quo- ciente entre o produto da altura do solo h pela quan tidade de 4gua Q que atravessa o solo na unidade de tempo @ o produto da diferenga do nivel d’égua H pela segao S. COEFICIENTE Qxh DE =Kk= PERMEABILIDADE HERE: € ainda possivel a determinagéo da permeabilidade de um terreno por meio de um pogo ou senda. Cravam- ‘se tubos furados até que seja atingida a camada imper- medavel com uma altura H. Bombela-se em seguida a agua de um dos tubos e mede-se a quantidade de dgua bombeada, por unidade de tempo, bem como o rebaixa- mento do nivel de agua dos demais tubos. Bombeamento © movimento da agua no so- Jo permeével produz uma pres: séo como se cada grio fosse impelido no sentido da corren- Em um tubo de ensaio, esta pressao pro- porcional a “perda de carga’. isto 6, & altura de 4gua H. A presséo tende a compactar 0 solo quando ela encontra um obstéculo, No caso desta pressio agir de baixo para cima ou leteralmente sem obstaculo, pode deslo- car o solo diminuindo sua compacidade lareias soltas € areias: méveis). Hé uma turbuléncia no meio imergente. quando 0 gradiente hidréulico subindo ay , se torna igual ou superior a densidade do 80- lo imerso (a densidade saturada menos o em- puxo de Archimedes igual a 1,d = D — 1). Neste momenta um peso colocado na super- ficie do solo desce violentamente. Pode en- tho medir o gradiente critico igual 2 Quando no curso da secagem de uma esca- vagéo em um terreno arenoso, o gradiente atingir este valor critico, a areia se torna sol- ta e 0 fundo da escavagao pode ser elevado. Este fenémeno pode ser impedido pelo carre- gamento da areia por meio de materiais per- medveis. ‘A gua pode, assim, arrastar particulas do solo. Formam-se galerias que ag afundarem, formam crateras. Os franceses dao a este fe- némeno 2 nome de “raposa™. _ - No sentido de indicar a ordem de grandeza da PERMEABILIDADE, apontamos a seguir a velocidade com que a agua atravessa alguns tipos de terreno, quando submetides @ uma diferenga de pressdo de 1 g por cm, ou seja 100 g por metro. MISTURA. PEDREGULHO- AREA DE AREIA E ARGILA © solo quando carregado se deforma mais ‘ou menos lentamente. Os vazios diminuem de volume @ so cheios de agua. E, pois, im- portante canhecer o volume de vazios carac- terizados pelo INDICE DE VAZIOS, que é a relagao entre volume de vazios ¢ 0 volume de sélidos. A PORQSIDADE ¢ a relacdo entre volume de vazios e o volume total aparente. Para determinar o indice de vazios. determina-se o volume da amostra intacta, em sequida quebra-se e seca-se a.amostra. Determina-se entéo o volume dos finos por meio do picndmetro. A di- ferenga entre og dois volumes ¢ igual 20 volume de vazios. werificer come um solo pode se sob 2 ay3o de uma carga. de- ‘Ser procedidos ensaios de COM- PRESSIBILIDADE. tanto, usa-se um aparelho com 0 de EDOMETRO. O esquema deste é ilustrado na figura ao lado. O € dotado de pequenos tubos que ‘@ comunicacdo entre a agua, na parte superior e a amostra ‘mostra a ser submetida ao ensaio cortada & mao. cuidadosamente. para colocada na camara cilindrica, Nesta ‘camara, é colocada entre duas placas po- rosas denominadas “pedras porosas”. A pedra porosa inferior fica em comu- nicacio com um tubo pelo qual a dgue pode escoar Aplicase, em seguida, sobre o pistao a pressdo P e mede-se a deformagao progressiva cam o tempo. A primeira operagdo 6 constituida pela saturagio da amostra o que é obtido através do enchimento da cimara de sai- da e dos tubos do pistao, com agua. Deste modo, 0 solo é saturado ¢ tendo a expandir-se. A oposigae a expansao ou inchamento é feita comprimindo-se 0 pistdo. Aumenta-se em seguida a com- pressdo a cada 24 horas e anotam-se as deformacdes medidas pelos relégios comparadores. Apés © dltimo cairegamente procede- se 0 descarregamento. O solo novamen- te incha lentemente seguindo uma certa velocidade que é registrada pelos reld- . s comparadores. Pedras porosas a Para interpretar estes resultados fraga- mos 0 diagrama das deformagdes em co- ordenadas logaritmicas da carga. Para aqueles que esqueceram, eu vou a relembrar 0 que é um logaritmo. Suponha- mos que queirames fazer um presente & nossa esposa de uma pedra preciosa, O vendedor nes mostra uma pequena pedra que vale 500 cruzeiros LoG. 10 Uma pedra duas vezes maior, vale 5.000 cruzeiros, quer dizer, dez vezes mais, uma pedra trés vezes maior, 50.000 cruzeiros, quer dizer, dez vezes mais que a preceden- te, uma pedra 4 vezes maior, 500.000 cru- zeiros etc. Nés diremos agora que 0 peso varia com © logaritme de prego na base 10, quer dizer. que cada zero suplementar sobre o preco aumenta o peso de uma unidade. E possivel calcular 0 logaritme de ume cifre qualquer com uma simples négué de eileie. os Em um disgrams, ancte-se na ordenada 0 indice de varios obtide durante 24 horas, €. ma abeissa_ 0 logaritmo da pressdo correspondente. 0.8 oF 0,6 Indice do vazios 05 0,05 TEMPO: a EM MINUTOS A variagéo obtida, se compde de duas linhas retas uma curva, Obtém'se deste curva a PRESSAQ DE CONSOLIDA- 0,10 aso 74 5 igadas por CAO. Ela indica que o terreno, durante séculos, foi submetida a uma certa préssio maxima igual & pressdo de consolidagao por um tempo conside- ravelmente longo. Este presséo pode ter sido causada por uma so- brecarga desaparecida apds alguns anos, talvez pela rémogao de terras ou pela erasio ou por qual- quer outro motivo, Quando se submete um solo a uma carga menor do que a de consolidago 0 solo se deforma pouco. Além deste ponto ele se defor- ma bastante. Para uma camada de espessura original H com- preendida entre duas camadas permedveis o tem- po de consolidacao é de: Para uma camada que faceia acima au abaixo de uma camada permeavel o tempo de conso- lidagdo @ quatro vezes maior do que 0 precedente. Por meio do edémetro pode-se medir a defor- mage ao longo do tempo sob uma determinada carga. Tendo sido o logaritmo do tempo registrado na abcissa 6 as deformagées na ordenada, a varia- Gao destes, é caracterizada por duas retas liga- das por uma curva. O coeficiente de consolida- ¢a0 € neste caso calculado pela formula : 0,197 x h® cy = —— 4T onde T 6 © tempo necessarlo para ser obtida a metade da deformagio correspondents ao ponto A da curva. A férmula permite determinar o tempo necessario para que seja obtida a consoli- dagdo correspondente a deformagao de uma ca- mada de espessure h. Este _ensaio permite ainda calcular o (COEFICIENTE DE PERMEABILIDADE dos solos adensados para os quais os méto- dos classicos so Inadequados ou mes- mo invidve Efetivamente. a contraggo expulsa a agua para o exterior da amostra e a ve- locidade de deformagao depende da per- meabilidade. O coeficiente de permeabi- lidade 6 assim : Cv (e, — 0) Ba K = ——————_ onde: (1 + ap) P Ss € 0 coeficiente de consolidagao indice de vazios inicial indice de vazios sob a pressio P peso especifico da dgua (=1) (€9 — e) = variagao de altura Geralmente, o solo se seguindo superficies de mento, ao longo das quais . gros se deslocam uns em F lagdo aos outros. Quando deslocamos um objeto pesa- do, devemos aplicar uma for¢a que ¢ tan- to maior quanto mais pesado for o obje- to. © GOEFICIENTE DE ATRITO é a rela- g&o entre a forca horizontal necesséria ao deslocamento da carga sobre uma su- perficie, que pode ser a de deslizamento. e O peso da carga. solo cisalhado possui um COE- SIENTE DE ATRITO que pode ser dido e que determina o angulo de atrito, sarelho de cisalhamento clas- de “Casagrande” é constituido uma caixa retangular dividida ‘duas por um plano horizontal. A a é colocada entre duas pe- porosas granuladas @ solidé- ‘83 duas meias caixas. A parte se move horizontalmente. © Desloca-se a parte superior da caixa apli- cando-se a ela um movimento a uma certa welocidade (1,5 mm por minuto por exemplo) © mede-se com o auxilio de um dinamdmetro aforca f correspondente Geralmente, esta forga passa por um mé ximo Fe diminui em seguida, Relacionando- Se a carga P a0 valor do cisalhamento corres pondente fF, determina-se geralmente uma reta mais ou menos inclinada. Para as areias esta reta passa pelo ponto 0, isto quer dizer que para carga nula nao hé resisténcia ao cisalhamento. Diz-se que as areias nao possuem coesdo: so soles pulverulentos, Seu Engulo de atrito corresponde aproximadamente ao do talude natural. Os solos mais ou menos argilosos tém uma coesao (ou resisténcia ao cisalha- mento sob carga nula). Eles se mantém inde- formados quando sio cortados. Tém ainda uma pequena resisténcia & compresséo. 2 sogut sigms veleves do corals © de ings de atte do dimmmtes - solos intactos_ 5 =m 5 3] = S = 5 3 2 =e Dato ; a " 1 ib s sz 5 ie Areia (€ngulo de atrito va- Limo de Orly Marga Vi ria com o indice de vazios e) (Paris) 5 : E Ee ——s =| S 3 es g e g 8 8 iz u " u " S a 3 2 8 E z 3 e 8 3 8 Marga branca Argila Lime argiloso de infragipsifera Besancon As indicagées precetientes foram de- duzidas de ensaios de materiais com teores de umidade naturals. Secando-se uma argila, pode-se aimentar o seu 4n- gulo de atrito 6 sua coesdo. O mesmo ocorre em se mantendo uma certa car- ga durante um tempo relativamente grande em um solo relativamente per- medvel de modo a ser retirada parte da figua intersticial. Pode-se ainda obter aproximadamente a coeséo de um solo gracgas a um ensaio de compressae sim- ples de. uma amostra cortada do bloco do material em questéo. Observa-se que a ruptura ocorre por deslizamento (sobre um plano inclinado que ferma um Angulo A com o plano da seg&o comprimida). ‘Quando o angulo de atrito é nulo o angu- lo A é fgual a 45°. Este dngulo A aumen- ta quando o Angulo de atrito aumenta. COESAO DO SOLO A coesdo do solo é devida ao fato de que 08 gros s4o ligados entre si por delgadas particulas de agua que exercem forcas elétricas, cujo efelto € 0 de manter os grAos coesos, ou por camadas de gua que exercem tenses capilares entre os graos € ‘gue so tanta maiores quanto mais ‘proximos estiverem os gros. E a mesma forca capilar que faz subir 2 Sgua em um tubo, tanto mais alto quanto mais fino for o tubo. ‘As forgas agem ao longo das superticies que separam a agua do ar, onde se formam ténues membranas. Observam-se bem estas membranas, quando se agita a agua ou quando se asso- pram bolhas de sabio {a adigio do sabao aumenta a tenséo superficial, ou seja a re- sisténcia da membrana @ tragdo). A inter- fase dgua/ar toma a forma de uma super- ficie curva que se chama menisco. Menisco Quanto menor for o raio do menisco maior € a tragao exercida pelo menisco. Para que 2 coesdo capilar possa ocorrer, & necessario que coexistam ar @ dgua. Quando se inunda um solo. a coesdo de- aparece e ele se desagrege. Goloquemos areia num saco de borracha. Se apertarmes © saco com 4 mAO, a areia se deforma, movimenta-se,sobe, desce e sai sem dificuldade. Retirando-se com a boca o ar do saco (com cuidado para nao engulir areia) faz-se um vécuo parcial. Fechemos em segul- da a boca do saco com um barbante de ma- neira qué 0 vacuo se mantenha pelo menos em parte © saco de borracha exerce entéo uma pres- sao sobre a areia em todas as diregoes & 0 costal volume dificilmente se deformara sob a pres- sao das maos. A areia que possuia uma coe- so nula adq uma coesao artificial nova tanto quanto mais elevada for a pressdo p. Pressao de cisalhamento se catrega uma amostra retirada do solo, ela se deforma ¢ incha lateralmente numa certa quantidade que depende de sua natureza Consideramos no so- loo mesmo volume. O — _ solo que 9 rodeia se deformagao —- ‘opée a0 inchamento, vertical REAGE e provoca pres- Ore des laterais que redu- zem a deformagao lon- gitudinal assim como 10 recalque. Essas pressées pro- vocam © aumento da resisténi Prato O ENSAIO TRIAXIAL Anel de aperto —+ Consiste justamente em determinar o efeito desta pressdo lateral sobre a resisténcia. A amostra cilindri- ca tirada, 6 introduzida dentro de um tubo de borracha muito fine. Em uma das extremidades, ela 6 posta em contato com um prato e na outra com uma pedra Amostra Tubo de rosa. O fechamento absoluto é assegurado por dois borracha anéis de aperto nas extremidades: finissimo Anel de aperto Pedra porosa A amostra assim monteda ¢ colocada dentro de uma camara hermeticamente Pista fechada, cuja parede lateral, € constitui- da por um tubo transparente @ grosso. Dentro desta camara, agua sob press&o que comprime a amos- tra do solo em todas as diregées. Depais aplicamos sobre 0 pistdo longitudinal uma forga P até a ruptura da amostra, Durante © carregamento, a medida € feita pelo movimento do pistéo, que dé a deformacdo longitudinal da amostra. Durante a operagdo a agua ¢ comprimida e expulsa. Esta atravessando a pedra po- rasa pode ser liberada, ¢ a operacdo de DRENAGEM. Pode-se também, gragas a um dispositive, impedir a saida da agua, aplicando na mesma uma pressio, que é medida, a qual é a pressao neutra. Pode- ‘ se ainda manter a pressio neutra.cans- intersticial tante, retirando uma certa quantidade de agua. tivo de pressao que se opée & saida da agua. Assim 6 resumidamente o ensaio tria- xial que completa o ensaio do edémetro ‘€ g ensalo de corte com maiores possi- bilidades. Resistencia a Resisténcia a compresséo compressao simples 0b prassao lateral q A pressio hidrostatica da égua qa presséo lateral aplicada. Se P é a for: ca aplicada pelo pistao e Sa grandeza da segdo da amostra, a pressdo longl- tudinal 6 z mais a pressdo hidrostética, ou seja p = = + q, Consideramos um ensaio ende a ruptura tem lugar sob uma presséo lateral q 6 uma pres: sao longitudinal p. Marcam-se estes dois valores ao longo de uma reta ho- rizontal obtendo-se dois pontos A é B. A. meia distdncla de A e de B, se situa o ponto C distante da origem 0 pela grandeza P+ % Tomando G como centro, pade-se tragar um meio circulo, que passa par A ¢ B. Em outras condigées de ruptura, q sendo menor, por aA: cbtémse um outro circula de diametro A’ B' onde o centro é em C' © Sosim por diante, Para os solos constate-se que existe ume reta envoltorta tangente eo mesmo tempo a todos os circulos. € a reta AT (na pratica, a dis- persiio experimental faz com qué certos circulos fiquem levemente no inte- -Fior da reta © que outros podem ser um pouce cortados, mas o ajuste apro- ximative pode ser feito sem dificuldade). A reta RT, chamada RETA DE COULOMB, possui propriedades interessantes. Ela faz com a horizontal um Angulo que nde é outro sendo o ngulo de atrito, que jé vimos: Ela Sorta a vertical a zero por um valor igual ao da coesdo. O circulo passando pela origem ente reta e cujo centro se situa sobre a horizontal, possui um diametro igual & re: sisténcia & compressdo simples, sem presséo lateral resisténcia 4 compressdo sob uma pressdo lateral Q é igual a (p-q). O DIAGRAMA_DE MOHR é, antes de tudo, uma representagdo cOmoda das condigoes de ruptura. uma AREIA, sem aderéncla, a Para uma ARGILA MUITO PLASTI- envoltéria passa pela origem 0. CA a reta limite € horizontal. A re- A resisténcia A compressao simples. sisténcia & compressao independe ‘nula mas a resisténcia a compres- da pressao lateral. sob pressdo lateral aumenta ra- pidamente. e ainda desculpar-me jun- 20 senhor Ponte Pequens, por es. expasi¢ao um pouco abstrata. ‘certamente incompleta, mas que ser indispensdvel 4 compre- ensao da mecanica do solo. RECONHECIMENTO SISMICO utiliza a velo- cidade de propagagao do som nos diversos materiais. Esta veloci- dade é diferente para, cada material. Se é de 100 a 200 m/s_num solo muito solto, pode ir de 200 a 400 m/s na areia, de 400 2 800 m/s na argila,,de 500 a 1,000 m/s para as alteragdes de rochas, de 2.000 a 6.000 m/s Para os calcdrios @ até 7.000 m/s para os granitos e rochas similares, A fim de explicar melhor 9 principio da sondagem do solo polo som, mostra-se como exemplo um andarilho que esta atravessando uma floresta espessa, Esse andaritho deseja ir 2 uma clareira situada 2 2 km de seu ponto de partida e ele sabe que nesta floresta a velocidade média serd de 1 km por hora, Demorard, portanto, 2 horas para fazer 0 trajeto, mas a floresta limitada por um campo de terra trabalhada a 500 m onde a velocidade de marcha poderd chegar a 3 km por hora. Ele terd jeresse de chegar mais cedo, indo pelo campo ? Um célculo mostra que 0 percurso minimo seré feito em 1 hora e 45 minutos com a condigéo de partir com um angulo A, de 63°. Nas melhores condi¢ées, o andarilho ganha 15 minutos. Mas se a distancia até a clareira fosse inferior a 1,4 km, 9 caminho mais curto seria a linha reta. De uma maneira geral a formula do tempo minimo é 1 pi [+ aVE=] 0 Onde a ¢ a comparagao entre a distancia ao campo ea distancia a percorrere b a compara- ‘ga0 entre a velocidade V1 no campo de trabalho e 2 velocidade Vo, na floresta. Para alcancar uma ‘segunda clareira situada a 5 km demoraria 5 ho- res em linha reta e 2 horas e 54 minutos indo pela ‘estrada. Paralelamente a floresta, existe uma es- trada onde se pode andar a 5 km por hora. Pode-se ter interesse em alcangar esta estrada © 0 tempo de percurso ¢ de 1 hora e 50 minutos, ligeiramente superior ao segundo percurso. Pera alcancar a segunda clareira, pela estrada demoraria no minimo 2 horas e 10 minutos; logo © tempo, mais curto é seguindo pelo campo. ‘técnica é utilizada para o reconhecimento dos terrenos. Para executar uma sondagem sis- mica sobre um terreno que teniha um fundo rochaso, uma camada de argila e uma cema- da de areia, trocamos o andarilho por uma onda sonora provocada sobre a superficie por um equipamento especial. A (velocidade olga 250 game m/s) Argila (velocidade - 600 m/s} Rocha (velocidad 2 2 Distancia Um aparelho chamado geofone capaz de captar as vibragdes 6 instalado em um ponto fixe ¢ 0 emissor do som a distancias PANCADA mr 1 erescentes. Tene | © geofone regula o tempo percorrido entre a emissie e a ‘decorride . recepgiio do sinal dado pelo equipamento. O primeiro sinal re- . \depoisido cebido dé automaticamente 0 tempo minimo do percurso, o ca Ichoque minho mais Sobre um grafico, temos a distancia na horizontal e o tempo na vertical. Em principio, devemos, obter um conjunto de retas que se cortam em pontos determinados e um calculo permite conhecer a espessura das camadas e @ sua natureza a partir da velocidade do som. Na realidade, as coisas néo séo sempre tao simples, as ¢a- madas néo séo forcosamente paralelas e uniformes, mas os en- genheiros qualificados sabem dar uma interpretagao bastante exata da natureza dos subsolos. E também possivel conjugar estes ensaios com medidas de resisténcia elétrica do solo entre 03 pontos superficiais de distancia crascente que podem fornecer dados para camades cada vez mais profundas Um outro pracesso de reconhecimento é © ensaio com penetrador. Quando se quer ‘colocar uma barra no solo, é mais dificil fazé-lo quando o solo 6 mais duro e tam- bém € mais dificil quanto mais profunde- mente estamos penetrando a barra A sondagem feita pela barra de maneira aperfeicoada é realizada por aparelhos cha- medos PENETROMETROS. Para comecar, te- mos que saber que a resisténcia que se opde a penetragao se compée de uma re- sisténcia do solo na ponta e de um atrito lateral, Nos aparelhos de sondagem é indispen- Savel separar as duas grandezas, onde a mais importante é, as vezes, a resisténcia de ponta. Pera este efeito os penetrémetros sio formados de um tubo de sondagem no cen- tro do qual uma barra independente ¢ colo- cada soliddria com a ponta cénica. Um meio econdmico para obter uma forga ole- veda consiste em empregar uma pancada 19 cabo esta agora munido de um cabecote sobre o qual deixamos cair um peso. Um prego penetra mais facilmente na madeira que no concreto Penetrémetro dinamico fir UP? Ponta Resisténcia da ponta Mede-se entdéo o valor da penetragao sob um numero de batidas determinadas. Se encontra uma camada mais dura. a pe- netragao diminui, A interpretacio des- - te ensaio 6 dificil por- que 0 correlaciona- mento da carga dind- mica do ensaio com a carga estatica das fun- dagdes sé pode ser feito empiricamente e baseado na experién- cia acumulada de ou- tros trabalhos neste mesmo solo. MACACOS: TUBO DE ATRITO LATERAL EIXO (forca em ponta) No penetrémetro estdtico, o eixo soliddrio da ponta ¢ o tubo sao carregados separ mente polos “macacos”, de maneira que a deformacao seja a mesma, medindo-se ao mo tempo 9 atrito lateral e a carga em ponta, ém fungéo da profundidade de penetragao. Mas este processo necesita de forcas importantes para segurar a reagdo. Em geral, emprega-se um caminhéo mui carregado ¢ no caso de seu peso ainda nao corresponder aco, ancora-se este dispositive lateralmente no selo, com 2 da de estacas a vista ou sistema similares. © diagrama ao lado, mostra o resultado de um tal ensai Trata-se de um cabo de 15 cm quadrados de seco. Vé-se a passagem da primeira camada de argila para a de pedregull corresponde a um aumento de resisténcia da ponta, que dimi logo que penetra numa camada de argila, tornando-se mais menos constante. O atrita lateral torna-se mais ou menos cor tante na camada de pedregulho ¢ aumenta proporcionalmer apés a penetragéo na camada de argila. Pode-se, desta mat ra, conhecer bem a fundagdo e dos valores encontrados obter, pelo cdlculo a carga suportada por uma estaca ou tubuldo_ Com todos estes meios, o que é preciso fazer quando Se eiro lugar, deve- Pode-se. em seguida as- — til, partis @r uma ou varias son- segurar-se da constancia para 0 caso das & profundidade su das camadas ou descobrir sobre estacas, por exemplo 30 m) acidentes, mudancgas de ensaio de p @ presenca de perfil através de reconhe- er 0 corte geolégi- cimento sismico ou elétri jostras € levé. 60. forma é sempre indispensé: @ especialistas no assunto, improvisacao € perigosa. e o sub- gpresenta como uma incégnita. que oS FUNDACOES Neste livro, nao 6 possivel tratar profunda do calculo de fundagées. Gostaria apenas de suge rir algumas idéias sobre as previs6es possiveis d comportamento dos solos carregados, pols CALCU- LAR E PREVER. Em Engenharia, hd duas coisas importantes a conhecer : A deformagao e a ruptura preciso que a deformacéo seja aceitavel e que a ruptura no se produza sob as cargas @ sobrecar gas provaveis de servico. Para avaliar o recalque calculam-se por formulas classicas (férmulas d Boussinesq) as pressdes que o subsolo suporta nos diferentes nivels sob a carga. As linhas de igual Pressdo vertical (1 kg/cm2, 3/4 kg/em2 ete.) for- mam bulbos e assim pode-se saber em cada ponto da camada qual é a press&o suportada. Se 0 solo fosse constituido de um corpo eléstico, poder-se-ia, obtendo o total das deformagdes de ca- da camada, sob sua prépria elasticidade, determinar Q recalque imediato ¢ definitivamente alcancado Oe fato. 0 solo, 6 constituido por camadas lentamen- te compressiveis que se consolidam pela evacua. go da agua, como mostram os ensaios no edametro (ver pag. 31) © pode-se, levando em conta estas pro- priedades e suas medidas sobre as amostras, obter uma boa estimativa da velocidade do recalque e de seu limite. tes de falar sobre ruptura das fundagdes é essério dizer algumas palavras acerca do em- 9 ative e empuxo passive. Considere-se uma rede vertical atrés da qual se acha um monte areia. Se o talude natural do monte estiver abai- = do nivel do pé da parede, esta nao serd pres- onada pela areia, bem entendido. Mas se nés ermos © vazio ABC com uma quantidade de @ suplementar, a parede tende a se deslocar. forca necesséria para manter a parede na posi 6 vertical, 6 0 EMPUXO ATIVO (sobre um muro arrimo por exemplo). Este empuxo aumenta do o solo est4 sobrecarregado. Seu célculo em conta o coeficiente de atrito e a coesao pag. 27) que diminul em geral, quando o solo inundado. Neste caso deve-se somar ao em- 0 da terra a pressfo exercida pela dgua, que eer, ‘sua propria conta, é 0 empuxo hidrosté- r Is80 que nos muros de arrimo, ¢ indis- el colocar-se os buracos (barbacas) para a pressio da dgua que pode se acumular nas. Se 0 muro cair, as terras escorregam e se am, seguindo uma superficie AG chamada ie de escorregamento. A parte mével do limitada pela curva AG. Se entretanto rado © muro, Constata-sé que 6 necessa- ar uma forga bem mais elevada, Esta for- EMPUXO PASSIVO que pode igualmente ser do a partir dos dades experimentais, quer do cosficiente de atrito e da coesdo do solo sobre amostras O movimento do so empuxo passivo, mol de solo muito maior que o de nto, isto explica a maior da forca necessaria. O conheci est fenémeno é muito impor- se utiliza o solo como 2 forcas inclinadas ou horizon- ‘ancoragens, macicos de ponte em arco etc. er = Quando se constrél sobre -0 S0- lo uma sapata de fundagao, ela mais ou menos profunda e sua execugéo mais ou menos rdpida. Se a carga que ela suporta é mul- to elevada, o solo rompe. Ele no rompe porm como um sélido [como 0 concreta, por exempio) mas ascorrega sobre si mesmo: hd um recalque do solo nos lados, as superficies de escorregamen: to AG séo formadas e determinam es ondas de levantemento. As forcas que agem ao longo de AO fazem com que o solo fuja, ten dendo deslocar-se para o exterior Este é um fendmeno de empuxo passivo. Tudo isto se pode calcular, quande se conhe- cem as propriedades do solo e quando se consta- ta que quanto mais a sapata se aprofunda, maior 6 a carga de ruptura, e maior o volume do sola AQG posto em movimento. Quando se caminha em uma praia, a areia com- primida pelo pé sobe de cada lado e 0 pé se afun- da, Mas & uma certa profundidade © pé para: a capacidade de carga aumentou como no caso de uma sapata colocada mais profundamente. Nés consideramos aqui um salo homogéneo para sim- plificar as coisas. Na realidade, ele normalmente & formado por camadas de naturezas diferentes Quando a resisténcia das camadas aumenta com a profundidade, vai tudo bem. Mas quando uma ca- mada mais resistente repousa sobre uma camada menos resistente, a coisa é diferente. Pode-se for- mar sob a sapata um puncionamento e a rolha de areia, por exemplo, penetra verticalmente na ar- gila, empurrando-a para os lados. No caso em que @ camada inferior ¢ constituida de vasa ou argila muito mole, pode-se evitar 0 puncionamento dan- do & sapata uma dimensdo transversal, pelo me: nos igual a um quarto da espessura da camada superior. Se esta condi¢o nao pode ser preenchi: da é necessdrio entao atravessar esta camada mo: le e fazer a fundagio descer até uma camada mais resistente. Jamos de superficie de escorregamento. és podem pensar que ¢ uma inven¢ao dos. itematices. As fotografias ao lade vao |hes ostrar que elas existem realmente. Séo su- icies de uma “certa espessura,” mas bem aras e perfeitamente desenhadas que cor- spondem a diregdes bem especiais, Nao ‘verdade que elas escorregam livremente 10 paredes lubrificadas. Com efeito, supor- em cada ponto ura presséo normal @ a de cisalhamento, onde a relacdo é deter- ada por uma curva de Mohr (pég. 40), li- mite das condicgdes de deslizamento. Superficies de escorrega mento ng caso de funda: bes superficiais © de +, tacas. estaca 6 uma fundacdo profunda na 2 ponta é equivalente @ uma sapata que ‘go recalque e a esta resisténcia acres- sé 0 atrito lateral da estaca, como vi- ‘com ajuda de penetrémetro (pag. 45). © a ponta atinge a uma certa profundi- ‘@ deslocamento para cima do solo ces- 'g estaca penetra comprimindo, na sua as camadas profundas. Esta com 3 pode provocar um esmagamento dos A figura mostra a deformagdo que se produz solo homogéneo a resisténcia na ta com a profundidade, depois s. enquanto que a resisténcia ao o fuste aumenta constantemente - didade. Procurei-o, Ponte Pequena, para expor-lhe o essencial da ci- gncia das fundagdes que recebe o nome também de MEGANI- (CA DOS SOLOS. Esta exposigao, poderé Ihe parecer, por isso sinto-me aborrecido, pois a ciéneia, no é uma lista de re- s, o essencial € que tenha compreendido que esta ciéncia existe, & que ela se aperfeicoa tanto teérica quanto experimen- talmente. Ela pode prestar-lhe grandes servigos e evi- tar aborrecimento. Sempre que possivel, con- sulte especialistas e os laboratories, e entéo vocé ficard tranqullo. Se, além disso, desejar ir mais longe no conhecimento, aqui estéo al- guns livros, que voes podera consultar, Devo advertilo de que voce encontraré em todos eles calculos mateméticos mais avancados Caputo, H.P. — “Mecénica dos Solos _e suas Aplicacbes: Ao Livro Técnico — 1987 — Terzaghl, K; Peck R. — ‘Mecinica dos Solos na Pritica Engenharia” — Mello, ¥. — “MecBnica dos Solos, Fundagdes e Obras Terra” _— 5. Verdeyen — “Mécanique des Sols ot des For Eyrolles _— A. Peltier — ‘Manuel duLaboratoire Routier” Dunod, 1985 — A. Goquot et J. Kerisel — “Traité de_ Mécanique des Gauthier — Villars 1966 — S. Golombeck — “Problemas de Fundagies” S. Paulo Dispondo ja dos materiais necessérios A PEDRA A AREIA ‘0 CIMENTO EA AGUA Ponte Pequena quer construir em CONCRETO ONSTITUINTES DO CONCRETO AGREGADOS, também chamados AGLOMERADOS. OS AGREGADOS : areia e pedras no devem conter impurezas tails como. CP) ER AXA F-: carvéio escorias gesso mica INA AREIA A argila @ os materiais muito finos sdo toleréveis até 2 ou 3% do peso do agragado. Betermina-se a quantidade destes materiais. finos por lavagem ¢ decantagao. Pees 0 repouse de uma hora a camada que se deposite sobre a areia nfo deve ultrapas- sar 1/14 da camada de areia Se esta condi¢io nfo for preenchida a areia devera ser cuidadosamente lavada antes de ser usada : AS MATERIAS OR. (Bao devem ser admit es. Elas sao desco- Gertas pelo ensaio de Eoloracao. Ensaio este. de ser feito no teiro da obra. Colo- se 200 g da areia @ Se quer examinar, 9 de uma solucac ssoda caustica a 3% Agite-se bem. 28 horas. 9 liquids Geve ester sem cor ow apresentar, na maximo, uma cor marron: Claes que se compara com 2 cor de uma Solucao testemunha. Um processo de medir as materials muito finos e argi- losos, utilizado também em mecanica dos soles, é deno- minada EQUIVALENTE DE AREIA. Uma proveta cilindrica transparente contendo gradua- gées 100 mm @ 380 mm da base, deve ser fechada por uma rolha de borracha. Nesta proveta introduz-se com ajuda de um tubo (dito lavador), uma solugdo lavante até a marca inferior. Esta soluco contém 111 gramas de clo- reto de calcio, 480 gramas de glicerina e 12 gramas de formoldeide por 40 litros de égua. € facil preparar em uma farmécia sem receita médica. Introduzimos agora 120 gramas de areia a ser exami nada. A proveta fechada € agitada 80 vezes na sentido horizontal e depois recolocada verticalmente. O tubo vador 6 colocade de novo e introduz-se, por ele, a solu- cdo lavante, em seguida agita-se levemente, fazendo ro- dar 0 tubo entre os dedos, até que a solugio atinja a mar- ca superior. Retira-se o tubo (lentamente), mantendo-se 0 nivel da solugao. Deixa-se_entéo a solugdo repousar durante 20 minutos ‘exatos. Observa-se em cima da arela, um depésito. 0 ‘equivalente de areia (EA) é dado pela relagao h/h;. Para areia muito limpa encontra-se hg/hy =1 (nada de argila). Para argila, ha/hy = O. Para os concretos fracos deve-se admitir hz/hy maior que 0,70 e para os concretos bem cuidados deve-se exigir hy/hy, maior que 0,75, Para os -Concretes excepcionalmente bons deve-se encontrar hy / hy maior que 0.80. Esta operacdo que, aparentemente & ‘de cozinha é na realidade muito precisa. Seu principio ‘consisté em impedir que as particulas pequenas se de- positem muito rapidamente sob a influéncia da solugao e formem uma geléia (uma espécie de molho em maione- 8e, que Se deposita em cima da areia), AGUA CLARA FLOCULAGAO AREIA Wa dosagem de arcia, é necessdrio néo esquecer que iste um aumento de volume (inchamento) conside- el, quando ela esta umida, soba influéncia de forcas capilares kg de arela fina seca mesma quantidade 200 g de agua AREIAS DO MAR podem utilizadas para coneretos dé de pouca respensabilida- desde que elas nao conte- cascas de ostra e que es- x limpas. Eventualmente is que elas contém podem eflorescéncias que no indicam perigo. “2 ‘no se deve esquecer que a aco do sal marinho pode ‘0 tempo de pega e a velocidade do endurecimento. AGREGADOS GRAUDOS ser pravenientes de ro- inertes, sem atividades - — i Cimento, inalteraveis 20 | qua © 20 gelo. Deve-se ' ee © uso dos calcarios fra- ' y feldspatos e dos tos. Os agregados nao devem ser muito porosos, © 856 absorver mais de 10% de seu volume em agua. O agregados com formas de placas ou pontisgudes. NBD: proibir © uso de caledrios duros. Sua aderéncia 20 © ‘melhor. Por outro lado, sua porosidade faz com que ‘servem uma reserva de agua que contribui para a do cimento. quando a secagem do concrete for muito lembrar que © concreto feito com tais retragéo maior. A FORMA DOS AGREGADOS tem uma im portancia muito grande no seu uso. Ela deve ser, em principio arredondada, As formas an gulosas, as placas e as particulas pontiagu- das, sio mais dificeis de misturar e de adensar. Definimas agora © coeficiente volumétrico de um gréo como a rélagdo entre seu volume e o da esfera circunscrita com diametro igual & sua maior dimensao. Este coeficiente & muito pequeno para as placas @ para os agregados pontiagudos. Para calcular o coeficiente volumétrico médio de uma amostra de agregados, pegamos um certo ntimero de pedras, das quais medimos o volume v por des- locamente de liquidos e a maior dimenséo com um paquimetro: Calculamos agora 0 volume das esferas correspondentes. O coeficiente volumétrico 6 a comparagao entre o volume real de todos os grias e a soma dos volumes das esferas correspondentes. Este coeficiente deve ser superior a 0.15 para o pedre- guiho de 6 & 25 mm,e superior @ 0,11 para as pedras britadas. Nao se deve esquecer que os agregados devam ser lava- dos e sem pociras aderentes. A AGUA de mistura nao deve conter matérias organicas, matérias em suspenséo além de 2 gramas por litro, impure- zas; em quantidade superior a 30 gramas por litra (na condi ¢80 de que estas sejam compativeis com o cimento) e nao conter residuos industriais. A agua do mar née é recomen- dada, mas pode servir quando no houver outra disponivel para os concretos de cimento Portland nao armado * Cloretos 20g/1 ¢ sulfates 10g/L NB — 1/7$ art. 8.1.3 —N.T. ENTO deve ser de qualidade conveniente sos trabalhos a que se destina de acordo com 3 sua com posic&io quimica e caracteristicas mecSnicas. O inicio de pega pode ser determinado por um aparelho chama- do de “Vicat”, Diz-se que o cimento esta com inicio de pega quando a agulha devidamente calibrada e carre gada nao mais consegue penetrar até o fundo da pas- ta colocada no recipiente deste aparelho. Até que ha- ja 0 inicio da pega, o que ocorre algumas horas apés a mistura do cimento com a agua. o concreto pode ser transportado e utilizado na obra O fim da pega é 0 momento em que a agulha do apa- relho de “Vicat™ nao mais penetra na pasta de cimen- to. E este @ momento em que se inicia o endurecimen- to do concreto ou da pasta. © tempo de pega varia inver- samente com a temperatura. Na Franga a resistencia do cimento & determinade por meio de ensaio de flexdo de barras de 4x4x16.cm, ensaios estes procedidos aos 7, 28 ¢ eventualmente 90 dias. Por meio deste ensaio é determinada a resis téncia 4 tragdo da argamassa padrao. Este engaio ¢ 0 narmalizado na Franca (AFNOR) de acordo ‘com o métado internacional do RILEM, Apéso ensaio de flexao os meios prismas so submeti- dos & compressa, sendo as forcas aplicadas através de pla- cas metdlicas de 4 em de lado. No Brasil, as normas prevé- em o ensaio normal de cimento em cilindras de 5 cm de diame tro por 10 em de altura Vejamos agora. algumes ii ferentes tipos de cimento © Utilizagdo Designagio Obras de arte de concrete pratendido, Trabalhos especials Préfabricacso SUPER cay GIMENTO | chemo Tipo 500 (Nio ¢ fabricado fo Brasil) ‘CIMENTO DE alta resis 315 400 55. 65 see | Kalema | Ka/eme | Kgfeme | Ko/cm2 Classe 400 Seu endurecimente 6 répido CIMENTO Portland (cP) Trabalhos de alta rests. concreto arma: 210 320 40 55 | do onde resis. tegfome | Ka/ema | Kglema | Ka/em2 | sénclag elova. a3 sBo. neces: ‘shri. | ce 240 400 50 55 A ROC 22 Tipo 400 _|_kaom* | _kg/em* |_kg/em® | _ko/em? ‘CIMENTO! PORTLAND. (cP) 150 250 35, 50. cormum Kg/cm2 | Kg/cm2 | Kg/eme | kg/cm? "Tipo 250 trabalho do € alta, Ver pag. 120 EB — 1/73 CIMENTO. PORTLAND: ‘COM ESCORIAS, (CPE) ‘CIMENTO PORTLAND COM CINZAS (CPC) CIMENTO PORTLAND POZOLANA KCPP) A quantidade de escéria 6 do 10% a 20%. Ele tem 9 mesmo uso que o CP comum, mas dave-se tomar culdado com a sec gem muito répida ¢ protegelo contra a acso do vento e do sol No Brasil grande parte do cimemto Portland comum contém cerca de Ba f2% de oscdria de alto forno. continuando porém a cha manse Portland comum (N-T.} Mesmas utilizagdes que 0 Mesma sensibilidade & secagem. Ele t6m de 10% a 20% de cinzas ou de pozole- na. Deve ser tomado cuidado com a eve: poragéo rapide da daua. Existem dois tipos deste cimen: to; © 250 & o 320. Seu conteudo dé escéria varia de 25 2 65%. Sto indicados para a execucao de funda. goes. © endurecimento destes ci- lento € muito sensivel ao flo. CIMENTO. METALOAGICO MISTO (CMM), GIMENTO PORTLAND DE ALTO-FORNO: {CPAF) CIMENTO DE ESCORIA COM CUNKER (cud (clmento ainda 50% de escoria 2 50%. de clinker de Portland ate 65% de egeério e 35% de clinker de. Portiand 80% de escoria 20% de clinker de Portland Estes cimentos tém algumas qualidades, mas alguns defeitos Eles s80 mais resistentes do que ‘0 Portland 2 acao das aguas agres: sivas e de Iiquides organicos. Sua resisténeia ¢ comparével a0 Partiand dos tipos 250 © 320 Para realizar bons concretos com estes cimentos, & necessirio que os agregados gratidos © as areias sejam muito limpas e. par tieularmente, isentas de argile © endurecimenta dos _aglome: rantes &base de escéria lento. quando a temperatura se oproxi ma do 0" G. Nao deve ser usados em tempo frio. Enfim, as eactrias. sd0 mais retentores de dgua, Isto 6,Secam rapidamente Estes cimentos so mais indica dos para os trabalhos subterré eos e de fundacoes 80% de escoria 5% de clinquer de Portland 15% de sulfato de calcio hidratado {gesso) $80 fabricados nos tipos 250 e 320. Sao sensiveis 4 secagem Sua utilizagao ¢ indicada para coneretagens em meios agres- sivos CIMENTO ‘SUPER- SULFATADO. (css) CIMENTO E feito nos dois tipos 250 ¢ OZOLANICO 320. Utilizavel como CPA e da concreto muito resistente a08 meios agressivos escoria, clinquer de Portland e Cozido @ alta © endurecimento deste cimento é temperatura muito rapido (400kg/cm2 a 2 dias e CIMENTO | com bauxita e 450 2 26 dias). Sua resisténciaa cor- calcario 79880 6 muito boa. Ele € pouco sen- sivel ao frio mas nao deve ser usa- do em climas quentes. Durante 4 pega e endurecimento 0 com creto desprende calor. Q aumento de ten Peratura acima de 30°C durante o endure Cimento, pode provocar a decomposigi de seu principal constituinte 0 aluminate Icico. Esta decomposicao pode se pro: lentemente dentro do concreto. © de _colaragio cinza escura nas cor de cho: jengia_ mec 7 di umindo, pede-se afirmar que pecas de grandes iniio podem ser concretadas com cimento aluminoso. Na dosagem com cl: luminoso deve ser empregado o minima possivel de arcia © a capacidade ‘ser maior possivel. Gracas is suas caracteristicas peculiares § recomend (pera Emprego em tempo {rio & para a concretagem de pegas que devem efrotérios para a construcao de fornos. chominés etc. Convém Que este cimente ¢ incompativel com alguas tipns de agrogados, al como 08 de origem vulesnic Gimento aluminoso & incompativel com certos agrogados de ori. Eruptiva, que 50 alcalinos (como a soda ou potéssio). Os enssios Ser feltos para essa verificapdo. Da autre lado a dosagem dove ‘com 0 poise 8 eopeeidade elevada, © cimanto alu- prestar servigos na concretagem om tempo frio, eloveda podem.se ter pocas desformadas rapl- to. ele pode dar um excelente concreto re- ‘Mas antes de tudo, é necessdrio or durante os primeiros dias. J6 ‘Brasil Eles existem para as classes 130 CIMENTO PARA Séo utllizados para executar alvenaria de Mistura de_maté- ASSENTAMENTO | 25 oer (rye | tls, pedra® otc. Nao dever ser UMilze tos do 35%) € de jos, pedras ete. Nao dever 3 ee cimentos diversos: 08 para © concreto armada. (cal 80. Mesmo usa Do! mesmo tipo Sé existe o da cl: oe que 0 precedente que os precedentes, mas a resisténcia © PARA A proporcio de menor, in ALVENARIA | matéric inert Po | Empregar uma dosagem elevada. de atingir 50%. Obtld ‘call: naggo dé ealcario natural _argiloso, Dé argamassas gordas e plésticas com @n- cal 59 sual ATE Gorecimente muito lento. - mer Néo utilizd.los com temperatura abaixo de HIDRAULICA | fhorar as suas 59C. Néo resistom aos melos agressivos quslidades tals co- mo: clinguer, 65 6a PODEM-SE MISTURAR Os CIMENTOS ? £ uma questéo muito importante porque certos cimentos so compativels @ outros im- compativeis. Todos 05 cimentos @ base de clinquer contendo escéria e cinzas séo compativeis. A mistura de cimento Portland e de cimento aluminoso, meio a meio, dé uma pega muito ra pida (alguns minutos) resultando resisténcia fraca (menos do que 100 kg/em2). (© cimento supersulfatado nfo pode ser misturado com outros, porque contém sulfato de calcio. Da mesma maneira, NAO SE DEVE JAMAIS MISTURAR GESSO COM O CIMEN- TO. O concreto endureceria rapidamente. O gesso nao pode ser misturado a nde ser com a cal hidrdulica ¢ a cal a€rea. a A DOSAGEM E SUAS REGRAS PRINCIPAIS © primeiro trabalho do tecnologista é conhecer a composieao granulométrica dos agre- gados de modo a poder combiné-los da melhor maneira possivel para obter a mistura de- sejavel. Para determinagao desta granulometria empregam-se peneiras ou passadores com orifi- clos de diferentes dimensGes. Através do peneiramento determina-se a quantidade de ‘agregados que passa ou que é retido em cada penelra. Um passador 6 uma placa com furos redon- dos. (E tipo utilizado na Franca). Uma penetra é feita com arame e tecida com malhas quadra- das. (Este 6 0 tipo uti- lizado no Brasil). ee GURVA GRANULOMETRICA TOTAL E ESPECTRO GRANULOMETRIGO {em volume absoluto ou em peso) PENEIRAS: 42mm = 24mm 4.8mm 9.5mm 18mm “25mm 80mm 0.6mm Entre 2.4 Entre 4,8 Entre 9,5 Entre 19 25 mm 248mm e 9.5mm e 19mm e 25mm de pensiras é@ seguinte: 0.15mm — 0.3mm — 0,6mm — — 95mm — 18mm e 36mm, a peneira 25mm, também utili- '€ Genominada intermediaria. Conhecendo-se a composigao granulométrica dos diferentes agregados de que se dis- poem, devem-se pesquisar suas proporgdes, para sé obter concreto mais resistente © mais facil de se moldar (mais trabalhavel). Em 1898, Féret demonstrou que a resisténcia mecanica do concreto depende da compacidade dos agre- gados inertes. ComPacipapE » = & <| ‘A compacidade é a relagdo entre © volume dos agregados inertes © 0 volume ocupado pelo concreto. Fé- ret mostrou igualmente que a resis- téncia cresce com a dosagem e que © fator qualidade Q 6 para um metro cubico de concreto. ‘Volume submetido ao efeito que aqui se encontra.e que se transforma em volume para a composigao granule- métrica_ em canteiros co- muns. Em laboratério, faz- se sempre em peso. Aqua + cimento + A finalidade dos estudos granulométricos é pes- quisar a maior compacidade compativel com a do- sagem. £ preciso que se leve em conta o efeito de parede e a influéncia da quantidade ou den- sidade da armadura. Os grdos de agregados gratides que faceiam as formas, deixam entre si vazios maiores que no interior da pega, onde séo mais facilmente encai- xados. Estes vazios devem ser preenchidos com agregados menores. Assim sendo verifica-se ser necessario aumentar a proporg’o de finos quan do a pega a ser concretada tem grande desenvol- vimento de paredes. efeito de parede ocorre igualmente ao longo das global é representado por um raio io. O ralo média pode ser definido como a relagéo re a drea S da se¢ao transversal do concreto e a So- 2 do perimetro de contato com a forma e os perime- os das barras de aco. Para o caso da viga esquemati- zada ao lado teremos: & ~ ABCD +¢+¢+é+@ R do existir armaduras com varios diame- ‘9 raio médio em um certo volume ¢ a relagdo este volume € 0 desenvolvimento S de to- Ges as superficies de armaduras e de paredes. Consideramos 0 didmetro D do maior agregado da mis- tura como a dimensdo da malha da peneira suficiente mente grande para deixar passar o agregado. Na figura esquematica da pagina 65 ele estd entre 50 e 100 mme deve ser ajustado por uma peneira intermedigria. O maior diametro D do agregado é agora escolhide 6: tal modo que ele seja levemente menor do que R a fim que as pedras possam passar entre as armaduras. Enfim 0 concreto deve ser trabalhdvel,quer dizer = —— © principio da sintese granulométrica consiste em adotar uma curva de referéncia = Bolomey, Fuller, Faury, e em procurar a proporgio dos diferentes elementos. analisados, inclusive cimento, no qual a soma das granulometrias se aproxime o mais possivel desta curva. Damos aqui um exemplo. PEDREGULHO|- A escolha da granulometria de um concreto depende dos agregados dis- poniveis no canteiro de obra. Ela pads ser aed Z 220802 206 —— oe areia pedrisco pedra midda ice. gratda ou DESCONTINUA quan- do faltam um ou varios intermediérios. A granulometria descontinua 6 em- pregada em casos especiais quando 0 fator economia € resisténcias altas sao preponderantes. Adapta-se melhor a08 agregados irregulares. granulometria continua se empre- de preferéncia com os agregados rios de forma arredondada e pe- dras britadas de boa forma, pratico para dosar pelo de minima areia 6 0 de uma argamassa conten: elacdo dgua-cimento que se fungdo da resisténcia re- e 2 areia suficiente para a plasticidade necessé. esta argamassa, as- . em uM recipiente sobre a mesa vibratéria. 2 vibragéo, colocam-se a6 Ba > A matéria 6 HOMOGENEA se todas 2s " misturas tém a mesma composicso a a - ae -e A primeira operacao para © USO do concreto na obra é a mistura dos materials primérios destina- dos a fazer uma matéria homogé- nea. Se um concreto néo € homogé- neo perde sua resisténcia. ‘A mistura do concreto se faz por deslocamento dos constituintes em uma maquina chamada betoneira As melhores betondiras| sao as MISTURA- DORAS DE EIXO VERTIGAL. A velocidade de rotagdo N deve ser pequena para evitar © efeito da forca centrifuga. Se D é 0 dia- metro da cuba em metro = DN? = 200 a 250 ou seja N 25 As betoneiras de EIXO HORIZONTAL séo também boas. A velocidade de rotagéo N deve ser tal que D sendo o diémetro : As betoneiras de EIXQ INCLINADO sao as menos indicadas e a inclinagéo nao de- ‘ve ultrapassar os 20°. A velocidade de ro: tagio deve ser tal que D sendo o diametro : DN? = 350 a 450 ou soja N= Re N.T. Séo a8 menos indicadas em virtude de a mistura que fazem ser pouco homogénea e demorada. Em uma betoneira a introdugao dos agregados deve ser feita em ordem de- terminada : 2° 0 cimento, 0 res- tante de dgua, a areia e fazer girar @ betoneira.. a 1" operagio de Broom os agregados agregados graidos ... dos e dgua, os outros cimento pstituintes devem vir areia .... Sta ordem, na cacambe, edra midda indo @ betoneira é provi- Bs i Bide carragador. agregados. gratidos . 3° 08 agregados graidos na ordem crescente de diame: tro. 17 uma parte dos agregados graides ¢ uma parte de dgua, depois fazer rodar para lavé-la da mis- tura anterior. duragio da mistura néo deve ser muito curta nem muito longa uma _betonei- funcionando em as condigdes @ um concreto . 9 tempo 0 apés ocar- regamento 8 voltas 2 a dimenséo das cubas aumenta, o tempo de mistura ou o nimero de voltas cresce com a raiz quadrada do diémetro. acdo exagerada da mistura 6 inconveniente a0 concreto, porque pode provocar a saida egregados graudos, em particular para a betoneira inclinada, Para agregados fracos pode ‘ccorrer um desgaste, produzindo muito material fino (nda é 0 caso comum no Brasil) amos com freqiiéncia o concreto pre- antes em uma usina central, e depois do em uma betoneira colocada sobre ci o. O tempo de transporte deve ser /curto, para que o lancamento seja feito an- ——— i . —— TRANSPORTE Depois de misturado, 0 concreto & colo- ado sobre um local ou dentro de um car- rinho transportador. Na hora do langamen- to os agregados maiores tém a tendéncia de rolar para a borda. Este acidente, que destréi a homogeneidade, 6 mais comum quando a dosagem for feita com uma gra- nulometria descontinua ou um concreto po- bre em cimento, ou ainda um concreto mui- to seco e frac. Para evitar esse inconveniente devemos empregar concrete onde os agregados graddos ficam mergulhados na argamasse Durante o transporte no carrinho, o concrete é sacudido e sub metido a vibragdes diversas. ‘As pedras maiores descem enquanto a argamassa sobe. A isso chamamos SEGREGAGAO PELO TRANSPORTE. Nao colocar muita agua} pois se transforma em | sopa. Em um concreto bem estudado esta segregacao ne a peat Fazendo uma mistura wtaremos © | 4° compacta e bem rodea- risco de um concreto que venha saldersimento: a ser heterogéneo da seguinte maneira | Evitando uma mistura 3B? muito seca e quebradi- $a. Veremos na quarta parte deste capitulo, como podemos de- terminar experimentalmente, estas qualidades © concreto estudado para uma boa coloca- 0, deve encher perfeitamente a forma e pe- netrar bem na armadura, A granulometria deve ser tal que os agre- gados gratidos néo corram o risco de ficarem presos Contra a armacdo e venham a produ- zir vazios. ‘este fendmeno em mecanica dos (4g. 35). O conereto fresco é uma es- de solo um pouco especial, porém suas propriedades so analogas. As ferragens da armacdo tém que ser bem protegidas da atmosfera, porque o contato- com 0 exterior pode provocar a corrosiio do ago. E necessério sincla ia © trabalho de en- chimento e colocagdo seja perfeito e facil, com © equipamento apropriade. Assim sendo podemos dizer que o concreto é trabalhavel @ a qualidade correspondente chama-se TRA- BALHABILIDADE, TRABALHABILIDADE ‘A colocagdo do concreto tem lugar por des- locamento sobre si mesmo. O operdrio que enche as formas agita-o com um instrumento que faz com que os agregados se desloquem rolando uns sobre os outros. A dificuldade para colocé-lo na forma é tan- to maior quanto maior for o atrito do concre- to sobre ele mesmo. O que podemos medir pelo corte ou cisalhamento do concreto. 6 0 Angulo formado por to fresco em equilibrio. © concreto fresco possui igualmente coeso ou resisténcia interna que 0 sobre ele mesmo. E 0 que 0 permite ficar ve tical apés a desforma (até uma certa all Para moldar o con- creto temos que vencer o atrito inter- no @ a coeséo : Para medir a trabalhabi concrete dispomos de dh todos.: © primeiro, chamado de “cone de Abrams”, consiste em fazer como a crianga que molda # areia em um balde, sobre uma base plana e em medir o abatimento depois da destorma, oa2em MulfoFirme ‘ : Me Muito Mole concrete vibredo ob ou liquide namero de centimetros do recalque, chamado abatimento, mede a plasticidade da mistura. Este ensaio é simples e permite verificar a regularidade da quenti- dade de agua adicionada ao concreto, bem como a quantidade de agre gado middo ou areia, adicionada. Mas néo permite controlar a cans: tancia da dosagem. © método, chamado mesa de batidas ou golpes, consiste em desmoldar uma porgao cénica de concreto sobre uma mesa e em Seguida dar a esta mesa 15 elevagies seguidas de quedas de 1,25 em em 15 segundos. Mede-se entio o espalhamento do con- rato pelo seu aumento de diémetro médio de base, comparando-o com o didmetra ini- cial, 10.9 30% Concrete deatinado a ser wibrado 30.8 60% Goncreto forte para obras macigss ou uldadosamante. acamedas. ou vlbradas. ee 6% Hee. pare. obras. macigas 90 8 100% P ‘armugurs (poueo eepopadas 100.2 190% Conereta liquide chamado 7 mals ce 100% Sem uillidade, mingau pera gatos. jos medir diretamente 0 atrite interno gracas peca mergulhada no concreto. Determinamos, ‘© esforgo necessdrio para fazé-la girar. Conste- que este ensaio é sensivel a variagéo da granu- ja mas menos sensivel & quantidade da égua. 3 medir em uma vasilha a profundidade da de uma meia esfera pesada que da uma rele- ‘com 0 atrito interno. (Ensaio com a bola de Kelly). ainda medir 0 némero de golpes ou 0 tem- vibragao necessério para que um cone de con- da dimensao do cone de Abrams encha comple- uma vasilha cilindrica que o contém [ensaio sueco VB). ‘enfim medir 0 tempo de vibragéo necessa- que o concreto situado em uma caixa A se po- caixa B logo que tiramos a tampa que fecha a parte inferior de A. _ em obrag, o cone de Abrams e em laboratério o ensaio VB além de outros (N.T.) 5 i i No se pode jamais esquecer este principio no estudo de um Concrete - Procurar a mistura que pos: sul a maior trabalhabilidade, 0 mais frace atrito interno com quantidade minima de agua... Ai esté todo 0 problema : porque 6 preferivel mais esforeo de que mais égua Certos concretos com pouca Agua, ou secos, no podem ser postos nas formas e adensados manualmente. Por isto foi preciso descobrir artificios, dos quais 0 mais usado 6 a VIBRACAQ. ADENSAMENTO POR VIBRACAO Para compreender seu mecanismo fagamos a seguinte experiéncia : Coloquemos um cubo de pedra sobre uma prancha inclinada. Para fazé-la deslizar temos que : — Empurré-la com um esforgo F. —Aumentar 0 declive de modo que © angulo aS que a prancha faz com & horizontal seja supe- : rior ao Angulo de atrito da pedra sobre a madeira. Mas se fizermos a prancha vibrar, empregan- do alguns golpes com um martelo, ou melhor, amarrando um vibrador, 0 cubo de pedra escor- rega mesmo com uma pequena inclinagio da prancha, “A VIBRACAO ANULA O ATRITO” Isto é-resultante do efeito das vibracdes pois a vibracdo faz com que a pedra seja lancada pa. ra cima, durante intervalos muito curtos de tem- p0, durante os quais ela ndo esté em contato com a prancha, Ela ¢ livre, e seu proprio peso a faz descer de acordo com a forca da gravidade, e se move gragas a uma série de pequenos saltos, igual a uma ra em direcéo & borda do charco Mas se colecarmos sobre a prancha cubes cada vez mais pesados, de madei- ra, depois de pedra, depois de ferro, de- pois de chumbo, veremos que os. cubos mais leves deslizam enquanto que os mais pesados ficam no lugar. cy PESO ) PRESSAO P =| {_|surenricie Ie EXPANSAO Po —» +———— Phiessao P Medimos, sempre com o mesmo vibra dor, 0 esforgo F que tem que ser exerci- do para fazer deslizar 9 cubo sobre uma prancha horizontal e chamamos P a pres. so do cubo sobre a madeira Veremos que esta forga ¢ no comego nule para a5 pequenas pressdes, em se- guida,a partir deum certo valor Po da pres- 800, ela cresce como se o atrito se pro- duzisse sob a pressdo normal P aliviada de Po, Tudo se passa como se o cubo pesado fosse efetivamente diminuido de uma. forca correspondente a esta pressdo Po. © efeito do vibrador é equivalente a um levantamento, ou seja a uma diminui- cao das forgas de contacto, que sao gra- vitacionais, esta forga de separagao & chamada “expansdo” porque ela tende separar as superficies de contacto. Para permitir 0 movimento sem atrito, é necessério agir com uma energia vibra- téria tal que a “expansdo” seja superior a PRESSAQ 7 No CONCRETO a vibragao produz efeitos andlogos. A multiplicidade das superficies de contacto, entre os agregados, desenvol- ve esforgos de atrito dos quais a resul- tante é um coeficiente global de atrito interno. A vibragéo tem por efeito, reduzir ou anular 0 atrito interno, Os grdos entram em vibragda @ se cho- cam uns contra os outros e o resultado destes choques multiplos é uma pressdo. Um grande nimero de bolas lancadas continuamente sobre um obstaéculo faz Pressdo sobre este obstaculo Esta pressio devida aos choques e saltes, é a “expansio” que age em todas a8 _direcdes a0 mesmo tempo. Ela se ope & pressao exterior, peso prdprio e aderéncia, para manter os gros separa- dos durante pequengs intervalos de tem- po. Quando estéo separados eles podem virar, se deslocar e se assentar. Mas para que a vibracao faga seu efei- to, para que ela anule © atrito interno, tem que exercer uma energia vibratdria tal que a “expansao” seja superior a presséo : 0 concreto sem atrito ¢ agora - idénticd @ um liquide que enche os mol- des e formas espontaneamente. OS VIBRADORES Os vibradores de forga cen- ifuga empregam uma pega circular munida de massa ex- séntrica que produz uma for- dirigida sucessiva ¢ alter- damente em todas as dire- Ses do plano da pega circu- lar. empregados para o concrete so baseados em diferentes principios Hé vibradores deste géne- ro, onde duas pegas $80 aco- pladas ¢ giram no sentido in- verso. Os efeitos transve sais da forga centrifuga se ‘compensam e resta uma vi- bragio unldirecional maior. comprimido. vibracdo pode ser feita sobre mesa vibraté- vibrador é fixado a uma mesa suportada por s. A forma a ser cheia é fixada sobre a mesa canteiro de obra formas. caracteristicas pais de um vi- brador so : AS podemos fixar o vibrador ue passam a funcionar como mem- 2 vibratéria, A vibracdo interna consiste em zir uma agulha vibradora dentro do con- Podemos ainda utilizar res de ar comprimido funcionando so- bre o principio da gaveta e os vibrado- res eletromagnéticos onde um peso de ago 6 posto em vibragio por um ‘campo magnético alternado Para obter velocidades de - rotagao mais elevadas, pode- mos utilizar 6 movimento epi- cicloidal onde @ pega com @ massa excéntrica gira no in- terlor de um anel ou de um tubo que lhe serve de supor- . te. estes aparelhos rotativos principio motor pode ser a eletricidade ou uma turbina de ar os vibrado- Sua FREQUENGIA, ou seja, numero de vibra: gSes por minuto. Sua POTENCIA, ener: vibratéria fornecida por unidade de tempo, expressa geralmente em Kilowatts. A vibragdo aplicada nas formas dé um ren- dimento inferior & vibragao interna, mas a in- ‘terna exige um cuidado maior para assegurar um adensemento uniforme. A agulha tem que ser retirada, e muito lentamente para nao pro- vocar buracos 6 vazios. A FREQUENCIA de vibrago, ou ntimero de vibragées por minuto varia conforme o tipo de vibrador (entre 1.500 20.000) e tern uma importancia preponderante na vibragao. mo um péndulo que bate com uma certa cadéncia. Dizemos que ele possui ume freqisncia de vibragées que lhe & ria. Qj igdes que lhe 6 prop Cada grao da agregado oa ph massa que o envolve, oscila co- Os gréos gratidos se movem lentamente, como um elefante que se balanga, tém uma freqdéncia prdpria muito baixa. Os graos mé- dios so mais répidos para se movimentar : ' como uma crianga que pula corda. E necessério escolher a freqiiéncla de vibragdo de acordo com as dimensdes dos gréos que queremos fazer vibrar, isto é, em fungao da granulometria do concrato. Os griios pequenos tém uma fre- qiiéncia propria muito elevada. Eles so répidos como uma pulga. Se colocarmos ao mesmo tempo to- dos 08 gréos do concreto sobre uma mesa vibratéria (o elefante, a crianga © a pulga). e se os submetermos a uma freqiéncia muito baixa, o elefante dan- gard. A crianga e a pulga ficarao cola- das A mesa. Se a frequéncia é elevada, 0 elefante @ a crianga ficardo iméveis, somente suas pernas @ patas se move- Go enquanto a pulga saltaré. As baixas freqiéncias (1.500) poem em movimento os agregados As ,édias (3.000 a 6.000) fazem vibrar os agregados médios, as altas freqUéncies (12.000 @ 20.000) fazem vibrar a areia e o cimento. vibragdo em baixa fregiiéncia necessita e muita energia porque ela deve por em md- ento os agregados graidos, a massa mais importante. D vibrador de alta freqléncla nao poe em ovimento mais do que a argamassa de mas- menor, senda portanto 0 processo mais ‘econémico, pasta ficando liquefeita tem a finali- de de lubrificar os agregades que escorre- facilmente, como se a pasta tivesse sido ida por leo. Por outro lado, a argamassa também 6 adensada pela vibracao. slusio: Devemos —empregar praferéncia a mais alta frequén- cla disponivel. O DE ACAO de um vibrador é @ distancia dentro da qual ele consegue produzir 0 estado liquide necessario para a colocagado @ adensamento. determinar o raio de agéo de um vibradar é suficiente sar concreto em uma forma de determinadas dimensdes © quihar o vibrador no centro. Tomamos uma barra de ago de de diametro e de 1m de comprimento ¢ colocamos so- ‘o concreto em diferentes distancias do vibrador. Longe dele, @ ndo penetra ou entdo penetra com dificuldade. Quando proximam do vibrador, ela penetra mais facilmente. Bem perto do vibrador ela chega até o fundo da forma. 5 de acéo do vibrador é determinado pela distancia do onde a barra de 1 m de comprimento e 20mm de did- penetra totalmente em um concreto dentro de um recipi- ente com mais de 40. cm de fundo em um minuto. ‘Se, para uma eguiha: vibrador Inte rnoeche mos um raio de agao 020m isto quer que para vibrar co tamente 0 concreto, vemos colocar suces vamente a agulha ce 30cm, de manera q todo 0 volume seja mente vibrado. Ad tancia de colocagio ve ser 1 vez e meia @ raio de ago. Se para uma agulha, achamos um ralo de a¢ao de 0,30 m, isto quer dizer que para vibrar completamente 0 concreto, devemos colocé-la a cada 45 cm. 0 raio de agao aumenta com a poténcia do vibrador (proporcionalmente a raiz quadrada). Um vibrador com uma poténcia 4 vezes maior, dé um raio de aco que é 0 dobro para a mest a freqiéncia. A vibragdo nado produz somente a liquetagio do concreto, facili- tando a colocagéo no lugar, mas ainda o adensamento. Este tem lugar pelo aumento da compacida- de e com a saida do ar. © adensamento ¢ favorecido pe- Ia pressao ¢ portanto é melhor no fund do que na superficie. Se fi- zermos agir uma pressio exterior para aumentar o adensamento, es- ta ndo deve ultrapassar uma cer- ta pressao Po, acima da qual, 08 gréos se juntam, Esta pressao Po 60 valor da “expansiio” A velocidade de adensamento 6 maxima para uma pressio igual & metade da “expansdo". pratica ela ndo ultrapassa 200 gramas por cm2. Isto corresponde a uma altura maxima de co creto de 1m do fundo da forma. © concreto, durante a vibragdo, esta praticamente liquefeito e seus gréos maiores tém a ten- déncia de descer por forca da gravidade SEGREGAGAO HA SEGREGAGAO SEGREGACKO INVERSA A vibragéo dé agora um conere- to estratificado, onde as pedras maiores ficam no fundo e a pasta na superticie. Isto acontece quando 0 con- creto 6 muito umido ¢ a agua estd dosada em excesso. Nos casos em que hé pouca pasta, fendmeno inverso pode acontecer. A arga- massa val para o fundo da arma- Go e os vazios se formam em ci- ma, por falta de argamassa para envolver as pedras. Portanto temos que dosar evida- dosamente, a relagéo argamas- sa/agragado graido, para que no concreto compactado todos os va- zios sejam ocupados. © ESTUDO GRANULOMETRICO DO CONGRETO DEVE SER FEITO LEVANDO EM CONTA A VIBRAGAO No caso de um conereto bem executado o en- chimento e adensamento podem ser considera- das como concluidos logo que a nata de cimen- to aparece em cima como uma firia camada de creme e cessa 0 aparecimento de bolhas de ar na superficie. cluséo: A vibragfo ¢ um processo aperfeigoado de colocacao e adensamento do concre- itinde diminuir a quantidade de agua de amassamento e conseqientemente é um pro- cesso de aumentar a resisténcia do concreto. Mas 6 necessério um estudo aprofundado do concreto para evitar a segregacao. Ela pede obrigatoriamente um tratamento completo de todo o volume porque uma parte de concreto do vibrada ou mal vibrada representa um pon- to fraco e perigosa para 0 conjunte da constru- gao. SECAGEM (RETIRADA DE EXCESSO DE AGUA) Tem como objetivo retirar do concreto, @ q dade de 4gua que foi colocada a mais, afim de litar seu langamento. AGUA Go RESISTENCIA ‘A diminuigdo da quantidade de agua aumenta resisténcia do concreto. ww, retirar a Agua colocada em excesso no conereto, pode-se 5a ‘operar por centrifugacio,, Aforga centrifuga empurra as pedras em diregao ao exterior @ a Agua, mais leve, vem 20 centro, de onde pode-se elimi- né-la. A centrifugagéio é empre- gada na construgdo de postes elétricos, tubos ¢ estacas de se- G40 circular. Um moide (bolsa) de borracha pressiona © concacro conerata, de onde a agua ¢ tirada através de um filtro. Este pro- cesso foi _empregado a tilvo por FREYSSINET. E de- licado e necessita do emprego de vibragéo durante a operacao. Qutro processo muito empregado 6 ‘A SECAGEM PELO VACUO Consiste em colocar vento- gas sobre o concreto a fim de ‘sugar a dgua em excesso. ventosa 6 constitulda por um sino metélico fechado por um filtro fino em metal e uma tela. - aplicada na superficie do concreto a ser tratade. Dentro do sino, aspira-se, com uma bomba, @ ar para produzir 0 vécuo. A 4gua do concreto é aspirada junto & vai para um reservatorio. Este pracesso leva o nome de CONCRETO A VACUO Aspiragao ‘A retirada da 4gua pelo vacuo se faz lentamente através 6 concreto. Ela sai a uma velocidade de 1a 2.cm por minuto, segundo qualidade do concreto. Quando a frente do vacuo encontra u superficie de concreto, a operagdo cessa, e o cancreto per mais 4gue Quando ela encontra uma superficie impermedvel, a secage prossegue, mas multo mais Ientamente. Para aplicarmos processo, a forma tem que ser impermedvel. ssério para secar uma espessura h quantidade de agua 50% da agua existe © tempo médio nece: concreto, em cm é: hx 1,5 (minutos). A tirada do concreto raramente ultrapassa te na mistura Apis 0 tempo de operagdo do processo, a dgua restante reparte uniformemente no volume total do concreto por capila- Tidade. As forcas de capilaridade provocades pelos filmes de agua, dio ao concreto uma aderéncia imediata. A aderéncla eo adensamen- to devidos & secagem pelo vé- cuo, conferem ao concreto fres- co uma resisténcia de 0,5 a 1 kg/em2 o que permite tirar as formas imediatamente. : 4 | E possivel andar sobre a superficie do concreto sem deixar marcas. Nes pegas pré- fabricadas isto permite a reutili- zagaa imediata das formas. durecimento de um © tratado a vdcuo & répido e tende a ter resisténcia maior. Is- ermite uma economia ento que vai de 50 a kg por metro cubico. RESISTENCIA 30 dias 90 dias endo menos dgua, © menos cimento, o con- fica com uma aparéncia mais fraca, porém sua resisténcia é maior. um concreto destinado a este tratamento de- objeto de estudo, tanto sobre 2 granulome- sobre 2 de gue. Ele deve ao ar, nfo se de- permeével. O CONCRETO INJETADO 6 constituido de agregados gratidos colocadas inicialmente nas formas e em seguida, os vazios dos agregados 380 preenchidos: ‘com uma argamassa criteriosamente dosada. Para fazer penetrar esta argamassa, pode-se vibrar a mas- sa dos agregados ou utilizar 0 vibrador que & um tubo de inje- (640, formando agulha vibrante. A argamassa penetra facilmente em toda a zona de agao do vibrador. Pode-se desta manelra empregar argamassas_relativamen- te secas que s&o liquidificadas pela vibragao e obter resistén- clas mecanicas considerdveis, Pode-se ainda obter uma argamassa fluida por ativagéo ou fluidificactio. A fluidificagao ou ativagéo podemrse fazer por vie quimica ou mecanica. A argamassa tratada por estes processes tem entéo nome de argamassa ativada. © seu mecanismo €¢ seguinte : apds a molhagem particulas de cimento se juntam umas com as outras pi formar flocos. Dizemos que o cimento flocula A floculagdo forma um esqueleto rigido, um espago 5 nhado de égua que prende os gréos de e ‘@ segregacao. A floculagéo aumenta 0 atrito interno do concrete qué fica menos trabalhé menos liquido, @ por outro lad menos segregavel. Para bombear, transportar sob prassao ¢ injetar uma gamassa, é necessério diminuir sua rigidez e seu angulo d atrita, que se opdem a sua passagem entre os agregado: Podem-se agir pela floculaciio afim de obter estes resul dos. Chege-se a resultados semelhantes por vie quimica utilizando desfloculantes. Quando é necessério fazer opo- sigdo a segregagao, juntamos pés multo finos (mais finos que o cimento). Aumentamos a trabalhabilidade por efeita de um p6 especial (aluminio) que produz pequenas bolhas de gas e faz inchar ligeiramente a mistura. Podem-se ainda impedir a flaculagéo POR VIA MECANIGA agitando a pasta de um modo intenso, a uma grande velocidade, entre duas superficies rotativas, uma perto da outra. Separa-se assim a superficie dos graos de cimento das finas particu- las hidratadas que ficam em suspensdo na dgua € se opéem & aproximacao dos grios. Formamos assim um coldéide intergranular, mas este coldide apenas retarda a flocula¢do que sem- pre se produz. O retardamento da floculagao pode agora ser utilizado para g transporte ¢ injegdo da argamassa. € 0 tempo de mobilidade, ao fim do qual a argamassa nao é mais injetdvel. Tal é o° principio de COLGROUT (Inglaterra), COLCRETE (Franga), que utilizam processos de alta turbulén- cla No processo PREPAKT (EE.UU.) utiliza-se para ‘© mesmo fim, aditivos especiais GRANULOMETRIA MUITO GROSSA, FALHAS DEVIDAS A SEGREGAGAO Processes necessitam um estudo muito profundo da granulometria da areia empregada @rgamassa que deve penetrar nos vazios do agregado gratido (1/6 a 1/10 da dimensdo dos jados), e de um cuidado especial com a dosagem da agua, que deve ser permanente para evitar a produgdo de falhas devidas & segregagao. A QUANTIDADE DE AGUA DEVE SER REDUZIDA AO MINIMO COM- PATIVEL COM A POSSIBILIDADE DE TRANSPORTE E DE INJECAQ. A argamassa ativada pode ser utilizada para o enchimento de agregado colocado sob dgua,desde que a ponta do tubo de in- Jogo fique constantemente no interior da ‘argamassa Injetada, para evitar o percurso da pasta na agua. Nestas condigdes a pasta expulsaré a Agua dos vazios. De mos também reduzir a0 méximo as retomadas de concretagem qué 880 pontos ou zonas fracas. A argamassa ativada pode ainda ser utilizada pelas injegdes no solo, para obstruir falhas, reforear fundacdes etc. A injecéo ¢ feita sob pressao fornecida por maquina ou por forcga da g aplicagSes sé0 miltiplas mas sempre Eu devo assinalar que estes géneros a pore de gua. Eles tendem a per- — ee an O CONCRETO COM A. AR INCORPORADO onde oar € repartide sob forma de bolhes microscépicas é mais maneavel e mals resis= tente aos agentes atmosféricos. As mindscu las bolhas de ar de 5/100 a 25/100 mm $80) produzidas gracas a introdugao, na betoneira. de uma matéria espumante, vendida em pS ou em liquide, na coméreio especializado. Esta espuma, dispersada na argamassa contém ar que fica incorporado. O cones to comporta agora de 4 a 6% de ar. Estas bolhas aumentam a coesio do co creto fresco por sua agdo capilar. As boll existentes. em sua superficie prendem graos entre eles, e ndo os deixem separar. Isto faz crescer a resisténcia contra a segregacao durante o transporte e pode trazer por esta mesma razao, grandes beneficias nos canteiros. ‘As bolhas de ar facilitam o rolamento das pedras umas contra as outras, diminuindo 0 atrito interno. O AR INGORPORADO FAZ CRESCER A TRABALHABILIDADE Em conseqiiéncia € possivel compensar a introdu- ‘géo do ar por uma diminuig&o de agua Na prética, retiramos um volume de agua corres pondente & metade do ar introduzido. Nestas condigdes a resisténcia final dininul de 3% na média para cada 1% de ar incorporado. Esta diminuigio pode ser reduzida no comego por aceleradores de endurecimento. Ela pode ser redu- zida ou anulada pelo emprego de desfloculantes que permitem uma diminuigéc ainda mais sensivel de ‘agua. As maiores vantagens obtidas na introdugao ‘do ar so a melhora da impermeabilidade e da resisténcia ao congelamento. O ar inter rompe os canais onde a dgua pode caminhar 205 traca por alvéolos descontinugs, entre as quais a figua nao pode caminhar a néo ser por capilaridade. Um conereto deste género ab- sorve menos agua. £ menos HIGROSCOPICO, Se a égua contida em uma botna congelar sob a aco do frio, ela tende a aumentar o volume. Portanto a arrebentar a concreto que se encon- tra. em volta. Mas a forma esférica 6 a que 5¢ opée melhor & ruptura. A agua alcanca entéo uma pressio alta € néo gela mais. Sob esta pressio ela tende a atravessar 0 concreto pelos canais capilares é val encher os alvéolos esféricos mais distantes da super: ficie fria, © frio expulsa a 4gua' de bolha em bolha, em dirego aa interior e @ gela perde seu efeito destruidor. Cada bolha é um vasa de expanséo contra a dilatagao da agua ao congelar-se. ESTE CONCRETO € O INDICADO PARA AS CONSTRUGOES EM REGIOES FRIAS, SEJAM ESTRADAS, BARRAGENS ou OBRAS DE ARTE. Q CONCRETO E SENSIVEL AO FRIO. Esta sensibilidade é acu-| sada, em primeire lugar pe- lo aumento do tempo de pega e lentidéo no endure- cimento. ‘Quando a temperatura do concreto esta entre +5° seja em média 25°C ys 10% A resisténcia do concreto de A resisténcia do concreto cimento PORTLAND aos 3 dias cimento de escoria, aos 3 di estd reduzida de 50% esté reduzida de 65%. Mas esta agio é mais reduzida se 0 periado de frio aparece mais t de. Se ele aparece somente entre 3 © 7 dias a resisténcla do concreto cimento Portland se reduz 10% aos 7 dias e 0 do concreto de escé de 40%. As resisténcias normais so geralmente alcangadas em seguida. No entanto, ¢ necessdrio mar cuidado com os prazos de desmoldagem, os quais devem ser mais longos. Convém cons var os corpos de prova, nas mesmas condig¢des que as pecas de concrete e rompé-los antes desmoldagem.daquelas a fim de verificar se a resisténcia alcangada 6 suficiente. Se se desejar reduzir o tempo de destorma, deve-se eliminar os cimentes que conten! mais de 20% de @scéria e empregar, de preferéncia, os cimentos dos tipos 320 e 400 * A dosagem nao deverd ser inferior a 350 kg/m3 @ a quantidade de dgua a menor possivel. ABAIXO DE 0°C NAO SE PROCESSA NENHUM ENDURECIMENTO. Se a mistura 6 efetuada com material frio e uma 4gua também fria, concreto néo endurece e cristais de gelo se formam. Ao degelar si obtém resisténcias multo fracas: Se a mistura for efetuaga antes d frio © endurecimento estard paralisado & recomega muito lentame! em seguida. Os concretos pouco compacts ficam deteriorados nose interior quando a 4gua se transforma em gelo. “E NECESSARIO UTILIZAR A MINIMA QUANTIDADE DE AGUA DE MISTURA NO “4 CONGRETOS: * Nova Nomenclatura Brasileira adoteda apés 01.05.74 (M.T. ‘QUE MEDIDAS DE PRECAUGAO DEVEM TOMAR-SE NO CANTEIRO DE OBRAS ? Em primeira lugar medir continuamente a tem- peratura ou melhor, registré-la € também preciso manterse a par das previ- sbes meteorolégicas, através de radio ou telefone. Convém, também, medir a temperatura do concreto fresco, dentro das formas, antes da pega, colocanda o bulbo do ter- mémetro a mais ou menos 2 em de pro- fundidade, dentro da massa. Para obter a temperatura do concreto, apés a pega, fazer orificios através das formas, nos quais ¢ introduzido o termé- metro. fentemos, agora, classificar as diferentes condigdes atmos- icas nas quais possa a vir se encontrar o canteiro, durante 9 inverno, no sul do pais. Frio, sem gelo, temperatura média inferior a + $C. Frio forte ou intermitente, ou riscos de geadas & noite ou pela manhé. Frio rigoraso, temperatura média entre 0°C — 56. Frio muito rigoroso, temperatura média entre —5°C e —10C Temperatura média inferior a —10°C. femperaturas consideradas em 24 horas, mscos de agravamento das condicdes, de- em conta. de acordo com es previsbes descendo uma classe. Além do que foi recomenda- do nas folhas anteriores, con- vém que a temperatura do con- creto ao sair da betoneira seja superior a 10" e que as formas sejam bastante isolantes, a fim de que 0 calor produzido na pega @ endurecimento nio se disperse muito répido, isto 6, tanto mais vdlido quanto mais delgada for a pega. Podemos ainda combater a ag&o do frio com antigelos, tals como © CARBONATODE SODIO mas é preferivel utilizar o CLORETO DE. CALCIO(1% do peso do cimen- to) que age ao mesmo tempo come acelerador de pega. Esta porcentagem nao deve ser ul- trapassada para que nao se pro- duzam acidentes secundarios, tals como a retragao e fissura. mento. Nao devemos esquecer= que com mais de 1% de clore- * to de calcio ha riscos de corro- sao da armadura. ¥ _ 0 cloreto de céilcio nao deve ser utilizado com ei- | ‘Mentos de escéria, nem com os que contém cal livre | ‘em excesso, nem com cimentos aluminosos. em também aceleradores sem eloro. Todos 0s produtos, aceleradores e antigelos, devem ser empregados com cuidado e examinados previamente em-laborat6rio. Elés podem pro- vocar eflorescéncias, corrass quedas.de resisténgia P De toda a maneira, abaixo de 5° 6 bom pro- ' teger o concreto contra o resfriamento, por * um meio apropriado. O processo mais ele- mentar consiste em cobrir o concreto com sa- cos de cimento vazios. Um sistema melhor consiste em estender lengois de plésticos {polietileno, por exemplo) sobre caibros, ou, melhor ainda, colocar colchées ou painéis plasticos sobre suportes espagados, a 3 ou 4om de tancia da superficie. do concre- to, formando um colchao de ar. Para o tempo do tipo C, au seja, com fri continua, mesmo rigoroso, os consti- tuintes, cimento e agrega- dos devem ester a uma temperatura superior a 0°. © cimento deve ser estocado em lugar fechado & até mesmo aquecide. O mesmo para os agregados rs que ainda podem ser aquecidos a vapor. Estes néo READ devem ser porosos ou fridveis. A dgua deve ser aquecida de 25° a 80°C. betoneira deve ser colocada em abrigo aquecido ¢ os carrinhos cobertos e gira que a temperatura do concreto quando do langamento ’A temperatura do concreto nao deve ultrapassar em ne- 40°, para se evitar o risco de falsa pega. As formas @ armaduras devem ser limpas de todos os tragos de neve © glo, aquecidas com dgua ou vapor @ pro- tegidas. A temperatura da face exposta ndo deve ser infe- riar a +5" durante os 3 primeiros dias. nto fundido pode ser empregado, desde que seja impedido de geler, durante as primeiras 4 horas. se deve desformar jamais durante as geadas. de obra deve ter sempre um ter- dos servigos deve certificar- de que @ obra ndo sofreu +00° © aquecimento elétrico consiste em fazer passar corrente através do conere- to, que se comporta entéo como uma re- sisténcia elétrica e desprende calor. A temperatura 6tima, entre 60° € permite obter rapidamente endurecime: to suficiente para neutralizar os efeitos das _geadas. Pode-se também fazer passar a corren- te elétrica pela armadura, que igualmen- te pode desempenhar @ papel de resis- téncia. Um terceiro processo 6 fazer passar a corrente elétrica em fios especiais, isola- dos eletricamente mas nao isolados ter- micamente, que ficam embutidos no con- creto. Estes processes no Brasil, sao dos afim de que se tenha controle do tempo.da desformé, depois de verifica- das as resisténcias mecanicas. Isto pode ser Gao colocados entre a protegao isolante ¢ o co creto. Em todo o cast ‘condicionade de mai Felizmente no Brasil tais excessos nao sfo o feito através de tubos de © aquecimento devera ira a manter a umi nhecidos correntemente. CONCRETO E SENSI- EL AO CALOR porque o or acelera o tempo da ga, do endurecimento, © evapora a Agua Esta evaporagio produz — uma retragao acelerada 6 de importaneia, aumentado © perigo de fissuramento, 6 diniifiuindo a resisténcia. tanto cumpre proteger o concreto = 3 yte seu transporte, e langé-lo o mais ~ ah répido possivel. 9s que cobrir ou molhar @ concre- mais longamente possivel, no mini- mo durante 5 dias. processo moderno consiste em \ impermedvel a superficie do con- a fresco com um produto especial, ando uma pelicula impermedvel a poracdo. Esta pelicula desaparece entamente ao fim de 14 @ 28 dias. Um outro processo consiste em cobrir 0 concreto imediatamen- te com uma folha de p15 tico (polietileno) que desenrolamos so- bre a superficie. Veri- fica-se também que 0 cimentoaluminoso de- compée-se logo que submetido, antes do en- recimento,aumatem- iperatura superior a 35°. Davese evitar o seu nos climas ‘tipo de cimento aluminoso ou fundido jé 6, comercialmen- ‘te, encontrado no Brasil (N.T.} didi a CURA DO CONCRETO COM CALOR A sensibilidade do concreto ao calor pode utilizada como meio de acelerar o seu end mento e conseqientemente de serem obtidas, pidamente, resisténcias elevadas. ante a cura aquecida é necessdrio € perda de agua, que viria paralisar 0 proceso: hidratagao do cimento. Tal fato condiciona os todos gu processos de cura: cura no vapor, © Sgua e aquecimento em ambiente estanque No caso de concreto preparado com cimento Portland comum, para que seja obtida resi gia Igual a que 0 concreto apresentaria 408 quatro dias com cura normal a 20°C, é necessé que se mantenha a pega a 80°C durante quatro horas, a 70°C durante 6 horas, ou ainda 50°C rante 12 horas. A estes valores deve-se ainda acrescentar tempo igual a metade do gasto p elevagao da temperatura, na eventualidade do concreto nao ter sido prepat ado jd quente. ar No caso de cura a vapor, é indispensdvel evitar a cond cj “ Sagiio da 4gua sobre as superficies, que algumas vezes po 3 acarretar a sua deterioragao. cobertura Isolantt: No caso de cura dentro.d'Sgua quanta 6 neceaai- Ho que todos a faces da.pera estelam protegidas Imoldes estanques), na santido de ser evitada 8 Tavagem superficial do cemento, um dos métodos de curn bastaata wilizados 6 0 Seige prosider © equceiments do concreta por rmolo de uma placa qugnte zabro a qual 6 coloeado molds aquecide ‘Os proccaaes, indus Maal pe cue, ievnertamat de Svoparanio de cameras ate 0 cimenta. A fis ‘chamada cura sletrotérmies, © consiste em aque er 0 concrete por melo de’ corrente.atrica que passe em fics Colocados ma masse do concreto (ver pig. 98 Econveniente que se tenha em mente que durante a pe ga e o endurecimento do concreto hé um desenvolvimento de calor causado pela reacio quimica do cimento (reagdo exotérmica). Colocando-se 0 concreto em uma garrafa térmica, verifi- case que ao fim de poucas horas sua temperatura atinge f 50 ou 60°C. ‘Quando o concreto 6 preparado frio, este efeito 6 retar- A dado. Para que a temperatura se eleve sio necessdrias 5 a 7 horas. No caso de se curar oconcreto, ¢ ent&o conveniente pré- aquecer © concreto entre 30 a 50° antes de ser 0 mesmo calocado no molde. O molde deve ser convenientemente isolado, de modo que o calor nia possa ser dispersado e a temperatura seja mantida superior a 60°C, concreto depois de aquecido de- ficar isolado por meio de mantas tetoras, durante 8 a 12 horas. CANTEIRO & possivel acelerar o lurecimento do concreto pelo em- jo de moldes especiais. O aque- jento pode ser obtide por cirau- ao de agua quente, vapor ou ele- idade. Em todos os casos, é in- ensével que as superficies sejam protegidas por cobertu: Isolades, que limitem as disper- s de calor, £ ainda recomendé- . © pré-aquecimento do concreto no minimo, 40°C antes de sua co- locagao nos moldes aquecimento pode ser feito és de corrente elétrica condu- Pelas barras de armaduras, que €aso funcionam como radiado- fes, por resisténcia elétrica. pratica menos recomendada é a aquecer os moldes por meio de res a gds ou combustdo que a dilatag3o dos moldes an- que o concreto tenha atingido a ratura cagem por evaporacéo pensavel & hidratacao. Com vapor de Agua sob pressdo, (tratamento de au- toclave) € possivel superar estas tem- peraturas, atingindo-se 100 & 120°C. Com o vapor de agua sob pressao, a 164°C, correspondentes a uma pres- sio de 6 atmosferas, pode ser obtida ‘a combinagao da cal e do cimento com a silica finamente moida que é previa mente adicionada aos agregados. vés deste processo, podem ser of resisténcias superiores a 1.000 kg/ cm2. A este tratamento_ denomina-se TRATAMENTO DE AUTOCLAVE. De uma maneira geral, ¢ perigoso tratar comcalor, OS CIMENTOS ALUMINOSOS OS GIMENTOS SULFATADOS OS CIMENTOS DE ALTO-FORNO “ Acrescente-se ainda que pa ra um concreto ser convenien= temente tratado por meio de cura térmica, deve ser ‘compac- to e bem vibrado. De qualquer forma devem ser feitos estudos: experimentais antes. da utiliza: go do processo de cura, para verificagéo de seus resultados. DEFORMACAO E RUPTURA DO CONCRETO Oconereto dosado, misturade, colocado em formas aden- sado & curado, torna-se resistente. O.cancreto endurecide tem propriedades especificas que devem ser conhecidas para poderem ser bem utilizadas. Uma das propriedades é a RETRAGAO: © concreto diminui suas di- mensées ao secar ao ar e sofre expanséo dentro d’agua. Assim como todos os sdlidos, o concreto se deforma quando cart gado. Esta deformagao, no entanto, prossegue durante muitos anos; a este fendmeno dé-se 0 nome de FLUENCIA ou deformacio lenta. Quando a carga ultrapassa um certo valor, que depende da composigao e da idade, 0 CONCRETO SE ROMPE. Vamos exeminar estes fendmenos assim como os meios préprios para controlar a qualidade do concreto nos cantel- ros de obras. Q CONCRETO assim come um tecido, ENCOLHE AO SECAR. Ele 6 como uma esponja que aumenta de vo- lume e de peso quando molhada, ¢ diminui de \, | volume @ de peso quando seca. Lf i RETRAGAO ANTES DA PEGA Arotragéa comega a partir da colocagde do concrete nos moldes e do momento em que tem possibilidade de secar. Esta retragdo é devida & evaporagao da aqua e aproximagao dos gréos. A diminuigao de volume é aproximadamente igual a0 volume de dgua evaporada. Entende-se assim que i a retrag&o 6 tanto maior quanto mais seco for ore tanto maior for a sua circulagao, como no caso do tecido que seca preso a uma corda, sujelto ao vento, Tam sido feitas experiéncias com corpos de prova de pasta pura, de cimento Portland Comu! deixados ao ar, com 20°C e 50% de umidade, apolados sobre um vidro untado com dleo. Ao lado, estao anotados os valores das retragées registradas depois de 7 heres, ou seja ao fim do tempo de pega. 1 WSs ne [1.7mm por metro ‘Sem ventilagao > j ) * arcirculando 0,6 m/s R ° Z compe ims oar circulando a 8 m/s A ratragio do concreto recém-mistura- do depende da natureza do cimento. A fi- gura ao lado indica os resultados obtidos no ensaio de corpos de prova de pasta pura deixados ao ar com circulagao de ar de 1 m/segundo. A retragio do con ereto 6 menor do que ada pasta pura, devido & ago dos graos de agregados que se opée avdiminuigéo de volu- me. A figura seguinte indica os valores ‘obtidos no ensalo f de barras deixa- Pasta pura de cimento comum Wes 20 ar com cir- Lt i culago de 1 m/s. ) ) Argamassa dosada f- a tenet snekgim | R Observase que a retracio do ; Eoncreto antes do fim da pega 6 —_concreto dosado gual, aproximadamente, a- um 2 350 kg/m3. arto da registrada, no caso da L asta de cimento, nas mesmas condigdes. retragéo do concreto recém-misturado é tanto maior quanto maior for a quantidade de agua mistura. Vejamos a seguir alguns resultados obtidos com concreto dosado para 350 kg de ci- mento Portland comum por metro cibico. igue \ : it = oe Verificase sempre ha- parar concreto com 0 minimo de agua. A retra- fue ae go do concreto, recém ee — 0 misturado, causa 0 apa- .o recimento de fissuras durante as primeiras ho- ee = ae ras apés a concretagem, soe = Ff ed e diminui a resistencia & iment init tragao do concreto. Para que sejam evitados estes inconvenientes, 6 ne- \_/ cessdrio manter 0 concreto amido, protegide contra o vento 6 0 sol. Para tanto, podem as superficies ser pro- L © tegidas com uma membrana de protegao (produto de aS cura) ou ainda pintadas com uma tinta suficientemen- te impermedvel que impeca a evaporagéo. RETRAGAO APOS A Apés apega do PEGA DO CIMENTO evaporar-se. Q esqueleto formade pelo ‘opée, no entanto, @ aproximagso dos graos. da retragao. A figura ao lado ilustra a retragio e a perda de agua do uma barra de pasta pura de cimento Portland manti- da ao ar seco (50%) a par- tir de 1 dia. A 100 dias ela perde 30% de sua agua de mistura @ 1,4 mm por metro de seu comprimento. 3 dias 10 dias 100diss 1000 dias y A combinagéo do cimento com a agua — 12%. ft se faz com diminuigaéo do volume abso- a — 16% dow lute, mas com aumento do volume apa- Hoyas a rente, como indicam as figuras ao lado. 400 dias ‘A agua abaixa no tubo, mas ao fim de be certo tempo a ampola de video é rompida. cimento, Inieial 185m + 18.¢m* © cimento incha, portan- 7” ee to, dentro d'égua como uma * esponja que se dilata quar- do os vazios so cheios de agua. As figuras ao lado oe ilustram a dilatagao de ber- gages ras preparadas com 0 mes- mo cimento. Barras estas com 3 cm de lado. +—_ 1 Inicial 3 dias 100 dias. ‘Assim como 0 clmento in- cha na 4gua, sua retragéo é | E tanto mais elevada quanto fa mais seco for 0 ar. g he a Eis aqui a retracio aos fe! 1000 dias do mesmo ci- t mento Portland comum. ‘ # ar ‘seco multe seco Tian 104 As retragées finais dos ci- jentos variam com as suas mposigées: Eis aqui alguns sultades médios a 10 anos no ar seco (50%) : Basmmjm 25.055 mm/m 3.a'4mm/m. ‘Como a pasta de cimento é a principal responsavel pela retragéo, é natural que a retragéo de concreto seja tanto maior quanto mais rica for a dosagem. : Eis aqui alguns resultados obtidos em um ano: = P Ao contrario do que se passa antes da pega, a quantidade de agua de mistura medida em relagdo a0 peso do cimento (peso de agua / peso de cimento). nao in- tervem muito na retragdo do conereto endurecido, desde que esta relagao se man- EE tenha entre 0.40 6 0,55. Como es agregados se opdem & retracdo do cimento, ¢ facilmente dedutivel que @ retragdo sera tanto menor quanto mais rigidos forem os agregados. Para uma do- sagem de 350 kg/m3 de concreto preparado com cimento Portland comum, foram determinadas as seguintes retragdes : 0,30 mm/m 0.50 mmf. ——~ 0.60 mm/m —— a , peace Calearic Argila d ‘riturade, Expandide A natureza do cimento intervém na retragdo apés @ pega. As deformagées seguem a mesma proporgao das retragdes da pasta pura. Por exemple, 40% maior para cimento AAI (alta resisténcia inicial) que para cimento Portland comum. Outro ponto importante ¢ a dosagem de areia fina no concreto pode de maneira apreciavel. A adigao de sais soliveis, na agua de mistura, aumenta a retragdo. As figuras ilus- tram os resultados de alguns ensaios em que foram adicio- nados sais em proporgdes va- riéveis, em relacdo ao peso de cimento. A soda e o carbonate de s6dlo so produtos que repre- sentam perigo. cloreto de calcio utiliza- do como acelerador de pega aumenta seriamente a retra- go. quando sua percentagem ultrapassa 1,5% do peso do cimento. O exemplo ilustrado ao lado representa o caso de um concreto de cimento Por- tland comum dosado com 300 kg/m3. A influéncia é& tanto mais sensivel quanto mais rica for a dosagem. To- dos os dados foram obtidos para o caso de umidade de 50%. No caso do concreto ser conservado dentro d’équa, ha aumento de volume. Esta variacio depende da omposic¢ée da agua e/au do iquido em que o concreto 6 mantido. Nos casos de agua potdvel ou destilada, o incha- mento ¢ muito pequeno. A retracio do concreto co- mo a do cimento é tanto mais elevada quanto mais seco for 0 ar. O quadro ao lado ilustra alguns resultados obtidos. - com cofpos de prova de 7 em de lado. Concrato 36 + 2% de soda de cimento (hidréxide de sédio) + 0.5% de carbonate de s6dio CLORETO DE CALCIO o 1% 1.5% : gua destilada = +0.1. mm/m ‘agua do mar +12 mm/m alcool +0.) mm/m gasolina 0.3 mm/m 0,18 menyen, retragio de uma peca depende de suas di- menses Distinguem-se a retragde axial, 20 longo do ixo da pega @ a retragée superficial ao longo superficie da peca. As duas retracoes sio ferentes, porque a superficie é mantida em ontacto com a atmosfera, enquanto que & se gem do centro é retardada pela dificuldade de evaporagao da agua resultados seguintes foram obtidos para concrete dosado com 350 kg/m3, conserva- © 8 uma atmosfera de 20° de temperatura ¢ umidade de 50% a ETRAGAO EM ijn 16 dias sem (placa 12 dias quadro mostra que a retragdo superficial Pouco com a dimensao da peca. Ao con- ). @ retracao axial 6 mais lenta quanto maio- res forem as dimensdes da peca. diferengas de retragdo entre a super 20 interior do concreto, podem praduzir fis- gS superficiais. € conveniente retardar a re- 0 superficial das pegas macigas por uma contra a evaporacdo das partes expos- tas ao ar, ra esta retracao pimento. Caso . a realida- Os cimentos néo apresentam a mesma sensibilidade & fissuragdo, que é depen- dente da velocidade de retragao e 0 aumen- som to de resisténcia & tragao. Esta sensibilidade pode ser reconhecida pela experiéncia do anel. Uma coroa de pasta de cimento + dgua) feita ao redor de um disco de ago € conservada no ar em movimento num am- nte com 80% de umidade. © tempo de fissuragdo, 6 contado a par- tir do instante em que, 0 anel é posto a0 ar, e € um excelente indice da qualidade do simento. Nas primeiras 24 horas, o anel e ‘9 disco devam ser conservados em agua. A indicagéo de um tempo de fissuracdo superior a 24 horas ¢ um critério de segu- ranga para clima temperado. Quando um concreto esta seca, j4 sofreu retragéio, no entanto ele incha se for nova- mente submetide & umidade, ¢ isto se re- pete ela vez que seca ou se submete @ a a atmosfera timida. O concreto fica eterna- 0 ri ats. i 7 20 horas, de 20 horas Mente em movimento sob a influéncia de #10. horas ie! PERI a :GURANGA variagies da umidade do ar ee Siawae er Um corpo de prova de concreto submetido ao ar seco durante trés anos se colocado 4 me dentro d'dgua, incha 50% da retragio que teve durante sua permanéncia no ar. A retragéo n&o se dé em valor maior do que a metade depois de colocado na agua e este va pode ser considerado como limite maximo. TRES ANOS Inchamento | CONCLUSAO : para diminuir @ retragio total, é neces- sério: escolher o clmento, nfio exagerar 0 consumo, limitar a quantidade de égua de mistura, escolher agre- gados resistentes, tomar cuidado com o uso de aditivos © proteger as superficies contra a evaporagao. DILATAGAO TERMICA b a influéncia do calor, o CONGRETO SE DILATA. Quando submetido ao frio SE ‘CONTRAI. ‘Quando se aquece o concreto, seu comprimento varia j e esta variagao pode ser representada por uma curva co- BILATAGAO locando-se a dilatag3o em mm por metro e a temperatu- ra em _graus C em eixes cartesianos. Chama-se COEFI- — Soeficiente CIENTE DE DILATAGAO TERMICA, a relacao entre a dila- = dedlatecio taco entre duas temperaturas e a diferenca entre estas : duas temperaturas. @ 9 concreto, este coeficiente de A mmm 0.3 mmm latacdo 6 da ordem de 0.8 a 1,25 mm . por 100° por 100° metro e por 100° de variacio. Este a. coeficiente diminui com a idade. lado temos alguns resultados de @ios obtidos sobre um concreto com —Astegada silica » sumo de 350 kg/m3 de cimento Por. —_“#!érie de rio hiotenecta gomum. anos coeficiente de dilatagéo do concre- ‘ a mais elevado quando 0 agregado 29mm/m. 1 aen/m ui também um coeficiente de dilata- too cio elevado, a — quartzo que tem um elevado coetl- “ te de dilatacso dé ao concreto UM ——eaicsrig duro eficiente de 1,1mm/metro @ por — jrimurado d de variacio. O caleério duro utilize- . por exempla, na Franga e nos EEUU, 20 dias 2 anos 4.1. mmim por 100 ui Coeficiente de 0,55 mm/m e por roimmnfen . Acima de 100° o coeficiente de dila- por 100° tagdo cresce com a temperatura fomarmos 9 valor 1 para o coefici- e entre 0 @ 100° encontramos para raturas superiores os resultados vara jintes, dados em uma série de en- triturade de concreto em agregados silico- calcérios. 20 dias 2 anos | . |e por 100" agregado de argila expan- dida DEFORMACAO SOB CARGA © concreto camo ta- 3 da a matéria solida, se [ F deforma sob carga. Mas esta _deforma- ao aumenta com © tempo de carga. As deformagées obtidas lentamente As deformagdes elasticas so instanténeas permanentes ¢ irreversiveis, @ reversiveis. As deformagées eldsticas instantaneas assemelhai as de uma mola Para o concreto, as deformagdes sao invisiveis 2 nu, Colocam-se em evidéncia por um ensaio de flex Em compressdo ¢ em tracdo, a deformagao, contracaa alongamente no sentido dos esforcos, é acompanhada uma deformagao transversal de dilatagae ou de contr: como se a matéria elastica quisesse resistir a toda v ¢80 de volume. A relagdo entre a deformacao transversal ¢ a defor cao longitudinal é o COEFICIENTE OU MODULO POISSON. Este coeficiente ¢ teoricamente sempre inferior a 0.5. COMPRESSAO DilatagBo Para medir as deformagées, utili- zam-se aparelhos denominados ex- tensémetros, dos quais existe uma grande variedade. O mais simples & 0 aparelho de alevanca mostrado no desenho ao lado. Ele pode compor- tar varias alavancas sucessivas per- mitindo uma ampliagdo de 1.000 ve- zes a deformagao Extensémetro da alavanca Para medidas de longa duracio, & que nao éxija imobilizagio de toda @ aparelhagem, utiliza-se 0 defor- ‘mémetro, aparelho removivel com 0 qual é possivel medir a variagdo de distancia entre dois pontos fixados no concreto. © apareiho de corda vibrante é andlogo, em sea cipio, a0 de uma corda de violdo ou de piano que um som mais elto ou agudo quando a corda esta esticada Um fio de age (tipo corda de piano) esta es entre dois pontos, em bases fixadas no concreto Logo que concrete se deforma, o fio 6 mals ow nos esticado ¢ 0 som emitido é mais ou menos @ portanto sua freqiéncia de vibracao (numero bragdes por segundo) varia. Mede-se esta fre por meio de um aparelho elétrico apropriado. Um ples cdlculo permite conhecer a tensao no fio © @ formagao correspondente do concrete. medidores por resisténcia elétrica, sio baseados propriedade que possuem os fios metalicos de ter isténcia elétrica, variando de acordo com a defor- jo a que esto submetides. Um destes fios € co- sobre a superficie e um dispositivo elétrico per- registrar a deformagao. Em geral, o fio estd dis- sob a forma de um pente e colado em papel te em forma de selo (coloca-se o selo sobre a su- : perficie do concreto a ser examinado). 7 5 Madidor de restet@ncla ebétrics rador EP Estes dispositivos séo os mais Extensémetro de alavanca rentes, mas existem outros sconparsdey de dispositivos dticos, elétricos mecanicos. Para mais detalhes ser procurados obras e autores cializados. Pode-se ainda combinar o sistema alavanca com o comparador. ELASTICIDADE © conhecimento da elasticidade do conere- to é indispensdvel para o cdleulo Gao das obras. Define-se o médulo de elastici crete como a relagio entre a ta tho @ a deformagao eléstica cori ‘0 MODULO DA ELASTICIDADE E & igual a taxa de trabalho N dividida pela deformagao eldsti cad. Ele aumenta quando 0 con- creto é menos deformével. TAXA DE TRABALHO Em tragic ou compressio Né igual a carga aplicada di- i vidida pela rea da secdo transversal a iy Ee N -) | A DEFORMAGAO d 6 dada a em relagao ao comprimento \ a ye. inicial. E uma deformacao re- lative. Para diferentes concretos, o médulo de elasticidade varia, a partir de 28 dias de idade. entre 200.000 e 500,000 kg/ m2. Isto quer dizer que para um determina- do mddulo de elasticidade E @ de- formagdo eldstica sob uma taxa de tra: balho de 100 kg/cm2 é dada em mm por metro, de acorde com o quadro ao lado. A taxa de trabalho sendo N, a deforma- go € dada pela formula N em kg/cm? x 1,000 = d em mm por E-em kg/em2 metro (© GONCRETO £ TANTO MAIS DEFORMAVEL QUANTO MENOR FOR SEU MODULO DE ELASTICIDADE O*médulo de elasticidade aumenta ao mesmo tempo que a resisténcla do con- creto @ sua compacidade. Ele diminui quando se usa, para um mesmo concreto, mais 4gua de amassa- mento. 280,000. kg cm* 310.000 kg cm* © médulo de elasticidade depende também da naturaza dos agrega dos. Como para a retracao ea dilatacao térmica, quanto mais rigid forem os agregadas, mais elevado serd a médule de elasticidade. Vejamos aqui as ordens de grandeza comparativas para varios agre- gados 450.000 kg/e 350 000 kg/em* 280 000 ka/-cm* 100 000 kg/cm? Caleério medio. Argila triturado Expandida ‘Agregodos silicocalearios ‘rio Agregados de quartzo Para um dado concreto. 0 médulo de elasticidade aumenta com a ide- de, enquanto que 0 endurecimento segue uma lei que é aproximadamen- te proporcional a raiz quadrada da resistencia a compressa e & muito influencidvel pela umidade do meio ambiente Aqui estéo apresentados alguns resultados de medidas com 200 dias de idade, de um concreto de agregados silico-calcarios com consumo de 350 kg de cimento por metre cibico. Mostra também que no ar seco o concreto endurece menos que no ar timido e ne dgua. ar com 75% ar seco com 50%6| ar muite 8660 com de umidade de umidade 35% de umidade 450.000 ka/ A comparagso entre o ensaio de tragao @ a resisténcia obtida no ensaio de trago por c pressdo 6 aproximadamente 0.8. Dissemos na pagina anterior, que a resisté & tragdo 6 pequena em relagao a resistencia compressdo. Para um concreto com agregado b lavado e de superficie éspera obtém-se uma rel so Rt= (9+ El kg/em?2, onde Re é a resistén & compressio em ci 30 cm de altura, @ esta formula é bastante pr cisa entre valores de 200 @ 500 kg/em2. RETOMADAS DE CONCRETAGEM A resisténcia & tragio é muito afetada pelas juntas de concreta- gem, pois elas determinam uma que- da de resisténcia, tanta maior quan- to maior for a diference de idade dos concretos. sisténcla diferenca de idade As juntas a 45° na diregdo da tra: ¢ho determinam uma queda de re- sisténcia menor do que as juntas verticals. difereng de Pela tabela acima, se vé que a demora de um dia na concretagem jé resulta uma queda apre- cclavel na resisténcia A tragdo, e um dia é um tempo bastante comum em canteiros de obras. Existem varios processos que permitem evitar a fragilidade das rétomadas de concretagem. Um destes, aplicdvel as beto- nagens descontinues, consiste em juntar a0 concreto langado anteriormente um retardador de pega de tal mado que a concre- tagemseguinte possa comecar antes do fim de pega da primeira. im outro proceso consiste em aplicar sobre a primeira, uma camada de cola que adira a norate valho tao bem quanto 20 concrato novo. Pode-se empregar uma argamassa na qual se @ 0 acetato de polivinil (resina sintética) e na ordem de 10% do peso do cimento. A aderén- % excelente enquanto a colagem se mantiver seca. Deve-se evitar 0 uso desta resina, quan: do as peges coladas vio permanecer molhadas pormanentemente ou submersas em égua. jistem também colas epdxicas especials qué insensiveis a agua e que endurecem-muito bem presenca do concrete fresco e que so mais re- te istentes do que o proprio concreto andurecido. ———acceto fresco ‘ prisma de concrete colado em duas partes. io a primeira parte uma idade de 6 meses, fol SL submetido ao ensaio de tragao. a “tes ensaios, @ ruptura se produz sempre fora da camada de cola. conereto velho: e, por este processo, car as lajes estruturais, indo uma camada de cola ¢ ndo em seguida uma con- em suplementar, aumen- tando a espessura da laje. Retorgo IS Cola FS Concrete entige no mercade brasileiro algumas colas epdxicas que tém sido utilizadas com sucesso neste tipo de trabalho. (N.T.) ee ESTADO TRIPLO DE TENSOES O concreto quando submetido, ao mesmo tempo & compresséo ¢ & pressio transversal, vé sua re- isténcia aumentar em propor- g6es dignas de nota Isto 6 devido @ agao desta pres- s&o transversal que impede o apa- recimento de fissures provenien- tes da separagéo dos elementos, na diregao transversal. A tabela seguinte dé uma idéia da amplitude deste fendmeno. io ei et oma ruptura : 280 kg/em® — ruptura: 200 kg/om* ruptura’: 100 ka/om? ‘0 concreto submetide a cargas repetidas possui uma resis- téncia inferior a que se obteria.com a aplicagdo de uma carga ruptura: 25 kg/em? progressiva impress Este fendmeno é devido a fadiga, ee” ecso O limite de fadiga, carga acima da qual se pode repetir inde- 300 : finidamente a aplicagée dos esforgos, sem risco de ruptura, é kavom?| ligeiramente superior & metade da carga de ruptura sob esforga Progressive (estatico) ma ATAQUE QUIMICO DO CONCRETO (0 CONCRETO PODE SER ATACADO POR NUMEROSOS AGENTES QUIMICOS : Os sulfatos, os sais de magnésio, as aguas do mar, as Aguas organicas, os esgotos, e até mesmo ‘a8 &guas muito puras. Qs sulfatos podem provir de locomoti- vas & carvo, das fumages, das argamas- sas, de éguas agressivas do subsolo etc. Estas, sejam correntes ou estagnadas, nao devem conter nunea, mais do que 0,2 a 0,5 por litro de sulfato e esta quanti- dade 6 varidével de acordo com a nature: za do sulfate, Sulfato de cal 0,5 gramo, fsulfato de magnésio 0,2 gra- CIMENTO SUPER-SULFATADO Saenetae d i} ier CIMENTO ALUMINOSO: prevenido u indo- se os seqguintes ci- CIMENTO RICO EM ESCORIA mentos na ordem de importancia : GIMENTO POZOLANICO CIMENTO FERROSO De uma ma neira mals ge- ral, todos os sulfatos 340 pe- rigosos e con- tra eles convém tomar precau- Ele se produz palmente na zone Os ataques da AGUA DO MAR sao co: g margagem (parte Zé nhecidos hé muito tempo. Sua agdo se berta da maré) em faz mecanicamente (choque das ondas), da na zona de ag fisicamente (cristalizagao dos sais) ¢ da 4gua € muito quimicamente. mente, nas partes sas. —-* maré alta zona de mai -* maré baixa Este ateque pode CIMENTO RIGO EM ESCORIA ser prevenido por um concreto bem compac- Rado Wel vebler asc CIMENTO POZOLANICO. de cimentos apropria- dos e de baixo teor de cal livre. CIMENTO SUPER-SULFATADO AS AGUAS MUITO PU- Cay RAS agem por dissolu- 80 na cal. Um grau hi- vel §=—drotimétrico inferior a 4 6 perigoso © 4cido carbénico dis- solvido é muito nocive. CIMENTO POZOLANICO Também se pede di- minuir 0 ataque usen- do um concreto com- CIMENTO SUPER-SULFATADO pacto com cimento po- bre em cal livre.* CIMENTO ALUMINOSO AS MATERIAS ORGANICAS tém acao destrui- dora varidvel sobre 0 concreto. Os dleos com- binam com a cal, as matérias himicas agem “pela sua acidgz Aglicerina dissolvida, © benzol, os sabées, os agicares e os nitratos so nefastos. : As dguas de esgoto agem principalmente pelos seus gases sulfdricos, que formam sulfatos, e pelas matérias orgénicas. © leite e seus derivados sao bastante perigosos pela a¢30 do cide lético. Os dleos minerais e vegetais, 0 formol, o vinho, a cidra e a cerveja, nao tém agdo sensivel. CIMENTOS Precaugdes especiais devem ser ALUMINOSOS tomadas contra estes agentes : De- 880 os mais vem utilizar-se cimentos pobres em recomendados. cal livre ¢ particularmente os cimen- tos pozolanicos. Cada caso deve ser estudado particularmente. eo nereto deve ser feita em ec rriar out @um adensamento perfeito odese ainda mpregar uma tec superfi- lal que formard Ume pintura estanque plésti- Ledrilhos ou Ou pintura com flua- ca, ouluma camada de betume jos assentados com ar- _tos ou fiuasilicatos. jou astalto. gamassa rica de ci- mento. © coneré as armaduras q por Inchamento produzido pe volume do ferro, pravocam o arrebenta to do concreto que os protegia. Este ataque é indicado pelas fissuras que seguem os desenhos das ferragens e pelas manchas de ferrugem que as acompanha, E particularmente freaiente nas proximida- des do mar e em regides industriais onde ha fumaga 6 emanag6es agressivas. E igualmente freqdente em pecas de con- creto armado que sofrem imerstes e seca- gem alternativamente Para evitar estes aborrecimentos, é neces- sério utilizar concretos bem compactos, ¢ im- permedveis ao ar e a dgua. & necessdrio ainda evitar a produgéo de fissuras, que sd0 portas abertas para E necessério tratar a corrasao. convenientemente a retomada de concre- tagem, linhas prefe- renciais utilizadas pe- los agentes agres- sivos. je——= A espessura do recobrimento do con- creto deve ter dimensdes suficientes. Um concreto bem elaborado, transportado, colocado em forma, adensado e curade, utilizand cimento apropriado e bem escolhide, garante uma seguranga suficiente se os determinante Seguintes forem observados, bem como uma precisa verificagéo dos trabalhos do canteira. Ar puro normal em Atmosfera altamente Atmosfera urbi id i eens ic Hate ha poluida ou maritima até 3 km de mar CONCRETOS LEVES CONCRETO CELULAR Estes concretos sao obtidos pela introdugdo na pasta de cimento de um grande numero de bolhas gasosas, como em um “suflé” de queijo ou de pao, No “suflé” é a clara de ovos batida que incha pela acéo do calor. Pode-se proceder da mesma manelra, misturando 4 argamassa uma espuma suficientemente estével para resistir & ago do misturador de betoneiras. E 0 concreto espumoso. No pio 6 o fermen- to que reage com a massa. No concreto celular, usa-se 2 reagdo quimica de um p6 especial denominado “agente es- pumante” que desenvaive as bolhas. O proceso mais cor- rente, consiste em mis- turar ao cimento, um pé de aluminio muito fino que reage com a cal do cimento para formar bo- thas de hidrogenio. Isto permite introduzir uma quentidade de gas vari- ando de 30% a 80% ¢ obter densidades de 14 a O.6. possivel fabricar, desta manei- i. concretos mais leves do que a ‘agua resisténcia mecinica dos con- tos celulares € mais fraca do que dos coneretos comuns e tanto ais fraca quanto mais leves sao estes concretos, RESISTENCIAS AOS 28 DIAS eM. COMPRESSAO ‘Os concretos celulares sao exce- es lentes isolantes térmicos @ seu em- sa Prego se justifica por esta proprie- d dade particular, € necessdrio porém, salientar que a retracio e a defor- macSo sob carga destes produtos 880 bem maiores que para 0 concre- to comum. A cura destes concretos em autoclave com vapor de agua 8a- turado, e algumes dezenas de quilo- gramas de pressdo, permite obter depois de algumas horas (4 a 10 ho- ras) pegas que podem ser transpor- tadas, colocadas e imediatamente usadas. Ainda podem se juntar ao concreto, cinzas, volantes ou silica pulverizada etc., desenvolvendo-se entéo reagées silico-calcaria, melho- rando grandemente as résisténcias. A retracio também se reduz de 75% Pelo fato de sua estrutura ser muito rosa, os concretes celulares sdo relat mente permedveis a Agua. Por esse devem ser isolades das fontes de ur de: da chuva por um revestimento, e d solos Gmidos por uma camada de isol impermedvel. Os concretos celulares podem ser trabalhados co- mo a madeira. Séo cortados com a serra, furados com furadeira. As aplicagées destes concretos 880 moltiplas : isolamento de ter- ragos e coberturas, prefabricagéo de grandes placas facilmente trans- portaveis ete. 128 OS GONCRETOS CAVERNOSOS ou concretos sem tinos, sd0 obtides utilizando-se somente os agregados graidos (de 10 a 30 mm) e a nata do cimento que serve para colar os agregados nos pontos de contacto e apoio, Apresentam entéo numerosos vazios ou caver- nas. Qs muros em concretos cavernosos sao bons Isolantes térmicos, desde que revestidos, nas duas faces. Caso contrério eles 840 permeaveis & dgua e a0 ar como peneiras, Por outro lado, so pouco capilares e a sublda de agua 6 insignificante. A densidade de concretos cavernosos, de agre- gados comuns, 6 da ordem de 1,6 a 1.8, ou seja 1.00 a 1.800 kg por metro ctibico. Para obter den- sidades menores podem ser utilizados agregados teves com a técnica de fazer concreto cavernaso estes agregados podem ser : argila expandida, ti Jolos quebrados, cinzas, eseéria de alto-forno etc. A dosagem em cimento deste concrete & bastante reduzida : 150 a 250 kg por metre cibico, de modo que 0 aglomerante seje apenas suficiente para cobrir as superf- cies dos gréos do agregado gratido, de uma fina, camada, A dosagem de dgua deve ser fraca, caso contrdrio a camada dé cimento néo adere A superficie do agregado graido © escorre até o fundo das formas. Pode-se, ainda molhar os agregados 6 em seguida, progressivamente, adicionar @ cimento seco. De toda maneira a resisténcia 3 ruptura € sempre fraca, especialmente a resistén- cia por tragdo. As retomadas de concreta- gem sao dificeis de se fazer. Sao utilizades come material de enchimento de uma es- trutura portante, como camada de filtro em muros de arrima etc. peti ‘CONCRETOS DE © agregado sendo normalmente a é natural que se procurem utilizar agregac ai es concretos menos densos e mais isolantes. PODEM-SE UTILIZAR, ‘At pedras pomes, que t9 encontram em luga- ree wulcanicos 6 xistos ou a8 arglles expandidas por con. yenante, 72 As clnzas volantes do usinas termoeldtrices devidamente aglomeradas, ‘A vermiculite, que 4 uma espécie de mica ‘carla depols resirlada rapidamente ‘porta, lea walanea,trateda por pre ‘easso guimico. © barre da tijolo coulde © deoois guebrado. ‘A oscéria oxpandida pela vopor de éaus. (De ‘culdado com as esobrins que ‘ontlin elgumas vexes sulfates) ‘As cortigas granuiodas, 0s cavacos « flbras de madeira minerall= zedos em solugio saline. @ Devem ser evitadas madet- fas que contenham tanino. Os concretos de fibras de madeira sa em principio, reservados a fabricagao d painéis ¢ aglomerados. Eles nunca séo uti lizados para concretos moldados em for: mas. Qs concretos de fibra de madeira nao d vem ser utilizados nem mantidos em co tato com a umidade. Utilizam-se constantemente AGREGADOS DE ARGILA EXPAN- DIDA obtidos pelo cozimento de uma pasta de argila dmida a 1. 100°C em forno rotativo. Eles se apresentam sob a forma de bolotas porosas, mais ou menos graudas (2 a 25 mm) envolvi- das por pelicula fina vidrada. Sua densidade estd entre 0.5 6 1,0, A areia ou agregado obtido pela quebra é mais denso do ‘que Os grdos brutos Abaixo damos alguns dados técnicos referentes a alguns exemplos de concretes leves Para isolamento térmico os dados esto na pag. 163. CONCRETO | F ~—_ = MnO gems J) (ase TeVER) 4] or ‘scardo com a dosagem. SEM AREIA | al | | BRR Se 1S a 90 kgfeme CONCRETO LEVE PORTANTE '& compressio $29 8 200 kgfema ‘CONGRETO LEVE PARA CONCRETO ARMADO COM AREIA ‘cOMUM Dosageen ef clmento 350 kg/em® Resieténela a tracto 18 a 25 ka/om™ Estes cretos §= podem for utlzadoe na execucto dem atingir valores iguais ‘20° dobro dos. registrados ne aso dos concretos / (Os concretos de argila expandida s80 empregados. para diminuir 0 peso prop ds estrutura, bem como para garantir bom isolamento térmico, @ algumas ve | com as duas finalidades. O quadro seguinte ilustra ag correlagoes entre resisténel & comprassaa aos 90 dias, 0 ‘coeficiente de condutibilidade térmica lambda ( {vide folha 163), que € tanto maior quanto maior for a condutibilidade do concre A porosidade do agregado é bastante grande. Os concretos mais pesados dem mesmo absorver 3% de umidade € 08 mais leves 25%. Tal fato acarreta @ tminuiggo do isolamento térmico oferecido pelo conorato. Deve assim. © concre ‘ser protegido contra a umidade e a ccondensagao. Coeficiente de condutibilidade tecnica {lambaa) CONCRETOS PESADOS ‘Coneretos pesados so os concretes especiais, com peso por uni- dade de volume consideravelmente elevado (mais de 2.500 kg por m3). Podem ser tteis na producio de concretos que devam ter alta densidade (contrapesos), mas $20 principalmente empregados nos ca- 808 em que é necesséria protegio contra radiagées emitidas por rea ges nucleares : produtos radioatives, aceleradores de particulas, re- atores nucleares etc. As radiagdes nucleares mais perigosas sfo as dos neutrons e dos raios gama. material neuttons raioe muito pesado NEUTRONS sao. particulas neutras, isto 6,sem carga elétrica. Os néutrons sao freados ou para- lisados pelos nicleos de elementos leves, como por exemple do hidrogénio da aqua. Este encon- tro no entanto, provoca a emissao de raios gama (5), espécie de raios X, porém bastante mais pe- netrante e nocivo para os seres vivos. Estes raios gama $40 absorvidos por corpos interpos- tos & sua passagem. Tanto melhor ser a absor- G40 quanto mais densa, mals pesado for o mate- rial absorvente Com a finalidade de diminuir a velocidade dos neutrons é necessério empregar concreto de alta dosagem de cimento. Come 9 oxigénio é um bom retardador dos raios gama podem ser adicionados ao concreto, oxides (6xido de bério, éxido de fer- ro). No sentido de serem abtidos concretos pesa- dos og agregados comuns podem ser substituides por outros mais pesados, a base de ferro, bario e chumbo. E, no entanto, necessério que estes agregados pesades tenham boa resisténcia meca- nica. Relacionamos a seguir as densidades de al- guns materiais usualmente empregados f ‘Os pesos por metro clbico de concreto dosado com 350 kg de cimento por m3 que podem: obtidos, quando empregados os agregados pesados, 540 os seguintes Latha de ferro Fiona do areo fe bacitina megnotta baritina 3500 kg, ‘Os concretos pesados séo mais dificeis de ser aplicados. Sio necessérias formas mais ‘sistentes capazes de aguentar 0 empuxo do concreto que, neste caso, é maior do que quando ado concreto comum. Enfim 0s concretos pesados sdo mals caros. Considerando-se as idades de mistura, @ lancamento, pode-se admitir que o concreto pesado tenha um prego Zou 5 vezes 9 do concreto comum. Em Sao Paulo, obteve-se concreto relativamente bar com densidade 3,1 utilizando-se como agregado mitdo. areia de hematita (residues da ‘© como égregado gratido, o basalte, Este concreto pesado fol utilizado no Institute ane Energia Atomica 1.£.A. (N.T.) 6000 kg 4500 Kg CONCRETOS E RESINAS SINTETICAS As resinas sintéticas. ou mais comu- mente chamadas MATERIAS PLASTICAS 880 produzidas a partir da hulha ou do petréleo. Pera que possam ser utilizadas no pre- paro do concreto devem se apresentar sob a forma Iiquida. Devem ainda endu- recer naturalmente ou sob a ago de um CATALISADOR ou ENDURECEDOR. Po- dem ser utilizadas puras ou adicionadas ao cimento. RESINA (pe80 seco) ‘CIMENTO. aM @& RESINAS + CIMENTO. As resinas empreg neste caso se apresentam sob forma de emulsé que é suspensio de particulas muito pequenas agua, Particulas estas que se unem para for um sélido. As emulsdes mais empregadas S80 © ACETATO DE POLIVINIL © ESTIRENO A RESINA ACRILICA A quantidade empregada é da ordem de 10% d material seco em relacdo a0 peso do cimento. te material seco pesa cerca de 50% do peso d emulsdo. Sao assim necessdrios cerca de 10 kg de emul sao por saco de 50 kg de cimento. Como a emul so em si j contém agua € necessério diminul a agua da mistura, cipalmente em se consid rando que estes produtos sao plastificantes e que melhoram a trabalhabilidade do concreto. Abts. Vejamos agora alguns resultados de ensaios feitos com argamassa de cimento as quais fo adicionadas resinas. Rosiaténcia & comprossio oes ‘30 dias 2 kg/ome 125 kgfem* 200 kefeme seritco 289 sayore ertco 240 kofem* 20 kg/ema os oo = as ae scott (PVA) 0 kg/cm scm (VA) 33 kojem* oversee 0 kajom entree 2 ok sserillea 48 kgfemd critica 29 koleme Observa-se que as resisténcias melhoram quando a argamassa é conservada a0 ar ‘quanto que nao ocorrem melhorias quando mantidas na agua. © acetato de polivinil é par mente sensivel a umidade, a le csc: | S ‘som. adiivos = 03 mm/m seatats rj estiveno = — Oa monje eeriico = — 04 mm/m je-se observar que somente o acetate aumenta a retragio de modo considerdvel. o, quando @ argamassa é curada na dgua, 6 também maior nos casos do acetato (P reno butadieno. O aumento da rétra¢io no causa necessariamente 0 aparect 2 as porque o alongamenta na rupture da argamassa de acetato é cerca de quatro Ve 9 que 0 mesmo alongamento no caso da argamassa comum. Os revestimentos de ‘acetate no fissuram, néo fragmentam, nem soltam. Permanecem impermedveis © a base. Para pegas de concreto pouco macigas o acetate é desac: A adigaa de emulsses melhoram as resisténcias & & corroséo. Os valores seguintes fornecem os perda de peso de corpos de prova submetides & aparelho de ensaio especial : sem aditivo 318g estireno acetato 1,40 g acrilico = 2 endurecedor E possivel a execugdo uma resina que tenha, As resinas mais empregadas sio Os “POLIESTERS” e os “EPOXYS" Os concretos deste género atingem, quando bem executados, resisténcias mi elevadas. Esta caracteristica permite a execugdo de pec: estruturais sem armadura, tals como tubos, blo- cos de pavimentacdo pequenas vigas. Quando bem dosados, estes concretos padem ser imper- Medveis & égua e resistentes a agentes corrasi- vos. Sio mais deforméveis do que os concretos de cimento. O médulo de elasticidade varia entre 200.000 & 270.000 kg/cm2. Apds o endurecimen- te (algumas horas) néo mais sofrem retragdo ou expanso, séo ainda insensiveis & umidade Sob carregamento permanente, apresentam es- tes concratos deformagdes duas a trés vezes maiores do que 0 concreto comum & temperatura normal, no entanto estas deformagées se estabi- lizam mais rapidamente (alguns meses em lugar de alguns anos). © maior inconveniente destes produtos 6 a sua ‘sensibilidade 4 temperatura: sua resisténcia di- minui com 0 aumento da temperatura, a fluéncia também aumenta com a temperatura. Praticamen- te, a temperatura das pecas de concreto ndo deve ultrapassar os 40°C. Espera-se que os quimicos possam melhorar esta caracteristica negativa. Em cardter experimental jé foram feltas passa- ralas para pedestres com estes concretos de plas- tieo (NT) 198 de concreto, no qual a totalidade do clmento tenha sido substituida Bor sua vez, tido a velocidade de endurecimento reguleda através d tureza e quantidade de endurecedor. A quantidade de resina empregada varia entre 10 a 14 peso dos agregados. RESISTENCIA A, RESISTENCIA A ‘COMPRESSAO AA 20" TRAGAO A 20° “Poliesters” “Poliesters”| “Epo i faim oe oa RESISTENGIA ‘CONCRETO DE “POLIESTERS™ CONGRETO DE "EPOXYS* COLAGEM DE CONCRETO As resinas sintéticas, no estado liquide ou pastoso, sic gerelmente adesivas, ou seja. aderem aos materials sélidos e logo endurecem. Po- dem permitir a ligagéo de pecas de conereto entre si e outros mate- iais como 0 ago, tijolos, pedras ete, As colas mais utilizadas s3o de quatro tipos : Estas colas podem ser utilizadas tanto sob a forma de preparada com areia fina sem cimento, quanto puras ow com pé mineral. No primeiro caso sao aplicadas com colher gundo, com pincel e no terceiro com espatula. Estes Argamassa de cimento para revestimenta + 10 15% de emulsio. larga aplicac¢ao na recuperagao de estruturas danifis As superficies concreto velho devem ser limpas de toda a nata de cimento. A rée- mogao se faz com pen- teiros € posteriormen- te limpas com esco- vas. télicas devem pas e todos removidos: de escova ainda melhor, de sobre a ruptura $6 dé algu: mas vezes fora da érea de colagem. Resistén- cia até 40 kg/em® fa ruptura se dé por ¥e- zes fora da area de co- lager. Emprego dali ser pad. a ruptura se dé fora da drea de ea Ruptura_na_colagem. Resisténcta a tragko menor que 25 kg/em= a a- Ruptura na cola. Re: téncia & tragdo por ve zes menor quo 25 ky/ e torecém mistu: ‘com conereto |6| Portanto, do exame deste quadro conclui-se que é prefe geralmente na cola, resisténcia nor ‘malmente muito boixa a Ruptura geralmente na fo, resisténcia fraca. rivel, para obtengao de bons dos, empreger colas Epéxicas. ra da cola, mente quando da carga minéral Apés o estudo da composigao granulomé- trica sera necessério verificer diariamente a consténcia da camposigio dos agregados, Por penciramento, e a umidade, com a fina- lidade de serem procedidas as corregées re- ferentes 4 quantidade de agua de mistura. O controle deve, em seguida, ser efetuado na boca da betoneira, de modo a poder ser cor- rigido erro de composicao, A principal oper cao serd de verificar a quantidade de agua de mistura que certamente haverd em execessa. © pracesso mais simples para e verifica- go da quantidade de agua da mistura do con- creto é 0 de frigideira a dlcool Um peso de concreto (2 kg Coloca-se em sequida 1/2 | Em seguida quando fogo Por exemplo) 6 colocado na de élcool ¢ acende-se 0 fo: id apagou coloca-se o outro frigideira e bem pesado. go. Agita-se a mistura com 1/2 | de alcool e repete-se uma barre de ferro @ operagéo até ficarmos A quantidade de agua é obtida pela diferenga entre as dues pesagens. CONTROLE DO CONCRETO NO CANTEIRO Esta 6 uma operacio que deve comegar, des 0 inicio da obra, com a andlise das matérias-p mas. com material seco. Pesa-se novamente, © controle de granulometria se faz facilmente por meio de uma série de peneiras, onde se coloca o concreto re cém-misturado. Este concreto ¢ lavade com digua Pode-se deste modo determinar as condigées de funcio namento da betoneira Verifica-se em seguida a traba- Ihabilidade pelo cone de Abrams ou da mesa de abatimento. A vibragio é verificada por meio de uma barra (vide vibracao, pag a). Q controle do concreto endurecido permite ve rificar se a resisténcia do concreto corresponde & resisténcia anteriormente estabelecida. Para tanto, efetuam-se amostragem do concre- to recém-misturado. Estas amostras sdo moldades em formas apropriadas. A amostragem 6 feita no local de aplicagaa. O concreto é colocado em um sarrinha e em seguida novamente misturado por meio de pa, ou colher especial, de maneira a se obter uma amostra bem homogénea, e em sequi- da maldam-se os corpos de prova nas formas ou moldes especiais PARA ENSAIOS DE COMPRESSAO PARA ENSAIO DE FLEXAG ‘Os moldes ever ser muito (Os moles eilindriens tom afture rigidos. Alguns paises Usa igual ae dobre de dllmatro cubless outros eilindeleas, No Brasil somente normalizada a utilizagio de formas cilindricas. zes 0 didmetro da base, sendo considerado padrao o cilindro de 15 metélicas, com espessura de parede de 3 mm, Apresentam melhor resultados as formas que tem o fundo aparafusado fuga de argamassa. AS FORMAS DE MADEIRA DEVEM SER ABSOLUTAMENTE PROIB “a Torena em eart30 Jnqueta, mete unio ola, Ha alqumas tentativas no sentido de utilizar formas de plastico, de papelao parafi ou mesmo de folhas metdlicas finas, sendo as duas ultimas, utilizadas uma so BS A desmoldagem é feita depois de 24 horas, tendo-se tado 0 cuidado a fim de ‘9 corpo de prova, com 0 concreto, ainda de baixa resisténcia & traco, nao sofra cl ques ou pancadas, que poderiam produzir fissuras internas que afetam grandeme: sua resisténcia final Quando se utiliza um cartéo parafinado por dentro da forma metélica, hd facilidad da desforma e de remessa para 0 laboratério, através de duas cobertas de cartao qu sa0_fixadas por fita colante, evitando-se a evaporagao da agua e a conseqiente s cagem do concreto. ‘0 uso do cartéo in- terno & forma, nao é usado no Brasil, apre- senta ao lado das van- tagens enunciadas, al- gumas desvantagens. Seu maior inconveniente seria.o da impreciséo da segio, pois haveria dois a trés por cento de variacao, o que torna o proces- so desaconselhavel, para uso em laboratério, porém ainda ad- missivel para controle em obra. © enchimento das formas é normalizado também. Até os pri- meiros meses de 1974, no Brasil, enchiam-se as formas em 4 camadas. Atualmente as formas podem ser chelas : a. Em trés camadas devidamente socadas com uma haste metalica de 16 mm de didmetro para concretos cujo aba: timento medido no cone de Abrams seja de mais de que 2 cm (concretos razoavelmente trabalhaveis). ' b. Para concretos destinados a sofrer vibragao enérgica as formas so cheias em duas camadas, vibrando cada uma delas com vibrador de imersdo ou mesa vibratéria de ¢a- racteristicas conhecidas. Cada camada é vibrada durante 1 minuto. A face superior é alisada com a haste ou com régua metélica, a fim de que 0 corpo de prova tenha uma altura constante, o que se consegue com o nivelamento superior feito em duas direcdes perpendiculares. Evitam- se cavidadés, colocando-se nos topos um pouco de arga- massa colhida no préprio concreto. Na falta de mesa vibratéria, pode-se ou colocar a aguiha do vibrador dentro para diminuir 0 perigo da desagregagao. Deve-se maior do que 38 mm. Depois da desmoldagem. os cor: pos de prova devem ser conserva- dos de preferéncia em uma caixe cheia de areia dmida, com espessu- ra minima de 5 om de areia sobre todas as faces do cilindro. A areia deve ser copiosamente molhada depois de colocados os corpos de prova no lugar Para o conéreto destinado a ser com- pactado facilmente com abatimento de 3cm ou mais, a compactagao na forma € feita com uma barra de ferro de 16 mm de didmetro com cerca de 60 cm de com: Qualquer que seja a maneira de com- pactagio, 0 corpo de prova deve ser con. servado no molde, protegido por uma co bertura durante 24 horas. ‘A mareagao deve ser feita na obra. sem quebrar as faces, com ajuda de um aplcar um vibrador de imerséo nas paredes dos moldes no concreto € retirar lentament= empregar agulhas de pequeno Giametra | primento. lapis estaca de cera. Tanto nos moldes como nas xas, os corpos de prova devem protegidos, devendo per temperatura ambiente do No laboratério, a conservagse feita em atmosfera saturads Ge dade, e 08 corpos de na temperatura de 21° + 2 Para o ensaio de compressa, faces do cilindro devem ser Ihadas, seja por abrasio, seja pasta de ciménto Temperatura s oe O ENSAIO DE COMPRESSAO deve utilizar pelo menos 3 corpos de prova por idade, (NB-1/74 art. 8.4.4.1). Um s6 corpo de prova por idade néio tem significado A maquina de ensaio ou pren- sa deve estar munida de um prato articulado que, em principio € 0 prato superior. Os pratos devem ser praticamente planos. A sensibilidade da maquina deve ser de 1%, no maximo, da carga aplicada R-of © ENSAIO A FLEXAQ pode ainda ser feito sob uma carga concentra no meio do vao ou 2 cargas concentradas aos tercos dos apoios. Em alguns paises aproveitam-se as metades dos prismas, apés 0 ensaio de flexso, para fa- zer 0 ensaio @ compressao aproximada. Para is- to colocam-se 2 pratos de segéo quadrada com lado igual a b, exatamente um sobre o outro, conforme figura do lado. Observa-se entdo que © concrete Se rompe por compressao come se. fosse um cubo de lado b. O ensaio de tragao também pode ser feito por compressao. diame- tral conforme vimos na pag. 120. © controle da resisténcia a tragdo @ muito Litil no canteiro de obra, porque dé um excelen- te indice de qualidade, é facilmente executado, @ permite controlar o tempo de desforma, BT As méquinas de ensaio devem ser qiientemente aferidas. O ensaio @ flexéo deve ser feito sob mento constante. O momento M é apli em uma extremidade enquanto que outra: fortemente engastada Deduz-se a resisténcia a tragéo na x0 = (RR) Observa-se geralmente que a resisténcl & tragdo pura é 6/10 da resisténcia & t 80 em flexdo, sobre prismas de 7 cm lado. 6 ys Le 1p 2 ys ys us Ir Os ensaios enumera- dos sao essenciais e po- dem ser realizados em um pequeno laboratério de cantelro AUSCULTACAO DE OBRAS EM CONCRETO Um corpo de prove de concreto representa 0 concrete da obra? Esta questo é posta freqiien- temente em discusséo, pois vérios fatores so In- tervenientes, como por exemplo, o efeito de pa rede que faz variar a comparagao. A experiéncia tem mostrado que, frequentemen- te, a resisténcia dos corpos de prova extraidos da estrutura é maior do que a dos corpos de prova testemunha moldados na obra. Para se ter melhor conhecimento da qualidade efetive do conereto, de sua compacidade, procura-se um meio no destrutivo, denominado. auscultagao. processo mais usual e 0 mais eficaz, & @ auscultago pela medida da velocidade do som. A propagagdo do som em um sélido se faz sob a forma de ondas (Onda 6. Compronsia T A transmisséo se faz.por meio de onds ‘Onn de istorg8o de compressao longitudinal e onda de distorgao transversal. © trem de on das_longitudinais pe propaga mais trom de ondas di distorcae rapido do que o 7 t trem de ondas de distorcao. Mas estas duas ondas nao se propagam com a mesma velocidade. a © conhecimento destas duas velocidades do som em um solide, elesticidade ¢ 0 coeficiente de POISSON [ver 0 processo de defor Tomemos uma peca de conereta de comprimento L e apliquemos em uma extre choque ou impulse. Este impulso se propaga pela peca com a velocidade V chegando a ext dade B onde ela reflete como uma bola de ténis até a extremidade A, onde ela se reflete de vo em diregao a B. = 4 Se provocarmos, no instante em que a on- da chega em A, um novo impulso, a intensi- dade das deformacées se superpdem e a am- plitude do movimento aumenta. Na extremidade B da pega, a amplitude do movimento é maior quando 0 tempo decorri- do entre dols mpulsos sucessivos correspon dem & duracao de ida e volta da onda. Dizemos entao que a pega esta em resso- nancia. Ela vibraré como um péndulo solto em sua freqiiéricia propria. © aparelho de medida é simples: a pega do conéreto € colocada em uma almofada de plastico macio e ligada em uma extremidade aum emissor de som e na outra extremidade a um receptor. A variagéo de freqliéncia de vibragio do emissor faz variar a amplitude do movimento da agulha do receptor, que é entao medida por meio de un oseilégrafo catédico ou oscilos- cépio. Mede-se entao a freqliéncia (n vibra- c6es por segundo) que determina a amplitude maxima. Esta freqUéncia indica que a onda faz uma ida e volta por segundo, e a velocidade V ¢ N vezes o dobro do comprimento da pega oy [F2 0 antes ‘onda longitudinal Este medida de propagacdo do som mos indireta e s6 pode ser feita em compos Ge que dado em um ponto faz su da, longitudinal e transversal. que se pode nar segundo a posicae que se dé 20 rec O tempo necessério para que o trem de se de um ponto A @ um outro ponto pen cular a velocidade de propagacao. Esta medida pode ser na superficie creto ou no seu interior _ Na pratica, estas medidas sao feitas lhos eletrénicos, especialmente estudados preciséo de um milionésimo de segunda gundo). Estes aparelhos 580 hoje de uso pelos tecnologistas de concreta. a) emissor Comprimenté de medida Quando a qualidade do concreto muda, a velocidade do som varia. Isto permite re irregularidades da mistura do concreto e determinar partes do concreto danificads ‘dio, por fissuramento, corrosdo da armadura, defeitos de concretagem etc. ‘Quando hd uma fissura. o trem de onda deve contorné-la, isto provocaré um atraso) cdo da onda, permitindo caleular 4 profundidade da fissura. ATRASO Qo mesmo se dd quando hé um defeito interno. posigdo é dimenséo podem ser determinadas pela medida dos tempos de propagagao. “Pode-se ainda determinar, com boa precisio, a ‘espessura das camadas superficiais que se acham alteradas usas acidentais come fogo, cor- rosio etc... conhecer exatamente a qua- do concreto, é necessério re- er a velocidade do som ao mé- idade ¢ a resisténcia. densidade aparente dividido pelo volume), 0 md- declasticidade E, ¢ Igual a0 9 da densidade aparente pelo do da velocidade das ondas Jongitudinais. de elasticidade — aparente ef y Dx ( Médula Densidade Melockdade: do Som Se a medida da densidade aparente é facil de se pelo peso do corpo de prova do cancreto, na obra & tremamente complicado. Utilizam-se entéo as ralos ma (%) que 80 absorvidos proporcionalmente 20 da matéria encontrada em seu caminhamento Basta colocar_um emissor de raios (constituido de nissimas particulas de energia denominada fotons) de contar o nimero de fotons que aparece em um Co! dor Geiger para medir a absorcao. Ainterpretagdo é imediata em/N espessuras._ Em perficie é interessante e efetuar uma aferi¢ao diferentes sélidos de densidades conhecidas. proximada dividindo o quadrado do valor de E pe- do coeficiente K. Este coeficiente K, 6 préximo 21.000 ka/cm2, Este coeficiente pode ser mais precisa- 2 determinado, através de experimentacao em um de- RESISTENCIA ( f ) terminada concreto ou numa obra especifica. A COMPRESSAO K esto alguns resultados estatisticos da medida ob- tidos experimentalmente. determinar a resisténcia a compressao pelo conhe- ¥ do médulo de elasticidade E, pode-se operar de (=) ‘oon glen’ | asoanm gem= | s00000Kg/om* | 350000 ka/em* ] sonoooAg/emt 250000 ka/em* | 00000 kg/em? | aso0b0 ky em® | 200.000 kg/em* | ¢s0000Kg/em* 225000 holo! | arsoan igfemt | 225 000Kpemt | 15.000 ka/on? | 428000 ha/em* Mew Mesioers Passive! ea 0 talon! 120 kg lem? rT geo 250gfemt 78 gies . 2 a = . 125 efor? 200 Agee? 200 ba/em* 400 kare? STB kale Tooke? |e ear 2a ka) Boole Erica ‘est3o sendo desenvolvidas pesquisas no sentido de se obter melhores resulta da resist@ncia 4 compressao, através de métodos combinados de ultra-som ensaios esclerométricos. (N.T.) Ponte Pequena, acabei de fazer um resumo da ciéncia do concreto. Se vocé quer saber mais coisas, aconselhoo a ler as obras abaixe relacionadas, escritas em espanhol ov em Portugués. BIBLIOGRAFIA tetim Bauer, numero 1.86 — 1976 Conctetos Hidrdulicos JoSo Fulgéncio de Paula, Ese. Eng. Belo Horizonte Ultra Sam @ resisténcia do concrete 1972 ‘Revista Politécnica SP Wolle, Riodet e Falcdio Bauer. Usos de Aditivas para concréto SENAI 1973 (MA Azevedo Noronha @ LA Falcdo Bauer Fabrico ¢ propriedades do betéo 2 volumes 434 fis. A. de Souza Coutinho LNEC Lisboa 1974. Elaboracion del concreto y aplicaciones, L. J. Murdock CECSA — México 1964 Concretos de clmento portland y asfalticos CECSA TO Larson, México 1968 Materisis paca concreto armado Helio Martins dé Oliveira Publicagdo da Universidade de Moji des Cruzes — SP ‘Concreto de Cimento Portland Elédio Petrucci — $. Paula Materiais de Const José Dafico Alves ALVENARIAS A execugéo do concreto esté associada @ regras precisas que [a foram lembradas. As alvenarias de tijolos ou de pedras re- querem também culdados especiais na sua realizagdo. Nas paginas seguintes encontram- se algumas Indicacdes sobre 0 assunto. CONSTITUINTES © PEDREIRO DEVERA ESCOLHER SEU TNOLO tijolo de argila tijolo de cerémica turado tijolo de concreto leve tijolo leve e verificar se suas qualidades so suficien- tes para o fim desejado. Estas qualidades 880 : a ee dimensées corretas resisténcla poromdads: Aresisténcia mecanica que é determinada pela compressdo ¢ ruptura em uma prensa. de um prisma composto de duas metades do tijolo, superpostas e ligadas por argamassa de cimento. O ensaio é feito cém-6 amostras _escolhi- das ao acaso no lote 6 de seus resultados, + ‘obtém-se 0 valor médio. Face ao resultados” saberemos se é possivel sua utillzagéo,-de acorda com as Normas Brasil 350 ka/em* (250 kg/em* 125 kg/cm? ani ‘Trabalhos wepeciais que necesaltam do grande resistineis ‘rabalhas ie slo necessitam de grande De toda maneita a categoria poderd ser escolhida apés o céloulo das cargas que seréo supartadas pela alvenaria. APOROSIDADE do tijolo 6 medida fazendo- © secar em estufa a 100", depois, colocé-lo parcialmente em agua durante 4 horas e, em seguida, durante 48 horas totalmente imerso. ER — Fives ys “Th A diferenga entre pesos, antes e depois da imerséo. relacionada a0 peso 8600, dé 8 porosidade ou peso d’agua em porcentagem, que o tijolo pode absorver. eae A CAPILARIDADE do tijolo pode ser determinada pelo seu poder de’succao em rel que esta ao seu redor, seja ela proveniente do solo, da atmosfera ou da argamassa Gas © tijolo previamente seco ¢ colocado verticalmente em uma forma contendo 1 cm de altura de agua. Observa-se entdo, a agua subir lentamente no tijolo por efeito de capilarida- de, formando uma faixa mais escura. Pesagens sucessivas do tijole, mostram que a diferenga de peso “p” é propor- cional a raiz quadrada do tempo: p = K Vt P O valor K = —— 6 chamado coeficiente de capileridsde, ©'¢ tanto menor t quanto menos absorvente for 0 tijolo; t 6 0 tempo em minutos da subida da agua pelo tijolo. Pode-se detectar a presenca de nédulos de cal, pe- la imersao dos tijolos em agua fervente, durante trés horas. A cal se manifesta por pequenas crateras qué surgem na superticie do tijolo, ou por esfoliagdes. No canteiro, pode-se ter uma idéia aproximada da Fesisténcia do tijolo, procurando-se riscé-lo com um ca- nivete e, comparando 0 seu comportamenta com o de ‘outro de qualidade conhecida. Tem-se igualmente idéia da porosidade, examinando-se a velocidade de absorcdo de uma gota de gue colocada sobre: 0 tijolo. limpa, isenta de argila e de matérias orgénicas (vide concreto). A na- ftureza do cimento e a dosagem devem ser ‘escolhidas com base ne resisténcia que de- "We ter a alvenarie, no sentido de suportar as cargas a que serdo submetidas. 10 BRAS! 1 CAL HIDRAULICA 20-60 100 — = es Devem ser evitados os cimentos de alta percentagem de es- c6rias, cimentos ferrosos e de alto forno (metalurgicos). Estes cimentos devem ser eliminados no caso de assentamento de alvenaria aparente. DISTINGUEM.SE QUATRO TIPOS DE ARGAMASSA, A PARTIR DO CONSUMO DE AGLOMERANTE UTILIZADO POR METRO. CUBICO DE ARGAMASSA MEDIA GORDA MUITO GORDA fata 400 kg de 450 kg de S00 ka de aglomerante agiomerante ‘aglomerante por m orm? por m? Pode-se substituir uma parte do cimento par cal, com a finali- dade de dar 4 argamassa melhor trabalhabilidade e melhor ade- réncia ao tijolo Moles C ou B © ‘aglomerante 100 ‘aivonaria de tijolos.furadon tobe | ertrturse au enchimentos t 2 ka/ema 3 ko/eme | drctmnssa media iegomasso, gorda ou | de eimonto (160) | mutta gorda de {anne eas 10 9 16 bayome massa media 20 kg/eme 5 glen | Segnmosss gords roomasss mals | de cimonto 250 Ea ‘Se omemae 20 ou #00 1 OBSERVAGOES Para paredes submetidas a severas CO umidade e chuva, deve ser empregada arge da. Para paredes internas e vedagao com tante, podem ser empregadas argamessas = ra 0 caso de emprego de tijolos macigos @. média para o caso de tijolos vazados. Uma) cal na argamassa, garante uma melhor & ‘de, porém, diminui a resisténcia. Alguns tijolos, fabricados com argilas 9 em cal ou insuficientemente coridos. tém & de inchar sob a aco da umidade (1 mm por mais). A alvenaria de aperto sob a estruture presséo, e pode romper-se re e Para que este tipo de acidente seja rades de vedag3o devem ser montadas Iha de madeira macia, ou ainda, devem ser as particulas de tijolos defeituosos. A deficiéncia dos tijolos, pode ser feita sai0s de inchamento em autoclave, com do a 10 kg/cm2 de pressao e em te mada de 180°C. EXECUCAO Qs tijolos aperentes a0 montados : com régua, com juntas regulares e segundo 0 desenho previst A espessura das juntas 6 escolhida em decorréncia do aspecto desejado, mas. a gra- nulometria da areia emprega- da difere segundo a sua es pessura. Em tempo de chuva : As alvenarias recém terminadas devem ser mantidas a0 abrigo da chuva. Antes de serem utilizados, 08 tijolos devem ser molhados com a finalidade de evitar que absorvam 4gua da arga- massa, Nao devem, no entanto, ser encharcadas, pois acarretard o apare- cimento de eflorescéncias Em tempo chuvoso, € indispensdvel manter os tijolos ao abrigo da chuva. Os tijolos comuns sao assentados com junta de amarraco. Em uma parede, @ par- tir de 22 om de espessu- ra, @ amarragao mostra: Parade de 22em ré tijolos de tapo. > mS a tants de menos de 5 ri Ses ‘cela de 0.90 9 0.31 mm dunta de 5 2 15 me. i Em tempo seco Deve ser proce- dida a molhagem freqiente da alve- naria, com finali- * dade de evitar a evaporagia brus: ca Cimento @ area fina Arela de O06 8 1.26 mm, Toda fachada em tijolos aparentes devera ser rejuntada. AS juntas sao rebaixadas cerca de 2 a 3 cm e, em seguida molha das. A argamassa para rejuntamento deveré ser gorda com com sumo de cimento minimo de 250 kg/m3, As juntas muito profundas per- mitem © acimulo de agua de chu va, devendo pois ser evitadas. Na execug’io de cintas e de vergas, o concrete nao deve aparecer na fachada. Estas pegas devem ser construidas re- cuadas de cerca de 1/2 tijolo. As fachadas devem ser protegidas por meio de pingadeiras. 4 Em decorréncia da possibilidede d movimentagao de sais soliiveis na massa dos tijolos, por causa da umidade, podem aparecer nas superficies das _paredes eflorescéncias. Estes sais 40 formados pela reacdo dos sulfatos, eventualmente existentes fos tijolos; com os alcalis do cimento. A formagio destes sais pode ser evitada, néo assentando tijalos em dias de chuva e, nao empregando tijolos que estejam encharcados. Um excelente meio de se testar a ca- pacidade do tijolo e do aglomerante de formarem sais, ¢ 0 procedimento dos testes ilustrados na figura 20 lado Observa-se © aparecimento de eflorescéncia, quando 0 merante nao € de qualidade satisfatoria para o as: Be cectacis dos tijolos em observacao. Os cimentos de escéria ou de alta percentagem de causam frequentemente o aparecimento de eflorescéncias. cal hidraulica normalmente nao acarreta este fendmend. As eflorescéncies podem também advir da aqua do solo sobe por capilaridade. Com a finalidade de evitar a subida gua na alvenaria, por capilaridade, é recomendavel a de ume camada isolante de argamassa de espessura preparada com impermeal pode-se fazer desoparecer as eflorescéncias, por lavagem com jatos de ‘Agua sob pressio No caso da eflorescéncia continuar, a la- feita com égua levemente RESISTENCIA A RUPTURA A resisténcia ruptura das alvenarias é, geralmente, menor do que a dos elementos que a constituem, a saber : tijolos, ar gamassa, pedra. Os resultados de ensaios procedidos com blocos de 45 cm de tijolos da categoria B com diversas argamassas preparadas com cimento Portland 250, cal e areia, constam dos quadros seguintes Categoria B cal Aan cm por en! om hoy me Sees bees oe cee rae anes : eet ocr Reece) ajer Sass. i D — << S —— y/cm oe Geeta aone" Guar meee E. portanto, indtil empreger argamas- as ricas com consumo superior 4 500 kg de cimento por metro cubico Foram ensalados também blocos executados com pedra calcéria @ assentados com argamassa de cimento, cal, € areia. A resisténcia da pedra foi d terminada a partir do ensalo em cubos de 7 cm de lado. © quadro seguinte, ilustra os resultados obtides nos en- salos Af — carga correspondente ao aparecimento da primeira fissura & Rr — carga de ruptura da parede Re — carga de ruptura do cubo de pedra 0.35.0 Resisténcia da Resisténcia dos blocos an Eyam? ‘Assentamento com “Assentamento com argemasos de cimante argomassa de eal AE = 160 kg/om* Re = soo kam? > 200 kg/em? RE = 60 kg/em? = 70 kg/em? Re = 150 ko/em® oa 9.40 7 ] Relagéo -BL- 0,40. 0,47 | Verifica-se que a carga de ruptura da parede é sempre inferior & metade da resisténcia docubo. 18 A resisténcia de paredes © muros € em painéis de 2.50 m de altura © 120m ra, em prensas especisis. A rupture Se dl mente. de maneira brusca. Se a carga centrada, hé um esmagamento. Se a cargs == céntrica, hd uma flexSo da parede. que se em duas partes conforme se nota no abaixo. Carga chamada excéntrica, 6 aquela que ndo & aplicada no meio da espessura da parade. Eo caso de uma verga, por exemplo, Chama-se excentrici- dade a relagdo a A resisténcia da parede, ou seja, sua carga de ruptura, diminui quando o valor da excentricidade ‘aumenta. Se a carga # P para um valor bem centrade, ela sera 0,75 P pare uma excentricidade & = Te 9.60 P para um excentricidade + (conforme vere- mos na pagina seguinte). Me péc. 159, weremos as resisténcias de um certo numero de paredes de naturezas diversas. ill Um muro ou uma parede deve suportar, sem deformacdo apre- cidvel, uma carga horizontal que the seja aplicada. O ensaio é feito pela aplicacae de forca através de um macaco e sao medidas as de- formacdes e a carga de rupture Um muro de tilojos comuns de 22 cm pode suportar uma carga aproximada de 15 toneladas. Um muro de tijolos furados de 15 cm pode suportar uma carga horizontal de 1 tonelada; Uma parede de tijolos furados de 10 cm : 750 kg. Uma parede de places de gesso de 5 cm, com reves- timento dos.dois lados : 150 kg. Uma parede diviséria de folha de madeira aglomera- Disco de Um muro de tijolos comuns de 22 cm pode suportar Um muro de tijolos furados de 15 cm pode suportar Uma parede de tijolos furados de 10 cm, pode su- Uma parede de tijolas comuns de espelho com Uma parede de placas de gesso de § cm: 200 kg: Uma parede divisér da com gesso nas duas faces ; 150 kg Sobre os muros em geral, so fixa- das cargas de la- vatérios, aquece- dores. prateleiras etc. Para se efe tuar 0 ensaio, fi xase um consol na extremidade do qual se aplica uma carga P. Con: forme dispositivo ao lado. uma carga de 2 toneladas umm: arga de 1 tonelada; portar carga de 800 kg: 5,5 cm : uma tonelada: de madeira aglomerada com gesso de 8m: 100 kg, Vejamos agora alguns resultados de ensaios efetuades em muro de 2,50 m de altura entre vigas de concreto e carga centrada. Conereto colocade entre formas. concrete colocade entre formas ‘CONGRETO COMUM Reslattneia do elindre 150 ka/or® Resisttacia do muro 190 kg fom? ‘CONCRETO COMUM ‘Resietonets do cliidro 210 kg/em? Retistinele demure 180 kegfem? (CONCRETO LEVE DE ARGILA EXPANDIDA = donsidade 1.4 ko/! Resiaténcla do clindeo 170 kg/em? Resiaténcia do muro 180 kgfern® ‘CONCRETO LEVE DE ARGILA EXPANDIDA donsidede 1,Tka!t Resistncia do cilgro 210 kale? Resistencia do muro 180 kalent™ BLOCOS DE CONGRETO agregade peasdo densidad 2.20, i eslstBocia 130 kg/em® azteca da ro 0 kofera? LOCOS DE CONCRETO CELULAR densidade 0:70 kg/ Resletécia caluiar do muro a8 bg/em? LOGOS DE GONCRETO CELULAR densidade 058 Keil ‘Raregade pesado densidad 225 Resistencia 180 kp/em? Reslatbnela do muro 48 kgfem? Resisténcia celular de muro . 22 kafem? Alvenaria ALVENARIA DE TUOLOS COMUNS — Tijio Ae 6 Resistencia de argomassa.200 a 300 ka/cm® Reslstincla do mune 200 260 kgfom? ‘TuOLGs © Reslettncia da argumasen 100 9.200 kg/em® Resisttacia do mura menos de 100 gem? TUOLES C ‘Raststncia da argamassa 109 a 200 kg/cm Resivténcls do murs 100 a 200 kg/em® TUOLOS ESPECIAIS Resistincia da argsenassa 100 a 200 ke/em® Resistincla do muro 100 8 200 kgfem? Tijolos furados arcemesse 100 2 200 ka/em? TUOLOS COM 10% de vazios TUOLOS COM 30%. de vaxio Resistencia de 45 ko/em? Resisténcia de muro AT kg/em™ Rosistncia 240 kg/em? Resisténcia 160 ka/em? osistincla do muro Rosisténcia do muro 8 kale? 50 ky/em? ‘TUOLOS COM 60% de vazios ‘TWOLOS COM RUPTURA DE JUNTA Rasiatancie 58 kg fem2 Reslattncla do muro 15 kg/om? é , ARGAMASSAS i. Sao-destinadas a proteger as paredes de tijolos, de 1 =! @ indicar © memento de aplicagao da pintura; 6 uma de condensador plano onde a capacidade elé- trica varia de acordo com a umidade do revestimento, com 0 qual esté em contato. A leitura do aparelho in. dica o grau de umidade, a partir do que se constata a possibilidade de aplicacdes da tinta. Face @ rapidez com que as obras séo atualmente construidas tém ocorrido com certa freqdéncia queda dos revestimentos, por falta de carbonatagao da cal. Isso ocorre por se. impedir a reagdo quimica entre 0 cal e 0 CO? do ar. pela aplicagéo de pinturas plésti- sobre as argamassas de reves. timento antes do processamento da reagdo, que por sinal é lenta. cas ou impermedvei No Brasil, utiliza-se normalmente a argamassa com pasta de cal, adicionando-se areia fina & da. A resisténcia mecénica e a dureza sao das, porém as propriedades de resisténcia aa mento térmico @ a resisténcia ao fissuramento $30 duzidas, Hoje comecam a ser utilizadas maquinas de 680 de argamassa fina, que podem reduzir a obra de maneira apreciavel, (cerca de 33%) p do servigos mais compactos. — ISOLAMENTO CONTRA O CALOR E O FRIO AAs paredes nao sao feitas apenas para supor- tar as cargas, mas ainda para proteger 0 ambi- ente contra variagdes térmicas. £ necessdrio, entéo, conhecer o poder de isolamento dos ma. terlais de acordo com a sua natureza e a espes- sura empregada. Quanto maior o poder isolan- te das paredes de uma construgdo, tanto mais ; facil _manter uma temperatura confortavel e mais facil seré manter seu interior agradavel Para avaliar esse poder de protegéo, duas caracteristicas devem ser de! ral da matéria determinada e se chama condutibilidade térmica, indiada em geral pela | lambda (5); outra 6 propria da parede, ¢ leva em conta a umidade ® a traca de calor superficie e meio ambiente, Ela indica a transmissdo de calor entre o ambiente interno © ‘terno Consideremos uma parede constituida por material neo, como concreto, por exemplo. A temperatura inte rede 6 20°C e a exterior de 0°C. Apés um certo tempo lece-se um equilibrio e vemos que as temperaturas na da parede decrescem de 20°C na face interna até OC externa, de tal sorte que na parte média, em relagdo 8 ra, a temperatura é de WE 4 OC 10°C. As unidades de quantidade de calor chamam-se © clas passam através de parede como perticulas de matéria permedvel. Se de um lado de uma parede ti pressdo de agua de 20 kg/cm? e do outro uma pressao de: cm2, a quentidade de agua que atravessa € dada pela Po Qa= K onde h é a espessura e K 0 co i permesbilidade Da mesma maneira se define o cosficiente de per de das calorias que é 0 COEFICIENTE DE CONDUTIBI TERMICA, ou lambda (2). Entéo Oc= ) = 6 0 fluxo ou a quantidade de eal (definida em quilocalorias) que atravessa uma superficie nf com espessura de 1 m, durante uma hora para um diferenga de temperatura entre as faces = Quanto maior for lambda (1) mais permedvel ao calor nos isolante seré a parede. Vejamos alguns valores do DE lambda (>), que permite Rovestimente 4 concrato do arg expendi donsidade 1.5 1 da 08 908 4 Concrote 4 concrete do argita arglla expandida ‘expandida densidode 1.0 donsidnde 9.5 concrete collar densidade 05 = 0,30 0,20 0,20 & 0,25 4 conrets 48 Fd coe ‘toes do made dentidade 08 0,12 4) raost tira 4. orticn aplomerata fo maceien danas 02 4 oo ys ‘stoanénoglmaraos i= 0,06 a 0,18 2 = 0,04 cargas). Vejamos al 13 a8 guns dados médios: | ppl gy Quende a gua passa por um tubo, este emite um ruido tanto mais elevado quanto maior a velocidade do liquido e, o que é mais impor: tante, 0 ruido aumenta com a saida d'agua. A intensidade do ruido depende, igualmente, da natureza do material do tubo. Assim é, qi para uma velocidade de agua de 5 m/segundo, a intensidade em dB dos ruidos, medidos em um tubo de 15 mm de diametro interno © de 4 metros de comprimento, s0 es seguintes, de acordo com 0 material CARA DAGUA Exvatiomenta 70.48) Encher 0 Fesereattee durante au & minutos 60 cobre 45 dB plastico 41 a8) aco. 38 dB chumbo 38 dB cabre revestide de plasn 28 dB i Logo que as instalagées estao fixadas por grampo numa parede es- treita, as vibragdes sao transmitides a parede. que passa a vibrar e emitir sons. Para grampos de fixacdo em aco, do tipo de classico, os tubos de cobre emitem 54 dB, em lugar de 46 2, a tubulacao de aco. 45 d8 em lugar de 38. Por esse motivo, recomenda-se a utilizagio de fixadores de matéria plastica, que atenuam este efeite. Para os tubos de cobre,o numero de dB desce a 48 €, para os tubos de aco, para 39 dB —*_& CORREGAO ACUSTICA dos loc: maneiras, no entanto, essencialmente, para os ruidos faz-se por uma absorcdo junto a fonte emissora e, para os des externos, por isolamento. Quando uma onda sonora cl 2 uma parede, uma parte do som 8 é refletido pela superti da parede e, outra parte C se transmite ao quarto vizinho exterior. O som B refletida, bate em outra parede que, mente o reflete, é assim por diante. Esta sucessio de nos ecos determina, na sala, um nivel sonora que se ate mais ou menos lentamente, de acordo com a natureza das redes, que, a cada reflexéo, absorvem um pouco & inte sonora £ 0 que se chama “fendmeno de reverberagao”, na linguagem corrente, diz-se que a sala é so- nora ou surda. Se damos um tiro de revélver numa catedral, © ruido parece mais forte e per: manece mais tempo do que nu- ma sala com cortinas. A con- versacdo em local reverberante pode-se tornar dificil de enten- - der © COEFICIENTE DE ABSORGAO € a relacio entre a energia sonora absorvida, ea € nora emitida. Mede-se em laboratério, em salas essencialmente reverberantes. Aqui ‘guns exemplos para diferentes alturas de som Parede lisa em marmore Conereto liso pintado Material fibroso (carpete) Polietitenc expandido © ISOLAMENTO ACUSTICO dado por uma parede ou uma diviséria, é a diferenga entre o nivel de ruido do lado do emissor é do lado do re- ceptor, 0 qual deve ser prote- gido do ruida, Tambem se ex- primem em “decibéis” Para uma mesma parede, o isolamento cresce em relacio a altura do sem emitido. Como exemplo, diremos que uma parede de tijolos de 5 cm, tem o isolamento de 34 dB para sons gra- ves, 40 dB para os médios e 50 dB para os sons agudos. Mas, € necessirio saber. que pode existir um defeita de isolamento numa determinada freqiiéncia. Para o exemplo precedente, en- contra-se entre 300 e 1.000 hertz, uma queda de 8 dB. Esta fre- qiiéncia critica diminui quando a espessura aumenta. Esta fre- . K aUéncia pode ser calculada pela formula: Fe = —, onde K é lamento em dB um coeficiente do material “e” a espessura em cm. Para tijolos comuns, K esta entre 2.500 e 5.000, donde Fe 3.750 médio ¢ de Se: FREQUENCIA © mais grave € que, 0 espectra dos ruidos de conversagdo passa por um maximo perto dos 600 hertz, podendo ser inteligivel atra- vés de parede, para o concreto K = 1.860, e para uma parede de blocos K 2.700. Vejamos agora, quais as ISOLAMENTO ACUSTICO PARA UMA FREQOENCIA MEDIA DE 500 HER exigéncias habituais de isola- mento entre salas de habite- Se SY Ss SE cao : 36 dB para os sons gra SS SY or YS: eS ves; 48 dB para os sons mé- dios: $4 dB para sons agudos. ‘ \ ‘0 Isolamento- de uma pare AY a de simples seré melhor, pro- “ S porcionalmente ao ad peso. Vejamos por ex. 0 isolamen- 2 2 NS to aciistico para uma freqién- et pai a cia média de 500 hertz de acordo com o peso. P 26 dB 4008 44.48 Quando a massa de um metro quadrado dobra, o isolamento actstico siesta de 4 dB. E a LEI DA MASSA. Mas, cumpre nao esquecer, que o buraco do isola. mento de freqiiéncia critica, é 0 que foi assinalado acima. Para os materiais ro- chosos, a queda correspondente é de 6 a 6 dB. 70 ee) Vejamos agora, alguns _dados sobre o Isolamento a 500 hertz, Para as frequén- cias inferiores,-somam-se 4 dB quando a freqdéncia dobra e, retiram-se 4 dB quan do a freqiiéncia é reduzida & metade em Concrete evestido 2 faces Divisdrias do madsiea (1) Blocas vazades de conereto: |G Placa do geste (2) unde vidro (2) do video 2) Une widro (2) TWolos macicos (2) Placas de geas0 oad co) (a) 2) | | | 4608 S48 5048 | Gante pela. aplicagio ia lel de massa 8 6B : = — Pode-se verificar que. as paredes compostas. bem concebidas, permitem ganhar vj béis para beneficio da Lei das Massas. Todas essas medidas so feitas em painéis sem aberturas. Ora, existem as portas, as janelas que, mesmo fechadas, dei- xam passar o ruido é destroem em parte o isolamento. Seja uma parede de 12 m2 por ex. que, sem porta, da um isolamento de 40 dB. Coloquemos nela uma porta de 2 m2 com um isola- mento actstico de 20 dB: o resultada médio baixa a 27,6 dB Em uma parede de 12 m2, com isolamento de 60 dB, a mesma porta faz baixar o isolamento médio para 26,8 dB, ou seja, apro ximadamente a mesma coisa. Portanto, indispensdvel cuidar da ecistica das portas e das janclas se, no se deseja perder grande parte des vantagens obtidas pelas paredes isolantes, 48 Tapete de I Feltro Construir pisos flutuantes, constitui dos por uma laje independente das estruturas, repousando sobre um colchao macio de feltro mineral ou organico. € indispensavel que esta placa de concreto seja ligeiramente armada, posto que, ela ¢ destinada a suportar cargas concentradas. tais como refrigeradores, cofres etc. Nos sanitérios, convém igualmente. im- pedir todo o contato rigido entre es- ta laje e as tubulacdes. car revestimentos bastante macios para amortecer 0 ruido na origem Reboco com Para as lajes de piso, o isolamento co pode ser tratado de maneira andloge das paredes : Lei das _Massas. forros suspensos, 18 de dro etc. Tudo isso é verdadeiro quando Se ta de ruidos agreos. No entanto, ndo € @ mes me coisa para ruidos de pancadas, que $2 transmitem pela estrutura. Para conhecer && propriedades acusticas das lajes de piso sob a ago dos ruidos de pancadas, utiliza-se Umm martelo automatico normalizadola) que se co loca sobre 0 piso e, se disp6e de um micro fone (b} no local inferior. A intensidade é me dida para diferentes freqiiéncias. e se traduz por um espectro. O piso € considerado bom) isolante, quando a intensidade for inferior & 66 dB para as baixas freqiéncias, 62 dB pars as frequéncias médias e 51 dB para as altes freqiéncias. Quais as solugdes para esses casos ? Revestimento Ladrithamento, Parquete etc Jambris argamassa’ camada macia de feltro oo place de residuo de madeira Depois. de haver tido algumes paginas sobre 0 ee ¢ 0 som, Ponte Pequena deve lembrar-se de que parede isolante ao calor pode nao 0 ser ao som @: versa. Deve lembrar-se ainda de que néo se ‘confundir isolamento com absorcao e de que os aéreos n8o se propagam da mesma maneira q ruidos provenientes de batidas e de que’as acusticas nao sio as mesmas. Se desejar adquirir mais conhecimentos sobre essas questoes, podera consultar al- guns dos seguintes livros: ISOLAGAO Association Amicale des Anciens Eléves de l'école de Thermique - ‘moire du thermicien” Paris, 1963 Comité Scientifique et Technique de "Industrie du Chauttage. de la et du Conditionnement de I'Air: “Manuel des industries Dunad, Paris, 1965, Tome |. chop. 7 pp. 230 — 314 Groupe de Coordination des Textes Techniques—D.1.U, “Régles de Garactéristiques thermiques utiles des parols de construction Berditions de base des bétiments”. Cahlers du C.S.T §2, cahier $13, juin 1963; livraison 78. cahier 675, février jour) 4. C. MARECHAL: “Gonductivité thermique des matériaux dur ‘Annales de I' institut Technique du Bétiment et des Traxsux ‘et Industries Thermiques et Aéraulique. 1963 A MISSENARD : “Conductivité thermique des solides, leurs mélanges” Eyroliés, Paris, 1865 A. SAXONE : “Guide pratique pour appréciotion de la qualité Construction”. Editions Techniques Riégel, Paris, julllet 1965. R. ARMAGNAC:: “Lisalation acoustique dans le bitiment”. Ed. is, 1962, TERMICA,

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