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Paralisia

Cerebral
Fonte: texto Rede Sara
http://www.sarah.br/
Paralisia Cerebral –
Introdução
• O termo paralisia cerebral (PC) é usado para
definir qualquer desordem caracterizada por
alteração do movimento secundária a uma
lesão não progressiva do cérebro em
desenvolvimento.
• O cérebro comanda as funções do corpo.
Cada área do cérebro é responsável por uma
determinada função, como os movimentos dos
braços e das pernas, a visão, a audição e a
inteligência.
Paralisia Cerebral -
Introdução
• Uma criança com PC pode apresentar
alterações que variam desde leve
incoordenacão dos movimentos ou uma
maneira diferente para andar até
inabilidade para segurar um objeto,
falar ou deglutir.
Paralisia Cerebral -
Introdução
• O desenvolvimento do cérebro tem início logo
após a concepção e continua após o
nascimento.
• Ocorrendo qualquer fator agressivo ao tecido
cerebral antes, durante ou após o parto, as
áreas mais atingidas terão a função
prejudicada e, dependendo da importância da
agressão, certas alterações serão
permanentes caracterizando uma lesão não
progressiva.
Paralisia Cerebral -
Introdução
• Dentre os fatores potencialmente
determinantes de lesão cerebral irreversível,
os mais comumente observados são
infecções do sistema nervoso, hipóxia (falta
de oxigênio) e traumas de crânio. O
desenvolvimento anormal do cérebro pode
também estar relacionado com uma
desordem genética, e nestas circunstâncias,
geralmente, observa-se outras alterações
primárias além da cerebral. Em muitas
crianças, a lesão ocorre nos primeiros meses
de gestação e a causa é desconhecida.
Paralisia Cerebral - Tipos
• O tipo de alteração do movimento
observado está relacionado com a
localização da lesão no cérebro e a
gravidade das alterações depende da
extensão da lesão. A PC é classificada
de acordo com a alteração de
movimento que predomina. Formas
mistas são também observadas.
Paralisia Cerebral – Tipos
• Espástica
• Quando a lesão está localizada na área
responsável pelo início dos movimentos
voluntários, trato piramidal, o tônus muscular
é aumentado, isto é, os músculos são tensos
e os reflexos tendinosos são exacerbados.
Esta condição é chamada de paralisia
cerebral espástica.
Paralisia Cerebral - Tipos
• As crianças com envolvimento dos braços,
das pernas, tronco e cabeça (envolvimento
total) têm tetraplegia espástica e são mais
dependentes da ajuda de outras pessoas
para a alimentação, higiene e locomoção. A
tetraplegia está geralmente relacionada com
problemas que determinam sofrimento
cerebral difuso grave (infecções, hipóxia e
traumas) ou com malformações cerebrais
graves.
Paralisia Cerebral – Tipos
• Quando a lesão atinge principalmente a
porção do trato piramidal responsável
pelos movimentos das pernas,
localizada em uma área mais próxima
dos ventrículos (cavidades do cérebro),
a forma clínica é a diplegia espástica,
na qual o envolvimento dos membros
inferiores é maior do que dos membros
superiores.
Paralisia Cerebral – Tipos
• A região periventricular é muito vascularizada
e os prematuros, por causa da imaturidade
cerebral, com muita frequência apresentam
hemorragia nesta área. As alterações tardias
provocadas por esta hemorragia podem ser
visualizadas com o auxílio da neuroimagem
(leucomalácea periventricular).
• Por este motivo, a diplegia espástica é quase
sempre relacionada com prematuridade. Esta
forma é menos grave do que a tetraplegia e a
grande maioria das crianças adquire marcha
independente antes dos oito anos de idade.
Paralisia Cerebral – Tipos

• Na hemiplegia espástica, são


observadas alterações do movimento em
um lado do corpo, como por exemplo,
perna e braço esquerdos. As causas
mais freqüentes são alguns tipos de
malformação cerebral, acidentes
vasculares ocorridos ainda na vida intra-
uterina e traumatismos crânio-
encefálicos.
Paralisia Cerebral – Tipos
• As crianças com este tipo de
envolvimento apresentam bom
prognóstico motor e adquirem marcha
independente. Algumas apresentam um
tipo de distúrbio sensorial que impede
ou dificulta o reconhecimento de formas
e texturas com a mão do lado da
hemiplegia. Estas crianças têm muito
mais dificuldade para usar a mão.
Paralisia Cerebral – Tipos
• As crianças com espasticidade tendem a
desenvolver deformidades articulares porque
o músculo espástico não tem crescimento
normal. Flexão e rotação interna dos quadris,
flexão dos joelhos e equinismo são as
deformidades mais freqüentes nas crianças
que adquirem marcha. Além destas, as
crianças com tetraplegia espástica podem
desenvolver ainda, luxação paralítica dos
quadris e escoliose.
Paralisia Cerebral – Tipos
• Com movimentos involuntários
• Quando a lesão está localizada nas
áreas que modificam ou regulam o
movimento, trato extrapiramidal, a
criança apresenta movimentos
involuntários, movimentos que estão
fora de seu controle e os movimentos
voluntários estão prejudicados.
Paralisia Cerebral – Tipos
• Esta condição é definida como paralisia
cerebral com movimentos involuntários forma
coreoatetósica ou distônica. O termo
coreoatetose é usado para definir a
associação de movimentos involuntários
contínuos, uniformes e lentos (atetósicos) e
rápidos, arrítmicos e de início súbito
(coreicos). A criança com PC tipo distônica
apresenta movimentos intermitentes de
torção devido à contração simultânea da
musculatura agonista e antagonista, muitas
vezes acometendo somente um lado do
corpo.
Paralisia Cerebral – Tipos
• A PC com movimentos involuntários está
freqüentemente relacionada com lesão dos
gânglios da base (núcleos localizados no
centro do cérebro, formados pelos corpos
dos neurônios que compõem o trato extra-
piramidal), causada por hiperbilirrubinemia
neonatal.
• A bilirrubina é um pigmento amarelo liberado
das hemáceas (células do sangue que
transportam o oxigênio) quando elas se
rompem. Nas incompatibilidades sanguíneas,
este pigmento pode ser liberado em grande
quantidade.
Paralisia Cerebral – Tipos
• O recém-nascido torna-se ictérico (a
pele e as conjuntivas assumem uma
cor de tonalidade amarela). Assim
como esse pigmento se deposita na
pele, pode se depositar também nos
gânglios da base. Os movimentos
involuntários podem ser leves ou
acentuados e são raramente
observados durante o primeiro ano de
vida.
Paralisia Cerebral – Tipos
• Nas formas graves, antes desta idade a
criança apresenta hipotonia (tônus
muscular diminuído) e o
desenvolvimento motor é bastante
atrasado. Muitas crianças não são
capazes de falar, andar ou realizar
movimentos voluntários funcionais e
são, portanto, dependentes para a
alimentação, locomoção e higiene.
Paralisia Cerebral - Tipos
• Atáxica
• A paralisia cerebral atáxica está relacionada
com lesões cerebelares ou das vias
cerebelares. Como a função principal do
cerebelo é controlar o equilíbrio e coodenar
os movimentos, as crianças com lesão
cerebelar apresentam ataxia ou seja, marcha
cambaleante por causa da deficiência de
equilíbrio, e apresentam, ainda,
incoordenação dos movimentos com
incapacidade para realizar movimentos
alternados rápidos e dificuldade para atingir
um alvo.
Paralisia Cerebral – Tipos
• Por exemplo, se a criança for apertar um
botão que liga/desliga um aparelho elétrico
com o seu indicador, ela tem dificuldade para
comandar o movimento de maneira a colocar
o dedo exatamente sobre o botão e no final
do movimento observa-se um tremor grosso.
• Quando a lesão é muito extensa, o atraso do
desenvolvimento motor é importante e é
possível que a criança nunca seja capaz de
andar sem apoio.
Paralisia Cerebral – Tipos
• Assim como nas formas
extrapiramidais de PC, durante o
primeiro ano de vida, a alteração
observada é a hipotonia. A alteração
mais freqüentemente encontrada é a
ataxia associada a sinais piramidais
(tônus muscular aumentado e reflexos
tendinosos exacerbados). Ataxia pura
em crianças com PC é rara.
Paralisia Cerebral – Causas

• Desde que o médico inglês William


Little, nos anos 1860s, descreveu pela
primeira vez as alterações clínicas
encontradas em uma criança com PC e
relacionou estas alterações com hipóxia
(baixa de oxigênio), se valorizou muito o
papel da hipóxia perinatal e dos traumas
de parto como fatores determinantes de
lesões cerebrais irreversíveis.
Paralisia Cerebral – Causas
• E mesmo depois de Sigmund Freud, em
1897, ter chamado a atenção para o fato de
que se muitas das crianças apresentavam
além das alterações motoras, outros
problemas, tais como, retardo mental,
convulsões e distúrbios visuais, o mais
provável é que a causa pudesse estar
também relacionada com agressões
ocorridas em fases bem mais precoces da
vida intra-uterina, a hipóxia perinatal foi
considerada até recentemente como a
principal causa de PC.
Paralisia Cerebral -
Causas
• O pensamento de Freud era que em certos
casos, os problemas ao nascer seriam, na
realidade, conseqüência de um desenvolvimento
anormal do cérebro.
• Durante anos, essas observações de Freud não
foram muito valorizadas até que no final dos
anos 1980s, pesquisas importantes realizadas
nos Estados Unidos e na Austrália demonstraram
que tanto a hipóxia quanto outros problemas
neonatais não são as principais causas de PC e
que na maioria das crianças com PC a causa era
desconhecida.
Paralisia Cerebral – Causas
• Desordens genéticas, fatores
teratogênicos ou outras influências nas
fases iniciais da gravidez teriam que
ser mais intensamente investigadas.
Com os avanços da tecnologia para
diagnóstico, principalmente nas áreas
da imagem e da genética, uma melhor
compreensão das causas de PC vem
sendo cada vez mais possível.
Paralisia Cerebral – Causas
• Um número significativo de crianças que
antes recebiam o diagnóstico de PC por
hipóxia perinatal porque demoraram para
chorar e tiveram cianose (roxinhas), hoje,
depois da ressonância magnética, recebem o
diagnóstico de uma malformação cerebral, e
a implicação deste fato é que a causa do
problema é uma desordem genética ou um
fator agressivo ocorrido nas primeiras
semanas ou meses de gestação.
Paralisia Cerebral – Causas
• Dentre as causas pré-natais, além das
desordens genéticas, as mais importantes
são infecções congênitas (citomegalia,
toxoplasmose, rubéola) e hipóxia fetal
decorrente de complicações maternas, como
no caso das hemorragias. A exposição da
mãe a substâncias tóxicas ou agentes
teratogênicos tais como radiação, álcool,
cocaína e certas medicações principalmente
nos primeiros meses de gestação são fatores
de risco que têm que ser considerados.
Paralisia Cerebral – Causas
• As causas perinatais estão relacionadas
principalmente com complicações durante o
parto, prematuridade e hiperbilirrubinemia.
• As principais causas de paralisia cerebral
pós-natal são infecções do sistema nervoso
central (meningites e encefalites),
traumatismo crânio-encefálico e hipóxia
cerebral grave (quase afogamento,
convulsões prolongadas e parada cardíaca).
Paralisia cerebral –
Prevenção
• Acompanhamento pré-natal regular e boa
assistência ao recém-nascido na sala de
parto diminuem a possibilidade de certas
crianças desenvolverem lesão cerebral
permanente.
• Por outro lado, muitas das crianças que
superam situações críticas com a ajuda de
recursos sofisticados das terapias intensivas
neonatais modernas, principalmente os
prematuros, sobrevivem, mas com seqüelas
neurológicas.
Paralisia cerebral – Prevenção
• Portanto, apesar de ter havido uma evolução
importante em termos de atendimento à gestante e ao
recém-nascido na sala de parto, nos últimos 40 anos
não houve uma redução significativa da prevalência
da PC mesmo nos países desenvolvidos.
• De qualquer forma, houve uma modificação da
história natural. Muitas das formas graves de PC
estão relacionadas com causas que podem ser
prevenidas como hipóxia perinatal, infecções
congênitas e hiperbilirrubinemia neonatal, e a
prematuridade está relacionada com diplegia
espástica, tipo de paralisia cerebral de melhor
prognóstico.
Paralisia cerebral –
Prevenção
• Todo esforço para que o período
gestacional seja o mais saudável
possível através da manutenção de
uma boa nutrição e da eliminação do
uso de álcool, fumo, drogas e
medicações sabidamente teratogênicas
deve ser feito, pois estas medidas
estarão contribuindo para a prevenção
de alguns tipos de PC.
Paralisia cerebral – Prevenção
• A rubéola congênita pode ser prevenida se
a mulher for vacinada antes de engravidar.
Quanto à toxoplasmose materna, medidas
de higiene, como não ingerir carnes mal
cozidas ou verduras que possam estar
contaminadas com fezes de gato são
importantes. As gestantes com sorologia
positiva devem ser adequadamente
tratadas, diminuindo assim os riscos de
infecção fetal.
Paralisia cerebral – Prevenção
• A incompatibilidade Rh pode ser
facilmente prevenida (vacina anti-Rh+)
e identificada. Quando a bilirrubina não
conjugada no recém-nascido atinge
níveis críticos, a criança deve ser
submetida a ex-sanguíneotransfusão
(troca de parte do volume sanguíneo).
Paralisia cerebral –
Prevenção
• O tratamento adequado da incompatibilidade
sanguínea reduziu em muito a incidência da
PC com movimentos involuntários.
• No período pós-natal, uma das principais
causas de PC é o traumatismo crânio-
encefálico que pode ser prevenido, em
algumas circunstâncias, com o uso de
cadeiras de segurança especiais para
crianças pequenas, ajustadas nos bancos
dos automóveis.
Paralisia cerebral –
Prevenção
• Outra causa importante é a anóxia cerebral
grave por quase afogamento e o número de
crianças com lesão cerebral por quase
afogamento em Brasília é relativamente
elevado, justificando uma campanha de
prevenção.
• Algumas das infecções cerebrais podem ser
prevenidas com vacinas, como por exemplo,
contra sarampo, meningite meningogócica e
Haemophilus influenzae.
Paralisia cerebral –
Diagnóstico
• Dificuldade de sucção, tônus muscular
diminuído, alterações da postura e atraso para
firmar a cabeça, sorrir e rolar são sinais precoces
que chamam a atenção para a necessidade de
avaliações mais detalhadas e acompanhamento
neurológico.
• A história clínica deve ser completa e o exame
neurológico deve incluir a pesquisa dos reflexos
primitivos (próprios do recém-nascido), porque a
persistência de certos reflexos além dos seis
meses de idade pode indicar presença de lesão
cerebral.
Paralisia cerebral –
Diagnóstico
• Reflexos são movimentos automáticos que o
corpo faz em resposta a um estímulo específico.
• O reflexo primitivo mais conhecido é o reflexo de
Moro que pode ser assim descrito: quando a
criança é colocada deitada de costas em uma
mesa sobre a palma da mão de quem a examina,
a retirada brusca da mão causa um movimento
súbito da região cervical, o qual inicia a resposta
que consiste inicialmente em abdução (abertura) e
extensão dos braços com as mãos abertas
seguida de adução (fechamento) dos braços
como em um abraço.
Paralisia cerebral –
Diagnóstico
• Este reflexo é normalmente observado
no recém-nascido, mas com a
maturação cerebral, respostas
automáticas como esta são inibidas.
• O reflexo de Moro é apenas um dentre
os vários comumente pesquisados pelo
pediatra ou fisioterapeuta.
Paralisia cerebral –
Diagnóstico
• Depois de colhida a história clínica e
realizado o exame neurológico, o
próximo passo é afastar a possibilidade
de outras condições clínicas ou
doenças que também evoluem com
atraso do desenvolvimento neurológico
ou alterações do movimento como as
descritas anteriormente.
Paralisia cerebral –
Diagnóstico
• Exames de laboratório (sangue e urina) ou
neuroimagem (tomografia computadorizada
ou ressonância magnética) poderão ser
indicados de acordo com a história e as
alterações encontradas ao exame
neurológico.
• Estes exames, em muitas situações,
esclarecem a causa da paralisia cerebral ou
podem confirmar o diagnóstico de outras
doenças.
Paralisia cerebral –
Doenças Associadas
• O termo paralisia cerebral implica
alterações do movimento, mas a
presença de outros distúrbios deve ser
investigada e o sucesso do tratamento
depende da abordagem correta de
todos os problemas associados.


Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Epilepsia
• Os neurônios (células nervosas) estão
permanentemente gerando impulsos
elétricos. Esta atividade elétrica ocorre,
normalmente, de uma maneira organizada.
• Quando certos grupos de neurônios entram
em atividade excessiva e hipersincrônica, ou
seja, quando vários neurônios entram em
atividade elétrica ao mesmo tempo, ocorre
um distúrbio do funcionamento do sistema
nervoso central.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Estes episódios de descarga elétrica
anormal são chamados de crises
epilépticas. Estas crises podem evoluir
com hiperextensão e contrações
musculares (convulsões), perda súbita
do tônus muscular, perda ou alteração
temporária da consciência e alteração
temporária do comportamento.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Uma criança em crise pode apresentar os
seguintes sinais: contrações musculares
generalizadas ou localizadas, movimentos
rítmicos com a cabeça, desvio do olhar para
cima ou para o lado, movimentos rápidos de
piscar os olhos, movimentos mastigatórios,
ausência de resposta a uma solicitação
verbal, episódios breves de olhar parado ou
vago, ou crises de medo.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Quando existe dúvida quanto à possibilidade
da criança estar apresentando qualquer um
desses sinais, o melhor a fazer é registrar as
alterações observadas procurando descrever
o sintoma, que parte do corpo envolveu, a
hora em que ocorreu e quanto tempo durou.
• Somente o médico, muitas vezes com o
auxílio do eletroencefalograma (EEG), pode
confirmar se a criança está realmente
apresentando crises e orientar o tratamento
correto.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• O EEG pode ser visto como uma extensão do
exame neurológico e o que ele registra é
basicamente a atividade elétrica expontânea
do cérebro.
• Muitas vezes, mesmo para o pediatra ou
neurologista, é difícil definir se as crises são
realmente epilépticas ou se estão
relacionadas com outros tipos de distúrbio.
Nesses casos, os estudos feitos com EEG
prolongado e vídeo podem esclarecer o
diagnóstico.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Além da epilepsia, muitas outras condições
podem determinar crises convulsivas
isoladas tais como desidratação grave,
hipoglicemia, infecções cerebrais ou
intoxicações.
• O que caracteriza a epilepsia é a repetição
de crises não provocadas, ou seja, não
determinadas por um processo patológico
agudo.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• A Liga Internacional contra a Epilepsia
classifica as crises em generalizadas e
parciais. As generalizadas envolvem o
cérebro como um todo. As parciais
permanecem restritas a uma certa área
do cérebro e os sintomas dependem da
área envolvida. Uma criança com PC
pode apresentar qualquer tipo de crise.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• A crise do tipo tônico-clônica generalizada é
a que mais preocupa os pais ou outras
pessoas que a presenciam, mas na maioria
das vezes ela é auto-limitada e para em dois
a dez minutos.
• Na presença de uma crise tônico-clônica
generalizada, a criança deve ser protegida de
traumas, as contrações musculares não
devem ser contidas e a cabeça deve ser
mantida em posição rodada lateralmente
para evitar aspirações no caso de vômitos.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Não se deve tracionar a língua ou introduzir
qualquer objeto na boca da criança. A
respiração pode alterar-se durante a crise,
mas normaliza-se nos primeiros minutos.
• Quando a criança apresenta crises sub-
entrantes, sem retomar a consciência entre
uma e outra, ou uma crise tônico-clônica com
mais de 20 minutos de duração, ela entra em
estado de mal epiléptico (status epilepticus).
O estado de mal epiléptico é uma
emergência pediátrica.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• O tratamento da epilepsia deve ser
introduzido assim que se faz o diagnóstico.
Nas fases iniciais do tratamento com
anticonvulsivantes, algumas crianças
apresentam sonolência, mas esta reação
tende a desaparecer ao final de um certo
período.
• Qualquer reação deve ser relatada ao
pediatra ou neurologista e algumas delas,
como irritabilidade ou as de tipo alérgico
justificam a substituição do anticonvulsivante.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Quando as crises são controladas, melhora
tanto motora quanto cognitiva pode ser
observada e, mesmo tendo cessado as
crises, o tratamento deve ser mantido por, no
mínimo, dois ou três anos.
• Uma vez iniciado o anticonvulsivante, a dose
somente deve ser alterada conforme
orientação médica.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• A suspensão súbita da medicação pode
desencadear estado de mal epiléptico
com possibilidade de agravamento do
quadro neurológico. Algumas formas de
epilepsia são resistentes ao tratamento
com anticonvulsivantes
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Alterações Visuais
• Quando a criança nasce, o seu sistema
visual não é ainda maturo. A fóvea, parte da
retina responsável pela acuidade visual, não
está completamente desenvolvida.
• As células desta região passam por um
processo de crescimento e organização e
somente alcançam a maturidade por volta
dos quatro anos de idade.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Normalmente, em torno dos três meses de
vida, a criança já é capaz de fixar e
acompanhar um objeto em movimento, mas
a visão binocular se desenvolve somente
entre o terceiro e o sétimo mês.
• Na PC, o estrabismo é freqüente. Catarata
(opacidade do cristalino), coriorretinite
(inflamação da coroide e da retina) e
glaucoma (aumento da pressão ocular) são
desordens oculares comumente encontradas
nas infecções congênitas.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Aproximadamente 2/3 dos prematuros de
peso abaixo de 1250g desenvolvem algum
grau de retinopatia do prematuro. Nos
prematuros, o oxigênio usado para tratar a
síndrome de esforço respiratório pode alterar
o crescimento dos vasos sanguíneos da
retina, predispondo a miopia, estrabismo e
glaucoma.
• Nos casos mais graves, uma cicatriz fibrosa
descola a retina do fundo do olho
determinando perda da visão.
• .
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Mesmo se tomando todas as medidas para
prevenir a retinopatia do prematuro, ela pode
ocorrer, e por este motivo, todos os
prematuros tratados com oxigênio devem ser
referidos para avaliações oftalmológicas
periódicas durante os primeiros meses de
vida.
• A córtex visual é a região do lobo occipital
responsável pela recepção e decodificação
da informação enviada pelos olhos
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Uma lesão nesta área pode determinar perda
visual que neste caso é chamada de
deficiência visual cortical (DVC).
• As causas mais frequentes de DVC são
hipóxia, infecções do sistema nervoso
central, traumatismo crânio-encefálico e
hidrocefalia.
• Os testes eletrofisiológicos completam a
avaliação clínica e podem determinar se a
causa da deficiência visual está nos olhos ou
no cérebro.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• O eletrorretinograma avalia a função
retiniana e o potencial evocado visual avalia
as vias nervosas do olho até a córtex visual.
• Na DVC, apesar dos testes iniciais indicarem
deficiência importante, muitas crianças
desenvolvem alguma função visual e a
estimulação favorece de alguma maneira o
desenvolvimento da visão.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• É importante fazer a diferença entre DVC e
atraso da maturação visual nas crianças que
apresentam resposta inadequada aos
estímulos visuais.
• As crianças com atraso da maturação visual,
geralmente, não têm história de problemas
durante a gestação ou o nascimento e têm
exame oftalmológico normal, embora possam
apresentar algum atraso do desenvolvimento
psicomotor.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• O prognóstico é bom, ocorrendo melhora
espontânea da função visual com o
desenvolvimento da criança.
• Todas as crianças com diminuição da
resposta aos estímulos visuais ou alterações
oculares devem ser avaliadas por
oftalmologista interessado no diagnóstico e
tratamento das doenças oculares infantis.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Deficiência Auditiva
• Algumas crianças com paralisia cerebral têm
deficiência auditiva e o diagnóstico precoce é
importante porque no primeiro ano de vida, a
experiência de escutar a fala humana orienta
a formação de conexões nervosas em nível
encefálico relacionadas à capacidade de
linguagem e comunicação oral.
• A privação sensorial, nessa fase, pode
comprometer o desenvolvimento dessas
conexões.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Alguns estudos em crianças com
deficiência auditiva demonstraram que,
mais do que o grau da deficiência, o
diagnóstico e a intervenção precoce
(marcadamente até os 6 meses de
idade) foram o melhor fator prognóstico
para a aquisição da linguagem.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Na década de 80, o Comitê Americano para
Audição na Infância recomendava a triagem
neonatal para todas as crianças de risco
(infecções congênitas, malformações do pavilhão
auricular, face ou pálato, peso ao nascer inferior a
1500g, hiperbilirrubinemia neonatal grave,
meningite bacteriana, asfixia perinatal e uso de
medicações tóxicas para o ouvido).
• Contudo constatou-se que investigar apenas as
crianças de risco permite identificar somente cerca
de 50% dos casos de deficiência auditiva.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• A partir de 1994 foi proposta então a Triagem
Auditiva Neonatal Universal.
• Os métodos propostos para esta triagem são
o potencial evocado auditivo de tronco
encefálico (Brainstem Evoked Response
Audiometry - BERA) e as emissões
otoacústicas evocadas ('teste da orelhinha'),
ditas fisiológicas, porque não é necessária
uma resposta comportamental da criança
para a interpretação do resultado.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• O primeiro teste consiste na medida
eletrofisiológica do nervo auditivo e das vias
auditivas no tronco encefálico para diferentes
tipos de sons e o segundo no registro da
resposta sonora natural apresentada pelas
células ciliadas da cóclea a um estímulo
sonoro.
• São métodos rápidos, não invasivos e de
fácil aplicação.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Um resultado anormal não é conclusivo para
o diagnóstico de deficiência auditiva, mas
indica a necessidade de avaliação
audiológica completa em serviço
especializado.
• O diagnóstico precoce de deficiência auditiva
possibilita a intervenção precoce favorecendo
o processo de aprendizagem.
• O programa de tratamento pode englobar
uso de amplificadores, implante coclear,
linguagem de sinais e treinamento da fala.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Dificuldades para a Alimentação
• Desordens da sucção, mastigação e
deglutição são comuns nas crianças com
envolvimento total. Todos estes fatores
contribuem para uma ingesta alimentar
abaixo das necessidades.
• Além disso, muitas crianças com limitações
motoras são mantidas por longos períodos
com dietas próprias para bebês.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• A oferta monótona de certos tipos de
alimento, tais como, leite e derivados,
farináceos ou sucos após os seis meses de
idade pode determinar quadros de anemias
carenciais (principalmente por falta de ferro),
desnutrição e infecções de repetição.
• A criança desnutrida não cresce
normalmente e sua resposta aos estímulos
que promovem o desenvolvimento é
prejudicada.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• A dieta deve ser planejada de acordo com as
características clínicas e as limitações de
cada criança.
• Por exemplo, para facilitar a deglutição e
reduzir o refluxo de parte do conteúdo
gástrico para o esôfago, recomenda-se
manter a criança com a cabeça e o tronco
em posição semi-elevada durante e por
alguns minutos após cada refeição.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Nas crianças com refluxo gastroesofágico, as
refeições devem ser de menor volume e
oferecidas em intervalos de tempo menores
para que não haja prejuízo do total de
nutrientes ingeridos em um dia.
• As crianças com dificuldade para deglutir
líquidos, devem ser alimentadas com
pequenos volumes de dieta pastosa e de
sucos engrossados com frutas e gelatinas,
procurando-se assim manter um bom nível
de hidratação.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Constipação Intestinal
• Quanto mais tempo as fezes permanecem no
colo, maior é a absorção de água e mais
endurecidas elas ficam, resultando em
constipação.
• A constipação intestinal crônica decorre de
vários fatores, entre os quais pequena
ingestão de fibras e líquidos, atividade física
reduzida, e uso de medicações como
antiácidos e certos antiepilépticos.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• A ingestão adequada de líquidos em geral,
alimentos ricos em fibras tais como frutas
(mamão, abacaxi, laranja com bagaço,
ameixa preta, manga, melancia), verduras
(principalmente as folhagens cruas),
leguminosas (feijão, ervilha, lentilha) e
alimentos integrais melhoram o
funcionamento intestinal e são medidas que
devem ser recomendadas se o colo (intestino
grosso) ainda não estiver dilatado.
Paralisia Cerebral –
Doenças Associadas
• Quando a constipação é grave e não se
observa resposta às orientações iniciais, os
alimentos ricos em fibras devem ser
suspensos imediatamente e a possibilidade
de megacolo deve ser investigada. O
tratamento correto do megacolo (dilatação do
intestino grosso) requer a orientação de um
pediatra com experiência neste tipo de
problema.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• O tratamento em suas diferentes
modalidades, envolve profissionais de
várias áreas e a família. A PC não tem
cura, mas seus efeitos podem ser
minimizados.
• O objetivo principal deve ser promover
o maior grau de independência
possível.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Estimulação do
Neurodesenvolvimento
• O principal objetivo é estimular o
desenvolvimento de padrões funcionais
de movimento através de experiências
neurosensoriais.
• A estimulação cognitiva deve ter início
em conjunto com a motora.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• No SARAH, os estímulos a serem utilizados são
selecionados, levando-se em conta as etapas do
desenvolvimento e o interesse demonstrado pela
criança. Sempre que possível, o programa é
desenvolvido através de atividades integradas.
• Os pais aprendem os exercícios programados e
como cuidar da criança em casa.
• A frequência dos retornos para
acompanhamento, reavaliações e reorientações
é estabelecida de acordo com as necessidades
da criança e da família.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Vários trabalhos demonstraram que um bom
relacionamento afetivo pais-criança favorece
o processo de desenvolvimento.
• Além disso, os programas de estimulação
desenvolvidos por pais comprovaram ser
mais efetivos.
• Entretanto, problemas emocionais, falta de
conhecimento sobre o real significado de
uma lesão cerebral irreversível e programas
inadequados dificultam uma participação
positiva.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• As informações devem ser levadas em
linguagem simples e de forma gradual.
• O profissional que estiver coordenando
o tratamento deve ter disponibilidade
de tempo para ouvir e respeitar
questionamentos, críticas e sugestões
dos pais.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Atividades Físicas
• Atividades físicas bem orientadas promovem o
alongamento e o fortalecimento muscular,
favorecem melhor desempenho motor e
interferem de maneira positiva com relação ao
desenvolvimento emocional e social.
• Natação, dança, ginástica, futebol, equitação ou
outras atividades esportivas são,
indiscutivelmente, muito mais benéficas para
determinado grupo de crianças do que
tratamentos fisioterápicos realizados dentro de
um hospital ou centro de reabilitação.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Treinamento nas Atividades de Vida Diária
• Atividades de vida diária (AVDs) são
atividades do dia-a-dia de uma pessoa.
• As AVDs incluem alimentação, vestuário,
higiene, mobilidade, locomoção,
comunicação e demais atividades realizadas
tanto em casa quanto na vida comunitária
(escola, trabalho e lazer).
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Um grande número de crianças com paralisia
cerebral apresenta dificuldades para a realização
das AVDs e, dependendo do grau das limitações
motoras, técnicas de execução, adaptações, e o
uso de dispositivos especiais poderão favorecer o
desempenho nessas atividades.
• As crianças com envolvimento motor moderado
podem realizar muitas atividades de forma
independente, mesmo estando ainda em idade
pré-escolar, mas o ritmo e a maneira própria de
cada uma devem ser respeitados.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Para as crianças com acometimento motor
grave, faz-se necessário, muitas vezes, o uso
de adaptações, como por exemplo, talheres
com cabo engrossado, copos com canudos e
alças largas para facilitar a preensão e pratos
com ventosas.
• Com relação ao vestuário, a criança pode
descobrir com os pais e a ajuda dos
profissionais que a assistem as posições que
facilitam um maior grau de independência e
os tipos mais apropriados de roupas e
calçados.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• As roupas devem ser largas, confeccionadas
em tecidos leves e fechadas com zíper,
velcro ou botões grandes.
• O uso de calçadeiras e ganchos com cabos
alongados favorecem maior independência
para calçar e vestir.
• Cadeiras especiais, esponjas com cabos
alongados ou fixadas nas mãos, fixadores
para sabonetes ou frascos de xampu
auxiliam o banho.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• O piso do banheiro deve ser anti-derrapante
e as pias e os vasos sanitários, instalados de
maneira a serem facilmente alcançados
pelas crianças.
• Em algumas circunstâncias, recomenda-se
ainda a instalação de barras laterais ou
dianteira para a criança apoiar-se, no local de
banho e do vaso.
• Quanto à locomoção, as crianças com
envolvimento motor grave necessitam
carrinhos especiais ou cadeiras de rodas
adaptadas.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• As principais adaptações são cintos de
segurança, tábua-mesa para alimentação e
atividades pedagógicas e assentos feitos de
espuma especial, moldados individualmente
de maneira a oferecer apoio para o tronco e
a cabeça.
• Estas medidas facilitam a manutenção de
uma postura mais funcional promovendo
certo grau de relaxamento e facilitando os
cuidados diários e algumas atividades com
os membros superiores.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Algumas crianças, principalmente as com
movimentos involuntários, podem apresentar
deficiências motoras graves, com
incapacidade para realização de movimentos
funcionais, e inteligência normal.
• Adaptações em móveis, alargamento de
portas, modificações em banheiros e
construção de rampas para permitir o acesso
da cadeira de rodas são medidas importantes
para que essas crianças possam adquirir
maior grau de independência na escola.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• O principal objetivo do treinamento nas AVDs é
que cada criança alcance seu potencial de
realização das diversas atividades e, para que
essa meta seja atingida é preciso que haja
treinamento sistemático e uma boa integração
entre a família, a escola e a sociedade.
• As visitas domiciliares e escolares são,
portanto, importantes, pois conhecendo o meio
em que a criança vive é possível planejar e
sugerir as modificações necessárias para que
possa haver maior grau de independência.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• A busca de orientação quanto às AVDs surge
com o crescimento da criança. Mobilização,
locomoção e transporte tornam-se mais
difíceis e uma expectativa quanto à
possibilidade de maior independência pode
emergir tanto por parte da criança quanto dos
pais.
• No entanto, mesmo conhecendo o potencial
funcional do filho, os pais tendem a realizar
as diversas atividades por ele.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Esta atitude pode estar relacionada com o fato
de que a criança, muitas vezes, gasta muito
tempo para realizar uma determinada atividade.
• Além disso, expectativas com relação à
normalização dos movimentos e aquisição de
marcha podem ainda estar existindo.
• Entretanto, ao impedir que a criança realize, ela
mesma, as atividades do seu dia, estaremos
privando-a do prazer de fazer e da conquista da
capacidade para realizar cada atividade.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Meios Alternativos de Comunicação e
Locomoção
• Muitas crianças com paralisia cerebral,
apesar de terem inteligência normal, podem
apresentar dificuldades de movimento tão
graves que prejudicam a sua capacidade
para falar, escrever e andar.
• As crianças com tetraplegia espástica ou
coreoatetose apresentam dificuldade para
articular a palavra - disartria.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Muitas delas, apesar de entenderem a
linguagem falada, têm grande
dificuldade para a comunicação, pois
por causa da disartria não se pode
compreender o que elas tentam falar.
• Nesses casos, a comunicação só é
possível através de gestos, expressões
faciais e vocalizações.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Em algumas crianças, o envolvimento motor
é tão grave que até mesmo a expressão
facial ou a linguagem gestual são
prejudicadas, a ponto de somente as
pessoas mais próximas serem capazes de
compreendê-las.
• Alguns recursos alternativos com sistemas
de linguagem e adaptações como
apontadores de cabeça ou de queixo já foram
desenvolvidos para ajudar na comunicação
dessas crianças.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Atualmente, as pesquisas em engenharia de
reabilitação têm procurado cada vez mais
utilizar o computador como recurso para o
desenvolvimento de equipamentos,
interfaces (dispositivos que permitem o
acesso aos comandos do computador) e
softwares que viabilizam a comunicação e o
processo de alfabetização.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Quanto à locomoção, nas formas graves de
PC, a marcha independente não é possível
ou determina gasto energético elevado.
• Portanto, dependendo do grau de
envolvimento motor e do déficit de equilíbrio,
auxílios para a locomoção, tais como
andadores (posterior e anterior), bengalas
canadenses, carrinhos ou cadeira de rodas
podem ser necessários.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• As bengalas tipo canadense são geralmente
indicadas para as crianças que não
apresentam deficiência importante do
equilíbrio látero-lateral.
• As crianças com diplegia grave ou com
envolvimento total são dependentes da
cadeira de rodas para a locomoção.
• As adaptações são muitas vezes necessárias
para que se consiga um bom posicionamento
na cadeira.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Os andadores são recomendados para as
crianças com déficit de equilíbrio ântero-
posterior e látero-lateral, pois elas
necessitam um apoio maior para a
deambulação.
• Para as crianças menores, o meio de
locomoção mais indicado seria um carrinho
mais baixo do que a cadeira comum,
possibilitando maior independência nas
transferências, e que possa ser impulsionado
pela própria criança.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Tratamento da Espasticidade
• A espasticidade é a alteração do movimento
observada quando os neurônios (unidades
básicas do tecido cerebral) que controlam a
ação muscular são lesados.
• Os músculos tornam-se tensos e os
movimentos voluntários podem ser
prejudicados.
• Muitos profissionais que se dedicam à área
da reabilitação consideram que o tratamento
da espasticidade pode amenizar as
dificuldades de muitas crianças com PC.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• No entanto, nenhum dos recursos até então
utilizados é perfeito.
• Muitas crianças podem melhorar em alguns
aspectos, mas continuam com dificuldades
para realizar o movimento.
• Muitos dos tratamentos, hoje disponíveis,
estão ainda em nível de pesquisa. Isto
porque, a real eficácia e os resultados a
longo prazo não foram até o momento
demonstrados.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Isto faz com que certos tipos de
abordagem permaneçam restritas a
determinados grupos ou instituições
que desenvolvem pesquisas na área
médica. Além disso, outros fatores
limitantes são o alto custo e
principalmente os riscos de alguns
meios de tratamento.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Algumas medicações orais podem
determinar uma melhora parcial por curtos
períodos de tempo em algumas crianças.
• Mas, além dos efeitos indesejáveis, tais
como sonolência, náuseas e vômitos, no
caso do baclofen, e sonolência ou quadro de
agitação em crianças menores, no caso do
diazepan, o que se observa na maioria das
vezes é pouca ou nenhuma reposta com
relação à redução da espasticidade.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• A injeção de álcool diretamente num
determinado músculo, reduz sua
espasticidade e este efeito pode se prolongar
por até seis semanas.
• Durante este período, algumas crianças
entram num programa mais intensivo de
atividades.
• Para outras, recomenda-se o uso de gesso
ou talas.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• O que se procura alcançar trabalhando um
músculo originalmente espástico, agora mais
relaxado sob o efeito do álcool, é a melhora
de um padrão de movimento ou a correção
parcial de uma deformidade, evitando ou
adiando a necessidade de cirurgia.
• Como a injeção muscular de álcool é
dolorosa, o procedimento tem que ser feito
sob anestesia.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• A toxina botulínica vem sendo cada vez mais
usada. Apesar de cara, ela tem algumas
vantagens em relação ao álcool: sua injeção
não é tão dolorosa e o seu efeito é bem mais
prolongado (3 a 6 meses).
• Quando o resultado observado com a
primeira injeção é bom, às vezes se decide
fazer injeções repetidas, a cada três ou seis
meses, mas, neste caso, pode haver
formação de anticorpos contra o antígeno da
toxina, resultando em anulação do seu efeito.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Uso de órteses
• As órteses são usadas principalmente com o
objetivo de posicionarem melhor um
segmento corporal e, desta forma, permitirem
uma função melhor.
• Na presença de movimentos involuntários,
não são recomendadas, porque os
movimentos constantes produzem atrito entre
a pele e a órtese, causando desconforto e
podendo terminar em ferimentos.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Como regra geral, deve-se estabilizar o
menor número de articulações possível.
Quanto maior o número de articulações
imobilizadas, maior a perda da performance
e, além disso, alguns tipos de órteses podem
enfraquecer os músculos, aumentando a
dificuldade de movimento.
• As principais indicações para o uso de
órteses na PC são:
• (a) estabilizar articulações no período pós-
operatório permitindo a marcha precoce;
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• (b) manter os ganhos de amplitude de
movimento articular obtidos após trocas
sucessivas de gesso, manipulações ou
bloqueios mioneurais; e
• (c) estabilizar ou melhorar o posicionamento
de segmentos corporais com deformidades
dinâmicas (não estruturadas) ou pequeno
grau de estruturação objetivando melhorar a
função.
• As órteses somente devem ser prescritas
quando o objetivo é melhora da função.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Se mal indicadas ou mal confeccionadas, podem
trazer prejuízos à criança.
• Uma vez iniciado o uso, devem ser
constantemente revisadas, não somente pela
necessidade de modificações à medida que a
criança cresce, mas também para reavaliação dos
benefícios reais em termos funcionais.
• Em algumas situações, para se evitar gastos
desnecessários, os efeitos da imobilização de uma
articulação podem ser testados com uma tala de
gesso antes de ser solicitada a confecção da
órtese.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Cirurgias Ortopédicas
• A paralisia cerebral é uma condição não
progressiva, mas o quadro motor e funcional
pode se modificar com o crescimento.
• Nas crianças espásticas, o desenvolvimento
de deformidades articulares é comum, devido
ao encurtamento muscular, mas a correção
de uma deformidade nem sempre implica
melhora funcional.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• A espasticidade prejudica o movimento
voluntário.
• A criança está então impedida de se
movimentar normalmente e, como ela
não se movimenta, o músculo encurta.
• Quanto mais grave a espasticidade,
maior o encurtamento muscular e mais
graves as deformidades.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Algumas deformidades podem ser tratadas
cirurgicamente, mas se mal indicados, certos
procedimentos podem inclusive terminar em
perda da capacidade para andar. E esta não é
uma situação incomum.
• Um bom resultado de tratamento cirúrgico
depende do emprego de uma técnica correta,
aplicada no momento certo, ou seja, quando a
criança está neurologicamente pronta para atingir
mais um marco do seu desenvolvimento e não o
faz por causa de uma deformidade músculo-
esquelética que pode ser tratada.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Em uma criança com bom prognóstico para a
marcha, consideramos que o momento ideal
para se programar a cirurgia será quando ela
já tiver estabelecido o seu padrão de marcha,
o que geralmente ocorre entre seis e sete
anos de idade.
• Antes desta idade, o preferível é deixar que
a criança explore o ambiente, da maneira
mais livre possível permitindo, assim, que ela
seja ser ativo do seu próprio processo de
desenvolvimento.

Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Determinadas cirurgias, se realizadas
precocemente, podem atrasar o desenvolvimento
devido a imobilizações prolongadas.
• Além disso, a possibilidade de recidiva com o
crescimento e os riscos de hiperalongamento ou
inversão da deformidade serão maiores.
• A realização de um segundo procedimento em
uma mesma articulação será sempre mais difícil.
• Um outro problema com o qual nos deparamos, é
que na maioria das vezes, uma deformidade não
se apresenta isoladamente.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Ela determina um certo desequilíbrio e acaba
por produzir outras deformidades, chamadas
de secundárias. Muitas vezes, é difícil saber
se uma deformidade é primária ou
secundária.
• Alguns ortopedistas com experiência em
tratamento de crianças com PC defendem a
idéia de que os programas cirúrgicos devem
ser elaborados de maneira a corrigir as
várias deformidades em um só tempo.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Eles consideram que os resultados de
procedimentos que envolvem somente uma
articulação são imprevisíveis, e que qualquer
deformidade residual pode produzir deformidades
secundárias ou induzir a recorrência de
deformidades antigas em articulações adjacentes.
• Outras vantagens deste tipo de abordagem seriam
a redução do tempo de internação, e principalmente
do número de exposições a anestésicos e outras
situações que, de uma ou outra maneira, podem
interferir negativamente com relação à dinâmica
familiar e ao desenvolvimento da criança.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Mas, nesses casos, a criança deve ser muito
bem estudada antes de se tomar a decisão
de operar. O risco de estarmos corrigindo
mecanismos compensatórios e não o
mecanismo primário que está determinando
as alterações na marcha deve ser
considerado.
• No SARAH, a cirurgia faz parte de um
programa global de tratamento.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Na maioria das vezes, os programas são
decididos em equipe e tanto o estágio do
desenvolvimento motor em que a criança se
encontra quanto aspectos cognitivos e
emocionais que possam interferir no pós-
operatório são levados em consideração.
• A avaliação da marcha em laboratório de
movimento nos ajuda a compreender melhor
as alterações primárias do movimento,
distinguindo-as dos mecanismos
compensatórios.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Além disso, o exame de marcha fornece
informações quanto à atividade elétrica dos
músculos em movimento, facilitando a
compreensão dos mecanismos que geram as
deformidades.
• A maioria das cirurgias ao nível dos membros
inferiores tem sido indicada com os seguintes
objetivos:
• (a) correção de deformidades estruturadas
que estão impedindo maior independência ou
prejudicando a função;
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• (b) melhora do padrão de marcha diminuindo
o gasto energético e tornando a marcha mais
funcional;
• (c) prevenção da dor, principalmente ao nível
dos quadris;
• (d) facilitação da higiene e outros cuidados.
• O que se procura com a cirurgia ortopédica
é, na maioria das vezes, aumentar a
amplitude de movimento de uma articulação
através de tenotomias, alongamentos ou
transferências de músculos ou tendões.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Os procedimentos cirúrgicos mais
freqüentemente realizados nas crianças que
adquirem a marcha são: alongamento dos
flexores mediais do joelho, liberação distal do reto
femoral e alongamento do tendão de Aquiles.
• Antes da cirurgia, a família recebe explicações
claras quanto ao procedimento, objetivos que se
quer alcançar e os cuidados pós-operatórios.
• A criança é também orientada e o tema da
cirurgia é abordado por uma terapeuta e uma
psicóloga através de atividades lúdicas.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• O tempo de internação é curto.
• Os pais são orientados quanto aos cuidados
gerais, posicionamento e exercícios que
podem ser realizados em casa.
• Após a retirada do gesso o programa de
atividades físicas passa a ser mais intenso.
• Nesta fase, a hidroterapia ou atividades
desenvolvidas na água contribuem para a
recuperação dos movimentos.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Os pais continuam participando do processo
de reabilitação e é importante que tanto a
criança quanto a família compreendam que
meses poderão se passar até que a fraqueza
muscular pelo desuso seja vencida.
• A partir de então os resultados funcionais da
cirurgia poderão ser avaliados.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Educação
• Dependendo do potencial cognitivo, ou seja,
da capacidade para aprender, uma criança
com PC pode estar apta a freqüentar a
escola regular em classe compatível com sua
faixa etária.
• As crianças com tetraplegia espástica
geralmente apresentam envolvimento
cognitivo grave. Crianças com outros tipos de
PC apresentam deficiência cognitiva leve ou
moderada e podem freqüentar o ensino
especial.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• No Brasil, existem Centros de Educação
Especial administrados pelo governo, por
instituições filantrópicas ou pertencentes à rede
privada, que dispõem de atendimento a estas
crianças.
• Algumas crianças, apesar de mostrarem
capacidade para aprender, necessitam ensino
especial devido a distúrbios sensoriais.
• Algumas das instituições citadas possuem
modalidades de atendimento especializado
para crianças com deficiência visual ou auditiva.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• De acordo com a constituição brasileira, tanto
as escolas públicas quanto as particulares têm
obrigação de aceitar a matrícula de qualquer
aluno com deficiência física desde que ele
tenha capacidade para acompanhar o ensino
regular.
• Quando o envolvimento motor é importante, a
escola deve considerar e respeitar limitações
como escrita lenta ou dificuldade para a fala.
Nessas situações, a escola deve encontrar
estratégias que possam viabilizar a
aprendizagem.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Qualquer limitação motora pode ser
minimizada através de recursos
didáticos compatibilizando
aprendizagem e dificuldade de
movimento, ou de meios alternativos
oferecidos pela engenharia de
reabilitação.
Paralisia Cerebral –
Aspectos Psicossociais
• Em uma criança com deficiência física, a
exploração e a manipulação dos objetos, a
locomoção, e a interação com a família não
podem acontecer normalmente.
• Isto faz com que o desenvolvimento da
criança com certos tipos de PC ocorra de
uma maneira diferente.
• A impossibilidade para correr, jogar bola, e
andar de bicicleta vai aos poucos dando à
criança a noção de "ser diferente".
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Na idade escolar, muitas delas já estão
conscientes de suas dificuldades e poderão
necessitar de ajuda para melhor lidarem com
os sentimentos de tristeza ou as diversas
perdas ocasionadas pela condição de "ser
diferente".
• Uma criança com PC apresenta
necessidades específicas em cada etapa do
seu desenvolvimento.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Por exemplo, durante os seis primeiros
meses de vida, predominam as necessidades
com relação aos cuidados médicos -
avaliações clínicas, realização de exames
complementares, orientações sobre a
patologia, aconselhamento e apoio aos pais.
• Durante a primeira infância, um dos
principais objetivos do acompanhamento
passa a ser a estimulação do
desenvolvimento neuropsicomotor.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• À medida que a criança cresce, vão surgindo
as necessidades relacionadas com a
inserção social, como maior grau de
independência, escolarização, orientação
vocacional e reforço do suporte psicológico à
criança e à família nos momentos críticos.
• Em determinadas etapas do
desenvolvimento, além dos programas de
reabilitação e do acompanhamento médico
em esquema ambulatorial, muitas crianças
necessitam repetidas hospitalizações ou
intervenções cirúrgicas.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• A rede de apoio social formal (serviços e
recursos da comunidade, incluindo as
relações com profissionais de saúde) e
informal (relações com amigos e familiares) é
importante no que se refere ao processo de
adaptação dos familiares à deficiência.
• No que diz respeito à rede de apoio formal,
ela nem sempre é eficaz.
• É comum haver um grande número de
profissionais, de diferentes serviços,
envolvidos no acompanhamento da criança.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• Estes profissionais, muitas vezes,
apresentam condutas divergentes entre si,
acarretando insegurança aos pais quanto à
escolha e tomada de decisões com relação
ao tipo de cuidados e tratamento da criança.
• Além disso, a inexistência ou precariedade
de recursos de tratamento para determinados
problemas representa mais uma fonte de
estresse que interfere com o processo de
adaptação da família à deficiência.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• O profissional que assiste a criança tem um
papel importante na mediação do estresse
familiar.
• Os pais necessitam de profissionais
experientes que parem para ouvir as suas
dúvidas e preocupações, passem as
informações com sensibilidade e respeito e
tenham consciência de suas limitações.
Paralisia Cerebral –
Tratamento
• A melhora da criança com PC é lenta e demanda
um constante equilíbrio dos familiares e dos
profissionais, entre o que se quer e o que é
possível, e cabe à equipe que trata da criança uma
atitude de apoio aos familiares com o objetivo de
fortalecê-los para que possam realizar os cuidados
adequados e enfrentar as dificuldades que
acompanham o processo de ajustamento à
deficiência.
• Este processo torna-se mais fácil quando pais e
profissionais de saúde trabalham em busca dos
mesmos objetivos.
Paralisia Cerebral –
Atendimento no Sarah
• Atendimento a Crianças com Distúrbio do
Desenvolvimento Neuropsicomotor
• Este programa se desenvolve em um espaço
específico, onde as crianças comparecem
acompanhadas pela família para atendimento
em horário marcado.
• Os pais (ou responsáveis) recebem
orientação quanto à patologia, à estimulação
do desenvolvimento, escolarização, inserção
social e qualidade de vida da criança.
Paralisia Cerebral –
Atendimento no Sarah
• O programa inclui vários sub-
programas, dentre eles, estimulação do
neurodesenvolvimento, atividades de
vida diária, comunicação, tratamento
intensivo de crianças com lesão
cerebral recente, nutrição,
acompanhamento pré- e pós-operatório
e atendimento psicopedagógico.
Paralisia Cerebral –
Atendimento no Sarah
• Como é Feito o Acompanhamento
• Antes de ser encaminhada ao programa, a criança
passa pelo Ambulatório Médico.
• É no Ambulatório que ela é examinada, buscando-
se esclarecimentos em relação ao seu problema.
• Em seguida, a criança é avaliada por profissionais
do programa de reabilitação que definem os
objetivos do tratamento e o tipo de
acompanhamento a ser realizado, levando-se em
consideração faixa etária, nível de
desenvolvimento e potencial neurológico.
Paralisia Cerebral –
Atendimento no Sarah
• Quem é Atendido
• Crianças com paralisia cerebral, síndromes
genéticas, seqüelas de traumatismo crânio-
encefálico e acidente vascular cerebral,
outras doenças neurológicas que acometem
o encéfalo e distúrbios do desenvolvimento
psicomotor cuja causa ainda não foi
esclarecida.
Paralisia Cerebral –
Atendimento no Sarah
• Os pais e outros membros da família
acompanham todo o processo de
tratamento, participando dos
atendimentos e realizando as
atividades de estimulação no ambiente
próprio da criança.
Paralisia Cerebral –
Atendimento no Sarah
• Princípios da Abordagem
1. Abordagem abrangente considerando os aspectos
motor, cognitivo, afetivo e sócio-cultural.
2. O programa de tratamento é traçado de acordo
com metas que possam ser atingidas, ou seja,
estabelecidas em função do problema, das
necessidades e das possibilidades de cada
criança.
3. Centralização na participação da família e na
concepção da criança como ser ativo do seu
processo de reabilitação, o que torna a
estimulação mais efetiva e viabiliza uma menor
dependência do contexto hospitalar.
Paralisia Cerebral –
Atendimento no Sarah
4. O objetivo central do programa de
reabilitação para crianças com distúrbio
do neurodesenvolvimento é possibilitar à
criança adquirir o maior grau de
independência possível, e, assim,
favorecer sua participação na sociedade
em que vive.

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