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Exerccios Texto I Poesia e prosa Jos Paulo Paes

Pode-se escrever em prosa ou em verso. Quando se escreve em prosa, a gente enche a linha do caderno at o fim, antes de passar para outra linha. E assim por diante at o fim da pgina. Em poesia no: a gente muda de linha antes do fim, deixando um espao em branco antes de ir para a linha seguinte. Essas linhas incompletas se chamam versos. Acho que o espao em branco para o leitor poder ficar pensando. Pensando bem no que o poeta acabou de dizer. Algumas vezes, lendo um verso, a gente tem de voltar aos versos de trs para entender melhor o que ele quer dizer. Principalmente quando h uma rima, isto , uma palavra com o mesmo som de outra lida h pouco. Ento a gente vai procur-la para ver se isso mesmo. A prosa como o trem, vai sempre em frente. A poesia como o pndulo dos relgios de parede de antigamente, que ficava balanando de um lado para o outro. Embora balanasse sempre no mesmo lugar, o pndulo no marcava sempre a mesma hora. Avanava de minuto a minuto, registrando a passagem das horas: 1,2,3, at 12. Tambm a poesia vai marcando, na passagem da vida, cada minuto importante dela. De tanto ir e vir de um verso a outro, de uma rima a outra, a gente acaba decorando um poema e guardando-o na memria. E quando v acontecer alguma coisa parecida com um poema que j leu, a gente logo se recorda dele. Geralmente, a prosa entra por um ouvido e sai pelo outro. A poesia, no: entra pelo ouvido e fica no corao.

Texto II

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Poesia e poema no so a mesma coisa. O poema diz respeito forma (versos organizados em estrofes). A poesia est presente no s no poema, mas tambm nas narrativas literrias (conto, romance, novela), crnicas e at em obras de arte que no utilizam a palavra: um quadro, uma fotografia, por exemplo. Ou seja, poesia contedo, poema forma.

Os textos abaixo referem-se questo 5 e 6. AO SHOPPING CENTER Pelos teus crculos vagamos sem rumo ns almas penadas do mundo do consumo. De elevador ao cu pela escada ao inferno: os extremos se tocam no castigo eterno.

Cada loja um novo prego em nossa cruz Por mais que compremos estamos sempre nus ns que por teus crculos vagamos sem perdo espera (at quando?) da Grande Liquidao. PAES, Jos Paulo. Prosas seguidas de odes mnimas. So Paulo: Cia. das Letras, 1992. p. 73. O ESTADO DE S. PAULO. 3 mar. 2002 3-B

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