Cmara aprova o fim do 14 e 15 salrios dos polticos

Cmara e Senado iro economizar R$ 27,41 mi e R$ 4,32 mi respectivamente Jornal da Paraba Com um consenso forado, a Cmara dos Deputados aprovou, ontem, o fim do benefcio anual de 14 e 15 salrios para os parlamentares. A partir de agora, os deputados e senadores s recebero salrios extras ao assumir e deixar seus mandatos no Congresso. A votao aconteceu numa tentativa do presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de melhorar a imagem da Casa com uma agenda de projetos bem vistos pela sociedade. No prximo ms a inteno discutir propostas na rea de segurana pblica e na primeira semana de abril est na pauta a reforma poltica. O benefcio de salrios extras para os parlamentares, chamados internamente de ajuda de custo, comeou em 1938. Em alguns perodos ocorria o pagamento tambm quando haviam convocaes extraordinrias para trabalho em julho e janeiro, o que levou a at 19 salrios em um mesmo ano. Atualmente, o benefcio era pago no incio e no fim de cada ano. A proposta aprovada nesta quarta de autoria da atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e foi aprovado pelo Senado em maio do ano passado. Na Cmara, a proposta ficou parada por meses na Comisso de Finanas e Tributao, o que permitiu o pagamento do benefcio no final do ano passado e na folha de pagamento deste ms. A partir de agora, o nmero de salrios extras recebidos por deputados cair de oito para dois, enquanto no Senado de 16 para dois, em funo dos mandatos. O fim do 14. e do 15. salrios representar uma economia anual de R$ 27,41 milhes para a Cmara e de R$ 4,32 milhes para o Senado nos anos do mandato em que no

houver o pagamento. O decreto legislativo precisa ainda ser promulgado e publicado no Dirio do Congresso para entrar em vigor. Deputado com o maior nmero de mandatos na Casa, e quem mais recebeu o benefcio, o presidente Henrique Alves empenhou-se para acelerar a aprovao pressionando os lderes a assinar um requerimento de urgncia para o projeto. Na viso dele, a aprovao pode ajudar a aproximar o Congresso da sociedade. "Essa Casa pode ter pecados, pode ter seus equvocos no voto sim ou no, mas a omisso indesculpvel", argumentou Alves ao defender a votao imediata. O nico deputado a se manifestar no microfone contrrio ao fim do benefcio foi Newton Cardoso (PMDB-MG). "Esto votando com medo da imprensa, uma deslealdade com os deputados que precisam. No falo por mim, abri mo. Pago caro para trabalhar aqui", disse o peemedebista, dono de uma fortuna de R$ 77,9 milhes,