de A Mensagem Fernando Pessoa

Escola Secundria de Penafiel Portugus

Todo o comeo involuntrio Deus o agente. O heri a si assiste, vrio E inconsciente. espada em tuas mos achada Teu olhar desce. Que farei eu com esta espada? Ergueste-a, e fez-se.

Este poema insere-se na parte dos castelos, e a terceira personagem histrica representada antecedida por Viriato e Ulisses, num degrade de mitos-absolutos para mitoshomens. No entanto D.Henrique uma personagem histrica mais concreta j que a sua vida foi bem mais documentada do que os anteriores. Conde de Borgonha, D.Henrique foi o pai do primeiro Rei de Portugal, D.Afonso Henriques, e por isso considerado o fundador da monarquia no nosso pas. Quando D.Henrique morreu, em 1114, D.Afonso Henriques tinha apenas 3 anos.

Todo comeo involuntrio- quer isto dizer que os grandes feitos nunca so por obra da vontade humana, mas sim de outra vontade maior a de Deus porque Deus o agente. D.Henrique no poderia planear as aces que se seguiram, e por isso, Deus foi o agente desse plano, a que D.Henrique assistiu inconsciente e a si () vario, ou seja, sem que soubesse a que iam levar as suas aces no futuro. O plano era a formao de Portugal.

D.Henrique nos apresentado com uma espada nas mos achada, olhando-a perplexo (teu olhar desce), sem saber o que fazer com ela (Que farei eu com esta espada) e tudo isto significa a mudana que D.Henriques traz (simbolismo da espada com a mudana), embora incosncientemente porque olha para ela perplexo, j que o agente dessa mudana no ele, mas uma vontade que o ultrupassa: Deus.

Na terceira estrofe confirma-se o que est na segunda estrofe j que D.Henrique ergue-a (espada), mas a mudana vai ocorrer sem que ele se possa considerar o agende dessa mudana. Ele ergue a espada mas no a baixa num golpe. Ergue-a e fez-se: D.Henrique um meio para um fim maior.

Mtrica 3 estrofes irregulares (respetivamente com 4,3 e 1 versos). Alternadamente os versos tm 8 e 4 slabas. Esquema rmico Rima cruzada Nmero de versos 8