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Apesar de no ter acompanhado de perto os passos que levaram, nos ltimos tempos, re gulamentao da profisso de historiador, s a posso saudar com entusiasmo, pois o debat e j se encontrava na pauta das nossas reivindicaes quando, nos anos 1970, entrei na universidade. Hoje, aps 33 anos de atividade universitria, sou uma professora vet erana, que tive a sorte de acompanhar trajetrias brilhantes, contribuindo formao de quadros no nosso pas. Mas antes, quando comecei minha vida profissional, e duran te muito tempo, fui unicamente pesquisadora, vivendo de bolsas at conseguir contr atao no Departamento de Histria da USP. Naqueles tempos, e desde estudante, sentiame historiadora, e por no ser professora acabava me vendo s voltas com uma espcie d e crise de identidade. No concordo com as vozes que levantam dvidas quanto s vantag ens da regulamentao, alegando que restringir a atuao dos que no so historiadores. Ningum jamais deixar de reconhecer em essoas como Alberto da Costa e Silva o notrio saber do melhor dos historiadores, o que contudo no impede que haja procedimentos que garantam aos profissionais da histria o exerccio da sua profisso. No se nega o estatuto profissional a mdicos nem a engenheiros. Por que neg-lo ao historiador? Talvez porque, no fundo, paire a dvid a quanto especificidade do nosso campo de conhecimento, a histria sendo vista com o assunto meio indistinto, no qual toda pessoa medianamente instruda pode meter s ua colher. Cabe a ns, historiadores, deixarmos claro que nossa formao complexa, mor osa e sofisticada. Motivos estes que, junto a tantos outros, justificam plenamente que hoje possamos nos re conhecer e ser reconhecidos como historiadores. Ufa! At que enfim!