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Por Laura de Mello e Souza Professora Titular da USP e, sim, Historiadora Pesquisadora do CNPq na rea de Histria desde 1992

Apesar de no ter acompanhado de perto os passos que levaram, nos ltimos tempos, re gulamentao da profisso de historiador, s a posso saudar com entusiasmo, pois o debat e j se encontrava na pauta das nossas reivindicaes quando, nos anos 1970, entrei na universidade. Hoje, aps 33 anos de atividade universitria, sou uma professora vet erana, que tive a sorte de acompanhar trajetrias brilhantes, contribuindo formao de quadros no nosso pas. Mas antes, quando comecei minha vida profissional, e duran te muito tempo, fui unicamente pesquisadora, vivendo de bolsas at conseguir contr atao no Departamento de Histria da USP. Naqueles tempos, e desde estudante, sentiame historiadora, e por no ser professora acabava me vendo s voltas com uma espcie d e crise de identidade. No concordo com as vozes que levantam dvidas quanto s vantag ens da regulamentao, alegando que restringir a atuao dos que no so historiadores. Ningum jamais deixar de reconhecer em essoas como Alberto da Costa e Silva o notrio saber do melhor dos historiadores, o que contudo no impede que haja procedimentos que garantam aos profissionais da histria o exerccio da sua profisso. No se nega o estatuto profissional a mdicos nem a engenheiros. Por que neg-lo ao historiador? Talvez porque, no fundo, paire a dvid a quanto especificidade do nosso campo de conhecimento, a histria sendo vista com o assunto meio indistinto, no qual toda pessoa medianamente instruda pode meter s ua colher. Cabe a ns, historiadores, deixarmos claro que nossa formao complexa, mor osa e sofisticada. Motivos estes que, junto a tantos outros, justificam plenamente que hoje possamos nos re conhecer e ser reconhecidos como historiadores. Ufa! At que enfim!

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