Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
PERGUNTE
E
RESPONDEREMOS
ON-LINE
NOVEMBRO
1993
SUMARIO
<
i
UJ
Manipulacao da Vida Humana
Diretor-Responsável ''
SUMARIO
Estévao Bettencourt QSB •'•> ':'■"<:...
Autor e Redator de toda a materia
"Amar alguóm á dizer-lhe: 'Tu nao
publicada neste periódico
morreras' " (G. Marcel) 481
Novos estudos sobre o
Diretor-Administrador:
Sudario de Turim: Rejeitado o teste
D. Hildebrando P. Martins OSB
do Carbono 14 482
Confusao "empolgante":
Administracáo e distribuicao:
"Jesús, precursor e anunciador da
Edicoes "Lumen Christi"
Nova Era", por Lauro Trevisan 488
Rúa Dom Gerardo, 40 — 5? andar - sala 501 Pastoral n'gida:
Tel.: (021) 291-7122
"Nem batizados nem calamentos..." . . . 497
Fax (021) 263-5679
Caso delicado:
Os anticoncepcional e a ameaca de
Endereco para correspondencia: estupro 504
Ed. "Lumen Christi" Ciencia e Consciéncia:
Caixa Postal 2666
Manipulacao da vida humana 513
Cep 20001-970 - Rio de Janeiro - RJ
Mais urna vez:
Impretsao e Encadernapao "Santo Antonio de Categeró":
Quem era? 522
Urna Palavra do Papa sobre
O Neocatecumenato 525
Um testemunho significativo 527
"MARQUES SARAIVA"
GRÁFICOS E EDITORES S.A.
Tels.: (021)273-9498/273-9447
NO PRÓXIMO NÚMERO:
"Jesús era um Extraterrestre" (J.J. Beni'tez). - "0 Pecado: o que dizer?" (Xavier
Thévenot). - O Segredo da Confissao. - A Crise das Vocacoes. — Um Padre Ca
tólico num País Proibido. — Nova Era: mais urna vez.
E.B.
481
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"
ANO XXXIV - N? 378 - Novembro de 1993
SUDARIO DE TURIM:
REJEITADO O TESTE DO CARBONO 14
* * *
482
SUDARIO DE TURIM E CARBONO 14
483
"PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
Além disto, outros pesquisadores, entre osquais o Dr. Rémi van Haelst,
belga, e o Dr. Jouvenroux, francés, mostraram as numerosas impreci-
soes de cálculo contidas no artigo da revista Nature, que em 1988 afirmava
ser o Sudario oriundo dos séculos XIII/XIV. Ao que o Dr. Olivier Pourrat,
professor de Medicina, acrescentava:
"Mesmo que o resultado nao fosse erróneo, ele nao oferece garantía
suficiente. Será útil fazer de novo um exame de datacao... Pois os resulta
dos, para ser tidos como científicos, devem poder ser reproduzidos. Isto é
de regra".
2. DESCOBERTAS RECENTES
484
SUDARIO DE TURIM E CARBONO 14
485
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
Estas tres palavras gregas fináis tém sido traduzidas por "num lugar
único" ou "em outro lugar". Na verdade, porém, segundo os dois exege
tas, dever-se-iam traduzir por "no seu mesmo lugar". Em tal caso, o evan
gelista estaría dizendo o seguinte: Jesús havia sido recoberto com urna
mortalha e sua cabeca estava envolvida numa faixa de tecido que Ihe aper-
tava o queixo. Joao "viu e acreditou", diz o evangelista em 20,8. Que viu
ele? — Responde o Prof. Bernard Ribay:
486
SUDARIO DE TURIM E CARBONO 14
5. O FUTURO 00 SUDARIO
487
Confusao "empolgante'
488
"JESÚS, PRECURSOR E ANUNCIADOR DA NOVA ERA" 9
Era", que tem sentido cronológico e significado filosófico, para incutir aos
seus leitores, com nova énfase, a sua tese "solucionadorade todos os pro
blemas". - A seguir, proporemos as linhas-mestras desse livro e Ihes fa re
mos alguns comentarios.
1. O CONTEÚDO DO LIVRO
Pata ativar esse poder de Deus que nele está, basta-I he mentalizar
as coisas que deseja: dinheiro, casa, automóvel, saúde, paz com todos,
bem-estar... Concentrando seu pensamento em tais objetos, o homem esta
ría "orando". Ora Jesús prometeu eficacia infalível á oracao. Donde con
cluí Lauro Trevisan que o homem tudo pode.
Tal poder sempre existiu nos homens. Jesús, porém, o revelou explí
citamente. Todavía acontece que a humanidade nao teve a coragem de
crer nisso. Em conseqüéncia, capitulou diante das dificuldades de cada día
(doencas, fome, pobreza...) e julgou dever suportar todas as desventuras
com resígnacao, configurando-se a Cristo Crucificado. Por isto viveram os
homens 2.000 anos na Era de Peixes. Acontece, porém, que de dois mil
em dois mil anos se muda o signo que rege a historia da humanidade na
Térra, conforme a astrologia; por isto em 2001 comecará a Era do Aquá-
rio, melhor que a dos Peixes; nessa Nova Era, Cristo reinará plenamente
pelo poder mental dos seus adeptos:
489
JO "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
Trevisan joga com o sentido de "Nova Era". Esta é entendida por ele
como pen'odo de bonanca, em que Jesús Cristo será plenamente reconhe-
cido e seguido. Acontece, porém, que "Nova Era", no sentido da filosofía
religiosa contemporánea, é um conjunto de idéias sincretistas, que p reten-
dem suplantar o Cristianismo e extingui-lo; cf. PR 354/1991, pp. 518-
526; 360/1992, pp. 235-240. Assim, na base da ambigüidade, L. Trevisan
dá impulso a urna corrente ideológica anticrista, ignorando (ou preten-
dendo ignorar) quanto tal corrente tem de avesso á mensagem bíblica.
Nao há limites para o exercicio desse Poder, a nao ser aquele imposto
pela mente da própria pessoa.
490
"JESÚS, PRECURSOR E ANUNCIADOR DA NOVA ERA" ]±
Pensar é poder.
Assim como toda substancia busca a sua forma, como toda esséncia
exige a sua expressao, como toda causa contém seu efeito — da mesma ma-
neira todo pensamento contém a sua materializagio" (p. 28).
Com clareza meridiana Jesús ensinou que tudo que se pede se rece
be. E compfetou afirmando que qualquer pessoa que peca receberá, nao
importando se é pobre, ignorante, má, infeliz, deprimida, rústica, feia,
desagradável.
491
12 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
Como deducao: Toda oracao feita com fé, pelo católico, protestante,
espirita, budista, umbandista, ou sem religiao — sempre produz o resul
tado...
Perguntamos agora:
2. QUE DIZER?
492
"JESÚS, PRECURSOR E ANUNCIADOR DA NOVA ERA" 13
Vé-se, pois, que a teoría das Eras do Zodíaco, que teriam cada qual a
duracao de 2.000 anos, é altamente fantasiosa; a nada corresponde na rea-
lidade do universo. Ademáis, segundo a habitual enumeracao das casas do
Zodíaco (encontrada ñas fontes da astrologia), o signo de Peixes estaría
depois de Aquário (Aguadeiro), e nao antes; Aguadeiro seria o 119 sinal,
e Peixes o 12? ou último da serie. Por isto o discurso que anuncia a transí-
cao de Peixes para Aquário e o próximo advento de urna Nova Era é vazio
e falso.
493
J4 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
com todos os seres existentes" (p. 29). Disto se segué que, ao acionar a sua
mente, a pessoa está acionando urna grande rede, de tal modo que o im
pulso produzido pela mente vai repercutir quase mecánicamente á distan
cia e fazer que fora da mente se concretize ou materialize aquilo que é
concebido mentalmente. - Tal suposicao, porém, é falsa; ninguém enri
quece pelo simples fato de pensar em dinheiro; ninguém se livra de urna
doenca pelo simples fato de pensar sempre em saúde.
Por sua vez, fé nada tem que ver com forca ou energia mental ou físi
ca. É a adesao do homem a Deus que I he fala; tal adesao tem um cunho in
telectual (há urna profissao de artigos de fé ou de verdades de fé), mas
também urna nota de entrega total e confiante a Deus. Por isto existe di fe-
renga entre a fé do budista, a do umbandista, a do maometano e a do fiel
católico...; cada Credo religioso tem suas proposicoes próprias, que nao
podem ser reduzidas a sentimentos subjetivos; Deus Pai falou aos homens
por Jesús Cristo, de modo que a Palavra de Deus ná"o pode ser relativizada
nem equiparada a palavra de um mestre humano.
Se alguém perguntasse por que Lauro Trevisan faz tanto sucesso (seus
livros tém sai'do em numerosas edicoes), poderíamos responder que ele to
ca urna fibra muito sensível do ser humano: o desejo de maravilhoso ou de
solugoes rápidas, prontas, portentosas ou mesmo... mágicas. Os meios con-
vencionais de lutar na vida sao morosos, cansativos e, nao raro, pouco efi-
cazes. Por isto todo homem sonría com algo de diferente, que ele nao tem,
mas que gostaria de ter; e deixa-se levar fácilmente por quem atende a esse
gosto de maravilhoso-mágico, aínda que o maravilhoso seja fantástico ou
irracional aos o I nos de quem pensa um pouco. Desta maneira os adultos
tém um ponto comum com as enancas, que também sonham e se deleitam
com seus sonhos, por mais irreais que sejam; dir-se-ia que a enanca sobrevi
ve nos adultos, sem que estes tenham consciéncia de tal fenómeno.
494
"JESÚS. PRECURSOR E ANUNCIADOR DA NOVA ERA" 1£
"A i/ha de Creta fica meio perdida no Mar Mediterráneo. Mas foiali,
segundo os historiadores, que nasceu a civilizacao ocidental há 3.400 anos.
Apesar dessa gloria histórica, seus habitantes se sentem solitarios e ¿ mar-
gem do mundo. Quando chegam os turistas, os habitantes da ilhapraticam
o mais original dos assaltos. Arrancam dos visitantes nao o seu dinheiro e
as suas jóias, mas noticias e novidades que acontecem no outro lado do
mundo. Eles querem saber tudo, simplesmente tudo, e um pouco mais'.
1 Com isto nao queremos dizer que somente o anseio de utopia mágica es
teja em favor de L. Trevisan. Podemos admitir que o poder de sugestao e a
capacidade de serenar o psiquismo humano contribuam para o relativo
bem-estar de varios de seus clientes. Mas eremos que estes pagam preco
muito caro para conseguir esses magros e inconsistentes beneficios, preco
que pode deixar conseqüéncias mais negativas do que positivas na mente
dos "pagantes".
495
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
■k * *
496
Pastoral rígida:
* * *
497
.18 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"378/1993
certo, tal praxe demasiado rigorosa ou puritana nao condiz com a suprema
lei de toda acao pastoral, que é lucrar as almas ou "tornar-se tudo para to
dos, a fim de salvar alguns a todo custo" (1Cor 9,22).
1. O BATISMO DE CRIANZAS. ..
498
"NEM BATIZADOS NEM CASAMENTOS" 19
A crianca nao deve pagar pelo tipo de vida dos genitores, nem ser pu
nida por causa disto.
499
20 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
Todavía, nao se deve esquecer que estes noivos, pela forca do seu ba-
tismo, estao já realmente inseridos na Al¡anca nupcial de Cristo com a
Igreja e que, pela sua reta intencao, acolheram o projeto de Deus sobre o
matrimonio, e, portanto, ao menos implícitamente, querem aquilo que a
Igreja faz quando celebra o matrimonio. Portanto, o mero fato de neste
pedido entrarem motivos de caráter social, nao justifica urna eventual re
cusa da celebracao do matrimonio pelos pastores. De resto, como ensinou
o Concilio Vaticano II, os sacramentos com as palavras e os elementos ri-
tuais nutrem e robustecen) a fé:1** aquela fépara a qual os noivos já estSo
encaminhados pela forca da retidao da sua intencao, que a grapa de Cristo
nao deixa certamente de favorecer e de sustentar".
Afastar-se de tal norma pode acarretar injustipa por parte dos pasto
res de almas:
500
"NEM BATIZADOS NEM CASAMENTOS"
501
22 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
Certa vez havia um Bispo que nao quería que a Eucaristía em sua dio-
cese se tornasse propriedade de grupos particulares. Por isto proibiu a to
dos os sacerdotes a celebracSo de Missas de casamento e Missas de funerais.
A proibicao era tao rigorosa que sacerdotes vindos de fora para oficiar ca
samentas nao mais puderam celebrar a S. Missa por sua irmaou seu sobri-
nho que se casava.
Nesses días nao estao eles mais perto de nos do que em outros dias? E
nao é essa a ocasiao de Ihes dar a ouvir a Palavra de Deus,... tornando-a
acessivel medíante um bom comentario? Nao é também a ocasiao de Ihes
mostrar urna comunidade viva?
Ambos eram muito estimados. Por isto as igrejas paroquiais das res
pectivas familias tornaram-se pequeñas para conter seus amigos, que em
502
"NEM BATIZADOS NEM CASAMIENTOS" 23
tais dias ouviram falar sobre a vida e a morte com palavras das quais tai-
vez tenham guardado recordacSo.
503
Caso delicado:
OS ANTICONCEPCIONAIS
E A AMEAQA DE ESTUPRO
* * *
504
ANTICONCEPCIONAIS E AMEAQA DE ESTUPRO 25
505
26 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS"378/1993
Vejamos como, a luz da Moral católica, há*o de ser avaliados tais pro
cedí mentos.
2. 0 ABORTAMENTO
506
ANTICONCEPCIONAL E AMEACA PE ESTUPRO 27
3. OS ANTICONCEPCIONAL
507
28 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"378/1993
508
ANTICONCEPCIONAIS E AMEAgA DE ESTUPRO 29
4. QUE DIZER?
509
30 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
3) Como quer que seja, de tal debate nao sería lícito deduzir que o
uso de anticoncepcionais já foi reconhecido de modo geral pela Moral
católica ou esteja para ser liberado para casos que nao sejam de legítima
defesa. Continua incólume a afirmacao da encíclica Humanae Vitae se
gundo a qual a sexualidade humana deve ser respeitada em sua índole na
tural, que é unitiva e procriativa; por isto quem espontáneamente pratica
o ato sexual, é incitado, em consciéncia, a evitar artificios que derroguem
á natureza. Nao seria válido, portanto, conjeturar que a doutrína da Hu
manae Vitae venha a ser reformada; tal doutrína ná*o exprime urna lei po
sitiva da Igreja, mas a lei natural ou a lei do Criador, que é inviolável; nes-
te 25? aniversario da encíclica há quem preconize a revi sao do texto em
favor de maior abertura á contenpao artificial da natalidade; tal posicao
tem sido descartada pelo Papa Joao Paulo II.
510
ANTICONCEPCIONAIS E AMEAQA DE ESTUPRO
* * *
APÉNDICE
511
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS"378/1993
2) ". . . apesar de seu uso ter sido proibido pelos últimos papas". —
Os Papas tém rejeitado os anticoncepcionais nas relacSes espontáneas, em
que o amor realiza um ato auténticamente humano,... ato cuja índole na
tural é unitiva e procriadora. Os Papas nunca consideraran!, em seus docu
mentos oficiáis, o recurso a anticoncepcionais por parte de mulheres amea-
cadas de estupro.
* * *
Marthe Robin é urna mi'stica francesa que viveu de 1902 a 1982, parausada
por completo desde os 26 anos de idade e cega no fim da vida. Recebeu os estigmas da
Paixao de Jesús e deixou de comer e dormir desde o seu terceiro decenio de idade. Re-
cebia, porém, semanalmente a Eucaristía, que Ihe mantinha o vigor da alma e o ardor
das virtudes. Nos fins de semana experimentava intensamente as dores da Paixáo de
Jesús. Quería oferecer-se ao Pai com Jesús pela salvacao do mundo; esse ideal missio-
nário, que ela imaginara poder realizar mediante longas viagens apostólicas, ela o con-
cretizou "completando em sua carne o que falta á Paixao de Cristo" (Cl 1,24). Vivía
deitada num quarto semi-escuro, onde recebia visitantes, aos quais transmitía grande
reconforto mediante palavras simples e seu exemplo de entrega total á vontade do
Pai.
512
Ciencia e Consciéncia:
* * *
513
34 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
1. FALA O ACADÉMICO
Deve, portanto, a Medicina ser orientada por urna filosofía que tenha
por fundamento valores universais e perenes, aos quais se subordinem os
valores locáis e ocasionáis. Valores daqui e de hoje nao se podem sobrepor
a valores universais e de sempre, pois, assim, inverteriam desastrosamente a
hierarquia axiológica.
514
MANIPULAgÁO DA VIDA HUMANA 35
515
36 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"378/1993
516
MANIPULAgÁO DA VIDA HUMANA
517
38 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS"378/1993
cao para coisa alguma; pelo contrarío, constituirá sempre um novo proble
ma acrescentado ao que se pretende resolver.
518
MANIPULAgÁO DA VIDA HUMANA 39
2. REFLETINDO.. .
Sejam destacados os sete pontos que o Académico Dr. J.E. dos San
tos Alves aborda em seu discurso:
519
"PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
porque ele sabe que ele morre, ao passo que o universo ignora a vantagem
que ele tem sobre o homem" (fragmento 347).
3 Pascal tem em vista o amor como virtude infusa, da qual fala Sao Paulo
em Rm 5,5: "O amor de Deus foi derramado em nossos coracoes pelo
Espirito que nos foi dado".
520
MANIPULADO DA VIDA HUMANA 41
2.5. Aborto
Sao estas as observaedes que o Dr. Joá*o Evangelista dos Santos Al-
ves houve por bem propor a seus colegas de Academia, ou seja, aos mem-
bros da alta cúpula da Medicina, a fim de preservar valores que a corrida
ao sucesso e ao dinheiro em nossos dias tende a conculcar. Parabéns, ilus
tre Académico!
* * *
521
Mais urna vez:
Eis por que voltamos ao assunto nestas páginas. Após ter pesquisado
mais a fundo a questao, podemos chegar á seguinte conclusao:
522
"SANTO ANTONIO DE CATEGERÓ" 43
geró. Este mesmo personagem é também chamado Antonio Etíope por ser
de raca negra1, como tem o nome de Antonio de Noto por ter morrido
nesta cidade (Sicilia).
Terá nascido por volta de 1490 perto da cidade de Barca (ou, dizem
outros, na Guiñé Portuguesa) de familia muculmana, que o educou segun
do o Corá*o. Foi aprisionado e feito escravo, indo para a Sicilia a bordo de
urna galé. Como escravo, conheceu a fé católica e abracou-a fervorosamen
te, recebendo no dia do seu Batismo o nome de Antonio. Viveu alguns
decenios com os patr6es, após o que foi posto em liberdade. Pediu entao e
recebeu o hábito franciscano, e exerceu virtudes em grau heroico. Tornou-
se enfermeiro desvelado dos indigentes, depois do que levou.uma existen
cia eremítica. Os sicilianos atribuiram-lhe milagres numerosos e tiveram-
no como santo. Após a sua morte em Barca (Sicilia) no ano de 1549, ins-
taurou-se um processo diocesano para averiguar as virtudes de Antonio e
eventüalmente canonizá-lo (inscrevé-lo no Catálogo dos Santos). Tal pro
cesso nao chegou ao fim. O fato é que Antonio de Categeró nunca foi nem
sequer oficialmente beatificado (a BeatificacSo é a etapa anterior, indis-
pensável, á Canonizado). O povo, porém, o foi invocando como Santo;
daí ficar conhecido como Santo Antonio de Categeró. Tal tipo de canoni-
zacao popular nSo tem validade na Igreja Católica, que, desde o sáculo X,
exige rigoroso processo jurídico e minuciosa investigacáfo para declarar al-
guém "Bem-aventurado(a)" e, posteriormente, "Santo(a)".
Refere Mons. Salvatore Gustella no livro citado, p. 57, que "a Inqui-
sicao, vendo os milagres e a grande santidade de Antonio, deu permissao
para que suas estampas tivessem um diadema ou auréola na cabeca, em si-
nal da gloria de que ele já goza na bem-aventuranca". Todavía na nota 62
da mesma página observa: "Até agora nao foi possível saber quando e on
de a competente autoridade eclesiástica autorizou a impressao de sua ima-
gem com auréola, como diz o biógrafo Daga".
1 Há, porém, quem julgue que Antonio Etíope era outro personagem.
523
44 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
* * *
524
Uma Palavra do Papa sobre
O NEOCATECUMENATO
É para mim motivo de grande consolo, poucos anos após meu apelo a
uma Nova EvangelizacSo da Europa, saber que estáis reunidos em Viena
para refletir ¡untos sobre os frutos da atividade missionária que sacerdotes,
apostólos itinerantes e fam/lias do Caminho Neocatecumenal estao desen-
volvendo com generoso impulso e grande zelo pelo Evangelho.
525
46 "PERGUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
Mas essa missao nao seria possivel sem presbíteros preparados para
acompanhar e sustentar, com seu ministerio sacramental, essa obra de Nova
Evangelizacao. Sou grato ao Senhor, que quis que nascessem numerosas
vocacdes e, por conseguinte, se constituissem Seminarios diocesanos e mis-
sionários em diversos países da Europa, Seminarios colocados sob o suave
patrocinio da Virgem María, invocada como Redemptoris Mater (Mae
do Redentor).
526
TESTEMUNHO SIGNIFICATIVO 47
UM TESTEMUNHO SIGNIFICATIVO
Mas era! E fui, levada pela orelha (era assím que me sentía), me re
conciliar com a Mié. Percebi entao coisas lindas, que antes nao via - vi
que o Caminho da Igreja é mais interno (dentro de nos) do que externo;
e tudo que havia fora (as regras, os exercícios espirituais, etc.) era para le
var a pessoa mais para dentro, de encontró a Cristo.
527
48 "PERPUNTE E RESPONDEREMOS" 378/1993
Permita Deus que casos tais se repitam com freqüéncia..., pois "Se-
nhor. Tu nos fizeste para Ti e inquieto é o nosso coracáo enquanto nao
repousa em Ti!" (S. Agostinho, Confissoes I).
Estévao Bettencourt O.S.B.
* * *
CARO(A) LEITOR(A).
* * *
tí i. i-'H
1 Mosteiro budista (N. da Redagio). f ■
' i ■
528 ,¡ l" O.
O MOSTEIRO DÉ
SAO BENTO DO
RIO DE JANEIRO
1590/1990
LITURGIA PARA O POVO Dfc DEUS, 4? cd. por D. Cario Fiore SDB e O.
Hildebrando Martins OSB.
É a Constituipao sobre a Liturgia (Sacrosanctum Concilium) explicada aos
fiéis, em todo o seu conteúdo (Principios gerais, Acao Pastoral, o Miste
rio da Eucaristía, os Sacramentos {com os seus ritos), o Of i'cio divino, o
Ano litúrgico, a Música e a Arte sacras), com breves questionários para
estudo em grupos. - 215 págs CR$ 850,00