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Micropipetas
Calibração
IMPORTÂNCIA DA
Acalibração de micropipetas consiste na determinação
do volume escoado de uma micropipeta através do
método gravimétrico, utilizando água como líquido de
CALIBRAÇÃO
calibração, à temperatura de referência de 20ºC, utili-
zando fórmulas adequadas, e que permite obter o erro
volumétrico associado à micropipeta.
38 QUALIDADE EM SAÚDE
METROLOGIA
IL – resultado da pesagem com o recipiente cheio com que descreve como a grandeza V20 é influenciada pelas variações
água, em mg; de cada um dos componentes da fórmula utilizada.
IE – resultado da pesagem com o recipiente vazio, em
mg; Assim, a fórmula de cálculo da incerteza padrão é a seguinte:
ρW – massa volúmica da água, à temperatura de cali- A incerteza padrão é de seguida multiplicada por um factor de
bração t, em mg/µl; conversão k (normalmente é 2 para um número de graus de
ρA – massa volúmica do ar, em mg/µl (para temperaturas
muito próximas de 20ºC e à pressão atmosférica
normal pode ser usado o valor médio de 0,0012
mg/µl);
ρB – massa volúmica de referência das massas da
balança (para massas conformes com a OIML 33,
normalmente utilizados, este valor é de 8,0 mg/µl);
γ – coeficiente de expansão cúbica do material de que liberdade superior a 50) para se obter a incerteza padrão expandida
é constituída a micropipeta, em ºC–1; que corresponde a um intervalo de confiança de 95%.(6)
t – temperatura da água usada na calibração, em ºC.
Assim, o resultado final da calibração irá ser representado por:
A temperatura do líquido de calibração é um elemento V20= Volume ± Incerteza
essencial para o cálculo do volume, uma vez que a sua
variação implica a obtenção de diferentes valores de Variação do erro
densidade. Assim, é de extrema importância que o líquido
de calibração se encontre à temperatura de trabalho Asoma do módulo do erro obtido (diferença entre o volume nominal
do laboratório para que os valores obtidos na calibra- e o volume convencionalmente verdadeiro) com o módulo da
ção possam ser utilizados no decorrer de ensaios incerteza deverá ser igual ou inferior à tolerância do instrumento
laboratoriais. Atemperatura de referência deverá ser de indicada na norma ISO 8655, de forma a que o instrumento possa
(20 ± 0.5)ºC. O líquido de calibração deverá ser água ser utilizado nos ensaios a que se destina.
destilada com uma condutividade inferior a 5 µS/cm(3).
Testes de desempenho
Cálculo da incerteza
O erro volumétrico obtido na calibração da micropipeta pode ser
A incerteza de medição é o parâmetro associado ao alterado indevidamente (invalidando todo o processo de calibração)
resultado de uma medição, que caracteriza a dispersão devido a vários factores de manuseamento deficiente do material,
dos valores que podem ser razoavelmente atribuídos tais como um mau funcionamento do êmbolo causado pela fadiga
à mesuranda(4). Para calcularmos a incerteza do volume da mola da micropipeta ou erros associados ao tipo de ponta, entre
escoado temos de ter em conta os factores que vão outros.
influenciar essa medição ou seja os componentes de
incerteza. Assim sendo, foram efectuados dois tipos de ensaios de desem-
penho a uma micropipeta de 1000 µl para se avaliar a sua resposta
O cálculo da incerteza na calibração de micropipetas é em condições específicas e como isto pode influenciar o volume
semelhante ao descrito no trabalho de E. Batista et.al., escoado: o ensaio das pontas e o ensaio de fadiga. No primeiro
Metrologia 2000(5). Neste caso específico as componen- caso a micropipeta foi calibrada sempre com a mesma ponta cinco
tes da incerteza vão ser as seguintes: vezes. No caso da fadiga foram realizadas 100 medições conse-
cutivas, 10 testes com 15 minutos de intervalo e cinco testes com
a incerteza da pesagem (um) 24 horas de intervalo. Cada teste possui 10 medições.
a incerteza da massa volúmica da água (uρw),
dos pesos da balança (uρB) e do ar (uρA) Os resultados obtidos(7) estão indicados nas figuras da página
a incerteza da temperatura (ut) seguinte.
a incerteza da evaporação (uevap)
a incerteza do coeficiente de expansão cúbica Como se pode observar pelas figuras, no ensaio de fadiga a
do material (uγ) micropipeta necessita de algum tempo para recuperar depois de
Para se obter a incerteza padrão multiplica-se cada ser utilizada continuamente. O volume vai diminuindo ao longo das
componente pelo respectivo coeficiente de sensibilidade, 100 medições (figura 1) possivelmente devido a um problema mecâ-
Conclusão
Bibliografia
[1] ISO 8655-1/2/6, 2002 – Piston-operated volumetric apparatus;
[2] ISO 4787, 1984 – Laboratory glassware - Volumetric glassware - Methods
for use and testing of capacity;
[3] Guia Relacre – Calibração de material volumétrico, 1995;
[4] VIM – Vocabulário Internacional de Metrologia, IPQ (1996);
[5] E. Batista, A. Sabrosa, M. Ferreira, I. Castanheira, A.M.H. Van der Veen –
"Uncertainty calculation in the calibration of volumetric laboratory glassware",
Congresso de Metrologia, Brasil, 2000;
[6] BIPM, IEC, IFCC, ISO, IUPAC, IUPAP, OIML– Guide to the expression of
uncertainty in measurement (GUM), Geneva, 1995;
[7] E. Batista, L.Pinto, E. Filipe, A.M.H. Van der Veen – "Calibration of micro-
pipettes: test methods and uncertainty calculation", Congresso de Metrologia,
Toulon, 2003.
Agradecimentos
AEduarda Filipe e Luís Pinto o permanente apoio e disponibilidade na elabo-
ração deste artigo.
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