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:2008 Consolidado
PA RQ U E EXPO : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 1
ÍNDICE
BALANÇO ....................................................................................................................................................... 49
ENDIVIDAMENTO.............................................................................................................................................. 50
:01
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01:
MENSAGEM DO PRESIDENTE
O ano de 2008 corresponde ao primeiro ano de um novo mandato deste Conselho de Administração, mandato
que deve ser entendido como o da afirmação e consolidação da nova missão, como o mandato da
demonstração da viabilidade e sustentabilidade desta Empresa como prestadora pública de serviços de
concepção de territórios, de gestão de projectos de dimensão relevante e impacte no panorama nacional, e por
vezes mesmo com expressão internacional (neste último caso como demonstração da capacidade nacional de
exportar competências).
É nesse sentido que se inscreve o crescimento dos proveitos associados às novas actividades de concepção e
gestão de projectos, que registam um crescimento em 2008 de 5,7 milhões de Euros face ao ano anterior,
traduzindo a justeza da aposta da Parque EXPO no seu core business actual. Tal permite, em nosso entender,
evidenciar, demonstrando com resultados concretos, a oportunidade das opções estratégicas inscritas na
missão: por um lado, a aposta em áreas de concepção de intervenções no território de média/larga escala, e,
por outro, em gestão de projectos de intervenções de qualificação urbana e valorização ambiental, com uma
perspectiva pública. Sempre com uma reafirmada perspectiva pública, o que constitui em grande medida a
singularidade e mais-valia da prestação da Parque EXPO.
Foi ainda em 2008 que, com a Câmara Municipal de Lisboa, se fechou o acordo para a regularização da dívida
referente à gestão urbana assegurada pela Parque EXPO. Os valores suportados pela Parque EXPO no período
compreendido entre 2005 e 2008, ascende a 24 milhões de Euros.
Se em termos de actividade, fica já em 2008 demonstrada a viabilidade da nova missão, em termos financeiros
o ano foi fértil de acontecimentos, nem sempre no sentido da contribuição para um resultado positivo. 2008 foi
marcado pela amortização do empréstimo obrigacionista com garantias do Estado, tal como previsto, no
montante de 49,2 milhões de euros, continuando assim a paulatina redução do grande endividamento da
Parque EXPO desde os anos da Exposição Mundial, agora a caminho dos 200 milhões de Euros.
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O acréscimo da taxa Euribor (média) de 4,35% em 2007 para 4,72% em 2008, conjuntamente com o aumento
registado no último trimestre de 2008 dos spreads de crédito dos empréstimos de curto prazo, fez com que o
montante dos juros pagos, apesar da redução em cerca de 59 milhões de Euros do endividamento, seja
idêntico ao do ano anterior.
Com maior expressão negativa nas contas de 2008 está, ainda, o efeito da desvalorização do valor da cessão
dos juros sobe a dívida da Câmara Municipal de Lisboa, no valor de 7,7 milhões de Euros.
A Sociedade Atlântico prosseguiu em 2008 a estratégia que havia sido definida no ano anterior, tendo como
principais objectivos a efectivação de “mais eventos”, a realização de “melhores eventos”, a procura de “novos
espaços/ novos negócios” e o arranque de “novas parcerias”.
Sendo uma estratégia a médio prazo, não teve ainda no ano de 2008 concretização visível, tanto mais que se
assistiu a uma retracção do mercado marcadamente sentida no segundo semestre do ano. A retracção da
actividade, tanto no segmento dos espectáculos, como no dos eventos corporate, assim como o atraso no
arranque do projecto de reabilitação e gestão do Pavilhão Rosa Mota/ Palácio de Cristal, no Porto, são
responsáveis pelos resultados que, embora positivos, são manifestamente modestos. Só a acentuada
racionalização de custos de estrutura, nomeadamente ao nível dos recursos humanos, empreendida nos dois
anos anteriores, que permitiram flexibilizar a organização e prepará-la para os índices de menor actividade
sentida em 2008 possibilitaram, de facto, a obtenção de resultados positivos em 2008 (registando um aumento
de cerca de 20% da produtividade face a 2006), após o ano de 2007 muito positivamente marcado pela
ocupação prolongada das instalações com a Presidência Portuguesa da União Europeia.
Em contrapartida, na Sociedade Oceanário de Lisboa S.A., tal como no ano anterior, de novo o patamar do um
milhão de visitantes foi ultrapassado. A margem operacional voltou a superar os 15%, e os resultados líquidos
atingiram um valor recorde absoluto, desta feita de 1,3 milhões de euros.
Merece ainda particular destaque, em 2008, uma outra iniciativa que irá marcar de forma definitiva o futuro do
Oceanário de Lisboa: a decisão de realizar o projecto de expansão do equipamento. A consistência e solidez da
operação do Oceanário de Lisboa, hoje indiscutivelmente um equipamento de referência nacional e projecção
internacional, foram factores determinantes na decisão tomada de dar início a um projecto de expansão. Este
projecto, actualmente em fase de estudo prévio, irá dotar o Oceanário de uma área para exposições
temporárias, um auditório polivalente, um novo restaurante/ cafetaria, e possibilitar o alargamento das áreas
destinadas ao programa educativo, bem como proporcionar melhorias na circulação e fluxos de visitantes,
através da criação de uma nova área de recepção/ bilheteira.
Por último será de destacar, ainda neste ano, e dando corpo à progressiva autonomização da gestão urbana do
Parque das Nações, visando o crescente envolvimento das autarquias de Lisboa e Loures, a constituição da
Parque EXPO – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.
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Face à conjuntura internacional desfavorável e ao ano de 2009 particularmente marcado, no plano interno, pelos
ciclos eleitorais em renovação, a actividade do ano de 2009 é perspectivada com prudência e moderado
optimismo.
:02
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02:
GOVERNO DA SOCIEDADE
Nos termos do regime jurídico do sector empresarial do Estado e do Estatuto do Gestor Público, o Estado,
enquanto accionista da sociedade Parque EXPO, aprovou em Assembleia Geral Anual as orientações
estratégicas específicas dirigidas ao Conselho de Administração da sociedade para o triénio 2008-2010, que
constituem as coordenadas essenciais da acção dos gestores que integram esse órgão, bem como o
compromisso com a excelência de gestão que assumem perante os accionistas.
Princípios orientadores
Missão e Visão
Enquanto empresa certificada nas áreas da prospecção, concepção e gestão de projectos de renovação
urbana e ambiental, a Parque EXPO é um instrumento das políticas públicas do Governo. Assume um olhar
sobre o território na óptica do interesse público, tem um domínio multidisciplinar do conhecimento e uma
particular vocação e competência na articulação de interesses e agilização de processos com os vários níveis
da administração e com entidades privadas.
Esta capacidade de articulação, a capacidade de concretizar as operações desde a fase de concepção até à
fase de execução, e a capacidade de integrar todo este conjunto de domínios do conhecimento nas diversas
fases de trabalho, garantem a concretização e o êxito dos planos e operações concebidos pela Parque EXPO.
Orientações específicas
Decorrida uma década, a reconversão empresarial empreendida traduz-se numa efectiva afirmação da posição
competitiva da Empresa no mercado, quer no âmbito de projectos públicos de requalificação urbana e
ambiental, quer em projectos da iniciativa de investidores privados, no país ou no estrangeiro, através da
manutenção de uma carteira de clientes e de projectos em sistemática renovação, capaz de garantir a sua
continuidade em termos sustentáveis, após um processo complexo de reestruturação empresarial promovido
desde o final da Exposição Mundial de Lisboa de 1998 (EXPO ’98).
Naturalmente que, a par da sua actividade corrente, não se exclui a possibilidade de a Empresa continuar a
intervir, no âmbito da sua vocação original, em eventos nacionais de grande envergadura, face às
oportunidades concretas que forem surgindo.
Mas é sobretudo a formulação de uma política para as cidades que virá certamente impulsionar o aparecimento
de oportunidades de negócio no domínio das intervenções de qualificação dos espaços urbanos, que urge
aproveitar. Admite-se igualmente que intervenções no litoral português venham a constituir outras oportunidades
de envolvimento directo da Empresa.
Neste quadro, uma empresa com as características da Parque EXPO será um valioso braço empresarial das
políticas públicas, dada a grande experiência e prestígio que acumulou em domínios relevantes para qualquer
processo de qualificação urbana ou territorial, exigindo-se, para tanto, que a Empresa aprofunde um nível
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Indicadores financeiros
Real Objectivo
Indicadores financeiros da RCM n.º 70/2008
2008 2008 2009 2010
1 1/2
Eficiência Custos com pessoal / EBITDA 3,0 3,1 1,2 1,3
1
Taxa de variação dos custos com pessoal -13,9% 2,1% 15,9% 8,8%
Comportabilidade de investimentos e
EBITDA1/2 / Juros líquidos 0,2 0,3 1,1 1,1
capacidade de endividamento
Fornecedores / compras x 365
50 69 59 50
Prazo médio de pagamentos a (nos termos da RCM 34/2008)
fornecedores
Evolução (dias) face ao ano anterior -38% -15% -15% -15%
1/2 3
EBITDA / Receitas 19% 16% 43% 34%
Rentabilidade e crescimento
Taxa de crescimento das receitas3 22% 74% 11% 29%
1 - As indemnizações de RH foram expurgadas dos indicadores nas rubricas: custos com pessoal; custos operacionais; EBITDA
2 - Para efeitos de cálculo de EBITDA foi adicionado o valor dos ganhos (mais-valias) de alienação de imóveis
3 - A rubrica receitas considera apenas as prestações de serviços e proveitos suplementares (conta 72 e 73)
O segundo semestre de 2008 marcou o arranque de três novos projectos de dimensão relevante sob gestão da
Parque EXPO: Frente Ribeirinha da Baixa Pombalina, Ajuda–Belém e Polis Litoral da Ria Formosa. Outros dois
projectos têm o seu arranque marcado para o início de 2009. O desenvolvimento destes projectos estava
estimado para se iniciar mais cedo, o que impediu que o EBITDA tivesse atingido o nível antecipado.
Esta situação permitiu, por outro lado, uma relevante redução de custos com pessoal (14%), quando estava
estimado um crescimento de 2,1%.
Merece relevância a diminuição do prazo médio de pagamento a fornecedores, tendo a Parque EXPO atingido
em 2008 o objectivo definido para 2010.
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A taxa de crescimento das receitas atingiu 22%, o que apesar de muito significativo não permitiu cumprir o
objectivo definido. Para o efeito muito contribuiu o atraso no arranque dos projectos identificados acima, ainda
que a Parque EXPO tenha desenvolvido os melhores esforços para o seu início nas datas previstas.
Reequilíbrio financeiro
Objectivos:
i. Garantir as amortizações anuais das prestações do empréstimo obrigacionista com aval do Estado que se
vencem no triénio 2008-2010, nos montantes de 49,2 milhões de euros (2008) e 24,6 milhões de euros (2009
e 2010).
ii. Desenvolver as acções necessárias à realização da cessão de crédito sobre os juros da dívida da Câmara
Municipal de Lisboa no exercício de 2008, no montante estimado de 40 milhões de euros, a aplicar
totalmente na redução do passivo bancário.
iii. Desenvolver negociações com a Câmara Municipal de Loures visando o reconhecimento e escalonamento
da amortização da dívida relativa a infra-estruturas e acessibilidades no montante de 30 milhões de euros.
iv. Desenvolver negociações com as Câmaras Municipais de Lisboa e Loures relativamente à gestão urbana do
Parque das Nações visando:
a. definir o modelo de gestão urbana que liberte a Parque EXPO dos custos suportados e permita a
redução estimada de 30 postos de trabalho;
b. escalonar o ressarcimento dos custos suportados pela Parque EXPO até 2007;
c. ressarcir os custos suportados pela Parque EXPO em 2008, de forma a impedir o crescimento da dívida
bancária.
v. Realizar o plano de vendas de activos imobiliários e assegurar a cobrança de dívidas vincendas, com o
objectivo de redução do passivo bancário para os seguintes montantes: 2008 – 190 milhões de euros; 2009
– 189 milhões de euros; 2010 – 164 milhões de euros.
vi. Os limites acima definidos ficam dependentes da liquidação por parte das Câmaras Municipais de Lisboa e
Loures das respectivas dívidas (pontos ii, iii, iv).
vii. Prosseguir os esforços conducentes à alienação das participações financeiras nas sociedades Valorsul,
Climaespaço e GIL – Gare Intermodal de Lisboa.
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viii. Reformular em 2008/2009 o conceito de Plano de Pormenor 6 visando a colocação no mercado dos terrenos
que o integram.
ix. Prosseguir a adequação da estrutura de recursos humanos, recorrendo a admissões de pessoal apenas
para a integração de competências técnicas necessárias e não detidas e de forma ajustada ao
desenvolvimento de novos projectos de requalificação urbana e ambiental.
: aprovação pela da Câmara Municipal de Lisboa da cessão dos juros decorrentes do Acordo Financeiro,
esperando-se que seja possível concretizar em 2009 a respectiva venda;
: aprovação pela Câmara Municipal de Lisboa da dívida relativa a gestão urbana no período de Janeiro de
2005 a Outubro de 2008, prevendo-se a realização do desconto da dívida no primeiro semestre de 2009;
: acordo com a Câmara Municipal de Loures para o reparcelamento dos terrenos Plano de Pormenor 6
(PP6), permitindo a realização da venda de uma parcela de terreno ainda em 2008;
A Parque EXPO concretizou a constituição da sociedade de gestão urbana do Parque das Nações face à
ausência de resposta das Câmaras Municipais de Lisboa e Loures para integrar a referida sociedade. Deste
facto foi dado amplo conhecimento às Câmaras Municipais de Lisboa e Loures.
O funcionamento desta nova sociedade permitiu reduzir o quadro da Parque EXPO em 32 colaboradores e
identificar de forma inequívoca os custos indirectos associados à gestão do Parque das Nações.
Aguarda-se da parte dos Municípios de Lisboa e Loures a participação no capital da sociedade ou a definição
de um modelo alternativo de gestão do território.
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Com a Câmara Municipal de Loures foi definido desenvolver, nos primeiros meses de 2009, negociações para
estabelecer as condições de pagamento das verbas relativas à actividade de gestão urbana e acessibilidades.
Só posteriormente será negociada a matéria referente a infra-estruturas.
Não obstante o interesse manifestado pela Parque EXPO em alienar as participações nas sociedades GIL e
Climaespaço não foi possível o desenvolvimento de quaisquer negociações.
O passivo bancário reduziu-se em 54,0 milhões de euros, tendo-se fixado em 239 milhões no final de 2008. O
objectivo de redução para 190 milhões de euros foi comprometido pela não realização da cessão dos juros da
dívida da Câmara Municipal de Lisboa, o que se espera ocorra em 2009, e pela manutenção no Grupo Parque
EXPO da responsabilidade de realizar os pagamentos da actividade de gestão urbana.
Programa Polis
Objectivos:
i. Concluir as intervenções nas cidades de Albufeira, Vila Nova de Gaia e Viseu até ao final do ano de 2008.
ii. Desenvolver em 2008 as acções inerentes à dissolução das sociedades Polis de Coimbra, Castelo Branco e
Leiria.
iii. Prosseguir o desenvolvimento das intervenções de Viana do Castelo, Cacém e Costa de Caparica, nos
termos das respectivas reprogramações físicas e financeiras.
As intervenções nas cidades de Albufeira, Vila Nova de Gaia e Viseu foram praticamente concluídas em 2008,
prosseguindo até final do primeiro trimestre de 2009 uma empreitada em Viseu e outra em Albufeira.
Procedeu-se à dissolução da sociedade Polis de Leiria, não tendo tal acontecido em relação às sociedades de
Coimbra e Castelo Branco por razões que ultrapassam a Parque EXPO.
Objectivos:
iii. Contratualizar e iniciar a gestão de projecto em 3 novas intervenções em cada exercício no triénio 2008-
2010.
O esforço comercial desenvolvido em 2008 foi muito significativo e permitiu a adjudicação de 12 projectos de
concepção de intervenções, 10 no mercado nacional (Alcácer do Sal, Montijo, Mafra, Dão-Lafões, Portalegre,
Gare do Oriente, Frente Ribeirinha de Faro, Sintra, Vale da Telha e Oliveira de Azeméis) e 2 no mercado
internacional (Taparura-Sfax e Parque Tecnológico de Maluana)
Oceanário e Atlântico
Objectivos:
ii. Atingir resultados líquidos positivos na sociedade Atlântico não inferiores a 350 mil euros em cada exercício.
iii. Atingir resultados líquidos positivos na sociedade Oceanário não inferiores a 600 mil euros em cada
exercício.
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Os objectivos na sociedade Oceanário de Lisboa foram largamente superados, tendo os resultados líquidos
atingido 1,3 milhões de euros.
A profunda crise mundial de 2008 teve impacte muito negativo na utilização das salas do Pavilhão Atlântico, com
o cancelamento de espectáculos e eventos corporate, o que não permitiu atingir o objectivo de resultados
líquidos, não obstante serem positivos.
Objectivos:
Qualidade de serviço
Objectivos:
i. Assegurar a manutenção do actual padrão de qualidade de espaço público, das infra-estruturas e dos
equipamentos do Parque das Nações até à transferência da respectiva gestão para a esfera das Câmaras
Municipais de Lisboa e Loures.
ii. Assegurar a adopção de metodologias que permitam melhorar continuamente a qualidade do serviço
prestado e o grau de satisfação dos clientes, realizando inquéritos que possibilitem avaliar os resultados
obtidos nessa matéria.
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iii. Obter um grau de satisfação dos clientes igual ou superior a 3,5 (numa escala de 1 a 5), em 80% dos
clientes inquiridos, aplicando os critérios de avaliação determinados no Sistema de Gestão da Qualidade
(SGQ).
Em 2008 a Parque EXPO prosseguiu a realização de actividades inerentes à gestão urbana, tendo sido
assegurada a manutenção dos elevados padrões de qualidade pretendidos. Para o efeito, é efectuada uma
adequada gestão das prestações de serviços prestados por entidades terceiras. A qualidade do espaço
público, além de visível, é comprovada pelo devido funcionamento dos serviços e pelo muito reduzido número
de reclamações.
A relação com moradores e visitantes é efectuada numa lógica de proximidade, sendo analisadas com o
cuidado exigido as sugestões de melhoria e implementadas acções de correcção com o objectivo de
corresponder às suas legítimas expectativas.
No âmbito do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) a Parque EXPO realizou ao longo de 2008 os inquéritos
de satisfação dos clientes, no cumprimento do programa pré-estabelecido, abrangendo projectos nas fases de
concepção e gestão. A avaliação efectuada pelos clientes é devidamente analisada pela Empresa visando
implementar os melhoramentos sugeridos. Foram inquiridos 20 clientes num universo de 21, correspondendo a
uma taxa de concretização de 95%, tendo o grau de satisfação, aplicando os critérios de avaliação
determinados no SGQ, registado o valor de 4,13 (de 1 a 5).
Objectivos:
i. Garantir que os sistemas de informação e de controlo interno são adequados à dimensão e complexidade
da Empresa e permitem a monitorização de todos os riscos relevantes assumidos.
ii. Assegurar a realização de auditoria externa aos sistemas de informação nos exercícios de 2008 a 2010 e
implementar eventuais propostas de melhoria decorrentes das auditorias.
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Grau de execução dos objectivos relativos aos sistemas de informação e controlo de riscos:
Foi efectuada em 2008 auditoria ao servidor de base de dados no qual assenta o sistema de informação do
Grupo Parque EXPO pela Microsoft. Estão em fase de implementação as sugestões de melhoria efectuadas.
No final de 2008 foi iniciado o processo de consulta para a realização de uma auditoria externa aos sistemas de
informação e controlo de risco, com a sua conclusão prevista até ao final do 1º semestre de 2009.
Objectivos:
i. Conceber e implementar políticas de recursos humanos orientadas para a valorização do indivíduo, para o
fortalecimento da motivação e para o estímulo ao aumento da produtividade dos colaboradores, num
quadro de equilíbrio e rigoroso controlo dos encargos que lhes estão associados, compatível com a
dimensão e a situação económica e financeira da Empresa, e conceber e implementar planos de igualdade,
tendentes a promover a igualdade de tratamento e de oportunidades entre homens e mulheres e a permitir a
conciliação da vida pessoal, familiar e profissional.
Grau de execução dos objectivos relativos à política de recursos humanos e promoção da igualdade:
Objectivos:
Nos trabalhos desenvolvidos pela Parque EXPO está sempre presente a procura de soluções inovadoras,
devidamente comprovadas, em particular nas actividades que visam a requalificação do território. É
reconhecida, pelos diversos clientes, o carácter inovador dos Estudos de Enquadramento Estratégicos, não só
pelo seu carácter multidisciplinar, como pela metodologia de proximidade, pelas soluções concretas inovadoras
que propõem e pela utilização de meios tecnológicos de topo, associados a um plano operacional sustentável.
Tem sido igualmente preocupação essencial da Parque EXPO a apresentação de propostas de modelos de
gestão que asseguram a viabilidade e sustentabilidade das intervenções.
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O estreitamento das relações com as Universidades constituiu igualmente uma preocupação. Iniciaram-se laços
de cooperação com a Universidade de Lisboa, a desenvolver em 2009, no âmbito de apoio a projectos de
investigação em áreas de interesse comum, elaboração de estudos, formação e intercâmbio científico e
tecnológico.
No final de 2008 foi efectuada a auditoria ao sistema de qualidade da Parque EXPO, por entidade certificada,
tendo sido possível assegurar a manutenção da certificação segundo o referencial normativo ISO 9001:2000
para as actividades de prospecção, concepção e gestão de projectos de requalificação urbana e ambiental.
Objectivos:
i. Adoptar os princípios da Estratégica Nacional para as Compras Ecológicas 2008-2010, aprovada pela
Resolução do Conselho de Ministros nº 65/2007, de 7 de Maio.
ii. Incluir nos procedimentos pré-contratuais a lançar para a aquisição de bens e serviços os critérios
ambientais considerados nas categorias prioritárias no âmbito da Estratégia Nacional para as Compras
Ecológicas em pelo menos:
b. 30% em 2009;
c. 50% em 2010.
A adopção dos princípios da Estratégia Nacional para as Compras Ecológicas é um processo que tem
merecido a maior atenção, decorrendo a sua implementação de forma progressiva.
: celebração de 6 contratos de aluguer de longa duração de viaturas híbridas, correspondendo a 86% das
contratações efectuadas;
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Importa ainda referir a adesão da Parque EXPO à Agência Nacional de Compras Públicas, a concretizar no início
de 2009, que acelerará a aplicação dos princípios da Estratégia Nacional para as Compras Ecológicas.
Política de Qualidade
A Empresa baseia a sua política de qualidade nos princípios a seguir mencionados, em ordem a consolidar e
reforçar a sua cultura empresarial, e a tornar a Parque EXPO uma referência a nível nacional e internacional.
Neste sentido, foram definidas as seguintes linhas directrizes, com o intuito de cumprir os requisitos do Sistema
de Gestão da Qualidade (SGQ) e melhorar continuamente a sua eficácia:
: assegurar os resultados dos contratos e a total satisfação dos clientes, compreendendo os pilares da
sustentabilidade da organização;
: promover o trabalho em equipa e a interligação entre as diferentes áreas da organização, de modo a criar
um ambiente de trabalho que favoreça uma participação pró-activa nos projectos;
: estabelecer uma comunicação eficaz, interna e externa, destinada a todas as partes interessadas em
assuntos associados à sua actividade;
: fomentar uma estreita relação com fornecedores e clientes, procurando um permanente relacionamento de
efectiva parceria e promovendo a melhoria da qualidade dos serviços prestados;
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A actividade da Parque EXPO é regulada por um conjunto de diplomas de natureza interna e externa, de entre
os quais se destacam:
De natureza interna:
: Manual da Qualidade, que tem por objectivo descrever os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade
em vigor na Parque EXPO. Descreve o âmbito de aplicação do SGQ, exclusões de requisitos, os seus
processos e interacções entre os mesmos. O SGQ da Parque EXPO aplica-se às actividades de
"Prospecção, Concepção e Gestão de Projectos de Renovação Urbana e Requalificação Ambiental”.
: Código de Ética e de Conduta do Grupo Parque EXPO, que visa estabelecer os objectivos gerais de
carácter ético que o Grupo Parque EXPO pretende alcançar e prosseguir, interna e externamente, atendendo
às diversas partes interessadas, integrando um conjunto de princípios e regras de natureza ética que regem
a sua actividade.
: Plano de Emergência Interna, que tem por objectivo definir a estrutura organizativa dos meios humanos e
materiais da Parque EXPO existentes no Edifício EXPO ’98, sito no Parque das Nações, e estabelecer os
procedimentos de actuação em caso de emergência por forma a garantir a salvaguarda das pessoas, do
ambiente e das instalações, bem como do património da Empresa.
De natureza externa:
: Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 300/2007,
de 23 de Agosto, que igualmente procede à respectiva republicação) – estabelece o regime jurídico do
sector empresarial do Estado e das empresas públicas.
: Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007, de 28 de Março – aprova os princípios de bom governo
das empresas do sector empresarial do Estado.
: Decreto-Lei n.º 148/2003, de 11 de Julho (com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei n.º 120/2005, de
26 de Julho e pelo Decreto-Lei n.º 69/2007, de 26 de Março) – transpõe para a ordem jurídica interna a
Directiva n.º 2000/52/CE, da Comissão, de 25 de Junho, relativa à transparência das relações financeiras
entre as entidades públicas dos Estados membros e as empresas públicas.
: Decreto Lei 18/2008 – aprova o Código dos Contratos Públicos que estabelece a disciplina aplicável à
contratação pública e o regime substantivo dos contratos públicos que revistam a natureza de contrato
administrativo. O Código dos Contratos Públicos procede à transposição das Directivas números
2004/17/CE e 2004/18/CE, ambas do Parlamento Europeu e do Conselho, de 31 de Março, bem como da
Directiva n.º 2005/51/CE, da Comissão, de 7 de Setembro, e ainda da Directiva n.º 2005/75/CE, do
Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de Novembro.
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As transacções mais relevantes com entidades relacionadas ocorridas em 2008 foram as seguintes:
: A Parque EXPO facturou à Câmara Municipal de Lisboa os encargos com a gestão urbana do Parque das
Nações relativos ao período entre 1 de Janeiro de 2005 e 31 de Outubro de 2008, no montante de 22,5 M€
(valores sem IVA). Por sua vez, a Câmara Municipal de Lisboa facturou 2,0 M€ (valores sem IVA) referentes
às receitas que a Parque EXPO obteve, no mesmo período, por conta do município.
: A Parque EXPO debitou à Câmara Municipal de Lisboa juros no âmbito do acordo de dívida celebrado em
2005 no montante de 10,3 M€, relativos ao período de 1 de Janeiro de 2007 e 15 de Setembro de 2008.
: A Parque EXPO, na qualidade de proprietária dos equipamentos Oceanário e Pavilhão Atlântico, facturou às
suas participadas Oceanário de Lisboa, S.A. e Atlântico – Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A. rendas nos
valores de 1,5 M€ e 1,1 M€, respectivamente, ao abrigo de contratos de concessão de exploração
celebrados.
Os procedimentos adoptados pela Parque EXPO em matéria de aquisição de bens e serviços são, desde o
segundo semestre de 2008, os previstos no Código dos Contratos Públicos. Até à entrada da vigência do novo
código os procedimentos adoptados pela Parque EXPO para aquisição de bens e serviços estabeleciam a
necessidade de, previamente à recepção do bem ou serviço, cumprir três etapas: i) selecção de fornecedor; ii)
aprovação interna da despesa; iii) formalização da aquisição junto do fornecedor. A selecção do fornecedor
carecia, regra geral, de consulta prévia ao mercado abrangendo pelo menos três fornecedores.
A aprovação interna das despesas continua a ser efectuada de acordo com a delegação de competências
estabelecida, e mantêm-se as regras internas que determinam que a formalização da despesa seja sempre
reduzida a escrito através de nota de encomenda, sendo que nos casos em que o valor seja superior a 25.000
euros o contrato deva ser formalizado.
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Valor
Fornecedor Notas
(s/ IVA)
6) Serviços prestados no âmbito da gestão urbana do Parque das Nações: manutenção e conservação de espaços
verdes; Execução de empreitadas de arranjos exteriores.
A Assembleia Geral realizada em 26 de Junho de 2007 aprovou a alteração dos estatutos com vista a adaptar o
modelo de governação e de fiscalização da sociedade às alterações ao Código das Sociedades Comerciais
aprovadas pelo Decreto-Lei n.º 76-A/2006, de 29 de Março. No novo modelo os órgãos sociais da Sociedade
são os seguintes: Assembleia Geral, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Sociedade de Revisores
Oficiais de Contas.
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A eleição dos membros dos órgãos sociais de acordo com este novo modelo ocorreu na Assembleia Geral de
18 de Março de 2008, excepto a da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que se verificou na Assembleia
Geral de 27 de Maio de 2008. Assim, no decorrer de 2008 os órgãos sociais designados tiveram a seguinte
composição:
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Mandato I
Mandato II
: deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada.
Além das competências acima enunciadas, cabe à Assembleia Geral autorizar previamente a constituição de
outras sociedades e a realização de operações de aquisição ou alienação no capital de outras sociedades,
sempre que tal envolva uma sociedade em relação à qual exista, ou passe a existir, uma relação de domínio.
Nos termos dos estatutos da Sociedade, o Conselho de Administração é composto por um presidente e dois a
quatro vogais.
Compete ao Conselho de Administração assegurar a gestão dos negócios da Sociedade, sendo-lhe atribuídos
os mais amplos poderes e cabendo-lhe, designadamente:
: gerir os negócios sociais e praticar todos os actos relativos ao objecto social que não caibam na
competência de outro órgão da sociedade;
: representar a sociedade, em juízo e fora dele, activa e passivamente, propor e acompanhar acções,
confessar, desistir, transigir e aceitar compromissos arbitrais;
: exercer as demais competências que lhe caibam por lei, independentemente, e sem prejuízo, das que lhe
sejam delegadas pela Assembleia Geral;
: aprovar a mudança de sede e estabelecer delegações, filiais, sucursais ou outras formas de representação
social, em território nacional ou estrangeiro;
O Conselho de Administração poderá delegar em algum ou alguns dos seus membros ou em comissões
especiais algum ou alguns dos seus poderes, definindo em acta os limites e condições de tal delegação.
No modelo de governação da Parque EXPO, do Conselho de Administração emana uma Comissão Executiva,
composta por três membros, na qual aquele órgão delegou parte dos seus poderes, nomeadamente os de
gestão corrente. A delegação de poderes de gestão na Comissão Executiva não exclui a competência do
Conselho de Administração para tomar resoluções sobre os mesmos assuntos. A Comissão Executiva está
obrigada a prestar ao Conselho de Administração todas as informações relativas aos negócios da sociedade,
em ordem a permitir o acompanhamento da gestão da empresa e o esclarecimento de questões concretas no
âmbito das matérias delegadas.
Sem prejuízo do exercício colegial das funções do Conselho de Administração, foi cometida, a cada um dos
membros executivos, a responsabilidade pelo acompanhamento das seguintes áreas funcionais:
: Presidente do Conselho de Administração da Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.
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: Vogal do Conselho de Administração da Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.
A fiscalização da actividade da sociedade compete ao Conselho Fiscal, a quem cabe propor à Assembleia
Geral o Revisor Oficial de Contas. Para além das competências estabelecidas na lei para o Conselho Fiscal e
para o Revisor Oficial de Contas, compete especialmente ao Conselho Fiscal:
: chamar a atenção do Conselho de Administração para qualquer assunto que deva ser ponderado e
pronunciar-se sobre qualquer matéria que lhe seja submetida por aquele órgão.
Mandato I (2005/2007)
Assembleia-geral
Presidente:
Secretário:
Conselho de Administração
Presidente:
Administradores Executivos:
: Combustível gasto com a viatura de serviço, com limite de 1.500 € por trimestre, excluindo deslocações
fora da área do distrito de Lisboa, devidamente justificadas
: Telemóvel para comunicações telefónicas de serviço, com limite de 500 € por trimestre
: Utilização de cartão de crédito para fazer face a despesas documentadas inerentes ao exercício das
funções
: Subsídio de refeição
: Seguros de vida, doença e acidentes de trabalho (benefício também atribuído ao Administrador não
Executivo)
Fiscal Único
: Honorários por serviços profissionais prestados na revisão legal de contas no valor mensal de
1.908,74 €, pagos 12 meses por ano
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Mandato II (2008/2010)
Nos quadros seguintes apresentam-se as remunerações ilíquidas auferidas, em 2008, pelos membros dos
órgãos sociais.
Assembleia Geral
Presidente Vogal
Remuneração 2008 1.056 528
Conselho de Administração
Conselho Fiscal
Vogal
Presidente Vogal (1) Vogal (2)
Suplente
Remuneração 2008 0 0 0 0
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Fiscal Único/ROC
2008
A actuação da Parque EXPO assenta sobre um património de saber que começa pela própria cultura da
Empresa e pelo domínio dos princípios de sustentabilidade social, económica e ambiental que promove o
desenvolvimento de acções estratégicas orientadas para a competitividade, a justiça social, a gestão de
recursos finitos e o combate às assimetrias regionais.
É neste quadro que a Parque EXPO, enquanto empresa do sector empresarial do Estado, aborda os territórios
numa óptica de defesa e valorização do interesse público, regendo-se pelos princípios da sustentabilidade na
transformação dos territórios. Os projectos de requalificação urbana e ambiental que realiza, desde a
concepção à gestão, assentam na promoção da qualidade de vida das populações e da competitividade do
território como orientações estratégicas para as intervenções nos diferentes territórios.
Procurando reduzir os impactes ambientais provocados pelas actividades que desenvolve, a Parque EXPO
assume como linha de orientação a observância das boas práticas, visando a utilização racional dos recursos
naturais, a optimização dos consumos de água e energia, a aplicação de tecnologias menos poluentes e a
promoção de destinos finais adequados para os resíduos produzidos. As políticas, procedimentos e práticas
ambientais da Parque EXPO têm em vista a melhoria contínua do desempenho ambiental.
Responsabilidade social
Evidenciando a sua cultura de solidariedade e envolvimento social, a Parque EXPO promove um conjunto de
iniciativas sociais e parcerias com organizações que prosseguem fins de valorização social e de apoio à saúde,
à educação e à cultura.
O envolvimento da Parque EXPO na comunidade local destaca-se pela participação em diversas acções de
apoio a idosos, jovens e crianças, esperando através destes projectos poder contribuir, no âmbito social, para o
desenvolvimento de estruturas carenciadas, e, portanto, para a criação de um futuro sustentável.
Como organização empenhada nas políticas que promovem a qualidade de vida urbana e o bem-estar geral,
estes projectos enquadram-se naturalmente na missão da Empresa, que, numa perspectiva integrada e de
desenvolvimento sustentável, procuram valorizar as vertentes sócio-culturais.
A Parque EXPO encontra-se a elaborar o Relatório de Sustentabilidade do Grupo Parque EXPO de 2008. Após a
sua conclusão, o documento ficará disponível para consulta no sítio de internet da Empresa
(www.parqueexpo.pt).
A Parque EXPO cumpre os princípios de bom governo das empresas do sector empresarial do Estado, tal como
estes se encontram definidos na Resolução do Conselho de Ministros n.º 49/2007. Contudo, numa perspectiva
formal, não existem um plano de igualdade e a figura do provedor do cliente.
Apesar de não existir formalmente um plano de igualdade, a Parque EXPO estabeleceu no seu Código de Ética
e Conduta um princípio de comportamento não-discriminatório, em que são reprovadas todas e quaisquer
práticas de discriminação, seja em razão de ascendência, do sexo, da raça, da língua, do território de origem,
da religião, das convicções políticas ou ideológicas, da instrução, da situação económica, da condição social
ou da orientação sexual.
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Quanto ao provedor do cliente – situação não formalizada na estrutura organizativa, a Empresa atribuiu a um
órgão interno (Núcleo de Comunicação) a competência para o relacionamento com os clientes e cidadãos em
geral. Acresce que a Parque EXPO procede regularmente à realização de inquéritos de satisfação do cliente no
âmbito do Sistema de Gestão de Qualidade.
CÓDIGO DE ÉTICA
O Conselho de Administração da Parque EXPO aprovou na sua reunião de 8 de Janeiro de 2008 o Código de
Ética e Conduta com o intuito de estabelecer os objectivos gerais de carácter ético que o Grupo Parque Expo
pretende alcançar e prosseguir, interna e externamente, integrando um conjunto de princípios e regras de
natureza ética que regem a actividade do Grupo
O Código de Ética e de Conduta do Grupo Parque Expo visa garantir a prática de condutas profissionais de
elevado padrão moral por parte de todos os colaboradores do Grupo Parque Expo, em complemento das
disposições legais e regulamentares que devam observar.
As regras constantes no Código de Ética e de Conduta do Grupo Parque Expo constituem ainda uma referência
no que concerne ao padrão de conduta exigível no relacionamento do Grupo com terceiros.
O código é objecto de divulgação a todas as partes interessadas através do sítio de Internet da empresa
(www.parqueexpo.pt).
Actividade desenvolvida
e perspectivas para 2009
:03
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03:
ACTIVIDADE DESENVOLVIDA E PERSPECTIVAS PARA 2009
Apresentam-se de seguida os principais factos verificados durante o ano de 2008 por segmento de actividade.
A Parque EXPO desenvolveu ao longo do ano 2008 uma intensa actividade na concepção de intervenções de
requalificação urbana, tendo concluído estudos de enquadramento estratégico para diversas zonas de todo o
país, nomeadamente Viseu, Marvão, Évora, Vila Nova de Gaia (remate urbano sul), Leiria, região de Dão-Lafões,
Portalegre, Mafra, Montijo e comunidade intermunicipal Vale do Minho. No final do ano encontravam-se em
elaboração os estudos para Faro (frente ribeirinha), Sintra, Oliveira de Azeméis, Vale da Telha, Alcácer do Sal e
Fátima.
A Parque EXPO foi também encarregue de, em colaboração com a Parpública, prestar o apoio técnico
necessário ao grupo de trabalho constituído, na dependência do Ministro do Ambiente, do Ordenamento do
Território e do Desenvolvimento Regional, para a elaboração do plano estratégico do projecto do Arco Ribeirinho
Sul, que visa a requalificação urbanística de importantes áreas da margem sul do estuário do Tejo, que inclui
cerca de 55 ha na Margueira, concelho de Almada, perto de 536 ha no território da ex-Siderurgia Nacional, no
Seixal, e 290 hectares nos terrenos da Quimiparque, no Barreiro.
Para além dos projectos acima referidos a Parque EXPO tem em curso outras prestações de serviços,
nomeadamente: (i) a elaboração de cinco planos de pormenor para a costa da Trafaria, em Almada, (ii) o
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acompanhamento da revisão do Plano Director Municipal de Mafra e (iii) o apoio ao plano de urbanização da
zona envolvente a poente da Estação do Oriente, em Lisboa.
Ao longo de 2009 a Parque EXPO continuará a desenvolver acções de prospecção de novos projectos junto do
Estado, entidades públicas e administração local, para intervenções relacionadas com: (i) o ordenamento
estratégico, (ii) a valorização do património público, (iii) a defesa e valorização do litoral e (iv) a transformação de
territórios em pólos de desenvolvimento regional/local e de reabilitação urbana. No final do ano aguardava-se
resposta a um conjunto de propostas de prestação de serviços apresentadas – Alcochete, Beja, Espinho,
Guimarães, Litoral de Gaia, Odemira, Olhão, Sines, Vila Viçosa – em que existem expectativas de contratação.
Em matéria de gestão de projectos de requalificação urbana e ambiental a Parque EXPO, para além de ter dado
continuidade ao Programa Polis, iniciou a gestão das intervenções da Ria Formosa no âmbito do Programa
Polis Litoral, e de requalificação da frente ribeirinha da Baixa Pombalina e Ajuda – Belém, em Lisboa.
Os principais factos ocorridos em 2008 e as perspectivas futuras dos principais projectos são os que
seguidamente se apresentam:
Programa Polis
Ao longo do ano ainda se registou actividade nas intervenções de Albufeira, Cacém, Vila Nova de Gaia e Viseu,
prevendo-se que no 1º. trimestre de 2009 seja concluída a última empreitada de Albufeira e Viseu, sendo que no
caso do Cacém se antevê que essa data seja ultrapassada, uma vez que a última empreitada esteve suspensa
por razões económicas.
Relativamente à intervenção de Viana do Castelo, a actividade ainda a desenvolver, nos anos de 2009 e 2010,
estará circunscrita à acção estruturante de expropriação do Edifício Jardim, subsequente demolição e posterior
construção do novo mercado municipal e dos espaços públicos envolventes.
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Na sequência dos trabalhos desenvolvidos na elaboração dos planos estratégicos, o Governo atribuiu à Parque
EXPO a direcção e coordenação geral das operações integradas de requalificação e valorização da Ria
Formosa, da Ria de Aveiro e do Litoral Norte (entre Caminha e Esposende).
A intervenção do programa Polis Litoral Ria Formosa visa proceder à renaturalização de cerca de 83 ha de
ilhotes e ilhas barreira, à reestruturação e requalificação em 89 ha nas ilhas barreira e à requalificação de 37 ha
de frentes ribeirinhas, abrangendo os municípios de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.
Prevê-se que o investimento global da intervenção ascenda a 87 milhões de euros.
A Parque EXPO iniciou a prestação de serviços de gestão da intervenção no início do segundo semestre de
2008, após a constituição da sociedade «Polis Litoral Ria Formosa – Sociedade para a Requalificação e
Valorização da Ria Formosa, S.A.», participada pelo Estado Português e pelos municípios de Faro, Olhão, Tavira
e Loulé.
O programa Polis Litoral Norte tem por base o documento «Plano de Intervenção / Planos de Acção Litoral Norte
e Vale do Lima» que a Parque EXPO desenvolveu no âmbito de uma prestação de serviços contratada pela
Comunidade Urbana Valimar. A área de intervenção estende-se ao longo da faixa costeira continental, entre
Caminha e Esposende, numa extensão de 50 km, e integra ainda as zonas estuarinas dos rios Minho, Lima e
Cávado, totalizando uma área de intervenção com 5.000 ha.
Estima-se que o investimento global do Programa, a realizar entre 2009 e 2013, ascenda a um investimento
global de 92 milhões de euros. A sociedade «Polis Litoral Norte - Sociedade para a Requalificação e Valorização
do Litoral Norte, S.A.» foi constituída em Novembro de 2008 e tem como accionistas o Estado Português e os
municípios de Viana do Castelo, Caminha e Esposende.
A intervenção do programa Polis Litoral da Ria de Aveiro contempla 11 municípios (Águeda, Albergaria-a-Velha,
Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga e Vagos). Perspectiva-se uma
intervenção em 60 km de frente costeira, 140 km de frente lagunar e 24 km de frente ribeirinha do rio Vouga.
Para além da actuação em toda a Ria, prevê-se: a intervenção em 15 praias, a recuperação, consolidação e
protecção do sistema costeiro e lagunar, visando a prevenção de riscos, a renaturalização de um conjunto de
estruturas ecológicas lagunares e costeiras e a valorização da reserva natural das dunas de São Jacinto, a
requalificação e criação de estruturas que potenciem as actividades económicas presentes e o reordenamento
e qualificação das frentes lagunares, através da harmonização do tecido urbano com os valores ambientais em
presença.
Estima-se que o investimento global do programa, a realizar entre 2009 e 2012, ascenda a 96 milhões de euros.
Em 12 de Janeiro de 2009, foi constituída a sociedade «Polis Litoral Ria de Aveiro - Sociedade para a
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Requalificação e Valorização da Ria de Aveiro, S.A.», tendo o Estado Português e a Comunidade Intermunicipal
da Região de Aveiro como accionistas, estando para breve a celebração do contrato com a Parque EXPO.
Nos termos do contrato celebrado com a sociedade «Frente Tejo, S.A.» em Janeiro de 2009, compete à Parque
EXPO assegurar os serviços de coordenação técnica e de gestão integrada das operações de requalificação e
reabilitação da frente ribeirinha de Lisboa. O início da prestação de serviços ocorreu no segundo semestre de
2008, prevendo-se a sua conclusão até final do primeiro semestre de 2012.
A Parque EXPO tem expectativas de ver alargar em 2009 o número de intervenções sob sua responsabilidade,
em particular as que resultem da proposta de plano estratégico para o Arco Ribeirinho Sul, bem como as
relativas à resolução dos passivos ambientais desses territórios. A Parque EXPO mantém também o objectivo
de participar no programa de modernização de escolas secundárias, numa óptica de colaboração com a
Parque Escolar, EPE.
Mercado Internacional
Durante o ano de 2008 a Parque EXPO orientou também a sua acção no sentido de consolidar a presença no
mercado internacional, desenvolvendo acções de prospecção de novas oportunidades de negócios, tendo
como principais destinos-alvo o Norte de África e os países africanos de língua oficial portuguesa. Foram
apresentadas propostas de prestação de serviços para a concepção de intervenções na Argélia, na Tunísia, em
Angola e em Moçambique, tendo sido adjudicados dois novos projectos:
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Prosseguiu-se o desenvolvimento dos trabalhos previstos no contrato celebrado com a Wilaya de Argel para a
elaboração do “Plan d’Aménagement et d’Urbanisme (PDAU) de la Willaya d’Argel”, bem como a colaboração
na elaboração de projectos para as acções prioritárias.
O objectivo da Parque EXPO para o próximo ano é angariar quatro novos projectos, havendo expectativas de
que a proposta apresentada no início de 2009 para a elaboração do “Plan d’Aménagement de la Ville Nouvelle
d’El Ménea” possa resultar num novo contrato. Existem também expectativas relativamente ao mercado
angolano tendo sido apresentadas algumas propostas, de que são exemplo: a elaboração do plano de
urbanização de Ganda e Cubal (Benguela); o desenvolvimento de uma estratégia de operacionalização de
acções prioritárias para as localidades de Bailundo e Londuimbale (Huambo); a elaboração do plano
estratégico da intervenção de requalificação urbana do perímetro desanexado do Futungo de Belas (Luanda).
A Parque EXPO, como entidade executora, assegurou o desenvolvimento de todas as acções relativas à
concepção, preparação e operação da participação portuguesa na EXPO ZARAGOZA 2008, sob coordenação
do Comissário Geral e supervisão do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e do Ministro do
Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional.
Na sequência da participação na EXPO Zaragoza o Estado Português incumbiu a Parque EXPO de assegurar
todos os aspectos logísticos da participação portuguesa no V Fórum Mundial da Água organizado pelo
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Conselho Mundial da Água e pelo Governo da República da Turquia, a realizar em Istambul entre 16 e 22 de
Março de 2009.
É expectável que em 2009 a Parque EXPO seja envolvida na participação portuguesa da próxima Exposição
Mundial - «World Expo Shanghai 2010» - que se realiza entre 1 de Maio e 31 de Outubro de 2010, e que será
subordinada ao tema “Melhor Cidade, Melhor Vida”.
GESTÃO DO TERRITÓRIO
Gestão de activos
A actividade de gestão de activos está centrada no Parque das Nações e corresponde à exploração e alienação
de lotes de terreno e de edifícios que são propriedade da Parque EXPO.
Inerente à alienação dos terrenos está associada a continuação da actividade de infra-estruturação do Parque
das Nações.
Em 2008 alienaram-se cerca de 25.434 m2 de área bruta de construção no Parque das Nações, relativos ao uso
para equipamento colectivo, e respeitantes às parcelas 6.18 e 1.20, bem como ao acerto de áreas dos lotes
4.81.02 e 1.03.01, no valor global de 9,3 M€.
No que respeita ao património edificado, foram apenas alienadas duas fracções que permitiram um encaixe de
240 mil euros.
Gestão de património
O património edificado da Parque EXPO gerou proveitos no valor de cerca de 4,2 M€, destacando-se os 2,6 M€
provenientes das rendas relativas às concessões de exploração do Oceanário e do Pavilhão Atlântico.
As despesas realizadas em 2008 ascenderam a cerca de 0,6 M€, referentes fundamentalmente a empreitadas
de arranjos exteriores, ligações à rede eléctrica e aquisição e montagem de postos de transformação.
A infra-estruturação do Parque das Nações encontra-se praticamente concluída, à excepção do Parque do Tejo
(PP6), cujo investimento a realizar se estima em 13,4 M€.
Gestão urbana
A Parque EXPO assegurou de forma directa a gestão urbana do Parque das Nações até Julho de 2008, data em
que esta actividade foi transferida para a Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. (PE–GU).
Esta sociedade foi constituída pela Parque EXPO expressamente para gerir o Parque das Nações até ser
encontrada com os municípios de Lisboa e Loures uma solução definitiva, que corresponderá idealmente à
entrada dos municípios no capital social da PE–GU, o que materializaria a sociedade tripartida prevista há
alguns anos.
: operação, conservação, manutenção e limpeza das fontes e jogos de água e da estação de bombagem
para rega;
: inspecção, manutenção e limpeza das redes de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais;
A Parque EXPO manteve a sua participação na gestão da Gare Intermodal de Lisboa, S.A. (GIL), apesar da
actividade não integrar a missão da Parque EXPO. Continua por resolver o diferendo entre a Parque EXPO e a
GIL sobre a valorização da parcela de terreno ocupada pela Estação do Oriente na parte que integra o território
propriedade da Parque EXPO. De referir que a intervenção de alargamento da Gare do Oriente e a necessidade
de recapitalização da GIL em 2009 propiciam a redefinição da estrutura accionista da sociedade, através do
reforço das posições da REFER e do Metropolitano de Lisboa e a consequente redução (ou, idealmente, a
saída) da posição accionista da Parque EXPO.
A actividade de gestão de espaço do Pavilhão Atlântico em 2008 fica marcada pela retracção de mercado que
se fez sentir a partir do segundo semestre, tanto no segmento dos espectáculos, como no segmento de eventos
corporate.
Ao longo de 2008 realizaram-se 82 eventos no pavilhão (29 públicos e 53 privados), que tiveram no seu conjunto
mais de 400 mil espectadores, e que representou 403 dias de ocupação no somatório dos diversos espaços
que compõe o pavilhão (sala Atlântico, sala Tejo, Centro de Negócios e sala do Tratado de Lisboa). Face a
2007, verificou-se um aumento de eventos (+49%), contudo uma redução do número de dias de ocupação (-
50%). Esta evolução é explicada pelo facto de o ano de 2007 ter ficado marcado pelo acolhimento da
Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia e que implicou a ocupação permanente de espaços do
pavilhão, durante um período de cerca de nove meses.
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Os proveitos gerados em 2008 pelo aluguer do pavilhão e pelos serviços prestados aos promotores de eventos
ascenderam a 4245 milhares de euros, o que representou uma redução de cerca de 27% face a 2007.
Merecem ainda destaque os seguintes acontecimentos relativos à sociedade Atlântico, empresa do grupo que é
responsável pela gestão do equipamento, nomeadamente:
: A constituição, em Junho de 2008, da sociedade Blueticket – Serviços de Bilhética, S.A., e que resulta da
cisão da unidade de “ticketing” da Atlântico, S.A., com o objectivo de autonomizar essa actividade;
: O atraso que se verifica no arranque do projecto de reabilitação e gestão do Pavilhão Rosa Mota /
Palácio de Cristal, no Porto, e que fez com que a sociedade não expandisse a sua actividade a novos
espaços, em linha com um dos seus objectivos estratégicos.
: O reconhecimento por parte do sector através da atribuição do “Prémio Publituris – Melhor Espaço Para
Congressos”.
Oceanário de Lisboa
Apesar da conjuntura menos favorável que se desenvolveu ao longo de 2008, o Oceanário voltou a superar o
um milhão de visitantes e obteve um volume de negócios no montante de 10.781 milhares de euros, o que
representa um crescimento de 5% face ao ano anterior.
As receitas de bilheteira ascenderam a 8,1 milhões de euros e as vendas da loja a 1,5 M€, o que traduz
crescimentos face a 2007 de 2% e 12%, respectivamente.
O ano de 2008 fica também marcado pela decisão de realizar o projecto de expansão do equipamento. Este
projecto, actualmente em fase de estudo prévio, irá dotar o Oceanário de uma área para exposições
temporárias, um auditório polivalente, um novo restaurante/cafetaria e alargar as áreas destinadas ao programa
educativo.
O programa educativo do Oceanário de Lisboa confirmou-se como o maior programa de educação ambiental
do País, com mais de 50.000 participantes em 2008 (+10% que em 2007).
Relativamente à Marina do Parque das Nações, S.A., é de salientar o facto das obras de reabilitação da marina
estarem a decorrer de acordo com o previsto, razão para considerar como exequível a data de Julho de 2009
para conclusão da empreitada. Os resultados da sociedade foram negativos em 2,2 M€ justificados pela
necessidade de constituição de provisões para fazer face a um processo fiscal anterior à data de aquisição da
sociedade pela Parque EXPO.
Apresentam-se de seguida os principais factos ocorridos nas empresas participadas pela Parque EXPO.
As participadas Pólo das Nações e Expo BI 2 serão objecto de dissolução previsivelmente até final de 2009,
assim que as suas responsabilidades contratuais estiverem totalmente cumpridas.
A participação na Coimbra iParque será igualmente objecto de alienação, cuja concretização aguarda por
despacho da Direcção Geral do Tesouro e Finanças.
Tem sido também promovida repetida diligência com vista à alienação da participação na Climaespaço, a qual,
apesar do empenho nela colocado, se revelou até à presente data infrutífera.
:04
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04:
ANÁLISE ECONÓMICA E FINANCEIRA
BALANÇO
Em 2008 manteve-se a tendência de redução do Activo Líquido. A variação verificada foi de 9% face ao ano
anterior, passando de 342 milhões de Euros em 2007 para 310 milhões de Euros em 2008. Esta redução
substancial, no valor de 32 milhões de Euros, teve origem na diminuição do realizável a curto prazo no valor de
38 M€ e no aumento do activo fixo em 6,3 M€.
: Na diminuição do saldo de clientes no valor de 18 M€, parcialmente compensado pelo aumento das
dívidas das Autarquias de Lisboa no valor (+6,9 M€) e Loures (+1,4 M€);
: Na anulação do acréscimo de proveitos financeiros, no valor de 6,6 M€, especializados em 2007, por
terem sido facturados e pagos juros pela Câmara Municipal de Lisboa, em 2008, cerca de 5,7 M€;
: No reconhecimento de acréscimo de proveitos financeiros pelos juros devidos pela Câmara Municipal de
Lisboa, no valor de 2 M€, relativamente ao período de 15 de Setembro a 31 de Dezembro de 2008;
Na Assembleia-Geral realizada no dia 27 de Maio de 2008 o accionista Estado propôs e votou favoravelmente o
aumento do Capital Social para 107.067 m€ e imediata redução do mesmo para 32.642 m€, para cobertura de
perdas acumuladas. O aumento de capital permitiu a entrada de fundos no valor de 41 M€, utilizados na íntegra
para amortização de empréstimos bancários.
ENDIVIDAMENTO
O endividamento bancário do Grupo Parque Expo tem diminuído de forma progressiva e consistente desde
1998. Saliente-se que nos exercícios de 2005 a 2008 a dívida bancária registou uma diminuição superior a 279
milhões de euros, apresentando no final de 2008 o valor de 333 milhões de euros.
Nas contas individuais da Parque EXPO a taxa média anual de financiamento, considerando os juros e outros
encargos associados, registou nos últimos cinco anos a seguinte evolução:
Verifica-se que no período de 2004 a 2008 a Euribor a 6 meses, principal indexante aplicado ao endividamento
da Parque EXPO, registou um acréscimo do seu valor médio de 2,15% em 2004 para 4,72% em 2008, pelo que
a evolução acima descrita da taxa de financiamento reflecte uma progressiva melhoria dos spreads de crédito
negociados, designadamente no curto prazo, com a redução de um spread médio de 2,4% (all-in-cost) em 2004
para 1,16% em 2008.
Em termos futuros, a redução do endividamento apresenta uma forte ligação ao recebimento das dívidas das
Câmaras Municipais de Lisboa e de Loures e à definição das responsabilidades no passivo financeiro da G.I.L -
Gare Intermodal de Lisboa.
a) Pagamento à Parque EXPO dos juros relativos ao acordo financeiro celebrado em Outubro de 2005 -
Janeiro de 2007 a 15 de Setembro de 2008, no valor de 10,2 M€;
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 5 2
b) Validação do débito de 24 M€ das despesas suportadas com a gestão urbana nos exercícios de 2005 a
20081, com aprovação da formalização da dívida em Assembleia Municipal;
Em 2009 a Parque EXPO procedeu à cessão dos juros relativos ao acordo financeiro celebrado em Outubro de
2005. Esta operação possibilitou um encaixe financeiro de cerca de 31 milhões de euros, utilizado integralmente
na redução da dívida bancária.
Com a Câmara Municipal de Loures foi acordado desenvolver no primeiro semestre de 2009 negociações
visando a fixação das condições de pagamento das despesas incorridas com a gestão urbana do Parque das
Nações.
Atendendo a que o montante global das amortizações anuais do passivo bancário da G.I.L.2 é claramente
superior aos meios libertos pela actividade operacional da empresa e que as suas disponibilidades têm
diminuído, em consequência das sucessivas amortizações dos empréstimos e pagamento de juros, prevê-se
que a G.I.L. entre em incumprimento do serviço da dívida bancária em Dezembro de 2009. Este contexto
associado à deficiente estrutura financeira dos seus accionistas e ao facto dos empréstimos se encontrarem
avalizados pelo Estado Português origina que se tomem as medidas tendentes à substituição da G.I.L. no
cumprimento das suas obrigações bancárias.
1
Despesas e receitas registadas até Outubro de 2008 (inclusive).
2
Cerca de 10 milhões de euros por ano.
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 5 3
Resultado Operacional
Os Proveitos Operacionais atingiram o montante de 54.862 milhares de Euros, traduzindo uma redução de 43%
face aos 95.833 milhares de Euros registados no ano anterior. Esta variação, particularmente expressiva na
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 5 4
diminuição da venda de terrenos e nas receitas geradas por edifícios, traduz o facto do projecto do Parque das
Nações estar próximo da sua conclusão.
O resultado operacional registou em 2008 o valor de +4.678 milhares de euros com a variação negativa,
relativamente ao período homólogo de 2007, de 31.439 milhares de euros. No entanto se expurgarmos do
resultado operacional o efeito das reversões, ajustamentos e provisões a variação é negativa no valor de 8.186
milhares de euros e o resultado operacional ajustado é positivo em 7.371 milhares de euros.
Resultado Financeiro
Em 2008 o Resultado Financeiro registou uma variação negativa de 8,8 milhões de euros, apresentando o valor
de -19.423 milhares de euros.
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 5 5
Na origem do resultado financeiro negativo está o ainda elevado passivo bancário da Parque EXPO e da G.I.L.,
fruto do desajustamento da estrutura de capitais próprios vs. capitais alheios, situação que se verifica desde o
período da EXPO ’98, apesar da redução muito significativa que tem sido possível concretizar.
Na comparação com 2007 há duas razões que motivam o acréscimo de prejuízos financeiros:
: A desvalorização do activo financeiro constituído pela cessão de juros sobre a dívida da Câmara
Municipal de Lisboa, por redução acentuada no segundo semestre de 2008 das taxas de juro forward,
que servem de referência à valorização deste activo. A diminuição das taxas de juro, sendo geralmente
benéfica para a actividade económica, motivou neste caso uma redução muito relevante do valor dos
juros a receber e consequentemente do valor de venda deste activo.
: O acréscimo da taxa de juro (média) em 2008, conjuntamente com o aumento de spread de crédito de
curto prazo no último trimestre, motivou que a taxa média ponderada dos empréstimos à Parque EXPO
tenha atingido 5,29% contra 4,66% em 2007, pelo que apesar do montante de empréstimos bancários
em 2008 ter registado uma diminuição de 56 M€ o valor de juros foi idêntico ao de 2007.
Resultado Líquido
O Grupo Parque Expo obteve no exercício de 2008 um Resultado Líquido negativo no valor de 14.852 milhares
de Euros, que compara com o lucro de 25.368 milhares de Euros obtido no exercício anterior.
Declaração de conformidade
nos termos do Art. 245º do CVM
:05
PA RQ U E EXPO : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 5 7
05:
DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE NOS TERMOS DO ART. 245.º DO CVM
Nos termos previstos na alínea c) do nº 1 do artigo 245.º do Código dos Valores Mobiliários, o Conselho de
Administração declara que, tanto quanto é do seu conhecimento, a informação constante na documentação de
prestação de contas foi elaborada em conformidade com as normas contabilísticas aplicáveis, dando uma
imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da situação financeira e dos resultados da Parque
EXPO, e que o relatório de gestão expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da posição da
Sociedade, contendo uma descrição dos principais riscos e incertezas com que se defronta.
Nota Final
:06
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 5 9
06:
NOTA FINAL
: aos membros da Mesa da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e à Sociedade de Revisores Oficiais de
Contas, a colaboração sempre demonstrada;
: a todas as entidades, públicas e privadas, com quem o Grupo Parque EXPO se relacionou ao longo de
2008, em particular aos seus clientes, a confiança depositada;
O Conselho de Administração
José Manuel Rosado Catarino Rui Fernando Medeiro Palma Emílio José Pereira Rosa
Vogal executivo Vogal executivo Vogal não executivo
Demonstrações Financeiras
Consolidadas
Balanço consolidado
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 6 2
: BALANÇO CONSOLIDADO
31 de Dezembro
ACTIVO Nota 2008 2007
Activos correntes
Existências 11 12.012 14.911
Clientes e outros valores a receber 12 74.648 84.643
Outros activos correntes 13 44.717 56.667
Caixa e equivalentes a caixa 14 11.412 24.926
Total dos activos correntes 142.788 181.148
Total do Activo 310.213 342.265
Passivos correntes:
Empréstimos 19 150.345 183.615
Fornecedores e outros valores a pagar 21 32.895 33.001
Impostos 22 3.653 816
Outros passivos 23 34.694 35.402
Total dos passivos correntes 221.587 252.834
Total do passivo 407.386 462.925
Total do Capital Próprio e Passivo 310.213 342.265
Atribuível a :
Detentores de capital (13.229) 26.946
Interesses minoritários (1.623) (1.578)
(14.852) 25.368
Actividades Operacionais
Recebimentos de clientes 79.820 92.232
Pagamentos a fornecedores -29.612 -31.835
Pagamentos ao pessoal -10.417 -11.823
Pagamento/recebimento de imposto sobre o rendimento 38 556
Outros (pagamentos) recebimentos relativos à actividade operacional -9.813 -1.448
Fluxos de caixa líquidos das actividades operacionais 30.016 47.681
Actividades de investimento
Recebimentos provenientes de:
Subsídios ao investimento 2 148
Juros e proveitos similares 1.254 1.372
Dividendos recebidos 489 131
Empréstimos concedidos 0 500
Pagamentos de:
Activos fixos tangíveis -5.245 -972
Investimentos em associadas -2.819 -3.555
Outros pagamentos -135 -1.836
Fluxos de caixa líquidos das actividades de investimento -6.452 -4.212
Actividades de financiamento
Recebimentos de:
Aumentos de capital 41.016 0
Empréstimos obtidos 4.497 1.166
Juros obtidos 64 68
Pagamentos de:
Juros e custos similares -18.695 -21.031
Empréstimos obtidos -78.848 -53.396
Fluxos de caixa líquidos das actividades de financiamento -51.966 -73.193
:
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 (Montantes expressos em Euros)
1 INFORMAÇÃO GERAL
De forma a caracterizar o Grupo Parque Expo identificam-se os elementos principais das empresas que o
compõem:
A Parque EXPO 98, S.A., empresa mãe do Grupo, doravante designada por Empresa ou Parque EXPO, é uma
sociedade anónima com o capital social de 32.642 milhares de Euros detido em 99,43% pelo Estado Português
(Direcção Geral do Tesouro e Finanças) e o restante pela Câmara Municipal de Lisboa. A empresa foi
constituída pelo Decreto-Lei n.º 88/93, de 23 de Março, e tem a sua sede na Av. D. João II, lote 1.07.2.1, no
Parque das Nações, em Lisboa - Portugal.
A actividade principal da Parque EXPO é intervir em projectos de ordenamento do território e urbanísticos, por
via da celebração de contratos de prestação de serviços relativos a programas de requalificação urbana e de
valorização ambiental. A Parque EXPO tem por missão provocar a mutação do território, promovendo a
qualidade de vida urbana e a competitividade das cidades, através de operações de requalificação urbana e
ambiental, desenvolvendo de forma integrada as vertentes ambiental e social, económica e cultural, numa
perspectiva de desenvolvimento urbano sustentável.
De acordo com os estatutos da sociedade o seu objecto social consiste na realização do projecto de
reordenação urbana da zona de intervenção da Exposição Mundial de Lisboa em 1998, abreviadamente
designada EXPO ’98, bem como a concepção, execução, exploração e desmantelamento da Exposição. Ao
objecto social referido acresce ainda, sem qualquer limitação geográfica, o desenvolvimento das actividades
que a seguir se enunciam:
No exercício da sua actividade social pode não apenas constituir outras sociedades, mas também adquirir ou
alienar participações no capital de outras sociedades, mesmo que com objecto social diferente do seu,
carecendo em qualquer dos casos de autorização prévia da Assembleia Geral e dos Accionistas.
A Oceanário de Lisboa, S.A., doravante designada por Oceanário de Lisboa, é uma sociedade anónima com o
capital social de 1 milhão de Euros detido em 100% pela Parque EXPO. A empresa foi constituída em 21 de
Setembro de 1994 e tem a sua sede na Esplanada D. Carlos I – Doca dos Olivais, no Parque das Nações, em
Lisboa. O seu objecto social principal consiste na
A Atlântico – Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A., doravante designada por Atlântico, é uma sociedade anónima
com o capital social de 1,5 milhões de Euros detido em 100% pela Parque EXPO. A empresa foi constituída em
21 de Setembro de 1994 e tem a sua sede no Rossio dos Olivais, no Parque das Nações, em Lisboa.
A G.I.L. - Gare Intermodal de Lisboa, S.A., doravante designada por G.I.L., é uma sociedade anónima com o
capital social de 1.952 milhares de Euros detido pela Parque EXPO (51%), Refer (33%) e Metropolitano de
Lisboa (16%). A empresa foi constituída em 21 de Setembro de 1994 e tem a sua sede no Av. D. João II, Lote
1.07.15, Estação do Oriente, no Parque das Nações, em Lisboa.
A Parque Expo – Imobiliária, S.A., doravante designada por Parque Expo Imobiliária, é uma sociedade anónima
com o capital social de 50 milhares de Euros detido em 100% Parque EXPO. A empresa foi constituída a 12 de
Maio de 2004 e tem a sua sede na Av. D. João II, Lote 1.07.2.1, no Parque das Nações, em Lisboa. O seu
objecto social principal consiste na:
A Marina do Parque das Nações – Sociedade Concessionária da Marina do Parque das Nações, S.A., doravante
designada por Marina do Parque das Nações, é uma sociedade anónima com o capital social de 16,4 milhões
de Euros detido em 99,55% pela Parque EXPO. A empresa foi constituída em 4 de Junho de 1996 e tem a sua
sede no Edifício da Capitania da Marina, Passeio de Neptuno, no Parque das Nações, em Lisboa - Portugal. O
seu objecto social principal consiste na:
A Parque Expo – Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A., doravante designada por Parque Expo Gestão
Urbana, é uma sociedade anónima com o capital social de 750 milhares de Euros detido em 100% pela Parque
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 7 3
EXPO. A empresa foi constituída em 9 de Julho de 2008 e tem a sua sede na Av. D. João II, Lote 1.07.2.1, no
Parque das Nações, em Lisboa. O seu objecto social principal consiste na:
A Blueticket – Serviços de Bilhética, S.A., doravante designada por Blueticket, é uma sociedade anónima
com o capital social de 50 milhares de Euros detido em 100% pela Atlântico. A empresa foi constituída em
29 de Julho de 2008 e tem a sua sede no Rossio dos Olivais, Lote 2.13.01 A, no Parque das Nações, em
Lisboa - Portugal. O seu objecto social principal consiste na:
: Prestação de serviços na área de bilhética (ticketing), através do desenvolvimento de soluções técnicas,
comercialização, gestão, exploração, manutenção, consultoria e serviços relacionados.
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas pela convenção do custo histórico, modificado
pela reavaliação de propriedades de investimento e os activos financeiros e passivos financeiros são
apresentados ao justo valor através de resultados.
A preparação das demonstrações financeiras em conformidade com as IFRS requer o uso de estimativas e
pressupostos que afectam as quantias reportadas de activos e passivos, assim como as quantias reportadas de
proveitos e custos durante o período de relato. Também requer que os gestores exerçam o seu julgamento no
processo de aplicação das políticas contabilísticas da empresa. Apesar destas estimativas serem baseadas no
melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos e acções correntes, os resultados actuais podem, em
última instância, diferir destas estimativas. As áreas que envolvem um maior grau de julgamento ou
complexidade, em que os pressupostos e estimativas sejam significativos para as demonstrações financeiras,
são apresentadas na Nota 4.
As notas seguintes devem ser lidas em conjunto com as políticas contabilísticas adoptadas pelo Grupo Parque
Expo de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro.
2.2 CONSOLIDAÇÃO
Subsidiárias
Subsidiárias são todas as entidades (incluindo Entidades com Finalidades Especiais) sobre as quais o Grupo
tem o poder de decisão sobre as políticas financeiras e operacionais, geralmente representado por mais de
metade dos direitos de voto. O efeito dos direitos de voto potenciais que sejam correntemente exercíveis ou
convertíveis é considerado quando se avalia se o Grupo detém o controlo sobre outra entidade. As subsidiárias
são consolidadas a partir da data em que o controlo é transferido para o Grupo, sendo excluídas da
consolidação a partir da data em que o controlo cessa.
É utilizado o método de compra para contabilizar a aquisição das subsidiárias. O custo de uma aquisição é
mensurado pelo justo valor dos bens entregues, instrumentos de capital emitidos e passivos incorridos ou
assumidos na data de aquisição mais o custo directamente atribuível à aquisição. O excesso do custo de
aquisição relativamente ao justo valor da parcela do Grupo dos activos identificáveis adquiridos é registado
como “goodwill”. Se o custo de aquisição for inferior ao justo valor dos activos líquidos da subsidiária adquirida
a diferença é reconhecida directamente na Demonstração dos Resultados.
As transacções internas, saldos e ganhos realizados em transacções entre empresas do grupo são anuladas.
Se e quando aplicável, as perdas realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência
de imparidade de um activo transferido. As políticas contabilísticas das subsidiárias são alteradas, sempre que
necessário, de forma a garantir consistência com as políticas adoptadas pelo Grupo.
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Associadas
Associadas são todas as entidades sobre as quais o grupo exerce influência significativa mas não possui
controlo, geralmente com participações entre 20% e 50% dos direitos de voto. Os investimentos em associadas
são contabilizados pelo método da equivalência patrimonial e são inicialmente reconhecidos pelo seu custo.
A participação do Grupo nos ganhos e perdas das suas associadas após a aquisição é reconhecida na
Demonstração dos Resultados e a quota-parte nos movimentos das reservas após a aquisição é reconhecida
em reservas, por contrapartida do valor contabilístico do investimento financeiro. Quando a participação do
Grupo nas perdas da associada iguala ou ultrapassa o seu investimento na associada, incluindo contas a
receber não cobertas por garantias, o Grupo deixa de reconhecer perdas adicionais excepto se tiver incorrido
em obrigações ou efectuado pagamentos em nome da associada.
As Demonstrações Financeiras consolidadas são apresentadas em Euros, sendo esta a moeda funcional e de
apresentação do Grupo. As demonstrações financeiras, incluindo as Notas às contas, são apresentadas em
milhares de euros.
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Transacções e saldos
As transacções em moedas diferentes do Euro são convertidas em moeda funcional utilizando as taxas de
câmbio à data das transacções. Os ganhos ou perdas cambiais resultantes da liquidação das transacções e da
conversão pela taxa de câmbio, dos activos e dos passivos monetários, denominados em moeda diferente do
Euro, são reconhecidos na Demonstração dos Resultados à data do balanço.
: Edifícios e outras construções – inclui os edifícios construídos que servem de apoio às actividades
comerciais e de lazer do Parque das Nações. Estes activos foram inicialmente registados ao valor
histórico de aquisição ou construção, incluindo os custos directos, indirectos e financeiros que lhes
foram atribuídos durante o respectivo período de construção.
Os edifícios e outras construções encontram-se mensurados pelo método do custo e estão a ser depreciados
em função da sua vida útil esperada.
Os demais activos fixos tangíveis são apresentados ao custo histórico deduzido das respectivas depreciações.
O custo histórico inclui todos os gastos directamente atribuíveis à aquisição dos bens.
Os custos subsequentes são incluídos na quantia escriturada do bem ou reconhecidos como activos
separados, conforme apropriado, somente quando é provável que benefícios económicos fluirão para a
empresa e o custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os demais gastos com reparações e manutenção são
reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos.
A depreciação dos outros activos é calculada pelo método das quotas constantes em função da sua vida útil
estimada, como segue:
Descrição Nº de Anos
Edifícios e Outras Construções 50
Equipamento de Transporte 4
Ferramentas e Utensílios 7
Equipamento Administrativo 4
Outras Imobilizações Corpóreas 7
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Os activos que não têm uma vida útil finita não estão sujeitos a amortização, mas são objecto de testes de
imparidade anuais. Os activos sujeitos a amortização são revistos quanto à imparidade sempre que os eventos
ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor pelo qual se encontram registados possa não ser
recuperável. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante do excesso da quantia registada do
activo face ao seu valor recuperável. A quantia recuperável é a mais alta de entre o justo valor de um activo
menos os gastos para venda e o seu valor de uso. Para realização de testes de imparidade os activos são
agrupados ao mais baixo nível no qual se possam identificar separadamente fluxos de caixa (unidades
geradoras de fluxos de caixa).
O Grupo classifica as propriedades detidas para arrendamento a longo prazo ou valorização imobiliária, ou
ambas, e que não são utilizadas pelas empresas do perímetro de consolidação, como propriedades de
investimento. As propriedades de investimento compreendem terrenos e edifícios livres e são valorizadas
inicialmente ao custo, incluindo todos os dispêndios directamente atribuíveis à sua aquisição ou construção.
Após o reconhecimento inicial, as propriedades de investimento são valorizadas de acordo com o justo valor. O
justo valor é baseado em valores de mercado ajustados, se necessário, para reflectir qualquer diferença na
natureza, localização ou condição do activo específico.
Para informação que não esteja disponível, o Grupo utiliza métodos de avaliação alternativos tais como modelos
de fluxos de caixa descontados. Estas avaliações são revistas sempre que as condições subjacentes se tenham
alterado materialmente.
O justo valor das propriedades de investimento reflecte, entre outras coisas, os proveitos provenientes de
rendas resultantes de alugueres em vigor e pressupostos acerca de rendas futuras, tomando em conta
condições de mercado correntes. O justo valor também reflecte numa base semelhante os exfluxos financeiros
que podem ser expectáveis a respeito de cada propriedade.
Gastos subsequentes acrescem ao activo somente quando é provável que benefícios económicos futuros fluam
para o Grupo e que o custo do item possa ser mensurado com fiabilidade. Todos os custos de manutenção e
reparação são registados na demonstração dos resultados no período em que são incorridos.
Se uma propriedade de investimento é ocupada pelo proprietário esta é reclassificada para activos fixos
tangíveis e o seu justo valor à data de reclassificação passa a ser o seu custo para efeitos contabilísticos. Se a
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ocupação pelo proprietário for considerada insignificante a sua classificação é mantida para efeitos de
propriedade de investimento.
Os activos financeiros são classificados nas categorias que abaixo se descrevem. A classificação depende do
objectivo de aquisição dos activos e é determinada no momento do reconhecimento inicial (data de negociação
– “trade date”), sendo reavaliada nos períodos de relato financeiro subsequente.
Esta categoria inclui: (i) os activos financeiros de negociação que são adquiridos com o objectivo principal de
serem transaccionadas no curto prazo; e (ii) os activos financeiros designados no momento do seu
reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados.
Nesta categoria integram-se os derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade de cobertura. As
alterações de justo valor são reconhecidas directamente em resultados do exercício, na rubrica de proveitos
financeiros. Estes activos são classificados como activos correntes se forem detidos para venda ou se for
expectável a sua realização num período de 12 meses, após a data do balanço.
Correspondem activos financeiros não derivados, com pagamentos fixos ou determinados para os quais não
existe um mercado de cotações activo. Os empréstimos e contas a receber são registados inicialmente ao justo
valor e subsequentemente pelo valor amortizado, com base na taxa de juro efectiva, deduzidos de eventuais
perdas de imparidade.
Quando os valores são recuperáveis para além do prazo normal de recebimento e não vencem juros, procede-
se ao respectivo desconto, tendo por base o risco inerente a cada um dos créditos, sendo a diferença para o
valor nominal registada em resultados do exercício.
São registados ajustamentos por imparidade quando existam indicadores objectivos de que o Grupo Parque
Expo não irá receber todos os montantes que lhe são devidos de acordo com os termos originais dos contratos
estabelecidos. Na identificação de situações de imparidade são utilizados indicadores como:
: Análise de incumprimento;
Quando os valores a receber de clientes ou outros devedores se encontrem vencidos, e sejam objecto de
renegociação dos seus termos, deixam de ser considerados vencidos e passam a ser tratados como novos
créditos.
São activos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas, para
as quais existe a intenção e capacidade de deter até à maturidade. Estes activos são valorizados ao custo
amortizado, com base na taxa de juro efectiva deduzidos de eventuais perdas de imparidade.
Os activos disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) a empresa tem intenção de
manter por tempo indeterminado; (ii) são designados como disponíveis para venda no momento do seu
reconhecimento inicial; ou (iii) não se enquadram nas categorias acima referidas.
Os activos disponíveis para venda são registados ao justo valor sendo as respectivas variações de justo valor
reconhecidas directamente no capital próprio, na rubrica de “Reserva de justo valor”, até que os activos sejam
alienados ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e
perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados.
Quando os activos financeiros disponíveis para venda, detidos pela empresa, não têm cotação de mercado ou
não existam empresas comparáveis em mercado activo, são registados ao custo de aquisição deduzido de
eventuais perdas de imparidade.
Os encargos financeiros (juros) relacionados com o financiamento para a aquisição dos terrenos, instalações e
equipamentos, localizados na zona de intervenção da EXPO ’98, que eram propriedade das empresas
petrolíferas foram directamente imputados ao valor nominal dessas aquisições.
Os restantes encargos financeiros (juros e outros encargos de natureza similar) suportados com o
financiamento para as despesas da EXPO ’98 e respectiva gestão foram capitalizados proporcionalmente, em
cada exercício, ao acréscimo anual de cada rubrica do investimento, em imobilizado.
Após a realização da EXPO ’98 os encargos financeiros foram considerados em custo do exercício.
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 8 0
2.10 EXISTÊNCIAS
O Grupo classifica como existências terrenos e fracções autónomas para revenda, valorizados inicialmente ao
custo de aquisição, acrescido dos custos directos, encargos financeiros e dos custos indirectos que lhe foram
atribuídos até à entrada na fase da exploração, acrescidos os custos estimados das obras de infra-estruturas a
realizar.
Subsequentemente estes activos são valorizados ao menor dos valores, de custo de aquisição/construção e o
valor líquido de realização. O valor líquido de realização é o preço de venda estimado em condições normais de
mercado, deduzido dos custos de reconversão e venda.
As contas a receber de clientes e outros devedores são registadas pelo valor nominal deduzido de eventuais
perdas por imparidade, reconhecidas via ajustamentos, para que reflictam o valor realizável líquido. Quando os
valores são recebíveis para além do prazo normal de recebimento e não vencem juros, procede-se ao
respectivo desconto, tendo por base o risco inerente a cada um dos créditos, sendo a diferença para o valor
nominal registada em resultados do exercício.
O caixa e equivalentes de caixa incluem caixa, depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de
liquidez elevada e com maturidades iniciais até 3 meses e descobertos bancários. Os descobertos bancários
são apresentados no Balanço, no passivo corrente, na rubrica Empréstimos – passivos correntes.
Os empréstimos obtidos são classificados no passivo corrente, excepto se o Grupo possuir um direito
incondicional de diferir a liquidação do passivo por, pelo menos, 12 meses após a data do Balanço, sendo
neste caso classificado no passivo não corrente, como de Médio e Longo Prazo.
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 8 1
O imposto sobre o rendimento inclui o imposto corrente e o imposto diferido. O imposto corrente sobre o
rendimento é determinado com base nos resultados líquidos, ajustados em conformidade com a legislação
fiscal à data de Balanço. O imposto diferido é calculado com base na responsabilidade de Balanço, sobre as
diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a respectiva base de tributação.
Para a determinação do imposto diferido é utilizada a taxa fiscal que se espera estar em vigor no período em
que as diferenças temporárias serão revertidas.
São reconhecidos impostos diferidos activos sempre que exista razoável segurança de que serão gerados
lucros fiscais futuros contra os quais poderão ser utilizados. Os impostos diferidos activos são revistos
periodicamente e reduzidos sempre que deixe de ser provável que os mesmo possam ser utilizados.
Os impostos diferidos são registados como custo ou proveitos do exercício, excepto se resultarem de valores
registados directamente em capital próprio, situação em que o imposto diferido é também registado na mesma
rubrica.
2.16 PROVISÕES
As provisões para reclamações judiciais são reconhecidas quando: i) o Grupo tem uma obrigação legal ou
construtiva, como resultado de acontecimentos passados; ii) seja provável que um exfluxo de recursos será
necessário para liquidar a obrigação e possa ser efectuada uma estimativa fiável do montante da obrigação.
Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.
O rédito compreende o justo valor da venda de propriedades, rendas, prestação de serviços especializados e
vendas de bilheteira, líquido de descontos e após eliminação das vendas internas. O rédito é reconhecido como
segue:
: Prestação de serviços: Os proveitos resultantes das prestações de serviços são reconhecidos quando
são efectivamente prestados e respeitam essencialmente à prestação de serviços de gestão de
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 8 2
projectos, bem como às rendas e concessões relativas às propriedades de investimento que o Grupo
detém.
2.18 LOCAÇÕES
As locações são classificadas como locações operacionais se uma parcela significativa dos riscos e benefícios
inerentes à posse for retida pelo locador. Os pagamentos efectuados em locações operacionais são reflectidos
na Demonstração de Resultados.
No caso dos contratos de locação financeira, os activos fixos tangíveis financiados mediante contratos de
locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são contabilizadas pelo método
financeiro, pelo que o respectivo valor e as correspondentes responsabilidades estão reconhecidos no Balanço.
Consequentemente, as amortizações daqueles bens e os juros incluídos no valor das rendas são registados nos
resultados do exercício a que respeitam. As locações financeiras são capitalizadas no início da locação pelo
menor valor entre o justo valor do activo locado e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Cada
pagamento efectuado é segregado entre o passivo em dívida e o encargo financeiro, de forma a obter-se uma
taxa constante sobre a dívida em aberto. As obrigações da locação, líquidas de encargos financeiros, são
incluídas em Fornecedores e outros valores a pagar. A parcela dos juros é levada a gastos financeiros no
período da locação de forma a produzir uma taxa constante periódica de juros sobre a dívida remanescente em
cada período.
2.19 SUBSÍDIOS
Os subsídios recebidos pelo Grupo são reconhecidos como proveitos diferidos, quando a atribuição e
pagamento dos mesmos é virtualmente certa. O seu reconhecimento em resultados está directamente
relacionado com o reconhecimento da realização ou imparidade do activo subjacente ao subsídio.
Na determinação do justo valor de um activo ou passivo financeiro, se existir um mercado activo, o preço de
mercado é aplicado. No caso de não existir um mercado activo são utilizadas técnicas de valorização
geralmente aceites no mercado, baseadas em pressupostos de mercado.
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Os passivos financeiros ao justo valor por via de resultados incluem passivos não derivados com o objectivo de
venda no curto prazo e os instrumentos financeiros derivados que não qualifiquem para efeitos de contabilidade
de cobertura. Os ganhos e perdas resultantes da alteração de justo valor de passivos mensurados ao justo valor
através de resultados, são reconhecidos nos resultados do período. Os outros passivos financeiros incluem
Empréstimos obtidos (Nota 2.14) e Fornecedores e outros valores a pagar. Os fornecedores e outros valores a
pagar são reconhecidos inicialmente ao justo valor e subsequentemente são mensurados ao custo amortizado
de acordo com a taxa de juro efectiva.
As actividades do Grupo estão expostas a uma variedade de factores de riscos financeiros: risco de crédito,
risco de liquidez e risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro. O Grupo efectua a gestão do risco através
da análise dos mercados financeiros, procurando minimizar os potenciais efeitos adversos na sua performance
financeira.
A gestão do risco é conduzida pela Direcção Financeira sobre políticas definidas pela Administração. A
Administração providencia princípios para a gestão do risco como um todo e políticas que cobrem áreas
específicas, como o risco de taxa de juro, risco de crédito, o uso de derivados e outros instrumentos financeiros
não derivados.
O risco de crédito está essencialmente relacionado com o risco de uma contraparte falhar nas suas obrigações
contratuais, resultando em perda financeira.
Os ajustamentos de imparidade para contas a receber são calculados considerando: i) o perfil de risco do
cliente; ii) o prazo médio de recebimento; e iii) a condição financeira do cliente.
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 8 4
O Grupo Parque EXPO está sujeito a risco de crédito que concede aos seus clientes, parte significativa dos
quais são entidades públicas ou entidades da administração pública. Os investimentos de tesouraria efectuados
pelo Grupo são realizados com instituições financeiras credíveis.
A seguinte tabela representa a exposição máxima do Grupo a risco de crédito a 31 de Dezembro de 2007 e de
2008. Não existem colaterais ou outras melhorias de crédito associados. Para activos no Balanço, a exposição
definida é baseada na sua quantia escriturada como reportada na face do Balanço.
A gestão do risco de liquidez implica a manutenção a um nível suficiente de caixa e depósitos bancários, a
viabilidade da consolidação da dívida flutuante através de um montante adequado de facilidades de crédito e a
habilidade de liquidar posições de mercado. Relacionado com a dinâmica dos negócios subjacentes, a
Tesouraria do Grupo pretende manter a flexibilidade da dívida flutuante.
A tabela seguinte apresenta as responsabilidades do Grupo Parque Expo por intervalos de maturidade residual
contratual. Os montantes apresentados na tabela são os fluxos de caixa contratuais não descontados a pagar
no futuro, incluindo os juros a que estão a ser remunerados estes passivos.
Como o Grupo não tem praticamente activos remunerados com juros significativos, o lucro e os fluxos de caixa
operacionais são substancialmente independentes das alterações da taxa de juro de mercado.
O risco da taxa de juro do Grupo advém de empréstimos obtidos de longo prazo. Empréstimos emitidos com
taxas variáveis expõem o Grupo ao risco de fluxos de caixa associado à taxa de juro.
O objectivo do Grupo Parque Expo em relação à gestão de capital, que é um conceito mais amplo do que o
capital relevado no Balanço, é salvaguardar a continuidade das operações do Grupo, até à conclusão do
objecto para o qual foi constituído.
A política de financiamento do projecto do Parque das Nações foi concretizada mediante a contratação de
empréstimos com entidades financeiras para o financiamento das obras de requalificação e dinamização
imobiliária, encontrando-se nesta fase, terminados os grandes investimentos, a reembolsar os financiamentos
obtidos, mediante a obtenção da receitas geradas pelo projecto.
As políticas contabilísticas para instrumentos financeiros, de acordo com a IAS 39 e conforme referido nas notas
2.8 e 2.21, foram aplicadas aos seguintes activos e passivos financeiros:
Activos
Créditos e Activos e
financeiros Outros passivos
valores a passivos não
disponíveis para financeiros
receber financeiros
venda
Activos:
Caixa e equivalentes de caixa 11.412 0 0 0
Clientes e outros valores a receber 74.648 0 0 0
Outros activos correntes 44.717 0 0 0
Activos financeiros disponíveis para venda 0 0 0 0
Passivos:
Empréstimos obtidos 0 0 150.345 0
Fornecedores e outros valores a pagar 0 0 32.895 0
Outros passivos 0 0 24.607 13.740
A preparação de demonstrações financeiras consolidadas exige que a gestão do Grupo efectue julgamentos e
estimativas que afectam os montantes de proveitos, custos, activos e passivos divulgados à data do balanço.
Estas estimativas são determinadas pelos julgamentos da gestão do Grupo, baseados na melhor informação de
eventos presentes (em alguns casos em relatos de peritos independentes) e nas acções que a empresa
considera poder vir a desenvolver no futuro. Todavia, na data de concretização das operações, os resultados
das mesmas poderão ser diferentes destas estimativas.
O Grupo testa o valor recuperável dos activos sempre que existem indícios de imparidade. O cálculo do valor
recuperável é efectuado ao nível mais baixo das unidades geradoras de caixa, determinadas com base no
cálculo do valor de uso.
A melhor evidência de justo valor é o preço corrente de um mercado activo para activos semelhantes. Não
existindo esta informação, o justo valor é baseado em valores de mercado ajustados, se necessário, para
reflectir qualquer diferença na natureza, localização ou condição do activo específico ou ainda na aplicação de
modelos de avaliação alternativos tais como modelos de fluxos de caixa descontados. Para a tomada de
decisão, o Grupo considera diferentes fontes de informação como:
: Preços recentes de propriedades semelhantes integradas em mercados menos activos, ajustados para
reflectir qualquer alteração nas condições económicas que tenham ocorrido desde a data da transacção;
e
PA RQ U E EXPO : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 8 7
: Valor descontado dos fluxos de caixa projectados, apurados com base em estimativas fiáveis de fluxos
de caixa futuros resultantes: dos termos de qualquer locação ou contrato existente; das rendas de
mercado cobradas para propriedades semelhantes em termos de localização e condição; e utilizando
uma taxa de desconto que reflecte a avaliação do mercado quanto à incerteza do valor dos fluxos de
caixa.
% CAPITAL VALOR
FIRMA SEDE SOCIAL MÉTODO
DETIDO BALANÇO (2)
Em 2008 foi concluído o processo de dissolução, partilha e liquidação da associada Expo Bi1 – Promoção e
Desenvolvimento Imobiliário, S.A., foi alienada à E.G.F. – Empresa Geral de Fomento a participação financeira
da Parque EXPO na Valorsul e criadas as sociedades Parque Expo Gestão Urbana e Blueticket. Refira-se que
apesar da entrada e saída de empresas do perímetro da consolidação a análise comparativa com o ano anterior
não se encontra comprometida devido aos valores de Balanço das participações que foram extintas ou
alienadas e ao facto das empresas que foram criadas assumirem negócios desenvolvidos dentro do grupo.
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 8 8
A Gestão do Território (Parque das Nações) regista ainda um peso muito expressivo na actividade do Grupo
Parque EXPO conforme se pode concluir pela análise dos quadros seguintes:
Equipamentos
Gestão do Território Gestão de Projectos Não alocados Total
de Lazer
2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007
Ganhos 32.167 52.233 7.645 2.718 20.714 37.868 990 4.434 61.516 97.252
Perdas 25.282 29.657 7.248 8.493 20.509 14.157 10.154 10.289 63.193 62.595
Resultado do Segmento 6.885 22.576 397 -5.776 204 23.711 -9.164 -5.855 -1.677 34.657
Resultado liquído do exercício 6.885 22.576 397 -5.776 204 23.711 -20.715 -13.566 -13.229 26.946
Activos:
Activos fixos tangíveis 39.601 21.079 45.067 46.548 9.438 84.668 77.065
Clientes e outros valores a receber 104.933 114.037 3.501 2.706 108.434 116.743
Passivos:
Equip.
Gestão do Território Gestão de Projectos Não alocados Total
de Lazer
2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007 2008 2007
Vendas 9.334 22.088 1.462 1.307 10.796 23.396
Margem bruta venda de terrenos 5.834 12.616 0 0 802 699 0 0 6.636 13.314
Prestações de Serviços 5.418 7.151 7.469 1.829 15.237 16.582 321 343 28.445 25.905
Custos com o pessoal -874 -1.113 -5.507 -5.893 -3.696 -3.764 -3.789 -5.025 -13.866 -15.794
Outros ganhos e perdas operacionais líquidos 1.517 3.206 -1.564 -1.711 -8.292 -8.111 -5.506 -1.327 -13.845 -7.943
Efeito liquido das provisões -438 -3.652 -1.832 -140 -13 -218 -2.282 -4.010
Depreciações, ganhos (perdas) p/imparidade 1.866 2.940 -2.098 18.539 -178 371 -410 21.849
Resultado do segmento 13.323 23.943 397 -5.775 121 23.804 -9.164 -5.855 4.678 36.116
Juros (efeito liquido) -6.438 -1.367 0 0 83 -93 -13.068 -9.184 -19.423 -10.644
Resultado liquído do exercício 6.885 22.576 397 -5.776 204 23.711 -20.715 -13.566 -13.229 26.946
Adiant.
Terrenos e Edifícios e Outras
Equip. Equip. de Ferramentas Equipamento Imobilições p/conta de
recursos outras imobilizações Total
básico transporte e utensilios administrativo em curso imob.corpór
naturais construções corpóreas
eas
2007
Valor líquido inicial 16.458 24.938 1.089 65 25 628 462 630 35 44.329
Revalorizações 284 0 0 0 0 223 0 0 0 507
Adições 0 0 544 0 9 438 71 7.267 0 8.330
Alienações e abates 0 0 -66 -195 0 -1 0 0 0 -263
Transferências 0 0 0 0 0 0 0 -1.146 -16 -1.162
(Perdas) Ganhos por imparidade 0 26.233 0 0 0 0 0 0 0 26.233
Depreciação exercício 0 -286 -347 174 -11 -345 -94 0 0 -909
Valor líquido final 2007 16.743 50.884 1.220 44 23 942 439 6.750 19 77.065
Custo 16.743 90.811 2.953 554 139 5.041 1.110 6.750 19 124.120
Depreciação acumulada 0 -39.926 -1.733 -510 -116 -4.099 -671 0 0 -47.055
Valor líquido 16.743 50.885 1.220 44 23 942 439 6.750 19 77.065
2008
Valor líquido inicial 16.743 50.885 1.220 44 23 942 439 6.750 19 77.065
Revalorizações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Adições 0 0 214 0 0 93 20 8.109 1 8.438
Alienações e abates 0 -1 0 -7 0 0 0 -413 0 -421
Transferências -3.322 3.322 0 0 0 0 0 0 0 0
(Perdas) Ganhos por imparidade 0 907 0 0 0 0 0 0 0 907
Depreciação exercício 0 -498 -376 -28 -11 -321 -86 0 0 -1.319
Valor líquido final 2008 13.421 54.616 1.059 9 12 714 373 14.445 20 84.670
Custo 13.421 99.264 3.167 445 139 4.924 1.128 14.445 20 136.954
Depreciação acumulada 0 -44.648 -2.108 -436 -127 -4.211 -755 0 0 -52.286
Valor líquido 13.421 54.616 1.059 9 12 714 373 14.445 20 84.668
P A RQ U E E XP O : RE L A T Ó RI O E CO NT A S C O NSOL I DA DO 2008 : 0 9 0
2008 2007
Custo 136.954 124.120
Depreciação acumulada -52.286 -47.055
Valor líquido 84.668 77.065
: À reversão das perdas por imparidade relativamente à determinação do valor em uso do Oceanário de
Lisboa (+2.982 m€) e da Gare Intermodal de Lisboa (+2.389 m€). Estas reversões devem-se à
racionalização das perdas e aumento de ganhos relativamente aos valores inicialmente previstos;
: Às perdas por imparidade do Pavilhão Atlântico (-4.463 m€) resultado da redução de perspectivas de
crescimento da actividade, em resultado da crise económica internacional com reflexo muito significativo
no seu mercado.
O Grupo Parque Expo identificou quatro unidades geradoras de fluxos de caixa: Oceanário de Lisboa, Gare
Intermodal de Lisboa, Pavilhão Atlântico e a Parque EXPO. Conforme apresentado adiante, foram aplicados
modelos de imparidade às três primeiras unidades geradoras de fluxos de caixa, dado que existiam indicadores
de uma possível reversão da imparidade.
A Parque Expo não foi sujeita a uma análise de perda por imparidade dado que a maioria dos activos não
correntes estão classificados como propriedade de investimento pelo seu justo valor.
O valor do uso tem em conta pressupostos específicos que estão subjacentes ao seu cálculo e não deve ser
confundido com o valor que eventualmente resultaria de uma avaliação do activo sem as condições impostas na
metodologia de cálculo pela IAS 36.
Valor Valor
Descrição Terreno Edifício Amort Ac
Bruto Liquido
Clube do Mar 0 21 21 21 0
Olivais Velho 0 40 40 10 30
Porta do Tejo 0 0 0 0 0
Os valores recuperáveis dos activos Pavilhão Atlântico e Oceanário de Lisboa foram determinados com base no
respectivo valor em uso, o qual teve em atenção os seguintes pressupostos:
Atlântico
Un. 2009 2010 2011 Perp.
Oceanário
Un. 2009 2010 2011 Perp.
Provisões m€ 0 0 0 0
Para o cálculo da perpetuidade foi considerado quer no Atlântico como no Oceanário o valor de investimento
previsto para 2011 (Capex de manutenção).
Para calcular o valor em uso da Gare Intermodal de Lisboa utilizou-se o cash flow liberto em 2008 (1.421 m€).
Com base neste valor calculou-se a perpetuidade tendo em conta uma taxa de desconto de 10,27%.
Relativamente aos parques de estacionamento das Tágides e do Oceanário foram considerados os seguintes
pressupostos:
Custos com o pessoal / Prestações serviços % 2,5% 2,1% 1,8% 1,7% 1,7%
Capex de manutenção m€ 12 15 18 21 21
Custos com o pessoal / Prestações serviços % 3,1% 2,0% 1,6% 1,4% 1,4%
Capex de manutenção m€ 10 17 23 26 26
8 PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
Descrição 2008
Terreno Edifício Valor
Em Dezembro de 2008 o valor do empréstimo hipotecário sobre o Pavilhão de Portugal era de 16.572 milhares
de Euros.
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9 INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS
Associadas:
Telecabine de Lisboa (1) 30,00% 520 876 -356
Expobi 1 (2) - 0 61 -61
Expobi 2 (1) 30,00% 20 20 0
Pólo das Nações (1) 30,00% 219 251 -32
Marina do Parque das Nações (3) 98,53% 0 0 0
Sucursal da Parque Expo em Angola (4) 100,00% 64 0 64
Disponíveis para venda:
Valorsul (5) - 0 1.954 -1.954
Climaespaço 5,75% 299 299 0
Coimbra Inovação Parque 1,28% 12 12 0
Totais 1.134 3.473 -2.338
(1) - É utilizado o método de equivalência patrimonial
(2) - Extinta em 2008
(3) - Para efeitos do consolidado considerou-se a participação a 100%
(4) - Criada em 2008 - projecto a desenvolver em 2009
(5) - Alienada em 2008
Capital Resulta
Descrição Activo Passivo %
Próprio dos
Associadas:
(1)
Telecabine de Lisboa 1.994 3.204 260 284 1.734 2.920 352 438 30,00%
Pólo das Nações 3.715 4.272 2.984 3.435 731 837 -106 890 30,00%
Marina do Parque das Nações 19.991 37.121 19.055 22.589 936 14.532 2.245 -294 98,53%
Climaespaço 42.241 42.252 35.666 36.627 6.576 5.625 951 916 5,75%
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das
autoridades fiscais durante um período de quatro anos (dez anos para a segurança social). Deste modo, as
declarações fiscais das empresas que fazem parte do consolidado dos anos de 2005 a 2008 poderão vir ainda
a ser sujeitas a revisão.
As Administrações das empresas que integram o consolidado entendem que as eventuais correcções
resultantes de revisão / inspecção por parte das autoridades fiscais àquelas declarações não terão um efeito
significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2008.
Nas sociedades que fazem parte do consolidado não foram reconhecidos impostos diferidos por não se
considerar como provável a existência de resultados fiscais futuros ou a reversão de passivos por impostos
diferidos contra os quais os mesmos pudessem ser realizados. Assim, o imposto do ano é o valor da tributação
autónoma das sociedades que integram o Consolidado.
11 EXISTÊNCIAS
Terrenos no PP1 0 0 0
Terrenos no PP2 0 0 0
A rubrica de Outros Devedores (correntes e não correntes) inclui essencialmente valores a receber da Câmara
Municipal de Lisboa, da Câmara Municipal de Loures e do Estado Português, de acordo com o quadro seguinte:
No primeiro trimestre de 2005 foi aprovado, pelo executivo do Município de Lisboa e posteriormente pela
Assembleia Municipal, o reconhecimento dos custos líquidos suportados pela Parque EXPO por conta da
edilidade no valor de 144,5 milhões de Euros.
Com base na decisão da Assembleia Municipal foi celebrado o acordo financeiro entre a Parque EXPO e a
Autarquia de Lisboa nos termos seguintes:
: incidência de juros contados dia a dia à taxa Euribor a 12 meses, a partir do momento da transferência
da gestão urbana do Parque das Nações para a Autarquia de Lisboa;
Em 2006 a Parque EXPO vendeu a totalidade do crédito ao Depfa Bank e recebeu o valor nominal deduzido dos
juros inerentes da calendarização dos pagamentos do acordo financeiro celebrado com a Câmara Municipal de
Lisboa.
Em Março de 2007 a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou que os juros calculados sobre o serviço da dívida
são da responsabilidade do Município de Lisboa a partir de 1 de Janeiro de 2007. Este facto permitiu à Parque
EXPO receber, no exercício de 2008, cerca de 10,3 M€, sendo 5,7 M€ relativos ao exercício de 2007 e o restante
pelo período decorrido até 15 de Setembro de 2008. Foi acordado com a Autarquia de Lisboa que os juros
vencidos após 15 de Setembro de 2008 serão facturados anualmente, a 15 de Setembro de cada ano, pelo que
foram especializados, à taxa fixada a 13 de Setembro de 2008, os juros, para o período de 15 de Setembro de
2008 a 31 de Dezembro de 2008, no valor de 2 M€.
No final de 2008 foram debitados, à Câmara Municipal de Lisboa, os valores suportados com a gestão urbana
do Parque das Nações, no período compreendido entre Janeiro de 2005 e Outubro de 2008, no valor de
24,5 M€. O valor foi reconhecido e aceite pela Câmara Municipal de Lisboa. Aguarda-se a criação de condições
para que se proceda à alienação do crédito junto de uma instituição financeira.
Com a Câmara Municipal de Loures foi definido desenvolver, nos primeiros meses de 2009, negociações para
estabelecer as condições de pagamento das verbas relativas à actividade de gestão urbana e acessibilidades.
Só posteriormente será negociada a matéria referente a infra-estruturas.
Segundo a IAS 39 os activos de médio longo prazo devem ser descontados considerando o custo do juro e o
efeito temporal. Neste contexto a diferença no valor líquido da dívida da Câmara Municipal de Loures, entre as
contas individuais e consolidadas, resulta do reforço do ajustamento de 8.606 m€, expresso nas contas
individuais, em 2.231 m€.
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Encontra-se contabilizado em custos diferidos o valor de 33,2 milhões de Euros correspondente aos encargos
vincendos pelo serviço da dívida da cessão do crédito sobre a Câmara Municipal de Lisboa (ver Nota 12).
A rubrica de depósitos à ordem inclui cerca de 690.000 euros referentes a um depósito caução efectuado pela
sociedade Marina do Parque das Nações, no âmbito da impugnação judicial do processo de execução fiscal,
deferido desfavoravelmente, tendo a sociedade recorrido da decisão.
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15 CAPITAL SOCIAL
Na Assembleia Geral realizada no dia 27 de Maio de 2008 o accionista Estado apresentou e votou
favoravelmente uma proposta de aumento do Capital Social para 107.066.580 Euros, mediante a emissão de
50.019.000 títulos nominativos com o valor unitário de 82 cêntimos, e a consequente e imediata redução do
mesmo para 32.642.250 euros, para cobertura de perdas acumuladas. Refira-se que esta operação,
concretizada no fim do mês de Junho de 2008, visou dar cumprimento ao estabelecido no artigo 35º do Código
das Sociedades Comerciais e permitiu amortizar, em Julho de 2008, o passivo bancário de curto prazo no valor
aproximado de 41 M€.
O número total autorizado de acções ordinárias é de 130.569.000 (2007: 80.550.000) com valor ao par de 0,25 €
por acção (2007: 0,82 € por acção). O capital está integralmente realizado e o Estado Português detém 99,43%
do capital subscrito, sendo a parte restante detida pelo Município de Lisboa.
16 RESERVA LEGAL
Em conformidade com a legislação nacional o valor da reserva legal não pode ser distribuído, podendo ser
utilizado na cobertura de prejuízos ou para aumento do capital.
17 PREJUÍZOS ACUMULADOS
18 INTERESSES MINORITÁRIOS
O valor dos interesses minoritários representa a responsabilidade dos restantes accionistas da sociedade G.I.L.
– Gare Intermodal de Lisboa, S.A. relativamente aos prejuízos acumulados que aquela participada regista. Esta
responsabilidade encontra-se repartida de acordo com o quadro seguinte:
19 EMPRÉSTIMOS
a) Empréstimo sindicato
As operações financeiras registadas foram efectuadas com o sindicato bancário liderado pelo Caixa – Banco de
Investimento, no valor inicial de 81,1 milhões de Euros, reestruturado em 2005, com um período de reembolso
de 13 anos e amortizações semestrais. Este empréstimo está avalizado pelo Estado Português e já foram
amortizadas 8 prestações.
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O empréstimo, no montante inicial de 55,9 M€, concedido pelo Banco Europeu de Investimento (BEI), está
associado à construção da Gare Intermodal de Lisboa (GIL) e encontra-se avalizado pelo Estado Português. O
seu reembolso teve início em 2002, tendo já sido amortizadas 13 prestações semestrais.
c) Empréstimo obrigacionista
Em 2008 procedeu-se à amortização de 49.204.459 Euros correspondentes a 50% do valor em dívida relativo à
2ª emissão/97 do empréstimo obrigacionista.
Desta forma, em 31 de Dezembro de 2008, as principais condições e taxas de juro dos empréstimos por
obrigações resumem-se da seguinte forma:
: Taxa de juro: a taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juro é variável e igual à “Euribor
a 6 meses” cotada no segundo Dia Útil Target imediatamente anterior à data de início de cada período
de juros, adicionada de 0,06%. Os juros são postecipados, pagos semestralmente, a 13 de Fevereiro e a
13 de Agosto de cada ano.
: Reembolso: o empréstimo será amortizado ao par, em duas prestações iguais e sucessivas, vencendo-
se a primeira em 13 de Agosto de 2011 e a segunda um ano depois. O reembolso antecipado poderá
ser efectuado por parte do emitente (Call Option), total ou parcialmente, neste último caso por redução
do valor nominal.
: Taxa de juro: a taxa de juro nominal aplicável a cada um dos períodos de juro é variável e igual à “Euribor
a 6 meses” cotada no segundo Dia Útil Target imediatamente anterior à data de início de cada período
de juros, adicionada de 0,12%. Os juros são postecipados, pagos semestralmente, a 19 de Maio e a 19
de Novembro de cada ano;
: Reembolso: o reembolso das Obrigações será efectuado em duas prestações, por redução do valor
nominal, de acordo com a seguinte calendarização:
O reembolso antecipado poderá ser efectuado por parte do emitente (Call Option), total ou parcialmente,
neste último caso por redução do valor nominal.
d) Empréstimo hipotecário
As condições do empréstimo hipotecário no valor de 16.572.000 Euros, celebrado em 2002, foram renegociadas
em 2007 apresentando as seguintes condições:
Em 2007 foram celebrados dois contratos de empréstimo nos valores de 8.162.326 euros e de 14.500.000 euros
para a aquisição da totalidade do capital da sociedade e para o financiamento do investimento necessário para
operacionalizar a Marina do Parque das Nações.
O montante dos empréstimos será reembolsado em 16 prestações semestrais iguais e sucessivas, após um
período de carência de capital de 7 anos, vencendo-se as primeiras prestações em 2015. Refira-se que do
montante de financiamento aprovado encontrava-se utilizado, em 31 de Dezembro de 2008, cerca de 12,7 M€.
Os empréstimos estão negociados a taxas variáveis pelo que o valor contabilístico se aproxima do justo valor.
20 PROVISÕES
Saldo
Aumento Redução Saldo final
Inicial
Provisões para processos judiciais em curso 736 1.816 -144 2.408
Decorrente de processos judiciais em curso existe uma responsabilidade contingente de cerca de 20.048
milhares de Euros (2007 – 2.619 m€) correspondente aos valores dos pedidos de terceiros por acções em
curso.
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No exercício de 2003 a sociedade Portas de Lisboa – Sociedade de Investimentos Imobiliários, S.A., adquiriu os
lotes 5.02.01, 5.02.02 e 5.02.03. Também em 2003 a sociedade Portas de Lisboa Dois – Sociedade de
Investimentos Imobiliários, S.A., adquiriu à Parque EXPO os lotes 5.03.01, 5.03.02 e 5.03.03.
Com o único objectivo de evitar o pagamento de penalidades aplicadas pela Parque EXPO às sociedades
Moncresta, Portas de Lisboa e Portas de Lisboa Dois, nos valores de 2.171 m€, 952 m€ e 1.547 m€,
respectivamente, relativas a atrasos na edificação (sanções contratualmente suportadas a título de cláusula
penal), estas entidades intentaram duas acções judiciais contra a Parque EXPO nos seguintes valores:
: Portas de Lisboa e Portas de Lisboa Dois - 10.519 m€ (acção apresentada de forma coligada).
Descrição 2008
22 IMPOSTOS
Imposto do Selo 0 2 0 0
23 OUTROS PASSIVOS
Acréscimos de custos:
Proveitos diferidos:
Em exercícios anteriores foi efectuada uma estimativa dos custos a incorrer com a realização de infra-estruturas
para finalizar o projecto do Parque das Nações. Esta estimativa foi reavaliada em 2008 e considera-se ajustada
aos valores a realizar para finalizar o projecto.
25 PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS
Serviços de ticketing 59 0 59
Variação da produção 0 0 0
Efeito Efeito
Aumento Redução Aumento Redução
Liquido Liquido
Clientes e outras dívidas a receber 1.569 1.115 -454 4.426 675 -3.751
Em 2008 verificou-se a reversão de imparidade relativamente ao valor recuperável dos seguintes activos (ver
Nota 7):
Existências 3 0 3
Diferenças de câmbio 0 1 -1
32 SUBSÍDIOS
O reconhecimento em resultados, nos exercícios de 2007 e 2008, dos subsídios recebidos foi como segue:
Totais 128 73 54
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O Grupo é controlado pelo Estado Português o qual detêm 99,43% do capital da empresa mãe sendo o restante
detido pela Câmara Municipal de Lisboa.
As garantias prestadas ascendiam, em 31 de Dezembro de 2008, a 2.379 milhares de Euros (2007: 2.200 m€),
sendo:
CMPL - Porto Lazer - Emp. Desporto e Lazer Mun. Porto 850 850 0
Tribunal Trabalho 26 26 0
Outras garantias 50 58 -9
O Conselho de Administração
José Manuel Rosado Catarino Rui Fernando Medeiro Palma Emílio José Pereira Rosa
Vogal executivo Vogal executivo Vogal não executivo
Certificação Legal das contas
e relatório de Auditoria
Relatório e parecer do Conselho Fiscal
Relatório do Administrador Não Executivo
:2008
Avenida D. João II, Lote 1.07.2.1
1998-014 Lisboa / Portugal
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