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PÓS-GRADUAÇÃO “PSICOMOTRICIDADE”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Orientador
Prof. Fabiane Muniz
Niterói
2007
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AGRADECIMENTOS
DEDICATÓRIA
RESUMO
METODOLOGIA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33
ÍNDICE 35
FOLHA DE AVALIAÇÃO 36
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INTRODUÇÃO
Este trabalho traz uma ampla visão da importância dos jogos e brincadeiras no
processo ensino-aprendizagem e na formação da personalidade humana. A
conscientização desta importância cabe ao educador, que se torna
responsável pela aprendizagem e deve trabalhar a criança em sua múltipla
formação, nos aspectos biológicos, sociais, cognitivos e afetivo- emocionais.
Através dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar
suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o
mundo. Pela variedade de estímulos que oferecem, pela atmosfera de alegria
e encantamento que proporcionam e, principalmente, pela presença de certas
normas, o jogo e a brincadeira devem fazer parte do cotidiano escolar nas
diversas áreas do conhecimento. Dão ao aluno oportunidade para se
desenvolver e atendem às suas necessidades básicas no processo ensino-
aprendizagem. A criança precisa brincar, inventar e criar para crescer e manter
seu equilíbrio com o mundo. Nos jogos e brincadeiras infantis são
reconhecidos os mecanismos de identificação cultural e de formação
educativa.
Tão fundamentais ao ser humano como o alimento que o faz crescer são os
brinquedos e os jogos. Vão muito além do divertimento. Servem como suportes
para que a criança atinja níveis cada vez mais complexos no desenvolvimento
sócio-emocional e cognitivo. O presente artigo surgiu da preocupação com o
repensar do processo educacional, onde temos, em nossas mãos, alunos
ativos, inquietos e participantes. É preciso que haja mudanças na preparação
desses alunos para a vida e não apenas para o mero acúmulo de informações.
É preciso, também, conscientizar o trabalho pedagógico para a importância da
formação desses alunos como um todo, com sua afetividade, suas
percepções, sua expressão, seu sentido, sua crítica, sua criatividade, seu
interior... É possível orientar o aluno a ampliar seus referenciais de mundo e a
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CAPÍTULO I
Definir a brincadeira não é tarefa fácil. De acordo com Kishimoto (1997), uma
criança atirando com um arco e flecha pode ser uma brincadeira ou pode ser
uma criança que está se preparando para a arte da caça (como pode ocorrer
num contexto indígena). Como diferenciar? Vários autores têm caracterizado
a brincadeira como a atividade ou ação própria da criança, voluntária,
espontânea, delimitada no tempo e no espaço, prazerosa, constituída por
reforçadores positivos intrínsecos, com um fim em si mesma e tendo uma
relação íntima com a criança (Bomtempo, 1987; Brougère, 1997; De Rose e
Gil, 1998; Kishimoto, 1997; Piaget, 1978; Santos, 1998; Wajskop, 1995). A
partir destas informações, é importante ressaltar que o brincar faz parte da
infância, porém, em várias ocasiões, os adultos (pais ou professores) propõem
determinadas atividades para as crianças que parecem não cumprir os critérios
acima discutidos, mas que são chamadas de “brincadeiras” pelos próprios
adultos. Atenção! Se a atividade é imposta ou se parece desagradável para a
criança, tudo indica que não se trata de uma brincadeira, mas de qualquer
outra atividade. Uma mesma atividade pode ser considerada uma brincadeira
para uma criança mas não para outra, o que torna o trabalho do educador
ainda mais complexo. São várias as dificuldades que existem com relação à
definição e caracterização da brincadeira, entretanto, é certo que a brincadeira
assume um papel fundamental na infância; numa concepção sociocultural, a
brincadeira mostra como a criança interpreta e assimila o mundo, os objetos, a
cultura, as relações e os afetos das pessoas, sendo um espaço característico
da infância (Wajskop, 1995).
Mas desde quando a brincadeira foi alvo de discussão? Partindo-se de uma
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Roberto Marinho, 1992; Oliveira et al, 1992; Oliveira, 2000)Estas idéias servem
para ilustrar alguns exemplos de brincadeiras que podem ser utilizadas na
escola e o que elas proporcionam em termos de aprendizagem e
desenvolvimento mostrando a importância de cada uma delas. Sugere-se que,
a partir desta leitura, cada educador desenvolva e crie atividades adequadas
aos seus alunos potencializando o desenvolvimento de cada um deles. De
acordo com Brougère (1997), o brincar exige uma aprendizagem; sendo assim
o professor terá este papel fundamental de inserir a criança na brincadeira,
criando espaços, oportunidades e interagindo com ela.
O desenvolvimento infantil está em processo acelerado de mudanças, e as
crianças estão desenvolvendo suas potencialidades precocemente em relação
às teorias existentes. Diante dos avanços tecnológicos, a criança deste novo
milênio está evoluindo. O cuidado com o recém-nascido, e os estímulos que o
bebê hoje recebe são muito diferentes dos cuidados de algumas décadas
atrás. A mudança de hábitos e atitudes dos adultos para com o recém-nascido
ocasionou alterações em todo o desenvolvimento infantil. As diferentes áreas
do cérebro humano se desenvolvem por meio de estímulos que a criança
recebe ao longo dos sete primeiros anos de vida. Como os estímulos são
diferentes, as reações também são. Os padrões de comportamento para com
o bebê e para com a criança na primeira infância se modificaram, e as crianças
de hoje são mais espertas e mais inteligentes do que as crianças de algumas
décadas atrás, gerando situações inesperadas. Atualmente, pais trabalham
fora , as famílias são menos numerosas, e as crianças freqüentam, desde
cedo, berçários, creches e escolinhas maternais, onde recebem estímulos
diferentes dos que recebiam aquelas que eram criadas em casa pelos irmãos e
que só eram levadas para a escola aos sete anos. É, portanto, com essas
crianças que o educador tem que saber lidar, tem que reconhecer suas
necessidades e procurar atendê-las dentro do contexto educacional atual. A
criança, nos dias atuais, parece mais esperta e se desenvolve antes do tempo
previsto, pois algumas habilidades foram estimuladas. Já pode expressar suas
vontades, e seu intelecto é muito mais ativo. Porém, apresenta diferentes
formas de ansiedade, de medos e de insegurança com as quais o educador
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tem que estar preparado para lidar. Temos, hoje, educandos com
características próprias de uma era tecnologicamente desenvolvida; mas
temos, também, grande número de crianças imaturas e com dificuldades
motoras que necessitam suprir as defasagens para o desenvolvimento de suas
potencialidades como pessoa. O desenvolvimento infantil precisa acontecer,
ao mesmo tempo, nas diferentes áreas para que haja o equilíbrio necessário
entre elas e o indivíduo como um todo. Quando o desenvolvimento acontece
apenas numa área, certamente outras ficarão em atraso, e a criança ficará
desequilibrada de alguma forma. Muitas crianças passam a maior parte do seu
tempo na frente da televisão ou com jogos eletrônicos. As imagens
hiperestimulam a área cognitiva, mas a criança não está desenvolvendo as
áreas afetiva e motora. É importante conhecer as características do aprendiz
para sabermos quais são as potencialidades que estão sendo desenvolvidas e
quais as esquecidas, quais os transtornos que esse desequilíbrio pode causar
no desenvolvimento do indivíduo e como podemos estimular a criança para o
processo ensino-aprendizagem. A criança deve ser vista sob três dimensões: a
corporal, a afetiva e a cognitiva, que devem se desenvolver simultaneamente.
Se uma estiver sendo desenvolvida em detrimento da outra, certamente
haverá um desequilíbrio do indivíduo em sua dimensão global. A criança utiliza,
de forma eficiente, os sentidos, e cabe a nós, educadores, vê-la como um ser
completo, porém inexperiente, que temos de trabalhar e a quem precisamos
propiciar oportunidade de pleno desenvolvimento. Se o educando mudou,
igualmente o educador precisa mudar. Os métodos tradicionais de ensino não
atraem mais a criança: ela quer participar, questionar e não consegue ficar
parada horas a fio, sentada, ouvindo uma aula expositiva. A criança da
atualidade é extremamente questionadora e não engole os conteúdos
despejados sobre ela sem saber o “porquê” ou “para quê”. Portanto, o
professor deve saber como a criança aprende e como ensinar. É muito mais
fácil e eficiente aprender por meio de jogos. E isso é válido para todas as
idades, desde o maternal até a fase adulta. O jogo em si possui componentes
do cotidiano, e o envolvimento desperta o interesse do aprendiz, que se torna
sujeito ativo do processo; a confecção dos próprios jogos é, ainda, muito mais
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CAPÍTULO II
Heráclito
Fragmento 52
e cores.
Os jogos simbólicos também chamados de “faz-de-conta”. Por meio deles, a
criança expressa a sua capacidade de representar dramaticamente. Entre 1
ano e meio e 3 anos de idade, a criança começa a imitar suas ações cotidianas
e passa a atribuir vida aos objetos.
No jogo de “faz-de-conta”, a criança experimenta diferentes papéis sociais,
funções sociais generalizadas a partir da observação do mundo dos adultos.
Dos 4 aos 7 anos, a busca pela aproximação ao real vai caracterizar os jogos
simbólicos. A criança desejará imitar de forma mais coerente.
Nos jogos de regras é necessário que haja cooperação entre os jogadores e
isso exige, certamente, um nível de relações sociais mais elevados. As
brincadeiras e os jogos são espaços privilegiados para o desenvolvimento
infantil e para a sua aprendizagem.
Cientes da importância dos jogos e das brincadeiras na Educação Infantil, o
professor deve elaborar propostas de trabalho que incorporem as atividades
lúdicas. Deve também, propor jogos e brincadeiras. Não há necessidade de o
jogo ser espontâneo, idealizado pela criança. “O que faz do jogo um jogo é a
liberdade de ação física e mental da criança nessa atividade”. (BRASIL, 1995b,
p.103).
Para que um professor introduza jogos no dia-a-dia de sua classe ou planeje
atividades lúdicas, é preciso, que ele acredite que brincar é essencial na
aquisição de conhecimentos, no desenvolvimento da sociabilidade e na
construção da identidade.
Existem funções diferenciadas que podem ser assumidas pelo professor,
conforme o desenrolar da brincadeira, a função de observador, na qual o
professor procura intervir o mínimo possível, de maneira a garantir a segurança
e o direito à livre manifestação de todos, a função de catalisador (perceber),
procurando, através da observação, descobrir as necessidades e os desejos
implícitos na brincadeira, para poder enriquecer o desenrolar de tal atividade e
a função de participante ativo nas brincadeiras, quando como um mediador
das relações que se estabelecem e das situações surgidas.
A comunicação corporal é carregada de valores e componentes emocionais,
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CAPÍTULO III
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
(A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA
ED. INFANTIL). 10
CAPÍTULO II
(DESENVOLVIMENTO MOTOR, COGNITIVO E
SÓCIO-AFETIVO) 17
CAPÍTULO III
( A LUDICIDADE NO DESENVOLVIMENTO INFANTIL) 26
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33
ÍNDICE 35
36
FOLHA DE AVALIAÇÃO