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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

PROCESSO TC N° 06168/05

Denúncia formulada contra atos e ex-Presidente da Câmara Municipal

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de Araruna,
RECONSIDERAÇÃO
exercícios 2003/2004. RECURSO
contra decisão consubstanciada
DE
no Acórdão
APL-TC-350/2007. Intempestividade. Não conhecimento. PEDIDO DE
PARCELAMENTO DE DÉBITO E DE MULTA. Indeferimento.

RELATÓRIO:
O Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, em 30/05/2007, apurou a denúncia formuladas por alguns
Vereadores, contra atos do ex-Presidente da Câmara Municipal de Araruna, Sr. Antônio Teixeira Neto,
acerca de excessos nas despesas com combustíveis realizadas pelo citado ex-gestor com veículo
daquela Casa nos exercícios 2003/2004, tendo esta Corte prolatado o Acórdão APL·TC-350/2007,
publicado em 21/06/2007, com o seguinte teor:
I. receber e julgar procedente a denúncia aqui examinada;
11. imputar débito ao Senhor Antônio Teixeira Neto no valor de R$ 13.002,46 (treze mil, dois reais
e quarenta e seis centavos), tendo em vista o excesso na aquisição de combustível apurado pelo
Órgão de Instrução;
111. aplicar multa individual ao Senhor Antônio Teixeira Neto no valor de R$ 1.500,00 (um mil e
quinhentos reais), nos termos do que dispõe o art. 55 da LCE 18/93;
IV. assinar ao devedor o prazo de 60(sessenta) dias, a contar da publicação deste ACÓRDÃO no
Diário Oficial do Estado, para recolhimento (...).
V. dar ciência da decisão às partes interessadas (denunciantes e denunciado).

Em 27/09/2007, o Senhor Antônio Teixeira Neto, através de seu representante legal, interpôs RECURSO
DE RECONSIDERAÇÃO contra a decisão consubstanciada no Acórdão supracitado, todavia, de forma
intempestiva, tendo em vista o prazo regimental de 15 dias, o qual foi superado em 36 dias, contudo, na
mesma peça recursal o recorrente apela para que, em caso de não provimento, seja-lhe concedido
PARCELAMENTO DAS DÍVIDAS em 36 meses.
Ante a ausência de comprovante das condições econômico-financeiras, o Relator determinou a
notificação do recorrente, por duas vezes, tendo este vindo aos autos se auto-declarando ser pobre nos
termos da lei.
Instando a se manifestar, o MPjTCE, mediante cota da Procuradora Sheyla Barreto Braga de Queiroz,
reservou-se a se pronunciar conclusivamente após ouvido o Órgão de Instrução.
Os autos foram levados à Sessão Plenária do dia 28/05/200a, ocasião que o Relator entendeu ser
necessário encaminhar os autos a Auditoria para se pronunciar acerca da alegação recursal.
Relatório do Órgão Técnico encartado, às fls. 266-267, não acatou os argumentos do recurso, dada a
falta de elementos elucidativos. Quanto ao pedido de parcelamento, a Auditoria entendeu que faltou ao
recorrente comprovar os requisitos do art. 2° da RN nO 05/95, especificamente no tocante a sua
capacidade financeira.
O MPjTCE, oralmente, na presente sessão pugnou pelo não conhecimento do recurso, dada a sua
intempestividade e pela não concessão do parcelamento requerido por não atender aos pressuposto do
art. 2° da RN nO05/95.
O relator determinou o agendamento do processo para esta sessão, com as notificações necessárias.

VOTO DO RELATOR:
Estabelece o artigo 34 da Lei Complementar n.? 18/93 que o recurso de reconsideração poderá ser
formulado por escrito uma só vez, pelo responsável ou interessado, ou pelo Ministério Público junto ao
Tribunal, dentro do prazo de quinze dias a contar da publicação da decisão atacada, todavia, a peça
recursal foi protocolizada 36 (trinta e seis) dias após a publicação dos autos, portanto, intempestiv&:}-
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.............................. -..... . .

Não obstante a intempestividade, e buscando sempre privilegiar o princípio do contraditório e da ampla


defesa, o Relator determinou à Auditoria que identificasse se a colação dos argumentos apresentados
tinha capacidade técnica para modificar a decisão recorrida. Com pulsando as alegações da
reconsideração, a Unidade Técnica de Instrução identificou que as argüições trazidas pelo recorrente não
diferem das demais apresentadas, portanto, deveria a decisão vergastada permanecer nos seus termos
originais.

Quanto ao parcelamento de débito e de multa em 36 meses, segundo se depreende o art. 1° da RN TC


OS/9S, será deferido nos casos em que o Tribunal reconhecer, expressamente, o caráter não doloso do
débito imputado e a incompatibilidade entre o recolhimento deste, de uma só vez, e as condições
econômico-financeiras do devedor. Como o recorrente não comprovou sua incapacidade financeira de
pagamento, muito embora tenha sido notificado para este fim, bem como os fatos apurados no consumo
excessivo de combustível têm natureza dolosa, entendo que não foram atendidos os requisitos da norma
reguladora de parcelamento.
Por todo o exposto, voto pelo(o)

I. não conhecimento do recurso de reconsideração, por desatender o pressuposto da


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tempestividade , trancando-se, por conseguinte, a via de reconsideração da decisão
consubstanciada no Acórdão APL- TC-3S0/2007, mantendo-se, in totum, a multa e a imputação
do débito pertinente ao consumo excessivo de combustível;

11. não concessão do pedido de parcelamento de débito e de multa, ante o não atendimento aos
requisitos da norma reguladora,

111. encaminhamento dos autos à Corregedoria deste Tribunal para as providências de estilo.

DECISÃO DO TRIBUNAL PLENO:

Vistos, relatados e discutidos os autos do Processo TC-06168/0S, ACORDAM, à unanimidade, os


Membros do TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DA PARAiBA (TCE/Pb), pelo(a):

I. não conhecimento do RECURSO DE RECONSIDERAÇÃO, por não atendido o pressuposto


da tempestividade, trancando-se, por conseguinte, a via de reconsideração da decisão
consubstanciada no Acórdão APL- TC-3S0/2007, mantendo-se, in totum, a multa e a imputação
do débito pertinente ao consumo excessivo de combustível;

li. não concessão do PEDIDO DE PARCELAMENTO DE DÉBITO E DE MULTA acima


caracterizado, ante o não atendimento aos requisitos da norma reguladora;

111. encaminhamento dos autos à Corregedoria deste Tribunal para as providências de estilo.

Publique-se, registre-se e cumpra-se.


TCE-Plenário Ministro João Agripino
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vlj de ~ __ de 2008

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Conselheiro Fábio Túlio Filgueiras Nogueira
Relator

Fui presente, ~
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O ,J- .-----y- r-

Procuradora Geral do Ministério Público junto ao 'fcE-Pb

1 Regimento Interno do TCE-PB


Art. 178. Não se conhecerá de recurso interposto fora do prazo.
Art. 185. O recurso de Reconsideração, que terá efeito suspensivo, poderá ser formulado por escrito, uma só vez, no prazo de
quinze dias após a publicação da decisão recorrida ou da decisão sobre embargos de declaração.

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