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TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO

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P R O C E S S O TC-02.207/06
Administração indireta municipal. INSTITUTO
DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE
SERTÃOZINHO. Prestação de Contas Anuais,
exercício de 2005. Regularidade com
ressalvas e determinações.

1. RELATÓRIO
1.01. O Processo TC 02.207/06, referente à PRESTAÇÃO DE CONTAS ANUAIS (PCA),
exercício de 2005, do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE
SERTÃOZINHO, tendo como gestor o Senhor JOSÉ SEVERINO DOS SANTOS, foi
examinado pela Auditoria deste Tribunal, cujo relatório (fls. 162 a 167) observa,
em resumo:
1.1.01. Apresentação no prazo em conformidade com a RN - TC -07/97.
1.1.01. O Instituto foi criado com natureza jurídica de Autarquia, pela Lei Municipal
nO. 17 de 14 de março de 1997, modificada pela Lei n°. 127 de setembro
de 2005, tendo como objetivo prestar os seguintes benefícios e serviços:
a) quanto ao segurado: aposentadoria por invalidez, compulsória, por
idade, por idade e tempo de contribuição; auxílio doença; salário família e
maternidade; b) quanto aos dependentes: pensão por morte e auxílio
reclusão.
1.1.02. Os recursos financeiros do Instituto estão constituídos pela contribuição
dos segurados (11% sobre a remuneração percebida mensalmente) e
contribuição do Município (11% sobre a remuneração mensal dos
servidores), observando que, no período de janeiro a setembro, houve
omissão quanto às disposições da legislação previdenciária federal no
tocante à concessão de benefícios previdenciários e às alíquotas de
contribuição.
1.1.03. A receita orçada foi de R$118.200,00 e a RECEITA REALIZADA alcançou
R$149.472,20, representada 65,83% por receita de contribuição e 34,17%
por receita patrimonial.
1.1.04. Ocorreu divergência a menor de R$41.152,49 entre a receita de
contribuição registrada na PCA e a constante do Demonstrativo
Previdenciário, e, ausência nesta PCA de informação acerca das receitas de
"compensação financeira" (R$16.611,33) e de "contribuição da unidade
gestora" (R$155,40) constante no Demonstrativo Previdenciário.

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1.1.05. A DESPESA REALIZADA somou R$41.292,42, representada em sua maioria


(93,80%) por despesa corrente, desta, 42,84% correspondeu à despesa
com pessoal, inclusive obrigações patronais, 25,58% com benefícios e
14,69% com serviços de terceiros.
1.1.06. A diferença entre receita arrecadada e despesa realizada resultou superávit
de R$108,449,71.
1.1.07. Não foram realizadas retenção e recolhimento do ISS, incidentes sobre os
serviços de terceiros realizados.
1.1.08. Quando da análise dos balancetes mensais verificou-se diferença a maior
de R$38.000,OO entre os débitos no extrato bancário e a despesa
contabilizada no mês de junho e, diferença a menor de R$1.822,49 no
saldo inicial das disponibilidades no mês de fevereiro em relação ao saldo
final registrado no balancete de janeiro.
1.1.09. O Balanço Financeiro indica saldo para o exercício seguinte de
R$476.951,88.
1.1.10. O passivo do balanço patrimonial é formado em sua totalidade pelo saldo
Patrimonial, no valor de R$500.697,1.
1.1.11. Não houve informação pelo Instituto acerca de realização de convênios e
licitação, no exercício.
1.1.12. No exercício, as despesas administrativas do Instituto corresponderam a
3,9% do valor da remuneração dos servidores efetivos do município, no
exercício anterior, estando portanto superior ao limite (2%) determinado
pela Portaria MPAS nO. 4992/99.
1.1.13. Embora o Presidente do Instituto declare que a Prefeitura e Câmara
estejam em dia com as obrigações previdenciárias, a análise dos
balancetes revela grande oscilação nos valores repassados a título de
contribuição, evidenciando ocorrência irregular dos repasses e indicando
dívida para com a Previdência que não vem sendo registrada.
1.1.14. De acordo com o valor total da folha de pagamento dos servidores efetivos
da Prefeitura e da Câmara, o valor devido da contribuição previdenciária
seria de R$144.012,33, no entanto o registrado na PCA foi de apenas
R$98.393,61, indicando a existência de créditos a receber de R$45.618,72.
1.1.15. Não houve quitação da dívida do exercício anterior.
1.1.16. O Instituto encontra-se em situação irregular, junto ao Ministério da
Previdência Social.
1.1.17. Consta nos autos, declaração do Presidente do Instituto com informações
divergentes das contidas na PCA.
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1.02. Notificada, a autoridade responsável, apresentou defesa (fls. 175 a 326), analisada
pelo órgão de instrução deste Tribunal que entendeu:
1.02.1. elididas as irregularidades quanto a repasses irregulares das
contribuições previdenciárias; divergência a menor (R$41.152,49) entre a
receita de contribuição registrada na PCA e a constante do
Demonstrativo Previdenciário; ausência de informações nesta PCA acerca
das receitas de compensação financeira e de contribuição da unidade
gestora; diferença de R$38.000,OO entre extrato bancário e a despesa
contabilizada no mês de junho; não registro dos valores correspondentes
ao ISS sobre serviço de terceiros; saldo das disponibilidades do final do
mês de janeiro divergente do saldo inicial de fevereiro; falta de controle
dos direitos a receber; declaração do Presidente do Instituto contendo
informações conflitantes com as da PCA; informações inconsistentes ao
MPAS.
1.02.2. persistirem inalteradas as demais irregularidades.
1.03. O Ministério Público junto ao Tribunal, por meio do Parecer 0523/2008, da lavra
do Procurador Geral ANDRÉ CARLO TORRES PONTES, opinou pela irregularidade
das contas; aplicação de multa e assinação de prazo ao Poder Executivo e a
Gestão do instituto para que comprovem o cumprimento dos requisitos
constitucionais e legais de funcionamento do instituto ou procedam à sua
extinção, sob pena de multa e glosa das despesas administrativas, após esgotado
o prazo.
1.04. O processo foi incluído na pauta desta sessão, com notificação do interessado.

2. VOTO DO RELATOR
A omissão quanto às disposições da legislação previdenciária federal acerca da
concessão de benefícios previdenciários e às alíquotas, com o advento da Lei Municipal
nO. 127 de 27 de setembro de 2005, a irregularidade foi sanada.
Como irregularidades remanescentes verifica-se: a ultrapassagem do limite (2%)
das despesas administrativas que alcançou 3,95% do valor da remuneração dos
servidores efetivos no exercício anterior; contribuições arrecadadas pelo instituto, no
período de janeiro a setembro de 2005, inferiores as alíquotas vigentes e, a ausência de
Certificado de Regularidade Previdenciária para o exercício ora analisado, não obstante de
o instituto está com a devida Certificação de Regularidade, nos exercícios de 2006 e 2007.
Pelo exposto, o Relator vota pela regularidade com ressalvas das contas, exercício
de 2005, do Instituto de Previdência do Município de Sertãozinho, sob a responsabilidade
do Gestor JOSÉ SEVERINO DOS SANTOS, determinando-se à atual administração
providenciar o ajuste ao limite legal, das despesas administrativas, evitando-se,
futuramente, as sanções aplicáveis à espécie.
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3. DECISÃO DO TRIBUNAL
Vistos, relatados e discutidos os autos do PROCESSO
TC-D2.2D7j06, os MEMBROSdo TRIBUNALDE CONTASDO ESTADODA
PARAÍBA (TCE-Pb), à unanimidade, na sessão realizada nesta data,
ACORDAM em julgar REGULAR COM RESSALVASa PRESTAÇÃODE
CONTAS do INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO MUNICÍPIO DE
SERTÃOZINHO,exercício 2005, sob a responsabilidade do ex-Gestor,
Senhor .JOSÉ SEVERINO DOS SANTOS, determinando-se à atual
administração providenciar o ajuste ao limite exigido, das despesas
administrativas do instituto e, evitando-se, futuramente, as sanções
aplicáveis à espécie.
Publique-se/ . time-se/ registre-se e cumpra-se.
Sala das Sessões di CE-Pb - Plenário Ministro João Agripino.
João e a/ e agosto de 2008.

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Isabella Bar. sa Marinho Falcão


Procuradora Geral do MPjTC em exercício

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