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Teoria Keynesiana
A teoria de Keynes é baseada no principio de que os consumidores alocam as
proporções de seus gastos em bens e poupança, em função da renda. Quanto maior a
renda, maior a percentagem da renda poupada. Assim se a renda agregada aumenta, em
função do aumento do emprego, a taxa de poupança aumenta simultaneamente. E como
a taxa de acumulação de capital aumenta, a produtividade marginal do capital se reduz,
e o investimento é reduzido já que a lucratividade é proporcional a produtividade
marginal do capital. Então ocorre um excesso de poupança, em relação ao investimento,
o que faz com que a demanda efetiva fique abaixo da oferta e assim o emprego se
reduza para um ponto de equilíbrio onde a poupança e o investimento fiquem iguaís.
Como esse equilíbrio pode significar a ocorrência de desemprego involuntário em
economias avançadas (onde a quantidade de capital acumulado seja grande e sua
produtividade seja pequena), Keynes defendeu a tese de que o Estado deveria intervir na
fase recessiva dos ciclos econômicos com sua capacidade de imprimir moeda para
aumentar a demanda efetiva através de déficits do orçamento do Estado e assim manter
o pleno emprego. É importante lembrar que Keynes nunca defendeu o carregamento de
déficits de um ciclo econômico para outro, nem muito menos operar orçamentos
deficitários na fase expansiva dos ciclos.
Deve se notar que, para o estado aumentar a demanda efetiva, ele deve gastar
mais do que arrecada, porque a arrecadação de impostos reduz a demanda efectiva,
enquanto que os gastos aumentam a demanda efetiva.
Keynes nunca defendeu a estatitização da economia, nos moldes em que foi feita
na União Soviética. O que Keynes defendia, na década de 1930, e que hoje Stiglitz e os
novos-desenvolvimentistas defendem é uma participação ativa de um Estado enérgico
nos segmentos da economia que, embora necessários para o bom desenvolvimento de
um país, não interessam ou não podem ser atendidos pela inciativa privada.
Não se trata promover uma competição entre o Estado e o mercado, mas sim de
obter uma adequada complementação ao mercado, que agindo sozinho não é capaz de
resolver todos os problemas, conforme demonstraram Grenwald e Stiglitz [4] (1986), em
busca de uma maior eficiência geral da Economia.
Para Keynes, a demanda privada dos EUA pré-depressão era inadequada. Para
criar uma demanda, as pessoas precisavam obter meios para gastar. Nesse sentido, o
Estado deveria almejar o pleno emprego. Os custos sociais que implicariam nesse tipo
de pensamento, segundo Keynes, não deveriam ser entendidos como um ônus para o
Estado, mas um meio por intermédio do qual a demanda poderia aumentar e estimular a
oferta. Assim, para Keynes, os governos deveriam estimular uma política de
investimentos, com baixas taxas de juros, bem como um amplo programa de obras
públicas que proporcionaria empregos e geraria uma demanda maior de produtos
industriais.
O modelo intervencionista Keynesiano deve ser entendido como uma prática que
visa salvar o capitalismo e corrigir as suas distorções. O fato de Keynes contrariar a
lógica liberal do exército social de reserva e pregar o pleno emprego não significa uma
aproximação com os socialistas, nem mesmo os utópicos. Assim, seria correto dizer que
o modelo Keynesiano se enquadra dentro da perspectiva de um neocapitalismo, baseado
no planejamento econômico a partir do comando Estatal.