r io s e m p r e fo i n o v id a d eira.

A praça Osó m u it os
r n a r a m fa m o s o s
A li nasceram ou se to io
a : o B a r S tu a r t, o p r é d
ícones de Cu r it ib
r im e ir o c a lç a d ã o d o B rasil.
Garcez, o p

c ia s a p a r e c e m e s e e s p alham,
É nas praças que as notí u m as das
io q u e s u r g ir a m a lg
e foi na praça Osór a d e .
c id a s d a n o s s a c id
“marcas” mais con he

o v id a d e d a p r a ç a O s ó r io?
ente n
E sabe qual é a mais rec até g ic o , u m e s tú d io
d a B r a in b o x Desig n E s tr
A n o v a s e d e e s u c e sso.
e a tra b a lh a r m a r c a s d
c o s tu m a d o a c o n s tr u ir
já a

Para homenagear
a praça e sua t rad
a Brai nbox cr iou ição,
este exclusivo cale
Cada mês tem u m ndár io.
texto d i ferente.
São h istór ias escr
itas pelo poeta, mú
e redator Pau lo V sico
itola e i lust radas
equ ipe da Brai nbo pela
x.

Coloque na sua par

ede e abra u ma jan
para a h istór ia da ela
praça Osór io, o ber
de grandes idéias c ço
u r it ibanas.
 Sabe o rio Ivo, que
de sce a Fernando Mor
eira,
passa por baixo do e segu ir para oeste
Bar Tr iângulo , na di reção do Bu ra
co da Velha.
e vai se encont rar co Era a Estrada do M
m o Belém na altur ato Grosso.
a da Tibagi?
Por cima dele, mais (A propósito, para
ou menos em frente quem não sabe, Bu
ao Palácio Aven ida raco da Velha
havia uma ponte. A , é o pedaço de céu qu
Ru a das Flores acabav e a gente en xerga en
a al i. tre os préd ios,
A Aven ida Lu iz Xa quando olha da Praç
vier e a Praça intei a Osór io em di reçã
ra, o ao alto
o começo da Vicent da Vicente Machado
e e da Comendador . Quando aparecem
, al i
tudo isso era um ba nuvens cin zentas, po
nhado só. de escrever: é chuv
a na certa.
Aí, no dia 15 de abril Pelo menos, entre as
de 1871, teor ias científicas
de mi nha avó,
inventaram uma es essa era uma das ma
trada que ia atraves is aceitas.)
sar o pântano

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4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17
1 confraternização universal

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ig n
 Ao lado da Ponte do
Ivo, lançaram pedr
a fu ndamental
e enter raram uma e abram espaço para
caixa de fer ro com al i su rgir um largo!
docu mentos,
jor nais, moedas de Demorou 3 anos pa
ou ro e a ata de aber ra a ordem ser cu mp
tu ra da Estrada. rida.
Era para a posterid Uma parte daquela
ade. região pantanosa
No dia segu inte, po vi rou a menor aven
rém, quando chegar ida do mu ndo.
am ao local,
os operár ios já enco A outra, uma Comi
nt raram a caixa ar ssão denomi nou La
rombada e vazia. rgo Oceano Pacífico
O prefeito pergunta evocando, com um ,
: quem foi? certo exagero, o se
u submer so passad
Enquanto a polícia Quanto à caixa de o.
investiga, ele ordena fer ro, ni nguém nu nc
: comecem a obra! a mais encont rou.
Tratem de secar o ch
arco

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8 9 10 11 12 13 14

15 16 17 18 19 20 21
25 quarta de cinzas

22 23 24 25 26 27 28
24 carnaval

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 Em 1879, o Largo Oc
eano Pacífico recebe
u o nome
de um Guer reiro, as e a mu ltidão acor ria
sim, como o dia vi ra para aplaudi r o Ho
noite. mem de Borracha,
Em homenagem ao o Engolidor de Fogo
herói da Guer ra do , a Mul her Barbada,
Paraguai, as Gêmeas Siames
vi rou Praça Genera Entre 1903 e 1905, o as.
l Osór io. tre cho que ligava a Ru
Um descampado, pa a 15 à Comendador
ra falar a verdade. foi arboriz ado com
álamos e,
Os mi litares usavam pelos tri lhos que co
para fazer suas ma rtavam a Praça de
nobras. lado a lado,
Provável que, por al trotavam os bondes
i, ten ha fugido, na pu xados por parelh
madr ugada espess as de bu rros.
de 29 de janeiro de a Com seu entor no ca
1893, um certo Ansp lçado
eçada Di ni z,
levando no bolso a e o restante do espa
navalha manchada ço recoberto por alv
os seixos rolados,
do sangue de Mar ia a Osór io foi inaugu
Bueno. rada com banda de
música e tudo.
De quando em quan
do, na Osór io, ergu
ia-se a lona do circo

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 Ah, marav ilha das
marav ilhas, onde ho
je está o Ci ne Plaz a,
em 1907 su rgiu o Pa O invento dos Irmão
rque Éden Paranaen s Lu mière encantav
se! a os cu rit ibanos
No meio do ter reno projetando em uma
mu rado, um barracã tela imagens que se
o de madeira. mexiam.
Em tor no do barracã A Osór io sempre foi
o, barraqu in has ve a Praça novidadeira
nd iam delícias. .
De um coreto, brota Vai me di zer que vo
vam valsas, polcas, cê não pagou um cr
serestas, mazu rcas uz eiro para ver al i
Mas dent ro do barra . o Homem Macaco ou
cão, a suprema atraç a Mul her Aran ha!
ão da cidade:
o cinematógrafo! Só se ai nda não tin
ha nascido.

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ign

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21 tiradentes

12 13 14 15 16 17 18
12 páscoa

19 20 21 22 23 24 25
10 paixão de cristo

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 A Cu rit iba do in íci
o do sécu lo XX
carecia de uma autor em um elegante repu
idade máxi ma xo de bacia circu la
r.
no mister de medi r Um pouco ad iante,
o tempo, cresceu na Praça um
coreto
in falível na tarefa que, por mu itas déca
de in for mar a hora das, haveria de ser
certa an imado
a todos os outros re pela Banda da Políc
lógios da cidade. ia M ilitar.
Quando mandou re Mas, domi nando a
for mar a Osór io, em cena, no alto de um
1913, a coluna
o prefeito decid iu re feita do melhor gran
solver esse assu nto. ito de Pi raquara,
A Praça foi remode lá estava um relógio
lada, ganhou jard in elétrico, de máqu in
s e aléias. a inglesa,
Um cisne e 6 sereia para marcar nossa
s abraçadas a peix hora oficial
es boqu iaber tos
vieram da França com pontualidade br
para fazer jor rar ág itânica.
ua

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D ig n
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1 dia do trabalho

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 No dia da inaugu ra
ção, 19 de dezembro
de 1914,
a cidade intei ra foi os números romano
para a Praça Osór io. s revoltaram-se, tor
naram-se arábicos.
No alto da coluna, po E nada dos ponteir
rém, o relógio não po os saírem do mesm
dia o lugar.
bem cu mprir o seu No fim dos anos 50
papel: o vapor que , depois das clássica
vi nha da Eu ropa, s três badaladas
com seus ponteiros e dos pr imeiros acor
a bordo, estava anco des da ópera O Guar
rado no porto, an i,
a Pr imeira Grande Bi ll Halley fez trepid
Guer ra impedi ra de ar a tela do Ci ne Pa
zarpar. lácio
O relógio ficou sem com seu Rock Arou
ponteiros até 1917. nd the Clock.
Daí, eles foram coloc Mas o relógio da Os
ados, apontando al ór io lim itou-se a fa
garismos romanos. zer uma piada:
Os mesmos, sempre ficou completamen
os mesmos, em 1920 te quad rado até 1993
, 1930, 1940. .
Já em 1950, sent indo
-se meio inúteis na
quele relógio parado
,

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14 15 16 17 18 19 20

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11 corpus christi

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 Foi então que, nu ma
noite de março,
a coluna de gran ito como as cartas das
se pôs a andar pela ciganas guardand
Praça, o passado e futu ro
desli zou sobre o pe para quem qu isess
tipavê que já cobr ia e saber.
a Voluntários da Pá
Al i, o mostrador do tria. E Tito Schipa cantav
relógio sorr iu para a “O Sole M io” no Ci
o calçadão da Boca ne Teatro Aven ida.
voltou a ficar redond , E a Padaria Au rora
o e os ponteiros, fin fazia o melhor pão
al mente, d’água do mu ndo.
começaram a fu ncion E todo domi ngo, de
ar. pois da matinada do
Nesse inter valo in fin Ci ne Ópera,
ito, sentado em um a Ana Mar ia passav
banco da Praça, a por aqui.
um homem de cabe
los brancos sonhou
que al i os tempos se
embaralhavam

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 Logo ao lado daqu
ele homem, su rgiu
Când ido da Costa,
tirou do saxofone um que agora contor na
choro de Pi xi ngui nh va a Praça, orgu lh
a, osamente elétrico,
enchendo a Osór io mostrando – eis aq
de suave nostalgia, ui o Ed ifício Garce
z, 8 andares,
como quem di z ai qu pr imeiro ar ranha-c
e vontade de beber éu da cidade!
um chope
e contar o que eu fiz Ah, sim, nesse meio
da mi nha vida. tempo, os automóveis
Na esqu ina da Cabr foram tomando cont
al, o lum inoso do Ba a das ruas.
r Stuart
ouvia o apelo e pisca E os ed ifícios pipoc
va, rebril hando na aram ao redor da Pr
s toalhas vermelhas aça.
E vai correr o pern . Santa Júlia, Ar thur
il de leitão! Hauer, Vasconcelos
Assim era a voz do , ASA, Ana Cr ist in
a.
garçom mistu rada
ao ru ído do bonde,

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 A rapaziada se enco
nt rava nos Cafés Al
vorada, Aven ida,
Ou ro Verde. Cada qu Depois da sessão, do
al no seu estilo, todo is lances de escada
s assu miam,
todas as tardes, po no Ed ifício Ar thur
r horas a fio, Hauer
a posição fu ndamen e – últ ima moda na
tal da paquera. cidade – uma Bana
As costas e um dos na Split
pés apoiados na pa na Confeitar ia Igua
rede exter na dos pr çu!
e os olhares pregad éd ios Muitos desses casa
os nas garotas que is desceram dali ju
por al i passavam ntos,
para com eles flerta atravessaram a Praç
r. a de mãos dadas e,
Su rgisse uma chan de mãos dadas,
ce, talvez desse para subiram ao altar.
marcar encont ro.
Sábado à tarde em
frente ao Ci ne Arleq
ui m?

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13 14 15 16 17 18 19

20 21 22 23 24 25 26
7 independência

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 A tu rma do outro la
do da Praça era me
nos casamenteira.
Via Godard, Felli ni de uma joven zin ha
, Bu ñuel, Welles, Ei chamada Br igitte Ba
senstei n, Glauber, rdot.
sempre na tela do Ci Quando não havia
ne Plaz a. fil me algu m para di
E depois segu ia pa scut ir,
ra a sobreloja do Ed o teor etílico au ment
ifício Ana Ch ristin ava e, paradoxo,
Al i fu ncionava, pr im a. o volume das vozes
eiro, a Massalând ia di mi nu ía
Roma.
Depois, o Jan-Jil. Ta até as palav ras ficar
nto nu m lugar como em quase incompre
nout ro, ensíveis.
era possível passar Era quando se falav
a noite intei ra disc a dos planos,
ut indo uma cena am
uma fala en igmátic bígua, em andamento ou pu
a, um movi mento de ramente imaginár
câmera polêm ico ios,
ou simplesmente a para derr ubar o Go
boca ou qualquer ou verno M ilitar.
tra parte
do corpo perfeito, es
cu ltu ral como se di
zia,

1 2 3

4 5 6 7 8 9 10

11 12 13 14 15 16 17
12 nossa senhora aparecida

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 Ol ha a Borboleta! É
a sorte grande! Qu
em vai levar?
E aí, vai uma grax que mu ita gente ne
a, doutor? m supõe que estejam
É a máqu ina de de al i.
scascar batatas! Nã Cedro Rosa, Alecrim
o requer prática, do Norte, Guapur uv
nem sequer habil ida u, Juvevê,
de! Vamos chegando Canela Guaicá, Inga
pra ver! zeiro, Qu ina, Angi
Extra! Extra! Brasil co, Peroba,
Campeão do Mundo Cerejeira, Dedalei ro
! , Branqu ilho, Pau Ja
E agora, vamos exec caré,
utar o Rancho das Adalbergia, Aroeira
Flores, , Monjoleiro, Jerivá,
de Ar y Barroso e Vi Mulu ngu, Pata de Va
nicius de Moraes! ca, Cord ia, Pau Mar
Na Praça, quantas fim,
vozes foram filtrada sem falar nas Arau
s pelas fol has das ár cárias, nos Ipês Am
cada vez mais bela vores, arelos em flor.
s, cada vez mais ve Nu nca viu um Araç
lhas, cada vez mais á de Porco? Um Pau
Ár vores nativas, de alt as. d’alho? Uma Canafís
nomes bonitos, Também, a Praça Os tu la?
ór io tem 41 1 ár vore
s!
Duvida? Pois venh
a contar.

1 2 3 4 5 6 7

8 9 10 11 12 13 14
15 proclamação da república

15 16 17 18 19 20 21

22 23 24 25 26 27 28
2 finados

29 30
 Praça Osór io, cota
zero, para ela descem
todas as águas.
Águas da chuva, ág Assim ele fica sabe
uas do Ivo, águas da ndo a hora de dar um
memória. a volta,
Proven ientes de to tomar o café da ma
dos os bairros, todo nhã.
s descem para cá.
Caem na Praça como Uma noite, a tu rma
as moed in has de ne comprou uma lata de
on tinta preta
que despencam sem e pi ntou as janelin
parar has pelo lado de for
no lum inoso da Ca a.
ixa Econôm ica Fede E por mu itos anos co
ral. rreu a história
Abai xo da cota zero de que o Nelson do
, só mora o Nelson Ba rm iu 3 dias segu ido
rbudo. s.
No porão de um do Só saiu da cama qu
s préd ios da Praça, ando fustigado por
duas janelin has de fome avassaladora
vidro martelado, be Será que isso foi ve .
m na altura da calça rdade?
deixam entrar a cla da,
ridade do dia.

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25 natal

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