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CONCEITUAÇÃO

Antropologia Forense: É a aplicação prática ao Direito de um conjunto de conhecimentos da Antropologia Geral visando principalmente às
questões relativas à identidade médico-legal e à identidade judiciária ou policial.

Traumatologia Forense: É o capítulo da Medicina Legal no qual se estudam as lesões corporais resultantes de traumatismos de ordem material
ou moral, danosos ao corpo ou à saúde física ou mental

Tanatologia Forense (Necropsia): É o capítulo da Medicina Legal que estuda a morte e as conseqüências jurídicas a ela inerentes.

Sexologia Forense (perícia da esfera sexual): É o capítulo da Sexologia que estuda as ocorrências médico-legais atinentes à gravidez, ao aborto,
ao parto, ao puerpério, ao infanticídio, à exclusão da paternidade e a questões diversas relacionadas com a reprodução humana.

Psicopatologia – estudo das doenças psíquicas – art. 26 CP

Infortunística – É o capítulo da Medicina Legal que cuida do acidente do trabalho e da doença profissional.

Toxicologia – É a parte da medicina Legal que estuda as substâncias tóxicas e as ocorrencias médico-legais inerentes aos seus efeitos no
organismo humano.

ESTRUTURA DA

SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA

DPT POLÍCIA CIVIL POLÍCIA MILITAR

OBS: O Departamento de Polícia Técnica (DPT), por força de previsão constitucional, teoricamente, não pode desvincular-se da estrutura da
Polícia Civil, porém, na prática, estamos vivenciando independência relativa.

ESTRUTURA DO DPT

DPT

IMLNR ICAP IPM LCPT

PERÍCIAS

Art. 158 do CPP: “Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado.”

Há necessidade sempre do exame de corpo delito.

Obs: exame indireto se verifica quando um perito pega o prontuário, os relatórios médicos e transporta para o documento e isso tem validade
legal. Isso ocorre na impossibilidade do exame direto.

Art. 159 do CPP: “

Perícia é todo procedimento médico (exames clínicos, laboratoriais, necroscopia, exumação) promovido por autoridade policial ou judiciária,
praticado por profissional de Medicina visando prestar esclarecimentos à Justiça.

Perito é todo técnico que, por sua especial aptidão, solicitado por autoridades competentes, esclarece à Justiça ou à polícia acerca de fatos,
pessoas ou coisas, a seu juízo, como início de prova.

Perito oficial – profissão perito, concursado.

Perito nomeado – Art. 159. As autoridades processantes tem o poder de determinar profissional de nível superior para atuar como perito.

Autoridades que podem nomear peritos:

 Juiz de Direito

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 Promotor de Justiça

 Delegado de Polícia

 Encarregado de Inquérito Policial Militar

Documentos Médico-Legais

Podem ser escritos ou verbais e visam elucidar a Justiça e servir pré-constituidamente para a prova ou de prova do ato neles representados. São
em número de cinco: notificações, atestados, relatórios, pareceres e depoimentos orais.

 Notificação: informação breve sobre um laudo. Nota, detalhe do exame completo dada a autoridade para agilizar o procedimento relativo a
situação. É um documento oficial que pode não ser escrito.

 Atestado: informação mais completa e necessário ser por escrito. É também um fragmento do relatório, informando uma situaçào do
periciando. Ex. atestado de óbito.

 Relatório: documento mais completo de uma perícia. Pode ser de dois tipos:

 Auto – perito dita sua perícia para um escrivão.

 Laudo – Perito descreve a perícia no seu próprio punho.

Estrutura do Relatório

 Preâmbulo: hora, dia e local da perícia, nome dos dois peritos, nome da perícia realizada, o número do periciando, autoridade que
determinou a perícia e através de qual documento.

 Histórico: é de suma importância, deve conter a informação referente a quia policial e a informação da vítima.

 Descrição: é a parte médica, é o exame propriamente dito: exame externo, exame interno e exames complementares.

 Exame externo

 exame interno: 4 exames (craniana, toráxica, abdominal e às vezes raquidiana).

 Exame Complementar: acidente de veículo, solicita o exame de alcolemia (teor de álcool no sangue). Vão variar de acordo com as
situações ocorridas: se lesões corporais, envenenamento, ... etc.

 Comentário: se tem maior flexibilidade; tenta explicar a autoridade o que deve ter não pode ser comprovado, ficando apenas na suposição.
Cruza as informações com os achados periciais.

 Conclusão: fecha o laudo, se baseia na descrição e não no comentário. Dar o diagnóstico da perícia. O diagnóstico médico e não jurídico.

 Resposta aos quesitos: Estes são pré-formulados que automaticamente devem ser respondidos pelo perito. Pode ser feito o quesito a
qualquer momento durante ou após a perícias.

Parecer: Exame crítico de uma perícia já realizada. Deve ser realizado por um perito com mais experiência, mais renome.

Depoimento Oral: a qualquer momento o perito pode ser convocado a depor sobre sua perícia, eternamente ele está preso a sua perícia.

ANTROPOLOGIA FORENSE

Identificação: É a aplicação de técnicas e métodos para determinar-se uma identidade. É a demarcação da individualidade. E, para fazê-la, ela se
serve de um conjunto de diligências, numa sucessão de atos sobre o vivo, o morto, animais e coisas.
Obs: identificação # de reconhecimento

Identidade: É um conjunto de caracteres que individualizam uma pessoa ou uma coisa tornando-a distinta das demais. Nunca se pode determinar
a identidade apenas com uma característica. A partir do momento que se tem uma característica divergente, não se trata da mesma pessoa.

A identidade, por passível de simulação e de dissimulação, reveste-se de importâancia tanto no foro civil como no criminal, pois a
responsabilidade somente

pode ser atribuída após prévia identificação. Desse modo, depreende-se haver um dever e um direito de identidade, protegendo, a identificação,
os interesses individuais e coletivos.

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Ao Direito interessa, particularmente, a investigação da identidade do homem, que se faz pela identificação.

A identificação pode ser:

Policial ou judiciária – utiliza técnicas que não há necessidade de conhecimentos médicos. Diz respeito à Antropometria e à Dactiloscopia.

Médico-legal – aplicação dos conhecimentos médicos para a determinaçào da identidade. Poderá ser feita no vivo, no cadáver inteiro ou
espostejado, ou ainda reduzido a fragmentos ou a simples ossos.

IDENTIFICAÇÃO JUDICIÁRIA

 Ferrete: antigamente, a depender do crime da pessoa, ela era ferrada. Foi o método de identificação policial muito usado no Brasil-
colônia e em alguns países árabes.

 Amputações: ainda é muito utilizado nos países àrabes.

 Antropométrico de Bertilon: Na França Dr. Bertilon, em Lion, criou uma ficha de identificação, sendo o 1º método científico de
identificação.

 Fotografia: Bom método, mas não é excepcional. Prático e barato. Porém, há sósias e pessoas que passam por cirurgias plásticas. É até
hoje utilizado.

 Retrato falado: Bom. Porém, o grande problema é que as informaçãoes não são precisas.

 Assinalamento sucinto: É a pessoa dizer mais ou menos as características do assaltante. Por exemplo, a cor da camisa, cabelo, etc. Não é
muito válido.

 Datiloscopia: Estudo das impressões digitais, que são vestígios e marcas deixadas pelas polpas dos dedos graças à substância gordurosa
secretada pelas glândulas sebáceas em quase todos os locais de crime e em objetos os mais variados. Interessa, portanto, diretamente à
justiça para apontar autor de delito pela impressão digital deixada em local de crime, reincidências etc.. De origem grega (daktilos, dedos;
scopein, examinar), tem hoje consagração universal. O método baseia-se na existência, na polpa dos dedos, de desenhos característicos,
individuais, formados pelas cristas papilares na derme.

SISTEMA DACTILOSCÓPICO DE VUCETICH

Duas pessoas nunca terão as mesmas impressões digitais. Datiloscopia “é a ciência que se propõe identificar as pessoas fisicamente consideradas
por meio das impressões ou reproduções físicas dos desenhos formados pelas cristas papilares das extremidades digitais”. Juan Vucetich (1891).

A datiloscopia ficou sendo um método excelente devido a quatro qualidades:

 Unicidade: apenas uma pessoa possui aquela impressão digital.

 Imutabilidade: a partir do 4º mês de gravidez o feto já possui a impressão digital que permanecerá até a sua morte. Não muda nunca. Obs:
para Delton Croce e Delton Croce Jr. essa qualidade seria verificada a partir do 6º mês de gravidez.

 Praticabilidade: É prático.

 Classificabilidade: Se consegue classificar a impressão digital.

Através da presença ou não do delta, formando este ou aquele desenho, Vucetich fez classificações. O delta geralmente encontra na base.
Qualquer impressão digital tem que ser classificada num desses quatro tipos:

Verticilo: 2 deltas e linhas circulares.

Presilha externa: 1 delta do lado esquerdo e linhas convergindo para o mesmo lado.

Presilha interna: o delta é do lado direito e linhas convergindo para o lado esquerdo.

Arco: as linhas basilares vão se arqueando e não há delta.

Vucetich bolou uma forma datiloscópica. Olha-se cada dedo e se identifica qual é o desenho. Vucetich convencionou de identificar o desenho
pela letra: Verticilo (V), presilha externa (E), presilha interna (I), arco (A). Os demais dedos se identifica pelo número (cada qual identificando
um tipo de desenho).

Série – mão direita


Secção – mão esquerda

Ex. Fórmula Dactiloscópica (FD) = V4431

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I2243

Só os polegares são identificados com as iniciais das palavras, os demais dedos com a numeração, vejamos:

Verticilo (V) = 4
Presilha Externa (E) = 3
Presilha Interna (I) = 2
Arco (A) = 1

Obs: Sem dedo = 0

Dedo sem possibilidade de identificação = X


Dedo a mais = maior possibilidade de identificar

Pontos característicos: são acidentes encontrados nas cristas papilares evidenciando 12 pontos numa e outra impressão digital, em mesma
localização, a identidade é estabelecida.

Exemplos de pontos característicos que podemos encontrar numa Impressão Digital:


Ilhota: apenas uma linha solta.

Cortada: linha que não para no meio do caminho.

Bifurcação: linha que se bifurca.

Forquilha: linha em ângulo agudo.

Encerro: linha que se bifurca e se encontra mais a frete e se junta novamente.

CURIOSIDADES SOBRE A DACTILOSCOPIA:

1.“Serão necessários 4.660.337 séculos para que se encontre 2 homens com todos os desenhos digitais idênticos, isto considerando somente 20
pontos característicos para cada uma das 10 impressões do indivíduo” (Galdino Ramos);

2. A disposição dos poros das glândulas sudoríparas que se encontram nos dedos, ao serem observadas numa ampliação mais apurada, podem ser
usadas como pontos coincidentes, no caso de só haver uma parte da individual datiloscópica;

3. Para haver uma identificação dactiloscópica, pelas normas brasileiras, é necessário que exista no mínimo 12 (doze) pontos coincidentes, seria
o limite da pesquisa para o dactiloscopista. Ao chegar aos doze pontos, o legislador achou que seria o suficiente para o perito estabelecer uma
identificação mais precisa, ao contrário, levaria muito tempo para estabelecer todos os pontos coincidentes possíveis. Em outros países, Estados
Unidos por exemplo, bastaria o perito identificar 08 (oito) pontos coincidentes para estabelecer a identificação dactiloscópica de uma
determinada pessoa.

(Fixa de Identificação Dactiloscópica)

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL

Utiliza-se o conhecimento do médico:

Espécie
Cor da pele (raça)
Sexo
Idade
Estatura
Sinais individuais
Mal formações
Sinais profissionais
Odontologia legal

IDENT. ESPÉCIE

Ossos
Morfologia (aspecto do osso)
Canais de Havers (nutre o osso)

Sangue
Cristais de Teichmann
Hemácias (são anucleadas – as humanas não tem núcleo)

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Albumino reação

IDENT. COR DA PELE

Caucásico – Leucoderma (branco)


Mongólico– Xantoderma (amarelo)
Negróide – Melanoderma (negro)
Indiano – Eritroderma (índio)
Australóide – Faioderma (pardo)

IDENT. DO SEXO

Cromossomial (verifica-se XX ou XY)


Gonadal (testículo e ovário – órgãos da reprodução)
Genital

Interno (próstata, vesícula seminal – homem / útero, ovário, trompa, parte da vagina – mulher).
Externo (genitália).
Psíquico
Jurídico (como a pessoa foi identificada, como está registrada no papel)

Médico legal (estudo de tudo isso para ter uma posição para a justiça)

IDENT. DA IDADE

Aparência (imaginação que determina a faixa etária)


Pele (manchas decorrente da idade, rugas, etc)
Pêlos (pubarca; sem pêlos pubianos identifica menor; não adolescente)
Globo ocular
Dentes (radiografia panorâmica; dente de leite, siso, ...)
Ossos.

IDENT. ESTATURA

Tabelas
Manouvrieu
Etienne Rolet (mais importante e mais utilizada) : média aritmética que se identifica a estatura da pessoa
Orfila
Dipertuis e Hadden
Pearson

SINAIS INDIVIDUAIS

Cicatrizes
Próteses ortopédicas
Hábitos (roer unha, etc)
Fumante
Tatuagens (amorosas, políticas, profissionais, religiosas, históricas, patrióticas,
hierárquicas, atípicas).

MÁS FORMAÇÕES

Lábio Leporino
Pé torto
Consolidação viciosa

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Genus (pernas para dentro ou para fora)
Valgo
Varo

SINAIS PROFISSIONAIS

Sapateiro
Alfaiate
Bordadeira
Trabalhador braçal
Fotógrafo e radiologista
Músicos
Etc

ODONTOLOGIA LEGAL

Odontograma
Restauração (material)
Cárie
Ausência de peças
Prótese
Desgastes

IDENTIFICAÇÃO MÉDICO-LEGAL - MÉTODOS AUXILIARES

Radiologia

Idade óssea
Identificação de calos ósseos e corpos estranhos
Doenças ósseas (osteoporose)
Método comparativo de identificaçào pelos seios frontais.

Laboratório Forense

Hematologia
Diologia

Cromatografia gasosa
Espectrofotometria
Raio Laser

Anatomia Patológica

Lesões em vida e após a morte


Identificação histológicas de tecidos
Cromática sexual em células nucleadas

Genética Forense

DNA
Antropologia Forense

Prososcopia – supervisão da fotografia sob o crânio.

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AGENTES LESIVOS

São instrumentos ou meios, capazes de produzirem violência sobre o corpo humano. Podem ser:

Físicos
Mecânicos
Não mecânicos
Químicos
“tóxicos”
cáusticos
Biológicos
Mistos (asfixias mecânicas)
AGENTES LESIVOS FÍSICO-MECÂNICOS

Objeto é diferente de instrumento; o objeto é o substantivo, a matéria; o instrumento é o adjetivo, a qualidade, a maneira que o objeto foi utilizado
para produzir a lesão (ex: instrumento cortante).

Agentes físico-mecânicos podem ser:

 Contundentes: quando o objeto faz pressão sobre uma área do corpo. (são aqueles que agem por pressão).

 Cortante: quando o objeto obrigatoriamente possui gume (bordo afiado do objeto) e a ação do instrumento cortante é sempre por deslize,
linear (produz ferida incisa).

 Perfurante: quando o objeto é obrigatoriamente delgado, fino e possui ponta. A sua ação sempre vai ser pressão sobre essa ponta (agulha,
alfinete, estilete bem fino)

 Perfuro cortante: quando o objeto tem que ter ponta e gume.

 Corto contudente: quando o objeto possui gume, a ação se processa pelo bordo cortante e há contusão. O objeto tem que ser pesado.

 Perfuro contudente: ele vai perfurar e contundir ao mesmo tempo (arma de fogo).

Lesões produzidas por:

Instrumento contundente, pode provocar:

 Rubefação: acontece quando existe uma ação contundente e no local fica apenas avermelhado.

 Escoriação: ocorre quando a ação contundente lesiona apenas a epiderme. Não sangra. Arranhões.

 Equimose: Sangue espalhado pelo tecido. Em função da ação contundente, tem uma lesão vascular. Resulta em uma mancha roxa, atinge a
derme.

 Hematoma: igual a equimose, porém forma um volume.

Obs: equimose e hematoma só ocorre com pessoa viva. A equimose pode servir para fazer a cronologia da lesão.

 Ferida contusa: é quando a ação contundente vai produzir uma lesão além da epiderme, também na derme. Bordos irregulares e
equimóticos.

 Fratura: se a ação contundente se produz sobre uma haste óssea (a unidade óssea perde sua integridade).

 Luxação: ação contundente que resulta na perda da articulação.

 Entorce: quando a articulação passa do ângulo útil. A ação contundente provoca um hematoma.

Instrumento cortante:

Obrigatoriamente tem gume e é acionado por deslize, produz uma ferida incisa (bordos regulares, certinhos).

A ferida incisa – cauda escoriativa, vai dizer a direção, o sentido em que o instrumento foi utilizado.

Esgorjamento: ferida incisa na face anterior do pescoço.

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Degolamento: ferida incisa na face posterior do pescoço.

Decapitação: Ferida incisa na face anterior e posterior, deslocando a cabeça do corpo.

Ação perfurante, produz uma ferida punctiforme.

Instrumento perfuro cortante: possui ponta e gume (bordo afiado), bordas regulares; a profundidade é bem superior ao comprimento.

Obs: Não associar o comprimento da ferida com a largura do objeto.

Ação corto contundente: produz uma ferida corto contusa feita por um instrumento corto contundente. Não possui caudas escoriativas. A ferida
é associada, geralmente, a fraturas e amputações. Apresenta bordas equimóticas.

TRAUMATOLOGIA FORENSE

Instrumento perfuro Contudente: possui ponta e age por contusão sobre um ponto, produzindo a ferida perfuro contusa.

Ferida perfuro contusa:

Orifício de entrada
Orifício de saída
Trajeto
Distância do disparo

Orifício de entrada:

Forma: geralmente tem o formato circular ou ovalar. É circular quando o projétil penetra perpendicular a pele (ângulo de 90º ou próximo). Se
chega ao corpo de forma diagonal (oblíquo), o formato é ovalar.

Tamanho (não se pode avaliar o calibre pelo orifício): calibre da arma é diferente do tamanho do orifício.

Orlas

contusão: borda do orifício de entrada.

enxugo: borda do orifício de entrada com pólvora.

Zonas

tatuagem: quando grânulos de pólvora se prendem a pele. Pequenas queimaduras.

esfumaçamento: mancha em função da fumaça.

chamuscamento: pêlos queimados, chamuscados, calor.

Disparo à distância.

Disparo à curta distância.

Zonas de esfumaçamento

Zona de tatuagem

Zona de chamuscamento

Obs: as três zonas se sobrepõe uma na outra, didaticamente é que se separa.

Disparo encostado (arma encostada na pele): o projétil penetra juntamente com os gases. A massa gasosa também expande.

Camara de Mina de Hoffmann

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Orifício de saída:

Maior que o orifício de entrada.


Bordos irregulares e evertidos.
Não possui orla de contusão e de enxugo.

Ferida perfuro Contusa:

Orifício de entrada Orifício de saída


regular dilacerado
invaginado (voltado para o centro) evertido
proporcional ao projétil desproporcional ao projétil
orlas e zonas sem orlas e zonas

Trajeto # Trajetória

Trajetória é o percusso do projétil da boca do cano da arma até o último ponto de impacto.

Trajeto é o espaço compreendido entre o orifício de entrada e o de saída. É a trajetória dentro do corpo.
Trajeto: Da direita para a esquerda
Da esquerda para direita
Descendente
Ascendente

AGENTES LESIVOS FÍSICOS NÃO MECÂNICOS


(também capaz de lesionar o organismo humano)

Temperatura
Eletricidade
Natural
Artificial
Pressão atmosférica
Radioatividade
Luz
calor
Som

AGENTES LESIVOS QUÍMICOS

Tóxica: quando ela é absorvida pelo organismo para haver a lesão. É encontrado no sangue.

Cáustica: Não há absorção, pois só há o contato. Não é encontrado no sangue.

AGENTES LESIVOS BIOLÓGICOS

Microorganismos que vão lesionar o organismo humano

AGENTES LESIVOS MISTOS (ASFIXIAS MECÂNICAS)

Asfixia vem do grego e significa sem pulso. O nome correto atualmente é hipoxemia (pouco oxigênio no sangue).

Asfixia mecânica é o impedimento mecânico à penetração do ar nas vias respiratórias de causa primária, de forma fortuita, violenta e de origem
externa.

Sob o ponto de vista legal, é a síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência do oxigênio por impedimento mecânico de causa primária,
violenta e externa.

Asfixia = falta de oxigenação no sangue

Tipos de Asfixia mecânica: Sufocação, afogamento, por constrição do pescoço.

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Sufocação(pura)

Direta: obstrução dos orifícios respiratórios ou das vias respiratórias.


Indireta: impedimento dos movimentos respiratórios. É ocasionada especialmente pela compressão do tórax ou eventualmentedo tórax e
abdome, em grau suficiente para impedir os movimentos respiratórios e ocasionar a morte por asfixia.

Soterramento

Impedimento da passagem do ar nas vias respiratórias por substância pulverulenta (ex: farinha, areia, etc). É modalidade de sufocação direta de
origem acidental, especialmente nas avalanchas e no desabamento, ou homicida (infanticídio).

Obs: A presença de corpos pulverulentos na traquéia, brônquios, esôfago e estomago é de importância fundamental para a afirmação
diagnóstica de lesão intra vitam, pois indica que a vítima respirou e viveu durante algum tempo após o soterramento.

Confinamento

É a asfixia por sufocação direta de indivíduo enclausurado em espaço restrito ou fechado, sem renovação do ar atmosférico, por esgotamento do
oxigênio e aumento gradativo do gás carbônico, aumento da temperatura, alterações químicas e saturação do ambiente por vapores de água.
Consumo de oxigênio superior a oferta do oxigênio no ambiente

Afogamento

É modalidade de asfixia mecânica verificada pelo impedimento da penetração do ar nas vias respiratórias devido a entrada de líquido (nas vias
respiratórias), por permanência da vítima totalmente ou apenas com a extremidade anterior do corpo imersa nos mesmos. Por isso, não se deveria
empregar o conhecidíssimo termo “submersão”, que significa imersão total do corpo, já que, como permite concluir a definição, para ocorrer
basta a esse tipo de asfixia a introdução dos orifícios respiratórios e da boca no meio líquido.

Por constrição do pescoço

Enforcamento

É a modalidade de asfixia mecânica determinada pela constrição do pescoço, por um laço (aste flexível que consegue envolver o pescoço) cuja
extremidade se acha fixa a um ponto dado, agindo o próprio peso do indivíduo como força viva.

Estrangulamento

É a asfixia mecânica por constrição do pescoço, que utiliza um laço, cuja força constritiva é de origem externa (força constritiva qualquer que não
seja o peso da vítima).

Esganadura

É asfixia mecânica por conscrição do pescoço, utilizando as mãos; constrição anterolateral do pescoço; sinais externos: cianose e equimose
punctiforme da face; hiperemia conjuntival, escoriações ungueais no pescoço, cogumelo de espuma)

ASFIXIAS MECÂNICAS – CARACTERÍSTICAS

Sinais externos

Cianose (arroxeado, lábios, mucosa): encontrada em certos tipos especiais de asfixia, como na esganadura, na estrangulação e na compressão
toráxica. A tonalidade arrozeado da pele e mucosas se dá devido à carboxiemoglobina patogenicamente aumentada no sangue capilar.
Cogumelo de espuma – sai espuma pela boca. Só se forma pela entrada de líquido nas vias aéreas e por expulsão de ar e muco nos indivíduos
que reagiram à proximidade da morte e cujos cadáveres foram retirados precocemente da água.

Procidência da língua – (língua para fora):encontrada no enforcamento e no estrangulamento em que a língua escurecida é projetada além das
arcadas dentárias; pode, também, esporadicamente, ocorrer no afogamento, no início da putrefação.
0Livores cadavéricos – costas arroxeadas.

rosado – afogamento
escuro – outras asfixias
vermelho vivo – intoxicação por CO

Sinais internos

Sangue fluido e escuro (devido ao gás carbônico).

Equimose viscerais.

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Manchas de tardieu (pequena e geralmente encontrada no afogado – coração e pulmão): Têm forma arredondada, puntiforme ou lenticular ou de
sufusões sanguíneas. São explicadas pela fluidez do sangue nos vitimados por asfixia e

especialmente pela ruptura dos capilares produzida pelo aumento da tensào arterial consequente à excitação nos centros nervosos bulbares pelo
gás carbônico.
Manchas de Pattauf (coração e pulmão)

Congestão polivisceral: oxigênio centralizado não mais atingindo a periferia. Contraem-se todos os vasos da periferia. O resto do O2 fica
circulando na porção central (defesa do organismo).

Sinais externos – Enforcamento

Sulco equimótico, escoriativo (devido a ação contundente formando equimose e escoriações);

Hipostáse na metade inferior do corpo (depósito de sangue na parte mais baixa do corpo;

Relaxamento dos esficteres;


Ejaculação.

ENFORCAMENTO X ESTRANGULAMENTO

Diagonal horizontal
Descontínuo contínuo
Profundidade irregular profundidade uniforme
Acima da cartilagem tireóide abaixo da cartilagem tireóide

Enforcamento

A morte pode ocorrer:

Asfixia mecânica (epiglote fecha a glote,...)

Obstrução circulatória
enforcados azuis
enforcados brancos
Inibição nervosa

LESÕES CORPORAIS

Lesão corporal é todo e qualquer dano causado à normalidade do corpo humano, quer do ponto de vista anatômico, quer do fisiológico ou mental.
O crime de lesão corporal é, assim, definido no Código Penal:

Art. 129: “ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem”


Pena: detenção de 3 meses a 1 ano.

É realizado devido a três finalidades:

Constatação: toda vez que é cometido um crime e é apresentado vestígios corporais é necessário que se faça o exame de corpo de delito.

Obs: saúde é o bem estar físico, social e mental.

Qualificação: é a repercussão da lesão sobre o organismo. É verificado se a lesão é:

Leve: são as designadas pelo caput do art. 129. Ofendem a integridade corporal ou a saúde de outrem (elemento positivo) e não determinam as
conseqüências previstas nos §§ 1o, 2o e 3o (elemento negativo) do citado dispositivo.

As lesões corporais leves são representadas freqüentemente por danos superficiais, interessando apenas a pele, tela subcutânea, músculos
superficiais, vasos arteriais e venosos de pequeno calibre. São escoriações, equimoses, hematomas, feridas contusas, algumas entorses, os
torcicolos traumáticos, edemas e luxações

Grave: são representadas pelos quatro tipos explicitados no § 1o do art. 129 do nosso diploma legal.

Incapacidade para ocupações habituais por mais de 30 dias;


Perigo de vida
Debilidade permanente de membro, sentido ou função;

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Aceleração de parto

Caracterizam-se as lesões graves um elemento positivo, representado por qualquer das conseqüências previstas pelo § 1 o, e um elemento
negativo, indicado pela inexistência das lesões configuradas no § 2o do art. 129 do Código Penal).

Pena: reclusão de um a cinco anos

Ocupação habitual a que se refere o art. 129, § 1o, I, do Código Penal, não têm o sentido de trabalho diário, nem são aquelas de natureza lucrativa.
São todas e quaisquer atividades corporais comuns. A lei lhe empresta sentido funcional, tendo em vista a atividade habitual do indivíduo in
concreto, pouco importando que seja economicamente improdutiva, pois, não fora assim, não se puniriam as lesões corporais graves em
desocupados, crinças, senis e obreiros aposentados.

Perigo de vida # Risco de vida. O perigo é algo imediato à ação lesiva. É diagnóstico; risco é prognóstico, pode vir a acontecer ou não. O perigo
de vida é uma situação atual, ou surgida no curso de processo patológico, conseqüente à ofensa, em que, pelo estado do ofendido, há o perigo de
morte, se não for socorrido adequadamente em tempo hábil. Pode apresentar-se no momento da lesão ou depois de horas ou dias, em qualquer
fase da evolução clínica, antes dos 30 dias.

Debilidade – tudo aquilo que não mais funcionará como anteriormente. A debilidade a que se refere a lei é fraqueza, diminuição de forças,
enfraquecimento, embotamento, debilitação. Para ser considerada grave, deverá resultar da lesão indubitável e duradoura debilidade de membro,
sentido ou função, prejudicando efetivamente o vitimado, mas não chegando, todavia, à verdadeira inutilização configurativa de lesão gravíssima.
Aceleração de parto –sofrer a gestante a lesão e em função dela resultar na aceleração do parto, nascendo uma criança viva. O preceito legal não
se refere à rapidez do trabalho de parto, ou seja, ao encurtamento do tempo de dilatação cervical ou à brevidade da fase expulsiva, e sim à
antecipação quanto à ocasião do partus, mas, necessariamente, depois do tempo mínimo para a possibilidade de vida extra-uterina.

Gravíssima: são as ofensas à integridade corporal ou à saúde de outrem explícitas no § 2º do art. 129 do Código Penal.

Incapacidade permanente para o trabalho. Não se cogita da comum atividade corporal do § 1 o do art. 129 do Código Penal (lesão grave), mas sim
da incapacidade ou invalidez permanente e total para o trabalho, qualquer que ele seja;

Enfermidade incurável. Supõe desvio definitivo da normalidade, pertubações permanentes da saúde. Tem, portanto, caráter de estabilidade
reforçado pelo legislador devido à exigência de incurabilidade;

Perda ou inutilização de membro, sentido ou função. Perda é a amputação posterior à agressão, consequente à intervenção cirurgica, objetivando
salvar a vida ou evitar consequencias gravíssimas para a saúde do ofendido, ou mutilação, quando ocorre no momento do delito.

Inutilização é a falta de habilitaçãodo órgão à sua função específica; é a perda funcional em membro que subsiste anatomicamente;

Deformidade permanente (resulta numa cicatriz marcante). É o dano estético irreparável em si mesmo, consequente à deformação, constitutivo de
vexame permanente para o ofendido, constatado a olho nu.

Pena: reclusão de dois a oito anos.


A maioria dos juizes acham que é para qualquer tipo de trabalho (não a profissão da vítima).

Em decorrência da lesão fica com uma doença incurável. Lesão no pancreas: diabetes pós-traumático.

Não só física mas também de função do órgão.

Seguida de morte:
“Se resultar morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo”.
Pena: reclusão de 4 a 12 anos.

Nexo causal: em qualquer perícia é obrigação do perito fazer o nexo causal. No comentário se faz o nexo entre o histórico e o exame pericial.

SEXOLOGIA FORENSE

Sedução (art. 217) – “Seduzir mulher virgem, menor de 18 e maior de 14 anos, e Ter com ela conjunção carnal, aproveitando-se de sua
inexperiência ou justificável confiança”.

É definida como a obtenção de um desejo por meio de irresistível influência. Assim, revela a sedução toda e qualquer atuação exercida de modo
irresistível e influente o bastante para convencer outrem a fazer ou realizar o que é de intenção do agente.

Virgem – sem manter contato vaginal.

Hímen – verifica se tem ruptura ou não; se é recente (sinais evidentes) ou antiga (7, 15 dias, 1 mês).

Faixa etária verificada pelo raio x e odontologia legal.

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Conjunção carnal: penetração de pênis em vagina. Se confirma através de:

Ruptura himenal (errado se dizer ruptura da membrana himenal, pois hímem quer dizer membrana);
Gravidez
Presença de espermatozóide e/ou fosfatase acida na vagina (enzima próxima da próstata).

O esperma tem o mesmo antígeno que o grupo sangüíneo.

Violência sexual

Estupro (art. 213) – constranger mulher a conjunção carnal, mediante violência ou grave ameaça.

Conjunção carnal: penetração de penis em vagina.

Ruptura himenal (hímem = membrana);


A borda do hímem cicatrizada – antiga
Não cicatrizada – recente

Período para cicatrização – 7 a 10 dias

Fosfatase acida ou presença de espermatozoide


Gravidez

Violência:

Física – em qualquer local do corpo;


Psíquica – se o autor utilizou de algum artefato para modificar o psíquico da vítima. A medicina legal faz o exame toxicológico;
Presumida
vítima menor de 14 anos
vítima alienada (louco de todo gênero/idade cronológica compatível) ou débil mental. O 1o não se relaciona socialmente; o 2o apresenta idade
cronológica incompatível. É preciso o exame psiquiátrico

Grave ameaça: bastante subjetiva. Dependerá muito da investigação policial. Deve-se compreender por grave ameaça uma modalidade de
constrangimento psíquico, de violência moral, visando a vencer a resistência da mulher e levá-la, pelo temor ou pelo perigo, à conjunção carnal,
mesmo contra a sua vontade.

Atentado violento ao pudor (art. 214) – “constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a praticar ou permitir que com ele se
pratique ato libidinoso diverso da conjunção carnal”. Entende-se, portanto, por atentado violento ao pudor todo ato libidinoso ou impudico,
diverso da conjunção carnal, praticado com violência ou grave ameaça contra pessoa de um ou outro sexo, visando à satisfação das paixões
lascivas, completa ou incompleta, em manifestação inequívoca de depravação moral. Com efeito, o agente do delito habitualmente é portador de
toda uma gama de perversões sexuais. São elementos comuns ao crime:

constrangimento;
a violência ou grave ameaça;
os atos impudicos ou libidinosos;
dolo específico

Quem induz pessoa maior de 14 e menor de 18 anos a presenciar, a praticar ato libidinoso, ou nela pratica mesmo com o seu consentimento, não
incorre no art. 214, atentado violento ao pudor, mas sim no art. 218, corrupção de menores.

Quem constrange mediante violência presumida menor de 14 anos a praticar ato libidinoso diverso da conjunção carnal, com si ou com outros,
comete o delito previsto no art. 214 e não o do art. 218 do Código Penal (corrupçãode menores)

Libido – desejo sexual. Ato libidinoso é ato que desperta desejo sexual.

Impotência – perícia da área sexual.

Da conjunção carnal – coeundii no homem e na mulher


De engravidar – generandii no homem e concipiend na mulher

Fenômenos Cadavéricos

Morte: é a parada das funções vitais de forma irreversível. (morte encefálica); de tronco encefálico.

Cérebro: contato do ser humano com o exterior.

Morte não é um momento, é um processo.

Cada órgão tem a sua resistência à anoxia (falta de oxigênio).

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Existe dois tipos de morte: (causa mortis):
Médica – determina a falência orgânica que levou a morte

Jurídica – diagnóstico dado pela justiça

Homicídio
Suicídio
acidente

Ex. Hemorragia interna – causa mortis médica

A morte pode ser:

De causa natural: tem como causa mortis alguma patologia, doença, e a doença não pode ter relação com nenhuma violência.
De causa violenta: é aquela que advém de um homicídio, suicídio, um acidente.

De causa suspeita: é aquela que de início não se sabe se é natural ou violenta. Precisa da perícia médico legal.
Mortes violenta e suspeita é obrigado ir para o IML

Sinais abióticos

Imediatos (sinais de presunção de morte):

Parada cardíaca (olhar na carótida);


Cessação da circulação;
Cessação da respiração;
Perda da consciência;
Abolição da motilidade e do tonus muscular;
Parada respiratória (em criança não é toráxica, é abdominal);
Imobilidade;
Insensibilidade;
Arreflexia (estímulos que é feito na pessoa).

Consecutivos (certeza de morte):

Rigidez cadavérica: sistema aeróbico devido ao ácido lático que produz a caimbra cadavérica e vai contrair. Se processa das extremidades para o
centro. Se inicia de 15 a 30 minutos e se completa de 6 a 8 hs;

Hipostase (livores cadavéricos): depósito de sangue nas partes mais baixas do corpo. Depois de 6 hs as hipostases se fixam, menos que 6 hs elas
se modificam;

Algidez: a temperatura do corpo igual a temperatura ambiente. Grosseiramente o cadáver perde 1 o grau por hora (irá depender de vários
aspectos);

Desidratação: vai suar que é uma das formas dele esfriar;


Resfriamento do corpo;

Espasmo cadavérico

Fenômenos Transformativos

Conservadores

Saponificação: é um processo transformativo de conservação que aparece sempre após um estágio regularmente avançado de putrefação, em que
o cadáver adquire consistência untuosa, mole, como o sabão ou a cera (adipocera), às vezes quebradiça, e tonalidade amarelo escura, exalando
odor de queijo rançoso. A saponificação atinge comumente segmentos limitados do cadáver; pode, entretanto, raramente, comprometê-lo em sua
totalidade. Tal processo, embora factível de individualidade, habitualmente se manifesta em cadáveres inumados coletivamente em valas comuns
de grandes dimensões.

Mumificação: é a dessecação, natural ou artificial, do cadáver. Há de ser rápida e acentuada a desidratação. A mumificação natural ocorre no
cadáver insepulto, em regiões de clima quente e seco e de arejamento intensivo suficiente pra impedir a ação microbiana, provocadora dos
fenômenos putrefativos. A mumificação por processo artificial foi praticada historicamente pelos egípcios e pelos incas, por embalsamamento,
após intensa dessecação corporal.

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Fenômenos Destrutivos

Maceração: ocorre quando o cadáver está exposto em um ambiente asséptico (não tem bactéria). Ele vai se destruir em função do ácido lático. No
útero materno com membranas íntegras o bebê, em funç!ao do ácido lático, se contrae e ocorre a maceração.

Autólise: após a morte cessam com a circulação as trocas nutritivas intracelulares, determinando lise dos tecidos seguida de acidificação, por
aumento da concentração iônica de hidrogênio e conseqüente diminuição do PH. A vida só é possível em meio neutro; assim, por diminuta que
seja a acidez, será a vida impossível, iniciando-se os fenômenos intra e extracelulares de decomposição. Os tecidos se desintegram porque as
membranas celulares se rompem e flocula o protoplasma, devido às desordens bioquímicas resultantes da anóxia e da baixa do PH ntra e
extracelular.

A autólise afeta precocemente os cadáveres de recém-nascidos e aqueles ainda não putrefeitos ou em que esse fenômeno mal se iniciou.

A acidificação dos tecidos é então sinal evidente de morte, que pode ser pesquisado por vários métodos laboratoriais, dentre os quais a
colorimetria, ou, quando não se dispõe de aparelhagem especial, por diversos sinais, para se apurar a realidade da morte.

Putrefação: se inicia após a autólise, pela ação de micróbios aeróbicos, anaeróbicos e facultativos em geral sobre o ceco, porção inicial do grosso
intestino onde mais se acumulam os gases e que, por quardar relação de contiguidade com a parede abdominal da fossa ilíaca direita, determina
por primeiro, nessa região, o aparecimento da mancha verde abdominal, a qual, posteriormente, se difunde por todo o tronco, cabeça e membros,
a tonalidade verde-enegrecida conferindo ao morto aspecto bastante escuro. Os fetos e os recém-nascidos constituem exceção; neles a putrefação
invade o cadáver por todas as cavidades naturais do corpo, especialmente pelas vias respiratórias. Nos afogados, a coloração verse dos
tegumentos aparece primeiramente na metade superior e anterior do tórax e, depois, na cabeça, pela posição declive assumida pelo corpo dentro
d’água.

Na dependência de fatores intrísecos e de fatores extrínsecos, a marcha da putrefação, embora não siga cronologia rigorosa, se faz em quatro
períodos:
Período de coloração;
Período gasoso;
Período coliquativo;
Período de esqueletização.

O meio em que se encontra o cadáver determina o fenômeno cadavérico conservador ou destrutivo.

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