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O envelhecimento e o sistema cardiovascular

Com o aumento da expectativa de vida média do brasileiro, o número de idosos vem aumentando
em nosso país. Assim, o Brasil começa a apresentar traços de envelhecimento populacional, como
já ocorre em países europeus há décadas.

Cerca de 50% dos idosos atendidos em consultórios de cardiologia apresentam pelo menos uma
cardiopatia. Identificar o exato momento biológico em que o indivíduo começa a ser idoso é, na
prática, inviável, pois o processo de envelhecimento é contínuo, sem limites definidos e muitas
vezes silencioso.

Nem sempre é possível identificar os efeitos fisiológicos do envelhecimento, daqueles provocados


por cardiopatias e/ou sedentarismo. Do ponto de vista cronológico, aceita-se a definição de idoso
como todo indivíduo com idade maior ou igual a 65 anos.

Esquematicamente, resumiremos as principais alterações observadas nos indivíduos dessa faixa


etária:

Alterações vasculares
- aumento da rigidez das grandes artérias, alongamento e dilatação das mesmas;

- o enrijecimento dessas artérias promove elevação dos níveis da pressão arterial sistólica;

- aumento da espessura da parede ventricular;

- a pressão diastólica não sofre modificações significativas com o envelhecimento;

- conforme dados de Berman, observa-se um aumento de 30% na espessura da parede ventricular


esquerda na 8ª década de vida, e aumento do diâmetro aórtico (aorta ascendente) de
aproximadamente 9% por década.

Alterações cardíacas

- aumento das dimensões do átrio esquerdo.

- aumento da rigidez ventricular

- o processo natural de envelhecimento não prejudica a força de contração do coração

Alterações autonômicas

- durante o esforço físico, a freqüência cardíaca dos idosos aumenta menos do que nos jovens.

Lembramos que os idosos consomem cerca de 3 vezes mais medicamentos que indivíduos
jovens. O uso simultâneo de múltiplas drogas é comum, deixando os indivíduos mais susceptíveis
as interações medicamentosas. Várias alterações fisiológicas do envelhecimento contribuem para
que efeitos colaterais, reações adversas e interações medicamentosas sejam mais comuns e mais
acentuadas no idoso. Devemos nos lembrar disso, nos casos de piora ou modificação do quadro
clínico, e/ou surgimento de novas queixas.

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