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Literatura Brasileira - Realismo

Versão 1.0.0
Sumário

I Sobre essa apostila 2

II Informações Básicas 4

III Literatura Brasileira - Realismo 9

1 Literatura Brasileira - Realismo 10

2 Plano de ensino 11
2.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.2 Público Alvo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.3 Pré-requisitos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.4 Descrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5 Metodologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5.1 Cronograma . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.6 Programa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.7 Avaliação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.8 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

3 Lição 1- Antecedentes 14
3.1 Contexto Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.2 Surgimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3.3 Características . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

4 Lição 2- Naturalismo e Parnasianismo 16


4.1 O que é Naturalismo? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4.2 O surgimento do Naturalismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
4.3 Parnasianismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16

5 Lição 3- Realismo no Brasil 18


5.1 Contexto Histórico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.2 Surgimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.3 Características . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
5.4 Parnasianismo no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19

6 Lição 4- Autores e Obras 20


6.1 Alguns Autores e obras Realistas/Naturalistas/Parnasianas do Brasil. . . . . . . . . 20

1
Parte I

Sobre essa apostila

2
CDTC Centro de Difus�o de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Conteúdo
O conteúdo dessa apostila é fruto da compilação de diversos materiais livres publicados na in-
ternet, disponíveis em diversos sites ou originalmente produzido no CDTC em http://www.cdtc.org.br.

O formato original deste material bem como sua atualização está disponível dentro da licença
GNU Free Documentation License, cujo teor integral encontra-se aqui reproduzido na seção de
mesmo nome, tendo inclusive uma versão traduzida (não oficial).

A revisão e alteração vem sendo realizada pelo CDTC (suporte@cdtc.org.br), desde outubro
de 2006. Criticas e sugestões construtivas são bem-vindas a qualquer tempo.

Autores
A autoria deste conteúdo, atividades e avaliações é de responsabilidade de Aline Medeiros
Fonseca (aline@cdtc.org.br) .

O texto original faz parte do projeto Centro de Difusão de Tecnolgia e Conhecimento, que vem
sendo realizado pelo ITI em conjunto com outros parceiros institucionais, atuando em conjunto
com as universidades federais brasileiras que tem produzido e utilizado Software Livre, apoiando
inclusive a comunidade Free Software junto a outras entidades no país.

Informações adicionais podem ser obtidas atráves do email ouvidoria@cdtc.org.br, ou da


home page da entidade, atráves da URL http://www.cdtc.org.br.

Garantias
O material contido nesta apostila é isento de garantias e o seu uso é de inteira responsabi-
lidade do usuário/leitor. Os autores, bem como o ITI e seus parceiros, não se responsabilizam
direta ou indiretamente por qualquer prejuízo oriundo da utilização do material aqui contido.

Licença
Copyright ©2006,Aline Medeiros Fonseca (aline@cdtc.org.br) .

Permission is granted to copy, distribute and/or modify this document under the terms
of the GNU Free Documentation License, Version 1.1 or any later version published by
the Free Software Foundation; with the Invariant Chapter being SOBRE ESSA APOS-
TILA. A copy of the license is included in the section entitled GNU Free Documentation
License.

3
Parte II

Informações Básicas

4
CDTC Centro de Difus�o de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

Sobre o CDTC

Objetivo Geral

O Projeto CDTC visa a promoção e o desenvolvimento de ações que incentivem a dissemina-


ção de soluções que utilizem padrões abertos e não proprietários de tecnologia, em proveito do
desenvolvimento social, cultural, político, tecnológico e econômico da sociedade brasileira.

Objetivo Específico

Auxiliar o Governo Federal na implantação do plano nacional de software não-proprietário e


de código fonte aberto, identificando e mobilizando grupos de formadores de opinião dentre os
servidores públicos e agentes políticos da União Federal, estimulando e incentivando o mercado
nacional a adotar novos modelos de negócio da tecnologia da informação e de novos negócios
de comunicação com base em software não-proprietário e de código fonte aberto, oferecendo
treinamento específico para técnicos, profissionais de suporte e funcionários públicos usuários,
criando grupos de funcionários públicos que irão treinar outros funcionários públicos e atuar como
incentivadores e defensores de produtos de software não proprietários e código fonte aberto, ofe-
recendo conteúdo técnico on-line para serviços de suporte, ferramentas para desenvolvimento de
produtos de software não proprietários e de seu código fonte livre, articulando redes de terceiros
(dentro e fora do governo) fornecedoras de educação, pesquisa, desenvolvimento e teste de pro-
dutos de software livre.

Guia do aluno

Neste guia, você terá reunidas uma série de informações importantes para que você comece
seu curso. São elas:

• Licenças para cópia de material disponível

• Os 10 mandamentos do aluno de Educação a Distância

• Como participar dos foruns e da wikipédia

• Primeiros passos

É muito importante que você entre em contato com TODAS estas informações, seguindo o
roteiro acima.

Licença

Copyright ©2006, Aline Medeiros Fonseca (aline@cdtc.org.br) .

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CDTC Centro de Difus�o de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

É dada permissão para copiar, distribuir e/ou modificar este documento sob os termos
da Licença de Documentação Livre GNU, Versão 1.1 ou qualquer versão posterior
públicada pela Free Software Foundation; com o Capitulo Invariante SOBRE ESSA
APOSTILA. Uma cópia da licença está inclusa na seção entitulada "Licença de Docu-
mentação Livre GNU".

Os 10 mandamentos do aluno de educação online

• 1. Acesso à Internet: ter endereço eletrônico, um provedor e um equipamento adequado é


pré-requisito para a participação nos cursos a distância.

• 2. Habilidade e disposição para operar programas: ter conhecimentos básicos de Informá-


tica é necessário para poder executar as tarefas.

• 3. Vontade para aprender colaborativamente: interagir, ser participativo no ensino a distân-


cia conta muitos pontos, pois irá colaborar para o processo ensino-aprendizagem pessoal,
dos colegas e dos professores.

• 4. Comportamentos compatíveis com a etiqueta: mostrar-se interessado em conhecer seus


colegas de turma respeitando-os e fazendo ser respeitado pelo mesmo.

• 5. Organização pessoal: planejar e organizar tudo é fundamental para facilitar a sua revisão
e a sua recuperação de materiais.

• 6. Vontade para realizar as atividades no tempo correto: anotar todas as suas obrigações e
realizá-las em tempo real.

• 7. Curiosidade e abertura para inovações: aceitar novas idéias e inovar sempre.

• 8. Flexibilidade e adaptação: requisitos necessário à mudança tecnológica, aprendizagens


e descobertas.

• 9. Objetividade em sua comunicação: comunicar-se de forma clara, breve e transparente é


ponto - chave na comunicação pela Internet.

• 10. Responsabilidade: ser responsável por seu próprio aprendizado. O ambiente virtual não
controla a sua dedicação, mas reflete os resultados do seu esforço e da sua colaboração.

Como participar dos fóruns e Wikipédia

Você tem um problema e precisa de ajuda?

Podemos te ajudar de 2 formas:

A primeira é o uso dos fóruns de notícias e de dúvidas gerais que se distinguem pelo uso:

. O fórum de notícias tem por objetivo disponibilizar um meio de acesso rápido a informações
que sejam pertinentes ao curso (avisos, notícias). As mensagens postadas nele são enviadas a

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todos participantes. Assim, se o monitor ou algum outro participante tiver uma informação que
interesse ao grupo, favor postá-la aqui.
Porém, se o que você deseja é resolver alguma dúvida ou discutir algum tópico específico do
curso. É recomendado que você faça uso do Forum de dúvidas gerais que lhe dá recursos mais
efetivos para esta prática.

. O fórum de dúvidas gerais tem por objetivo disponibilizar um meio fácil, rápido e interativo
para solucionar suas dúvidas e trocar experiências. As mensagens postadas nele são enviadas
a todos participantes do curso. Assim, fica muito mais fácil obter respostas, já que todos podem
ajudar.
Se você receber uma mensagem com algum tópico que saiba responder, não se preocupe com a
formalização ou a gramática. Responda! E não se esqueça de que antes de abrir um novo tópico
é recomendável ver se a sua pergunta já foi feita por outro participante.

A segunda forma se dá pelas Wikis:

. Uma wiki é uma página web que pode ser editada colaborativamente, ou seja, qualquer par-
ticipante pode inserir, editar, apagar textos. As versões antigas vão sendo arquivadas e podem
ser recuperadas a qualquer momento que um dos participantes o desejar. Assim, ela oferece um
ótimo suporte a processos de aprendizagem colaborativa. A maior wiki na web é o site "Wikipé-
dia", uma experiência grandiosa de construção de uma enciclopédia de forma colaborativa, por
pessoas de todas as partes do mundo. Acesse-a em português pelos links:

• Página principal da Wiki - http://pt.wikipedia.org/wiki/

Agradecemos antecipadamente a sua colaboração com a aprendizagem do grupo!

Primeiros Passos

Para uma melhor aprendizagem é recomendável que você siga os seguintes passos:

• Ler o Plano de Ensino e entender a que seu curso se dispõe a ensinar;

• Ler a Ambientação do Moodle para aprender a navegar neste ambiente e se utilizar das
ferramentas básicas do mesmo;

• Entrar nas lições seguindo a seqüência descrita no Plano de Ensino;

• Qualquer dúvida, reporte ao Fórum de Dúvidas Gerais.

Perfil do Tutor

Segue-se uma descrição do tutor ideal, baseada no feedback de alunos e de tutores.

O tutor ideal é um modelo de excelência: é consistente, justo e profissional nos respectivos


valores e atitudes, incentiva mas é honesto, imparcial, amável, positivo, respeitador, aceita as
idéias dos estudantes, é paciente, pessoal, tolerante, apreciativo, compreensivo e pronto a ajudar.

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A classificação por um tutor desta natureza proporciona o melhor feedback possível, é crucial, e,
para a maior parte dos alunos, constitui o ponto central do processo de aprendizagem.’ Este tutor
ou instrutor:

• fornece explicações claras acerca do que ele espera, e do estilo de classificação que irá
utilizar;

• gosta que lhe façam perguntas adicionais;

• identifica as nossas falhas, mas corrige-as amavelmente’, diz um estudante, ’e explica por-
que motivo a classificação foi ou não foi atribuída’;

• tece comentários completos e construtivos, mas de forma agradável (em contraste com um
reparo de um estudante: ’os comentários deixam-nos com uma sensação de crítica, de
ameaça e de nervossismo’)

• dá uma ajuda complementar para encorajar um estudante em dificuldade;

• esclarece pontos que não foram entendidos, ou corretamente aprendidos anteriormente;

• ajuda o estudante a alcançar os seus objetivos;

• é flexível quando necessário;

• mostra um interesse genuíno em motivar os alunos (mesmo os principiantes e, por isso,


talvez numa fase menos interessante para o tutor);

• escreve todas as correções de forma legível e com um nível de pormenorização adequado;

• acima de tudo, devolve os trabalhos rapidamente;

8
Parte III

Literatura Brasileira - Realismo

9
Capítulo 1

Literatura Brasileira - Realismo

Seguindo na seqüência de cursos sobre as grandes Escolas Literárias do Brasil, apresenta-


mos agora uma das mais interessantes e polêmicas: O Realismo.O Realismo surgiu em reação
às excentricidades românticas e contra as suas falsas idealizações da paixão amorosa, da vida
e do ser humano.É uma transição do belo e ideal para o real e objetivo, e por tanto, as vezes
chocante.

10
Capítulo 2

Plano de ensino

2.1 Objetivo
Oferecer mais uma fonte de conhecimento sobre a literatura do nosso país.

2.2 Público Alvo


Todos que se interessem pelo tema.

2.3 Pré-requisitos
Sem pré-requisitos.

2.4 Descrição
O curso será realizado na modalidade Educação a Distância e utilizará a Plataforma Moodle
como ferramenta de aprendizagem. O curso tem duração de uma semana e possui um conjunto
de atividades (lições, fóruns, glossários, questionários e outros) que deverão ser executadas de
acordo com as instruções fornecidas. O material didático estará disponível on-line de acordo com
as datas pré-estabelecidas em cada tópico.

2.5 Metodologia
O curso está dividido da seguinte maneira:

2.5.1 Cronograma
• Lição 1- Antecedentes

• Lição 2- Naturalismo e Parnasianismo

• Lição 3- Realismo no Brasil

• Lição 4- Autores e Obras

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• Avaliação de aprendizagem

• Avaliação do curso

As lições contêm o conteúdo principal. Elas poderão ser acessadas quantas vezes forem ne-
cessárias, desde que esteja dentro da semana programada. Ao final de uma lição, você receberá
uma nota de acordo com o seu desempenho. Responda com atenção às perguntas de cada lição,
pois elas serão consideradas na sua nota final. Caso sua nota numa determinada lição for menor
do que 6.0, sugerimos que você faça novamente esta lição.

Ao final do curso será disponibilizada a avaliação referente ao curso. Tanto as notas das lições
quanto a da avaliação serão consideradas para a nota final. Todos os módulos ficarão visíveis
para que possam ser consultados durante a avaliação final.

Aconselhamos a leitura da "Ambientação do Moodle"para que você conheça a plataforma de


Ensino a Distância, evitando dificuldades advindas do "desconhecimento"sobre a mesma.

Os instrutores estarão a sua disposição ao longo de todo curso. Qualquer dúvida deverá ser
enviada ao fórum. Diariamente os monitores darão respostas e esclarecimentos.

2.6 Programa
O curso Literatura Brasileira- Realismo oferecerá o seguinte conteúdo:

• Surgimento e características da escola, e;

• Realismo no Brasil.

2.7 Avaliação
Toda a avaliação será feita on-line.
Aspectos a serem considerados na avaliação:

• Iniciativa e autonomia no processo de aprendizagem e de produção de conhecimento;

• Capacidade de pesquisa e abordagem criativa na solução dos problemas apresentados.

Instrumentos de avaliação:

• Participação ativa nas atividades programadas.

• Avaliação ao final do curso.

• O participante fará várias avaliações referente ao conteúdo do curso. Para a aprovação e


obtenção do certificado o participante deverá obter nota final maior ou igual a 6.0 de acordo
com a fórmula abaixo:

• Nota Final = ((ML x 7) + (AF x 3)) / 10 = Média aritmética das lições

• AF = Avaliações

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2.8 Bibliografia
• Site oficial: http://www.wikipedia.com

• Site oficial (BR): http://www.educaterra.terra.com.br

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Capítulo 3

Lição 1- Antecedentes

Aqui serão apresentados o Contexto histórico onde surgiu o Realismo, e suas principais cara-
terísticas:

3.1 Contexto Histórico


A segunda metade do século XIX, define-se por uma série de transformações econômicas,
científicas e ideológicas. Com o avanço das descobertas científicas, a religião começa e perder
grande parte de sua influência, o mundo passa explicar seus mistérios sem misticismos e a
sociedade começa a ser entendida em sua estrutura. Surge o positivismo, Darwin lança seu
"Origem das espécies", e em meio ao caos do crescimento descontrolado das cidades surge o
socialismo de Marx. O capitalismo está em franco crescimento, o abismo entre ricos e pobres se
torna ainda maior. Eclodem revoluções por toda Europa, e em um mundo assim tão tumultuoso
já não há espaço para mitos e fantasias, muito menos para a interoridade. o artista agora passa
a participar do que ocorre do lado de fora. Se não participa, pelo menos observa, porém agora
com um olhar crítico, embasado nas teorias existentes na época.

3.2 Surgimento
Na Europa, o realismo teve início com a publicação de Madame Bovary (1857) de Gustave
Flaubert. Entretanto, a mudança de uma escola literária para outra não surge assim da noite para
o dia. Alguns anos antes, Balzac com seu "As ilusões perdidas"e Stendhal com "O vermelho
e o negro", já apresentavam traços nitidamente realistas, que veremos a seguir. Voltando a
Flaubert e sua singular Madame, vemos o sentimento de descrédito em relção ao pensamento
romântico. Na história de Flaubert, a personagem é uma mulher totalmente voltada para as idéias
românticas dos livros que adora ler. Insatisfeita com a vida que leva ao lado do marido, por não
estar de acordo com seu ideal de amor de vida, ela o trai por duas vezes. Em ambas situações
vive uma arrebatadora paixão e o abandono dos amantes. Confrontada com uma realidade que
não suporta, totalmente diferente do que esperava e almejava, decide matar-se. Madame Bovary
viria a ser um dos maiores modelos para os escritores relistas em todos os países onde a escola
exerceu influência.

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3.3 Características
1. Objetividade e Impessoalidade

Os realistas fogem ao subjetivismo dos românticos. O escritor deve manter a neutralidade


diante daquilo que está narrando, tentando não confundir sua visão particular com a visão
e os motivos dos personagens. Por isso mesmo, há uma preferência por narrativas em
terceira pessoa sobre as narrativas em primeira pessoa. Dizer "Maria chegou em casa"ao
invés de "Eu cheguei em casa"favorece a impressão de que os personagens agem sem a
interferência do autor.
2. Racionalismo

Reflexo do racionalismo ideológico e científico da época, significa a investigação objetiva


dos indivíduos, como seres individuais e seu papel na sociedade. Individualmente fala-se
dos instintos mais básicos do homem, de suas características as vezes não muito boas, de
seu lado escuro que pode vir a tona a qualquer momento. Quanto ao papel social reafirma-
se a idéia de que o indivíduo é condicionado pelo meio em que vive. Ele vai pensar e agir
de acordo com seu grupo, seu ambiente, seu contexto.
3. Verossimilhança

O escritor deve reproduzir fielmente o real, sendo isso um dos princípios centrais do mo-
vimento. Ele deve renunciar a tudo que pareça improvável ou fantástico. O leitor precisa
acreditar na veracidade do texto, a ponto de pensar que a própria realidade está ali naque-
las páginas. A literatura deve refletir os mecanismos da vida e para isso são necessárias a
observação e a experiência. O elemento imaginário ocupará o segundo plano, mas ainda
mantendo sua função de dar um toque mais criativo aos fatos da realidade.
4. Contemporaneidade

Ao contrário dos românticos que tinham o fascínio do passado, os realistas escrevem sem-
pre sobre fatos, situações e personagens relacionados com a vida presente, com a vida que
lhes é contemporânea. Falam sobre as grandes cidades e seu cotidiano de fatos comuns,
corriqueiros a trágicos e escandalosos.
5. Pessimismo

Os realistas eram descrentes da sociedade. Eles viam como impossível que a classe do-
minante estabelecesse algum sentido de justiça, e então os artistas assumiam posições de
crítica e indignação frente a classe da qual quase todos procediam.
6. Perfeição Formal

O realista é um torturado pela forma, um obcecado pela palavra exata. Ele luta com as
palavras até descobrir a que expressará exatamente a sua idéia. Esta busca decorre de um
longo processo de síntese, de cortes, de eliminação do supérfluo. O como dizer se torna
tão fundamental como aquilo que é dito.

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Capítulo 4

Lição 2- Naturalismo e Parnasianismo

Aqui veremos dois importantes movimentos literários paralelos ao realismo e semelhantes ao


mesmo:

4.1 O que é Naturalismo?


O Naturalismo é como um prolongamento do Realismo. Os dois movimentos foram pratica-
mente paralelos e muitos estudiosos vêem no naturalismo uma manifestação do Realismo. Assim,
o Naturalismo assume quase todos os princípios e características do Realismo, acrescentando a
ele o seu traço mais marcante: uma visão fortemente cientificista da existência.

Esse pensamento tão cru, quase fisiológico, é conseqüência das idéias científicas e socioló-
gicas que varriam a Europa. A visão naturalista baseava-se sobre os preceitos do evolucionismo,
da hereditariedade biológica, do positivismo e da medicina experimental. O maior dos naturalistas
foi indiscutivelemente Émile Zola, que com seu método de composição (romance experimental)
levou ao extremo a equiparação da literatura à ciência.

4.2 O surgimento do Naturalismo


O Naturalismo é inaugurado com o romance de Zola "Teresa Raquin"(1868). No prólogo do
romance o cientificismo do movimento é bem claro:

"Em Teresa Raquin quis estudar temperamentos e não caracteres. Escolhi personagens do-
minados ao máximo por seus nervos e por seu sangue, desprovidos de livre arbítrio, arrastados
a cada ato de sua vida pela fatalidade da carne. Teresa e Lourenço são brutos humanos, nada
mais. Tratei de seguir, passo a passo, em tais selvagens, o trabalho surdo das paixões, as pres-
sões do instinto, as alterações cerebrais, produtos de uma crise nervosa..."

4.3 Parnasianismo
Este movimento também nasceu na França e procurava representar através da poesia o es-
pírito positivista e científico da época.

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Caracteriza-se pela rigidez da forma, o respeito às regras de versificação, pela valorização


de formas fixas como os sonetos. Enfim, se buscava uma poema perfeito em sua estrutura. Os
temas preferidos eram os fatos históricos, objetos e paisagens, descritos nos mínimos detalhes.
Ler uma poesia parnasiana é como ver um quadro.

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Capítulo 5

Lição 3- Realismo no Brasil

Nesta lição especificamente falaremos sobre o advento da Escola Realista e as vertentes


Naturalista e Parnasianas no Brasil, e o contexto em que isso ocorreu.

5.1 Contexto Histórico


Depois do fim da Guerra do Paraguai(1865-1870), mesmo com a vitória brasileira, o regime
monárquico no Brasil está decadente. idéias positivistas e republicanas começam a ganhar força
entre a parcela militar da população, os profissionais liberais e os jovens. O imperador não se
abala pela insatisfação das ruas e passa o tempo em viagens pelo mundo. Chegam os primeiros
imigrantes, cresce o movimento abolicionista, abrem-se as primeiras fábricas. É um período de
transição de idéias e governo no Brasil.

5.2 Surgimento
Na década de 1880 O Romantismo já está superado nos meios artísticos, menos na música.
A pieguice, o exagero, o nacionalismo artificial da lugar à intelectualidade. A partir de agora é
exigida uma postura crítica diante da vida. o ano de 1881 é decisivo: Machado de Assis lança a
obra inaugural do Realismo no Brasil: "Memórias póstumas de Brás Cubas", e Aluísio Azevedo
publica "O mulato", inaugurando respectivamente o Realismo e o Naturalismo em nosso país.

Entretanto como já foi dito, a passagem de um estilo a outro não se dá imediatamente. "O
mulato"ainda tem alguns "toques"românticos, o que o faz ser uma obra mesclada. Já o Realismo
Machadiano é considerado um pouco diferente do europeu, o que, segundo alguns, constituiria
um Realismo à parte.

5.3 Características
Obviamente, o Brasil tinha e tem sua própria realidade de maneira que o realismo brasileiro,
como exemplo o realismo Machadiano, tem suas particularidades; mas, no geral, as característi-
cas, a filosofia, os temas da escola realista são "universais".

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O Realismo Machadiano

Já é senso comum que nosso Machado de Assis não se prende às delimitações de um estilo
de época. Seus primeiros romances têm características da última fase do Romantismo, e mesmo
em sua fase realista, seu estilo, seus temas não são meras cópias do realismo europeu, e se-
guem uma linha perticular. Enfim Machado sempre cria o seu próprio estilo, que é sem dúvida
alguma inconfundível na Literatura Brasileira.

Alguns traços marcantes do realismo de Machado são a elegância dos textos, e há ainda
assim a simplicidade. Os coloquilismos que deixam uma linguegem clara, o humor e a ironia,
o amoralismo, o pessimismo. A metalinguagem, as paródias e o mergulho que Machado faz no
psicológico de seus personagens.

5.4 Parnasianismo no Brasil


O parnasianismo no Brasil dominou a poesia até a chegada do Modernismo em 1922. Já
na década de 1870, a poesia romântica começa a dar mostras de cansaço, e assim, entre 1870
e 1880 o Romantismo liquidou-se de vez no Brasil devido a uma crítica ferrenha por parte das
novas gerações inspiradas nos ideais positivistas e realistas do momento.

O Parnasianismo surgiu no Brasil aos poucos nos versos de Luís Guimarães Júnior (Sonetos
e rimas. 1880) e Teófilo Dias (Fanfarras. 1882), e firmou-se definitivamente com Raimundo Cor-
reia (Sinfonias. 1883), Alberto de Oliveira (Meridionais. 1884) e Olavo Bilac (Relicário. 1888).

Entretanto, Parnasianismo brasileiro, assim como o nosso realismo e naturalismo não é uma
mera cópia do francês, pois não tem a mesma preocupação de objetividade, de cientificismo e de
descrições realistas. Obviamente não há o sentimentalismo romântico, mas não se exclui o sub-
jetivismo. A preferência, claro, é pelo verso alexandrino de tipo francês, com rimas ricas, formas
fixas, especialmente o soneto.

19
Capítulo 6

Lição 4- Autores e Obras

Nesta lição estão listados alguns autores e obras do Realismo Brasileiro.

6.1 Alguns Autores e obras Realistas/Naturalistas/Parnasianas do


Brasil.
Alguns autores e obras Realistas/Naturalistas/Parnasianas do Brasil.

Realista

MACHADO DE ASSIS

Romance:

• Ressurreição, 1872;

• A mão e a luva, 1874;

• Helena, 1876;

• Iaiá Garcia, 1878;

• Memórias Póstumas de Brás Cubas, 1881;

• Quincas Borba, 1891;

• Dom Casmurro, 1899;

• Esaú e Jacó, 1904;

• Memorial de Aires, 1908.

Poesia:

• Crisálidas, 1864;

• Falenas, 1870;

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• Americanas, 1875;
• Ocidentais, 1880;
• Poesias completas, 1901.

Livros de contos:

• Contos Fluminenses, 1870;


• Histórias da Meia-Noite, 1873;
• Papéis Avulsos, 1882;
• Histórias sem Data, 1884;
• Várias Histórias, 1896;
• Páginas Recolhidas, 1899;
• Relíquias da Casa Velha, 1906.

ARTUR AZEVEDO

• Sonetos (1876);
• Contos possíveis (1908);
• Rimas (1909).

Para o teatro escreveu, entre outras:

• O Rio de Janeiro de 1877 (1878);


• O Bilontra (1885);
• A Almanjarra (1888);
• O Dote (1888);
• O Badejo (1898);
• Confidências (1898);
• O Jagunço (1898);
• Comeu! (1902).

Naturalista

ALUÍZIO AZEVEDO

Romance

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• Uma Lágrima de Mulher (1880) - primeiro trabalho.

• O mulato, (1881)

• Mistério da Tijuca ou Girândola de amores,(1882)

• Memórias de Um Condenado ou Condessa Vesper,(1882)

• Casa de pensão, (1884)

• Filomena Borges, (1884)

• O homem,(1887)

• O cortiço, (1890)

• O coruja, (1890)

• A Mortalha de Alzira, (1894)

• O livro de uma sogra,(1895)


Conto

• Demônios, conto, 1895


Crônica

• O Bom Negro, crônica


Poesia

• O Esqueleto, (em contribuição com Olavo Bilac).


Teatro

• Os Doidos,

• Casa de Orates,

• Flor de Lis,

• Em Flagrante,

• Caboclo,

• Um Caso de Adultério,

• Venenos que Curam,

• República,
RAUL POMPÉIA

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CDTC Centro de Difus�o de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

• Uma tragédia no Amazonas, novela (1880)

• As jóias da coroa, novela (1882)

• Canções sem metro, poemas em prosa (1883)

• O Ateneu, romance (1888).

Poesia Parnasiana

OLAVO BILAC

• Poesias (1888)

• Crônicas e novelas (1894)

• Crítica e fantasia (1904)

• Conferências literárias (1906)

• Dicionário de rimas (1913)

• Tratado de versificação (1910)

• Ironia e piedade, crônicas (1916)

• Tarde (1919); Poesia, org. de Alceu Amoroso Lima (1957), e obras didáticas.

RAIMUNDO CORREIA

• Primeiros Sonhos(1879)

• Sinfonias(1883)

• Versos e Versões(1887)

• Aleluias(1891)

• Poesias(1898)

• luciano filho(1898)

ALBERTO DE OLIVEIRA

• Canções Românticas.(1878)

• Meridionais. (1884)

• Sonetos e Poemas. (1885)

• Versos e Rimas.(1895)

• Poesias (edição definitiva)(1900)

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CDTC Centro de Difus�o de Tecnologia e Conhecimento Brasil/DF

• Céu, Terra e Mar.(1914)

• O Culto da Forma na Poesia Brasileira.(1916)

• Ramo de Árvore. (1922)

• Os Cem Melhores Sonetos Brasileiros.(1932)

• Poesias Escolhidas. (1933)

• Póstuma. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, (1944).

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