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Capitulo I – Escolhas Certas

Prendi a respiração quando percebi que o avião estava pousando em


Los Angeles, me sentia aliviada e ao mesmo tempo como se algo
tivesse sido arrancado de mim. Fazia bastante tempo que eu não
colocava os pés no meu país de origem, e aquela sensação de estar
voltando para casa era extremamente satisfatória e eletrizante.

Tio Armand havia ficado bastante triste quando decidi que já era hora
de voltar para os Foreman, tendo assim que deixar a França, onde eu
já morava a mais de 3 anos com ele. A pior parte foi deixar tudo o
que eu havia conquistado lá para trás, os amigos, o idioma e
principalmente meu namorado, que agora era ex.

Richard Kyle era empresário das modelos mais badaladas da Europa e


também meu namorado. Conhecemos-nos em um dos brunchs
organizados por tio Armand para arrecadar fundos para uma
instituição de caridade. Sempre nos demos muito bem, e no meu
aniversário de 15 anos ele pediu para meu pai para namorarmos.
Nunca me imaginei longe de Richard, e agora estava acontecendo.

Ele ficou bastante magoado quando soube que não daria para
continuarmos juntos com toda a distancia que ficaria entre nós.
Terminamos, foi bom demais enquanto durou.

Quatro anos. Pensei de novo e olhei espantada para a quantidade de


dedos levantados na minha mão esquerda. Eu já estava com 17 anos,
e não demoraria mais que um mês para eu completar a maioridade.
Tinha passado toda minha adolescência longe dos meus pais.

Ainda hoje não sei muito bem o que me fez partir para a Europa, mas
sei que para onde eu estava voltando era realmente meu lar, e lá que
eu deveria ficar. E para trás também ficaria meu sonho de estudar
artes na faculdade, meus pais nunca permitiriam isso.

Passei pelo menos duas semanas pensando em alguma coisa em que


eu gostasse para fazer faculdade, e conclui que medicina sempre fora
minha segunda opção, adoro ajudar as pessoas e posso me
considerar alguém nem um pouco fria em relação a isso.

Tive que interromper meus pensamentos para desembarcar do avião,


e quanto mais eu andava em direção ao portão de desembarque mais
meu estomago começava a doer. Tinha combinado com Nathan que
ele viria que buscar, já que papai estava na Espanha e mamãe estaria
em uma reunião na universidade de Strawndford, uma das maiores do
país e a qual ela era dona da maior parte das ações.

Prendi os cabelos em um rabo de cavalo, puxei o lenço enrolado no


meu pescoço, não havia necessidade de um item desses em um lugar
como aquele e continuei andando. Não vi Nathan, mas Juan o
motorista particular de minha mãe estava a minha espera com um
sorriso engraçado na face.

Com ele estavam dois jovens muito parecidos, provavelmente


parentes. Suas roupas eram estranhamente iguais, um tom azul
marinho com detalhes brancos. Eu conhecia aqueles trajes, eram
empregados de minha casa sem dúvidas. Larguei minha bagagem de
mão e corri na direção de Juan.

Ele estava relativamente mais gordo e baixo, talvez pelo fato de eu


ter crescido um pouco ele me parecia um tanto diferente. Abracei
fortemente aquele que eu gostava como um tio e depois respirei
novamente.

- Senhorita Foreman estávamos morrendo de saudades suas. – Juan


disse ainda sorrindo, com umas das mãos sobre o peito.

- Eu digo o mesmo Juan, já faz três anos que não abraço você então
mereço mais um. – Gargalhamos e nos abraçamos novamente.

- Querida, seu irmão pediu que eu viesse buscá-la, pois o senhor


William chegou e ele não poderia vir tendo visitas em casa.

William Heith era o melhor amigo do meu irmão desmiolado. Eu só


sabia duas coisas dele, não gostava de tirar fotos e tinha uma voz
maravilhosa. Fazia faculdade de direito assim como meu irmão
Nathan, e minha mãe o adorava, ela sempre falava nele.

- Tudo bem então Juan, alguém ganhará um puxão de orelhas quando


eu chegar em casa. – Peguei novamente as malas e dei-as para Juan.

Andamos até chegarmos a uma limusine nova, o rapaz abriu a porta


para mim e para a moça que nos acompanhava e em seguida entrou,
antes que ele pudesse fechar a porta Juan enfiou a cara e começou a
falar.

- Me desculpe por ter sido tão descuidado, esqueci de apresentar


meus sobrinhos para a senhorita. Anne e Matthew trabalham na casa
dos Foreman faz 8 meses. – disse com meio sorriso no rosto e depois
fechou a porta.
- Olá! Eu acho incrível que tenham pessoas jovens trabalhando em
casa, assim terei com quem conversar de vez em quando. – Sorri e
estendi a mão para eles.

- Srtª Foreman é uma honra conhecê-la. – ela hesitou um momento,


mas em seguida apertou minha mão – Ficarei feliz em ajudá-la no que
precisar eu e meu irmão. – Ela cutucou o rapaz ao lado.

- Digo o mesmo. – o rapaz disse quase sussurrando.

- E nada de formalidades, meu nome é Rachel e é assim que espero


que vocês me chamem tudo bem? – eles apenas assentiram.

- E como vão as coisas em casa? – eu queria saber todas as novidades


possíveis.

- Sua mãe está organizando o baile de primavera de Strawndford, e


todos os dias dezenas de jovens vão até sua casa para o ensaio das
danças. – explicou-me Anne meio entusiasmada.

- Todos os dias? Estamos falando de quantas dezenas exatamente? –


dezenas pareciam muito.

- Oito dezenas no mínimo – disse Matthew – Sem contar as colegiais


que seu irmão e os amigos dele levam pra lá para se divertir um
pouco se é que você me entende.

- Hey – Anne bateu em Matt e alterou o tom – Não fale assim do


Nathan, aquelas meninas que se oferecem para ele.

- E agora Nathan é um anjo inocente? – Ele riu com sarcasmo e


continuou – Você sabe muito bem como ele é, depois do que ele fez
com você ainda consegue defende-lo?

- Você não sabe de nada, Nathan só precisa de um tempo pra pensar


então ele vai ver que está errado. – Anne disse num sussurro com as
mãos na face.

- E então ele vai voltar pra você? Nunca pensei que você fosse tão
infantil Annie, ele só queria dormir com você como ele faz com todas
as outras. – Matthew disse com raiva no olhar.

Um silêncio tomou conta do ambiente, e eu não ousaria quebrá-lo


antes de colocar todos os fatos no lugar. Pelo o que eu tinha
percebido Anne gostava de Nathan que só dissera gostar dela para
dormir com ela, e agora provavelmente teria dado um pé da bunda
da garota. Certo, meu irmão era um cretino. Agora sim eu podia falar.
- Desculpe interromper vocês, mas acho que recriminar sua irmã
dessa maneira não ajuda em nada, Nathan é meu irmão e de forma
alguma eu o julgaria – pelo menos não na frente deles – e acho que
vocês deviam se apoiar.

Eles se entreolharam e depois da alguns segundos ele puxou Anne


para perto dele e a abraçou. Aquela cena me tocou o coração, com
certeza assim como eu e meu irmão eles deviam ter muitas
diferenças e amor de ambos fazia tornar mais fácil a aceitação.

- Desculpe por isso Annie, é que não gosto de ver você bajulando
esse cara. – ele passava a mão nos cabelos lisos e negros dela.

- Eu sei, eu sou uma idiota mesmo por ainda acreditar nele, mas
ainda gosto do Nathan. – Ela recostou a cabeça no ombro dele.

- É. Isso que me deixa mais louco. – o olhar parecia mais calmo.

O restante do percurso foi menos tenso eles me contaram algumas


coisas o que foi aumentando ainda mais a saudade de casa. Quando
chegamos em frente á mansão dos Foreman senti meu coração
acelerar. Quando o carro parou pulei logo para fora do automóvel.

Tudo parecia colírio para meus olhos, o verde do jardim, o azul da


piscina, o bronze da pele dos rapazes... O quê? Bronze da pele dos
rapazes? Isso mesmo, quase nem dei conta de que havia no mínimo
umas 20 pessoas vestidas com trajes de banho ali. Verdadeiros
Deuses Gregos com aquelas sungas pequenas e apertadas, além de
estarem todos molhados.

E cada vez aparecia mais gente em quanto eu caminhava pela


propriedade, depois de andar uns 300 metros eu percebi que a
mansão dos Desmond tinha desaparecido. Eu os adorava, mas o que
será que tinha acontecido? Resolvi perguntar á Anne que estava ao
meu lado.

- O que houve com a mansão do senhor Harris Desmond?

- A empresa do Sr. Desmond faliu e ele foi obrigado a trocar a mansão


por uma ilha que ele comprou á alguns anos, ele vendeu as
propriedades para seu pai, custou milhões. – Disse ela.

Dei mais alguns passos a frente quando um grupo se aproximou de


Anne para pedir informações. Senti o vento no meu rosto e o calor do
sol nas minhas bochechas me deixou fascinada, eu adorava a
America.
Fechei os olhos para apreciar melhor aquela sensação maravilho-
samente agradável. E percebi que aquele era realmente meu lugar,
perto dos meus familiares, na casa onde fui criada e educada. E nada
me faria sair novamente do meu país.

Rachel saia da frente.Eu escutei Nathan provavelmente no meu


subconsciente, e me concentrei na voz. Rachel, estou sem freios saia
da frente agora. Percebi que aquilo não era nada de subconsciente e
quando abri os olhos vi Nathan sobre um pequeno carro de golfe
vindo rápido em minha direção. O que eu faço?

Foi a única coisa que pensei antes de sentir um peso contra mim, que
levou-me diretamente para o chão. Escuridão. Só havia isso depois
desse incidente. A única coisa que consigo lembrar vagamente é que
ouvi uma voz doce chamando meu nome e dizendo que tudo ficaria
bem, seria o Superman assim como nos desenhos animados?

Seja quem ou o que tenha se jogado sobre mim tinha me salvado a


vida, e eu agradeceria á essa pessoa com todo coração pelo seu ato
de coragem.

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