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LENDAS E MITOS
12 - Chibamba
Fantasma do ciclo das assombrações criadas para assustar crianças, para fazer parte dos
seus pesadelos noturnos. É do sul de Minas Gerais. Amedronta as crianças que choram,
as teimosas e as malcriadas. Anda envolto em longa esteira de folhas de bananeira,
ronca como se fosse um porco e dança de forma compassada enquanto caminha; às
vezes gira.
Chibamba, pelo nome e maior influência negra que indígena em Minas Gerais, é
africano. Ali ele vive, fazendo as crianças dormirem, mesmo quando não estão com
vontade.
Notas complementares:
De fato, os nativos africanos se vestiam com folhas e usavam máscaras assustadoras nos
seus rituais de pesca, caça e mesmo religiosos. Sua chegada ao Brasil mineiro, em seus
terreiros festivos, onde as amas pretas de leite cuidavam dos seus bebês e também das
crianças brancas, explica o surgimento do Chibamba como criatura assustadora.
Era uma oportunidade e tanto mostrar às crianças, aqueles figurantes caracterizados
como monstros cobertos de folhas e mascarados, como uma entidade que viria
atormentar crianças que não queriam dormir.
Também os nossos índios dançavam envoltos em folhas e tecidos vegetais. Não é uma
tradição dos Tupis, mas entre os pajés do Brasil colônia. Estes dançavam, nas horas dos
rituais religiosos, disfarçados, cobertos de folhas e pintados com corantes vegetais. A
dança lenta, rodada, com os figurantes cobertos com vestimentas ornamentadas, era
tradição entre os Gês, Nu-aruacos e Caraíbas. Mas a influência para a existência do
Chibamba mineiro é mesmo africana.