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FOLCLORE

LENDAS E MITOS

12 - Chibamba

Fantasma do ciclo das assombrações criadas para assustar crianças, para fazer parte dos
seus pesadelos noturnos. É do sul de Minas Gerais. Amedronta as crianças que choram,
as teimosas e as malcriadas. Anda envolto em longa esteira de folhas de bananeira,
ronca como se fosse um porco e dança de forma compassada enquanto caminha; às
vezes gira.

O nome é um vocábulo africano, Bantu na verdade, e teria como significado uma


espécie de canto ou dança africana à exemplo do Lundu.

Há uma quadrinha que diz:

Êvém o Chibamba, nêném, ele papa minino, cala a boca!...

O Chibamba vestido de folhas de bananeira e dançando, lembra a África de onde o


nome é originário. Em Angola e Congo ainda os negros, em suas tradições festivas e
folclóricas, dançam vestindo elaboradas roupas feitas de folhas, ramos e galhinhos de
plantas locais.

Na Ásia, entre os antepassados dos Laos, da indochina francesa, chamados de Pu Nhiê,


há uma dança. Os Pu Nhiê, em certa época, vestindo folhas e peles, surgem com
máscaras de monstros excêntricos. E Dançam lentos, compassados, dando giros
misteriosos, ao som de tambores.

A dança grave, em giro, é bem africana e de finalidade religiosa. As outras, coletivas,


festivas, em ritmo mais agitado, são rituais de pesca e caça.

O Chibamba é um remanescente dos rituais negros da África, que se transformou em


Cuca, ou Negro Velho, e se tornou encarregado de fazer dormir à força as crianças. O
fato de "roncar como um porco" é uma adaptação brasileira.

Chibamba, pelo nome e maior influência negra que indígena em Minas Gerais, é
africano. Ali ele vive, fazendo as crianças dormirem, mesmo quando não estão com
vontade.

Notas complementares:

De fato, os nativos africanos se vestiam com folhas e usavam máscaras assustadoras nos
seus rituais de pesca, caça e mesmo religiosos. Sua chegada ao Brasil mineiro, em seus
terreiros festivos, onde as amas pretas de leite cuidavam dos seus bebês e também das
crianças brancas, explica o surgimento do Chibamba como criatura assustadora.
Era uma oportunidade e tanto mostrar às crianças, aqueles figurantes caracterizados
como monstros cobertos de folhas e mascarados, como uma entidade que viria
atormentar crianças que não queriam dormir.

Na tradição africana, os figurantes cobertos de folhas e mascarados, simbolizavam a


reencarnação dos seus antepassados, que ora os visitavam, para abençoar suas festas,
caçadas, colheitas, guerras e rituais de casamento.

Também os nossos índios dançavam envoltos em folhas e tecidos vegetais. Não é uma
tradição dos Tupis, mas entre os pajés do Brasil colônia. Estes dançavam, nas horas dos
rituais religiosos, disfarçados, cobertos de folhas e pintados com corantes vegetais. A
dança lenta, rodada, com os figurantes cobertos com vestimentas ornamentadas, era
tradição entre os Gês, Nu-aruacos e Caraíbas. Mas a influência para a existência do
Chibamba mineiro é mesmo africana.

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