UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Ricardo Santana silva

Resenha do Texto: Memria e Cultura Material: Documentos Pessoais no Espao Pblico de Ulpiano T. Bezerra de Meneses

29/11/2013 Laranjeiras

Ulpiano introduz informando ao leitor sobre o que ele no ir tratar no texto, que o alcance da cultura material como fonte para o conhecimento histrico, bem como coleo ou colecionismo e suas dimenses e conclui informando o objetivo do texto, que indagar o que ocorre no deslocamento de objetos e colees do campo pessoal para o pblico e que implicaes precisariam ser consideradas no que diz respeito pesquisa histrica.

Em sua premissa Ulpiano traz uma ideia sobre arqueologia sensorial que me faz rememorar o filme Violino vermelho, ele diz: a simples durabilidade do artefato, que em princpio costuma ultrapassar a vida de seus produtores e usurios originais, j o torna apto a expressar o passado de forma profunda e sensorialmente convincente. Esse pensamento o faz questionar qual a natureza do objeto material como documento, em que reside sua capacidade documental, como pode ele ser suporte da informao? Que tipo de informao intrnseca podem os artefatos conter, especialmente de contedo histrico?.

Ele diz que os atributos intrnsecos dos artefatos incluem apenas propriedades de natureza fisico-qumica, como a forma geomtrica, peso, cor, textura, dureza. E que nenhum atributo de sentido imanente. Ele diz que seria vo buscar nos objetos o sentido dos objetos pois o sentido imanente sociedade ou ao grupo que o criou. Segue dizendo que os traos inscritos nos artefatos orientam leituras que permitem inferncias importantes. Ele diz que a matria prima, seu processamento e tcnicas de fabricao, bem como a morfologia do artefato e os sinais de uso, selam no objeto informaes sobre a natureza e propriedades dos materiais, o

saber-fazer envolvido e informaes sobre a diviso tcnica do trabalho e suas condies operacionais, alm de aspectos funcionais e semnticos. Ulpiano segue dizendo que como se trata de inferncia, h necessidade de uma lgica terica e de um suporte de informao externa ao artefato. Sobre o documento histrico Ulpiano diz: O historiador no faz o documento falar: o historiador quem fala e a explicitao de seus critrios e procedimentos fundamental para definir o alcance de sua fala. Assim ele defende que cada historiador um construtor de discursos e esses so validados ou no pela sua argumentao.