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Texto 7

A conscincia memria
Para Bergson a memria no s pode justificar a ideia de uma unidade dos estados de conscincia, mas essa unidade existe pela memria, porque a conscincia, ela mesma, inteiramente memria.

()Segundo Bergson, no h dois momentos absolutamente idnticos em um ser consciente. Uma conscincia que possusse dois momentos idnticos seria uma conscincia sem memria. Ela pereceria e renasceria sem cessar. Mas, se assim ocorresse, ao invs de uma continuidade, de um prolongamento entre os momentos, vividos sucessivamente, teramos apenas o instantneo (ou o discreto) e, dessa forma, a ausncia de conscincia. No h conscincia sem memria, no h continuao de um estado sem adio, ao sentimento presente, da lembrana de momentos passados. Nisto consiste o que Bergson chama de durao. E preciso dizer: a durao supe a memria. Os momentos que passam no podem se conservar como tais a no ser passando, pode-se dizer, uns nos outros. durao da conscincia Bergson ope o instantneo (ou discreto). Da Bergson dizer, em um texto pouco lembrado intitulado Dure et simultanit, que: [ ] a continuidade de nossa vida interior a de um decorrer e de uma passagem, mas um decorrer interior prpria mudana, memria que prolonga o antes no depois e os impede de ser puros instantneos que aparecem e desaparecem num presente que renasceria sem cessar.

Carlos Tourinho, Memria e voluntariedade: A conscincia na filosofia de Henri Bergson in Revista Portuguesa de Filosofia

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