Os instrumentos que compõem uma roda de capoeira variam de acordo
com o gosto de cada mestre. O que mais vê numa roda de capoeira é o uso do berimbau, pandeiro e atabaque. Em algumas rodas, vê-se quase uma orquestra instrumentos, desde o tradicional berimbau a reco-reco agogô, afochê, triângulo, chocalho, bangô e os mais variados tipos de instrumentos. Como havia dito a princípio, varia de pessoa para pessoa. Particularmente, acho que uma roda estará de acordo com os meus princípios, se formada por dois berimbaus, um pandeiro e um atabaque. Dois berimbaus: um serve para puxar o toque, o outro acompanha e em caso de quebra de um dos berimbaus a roda não pára, tem continuidade normal. É comum dizer-se que o berimbau é o mestre dos mestres; é ele que comanda a roda, isto também de acordo com o ponto de vista e do conhecimento de cada mestre. Se observarmos que não existia o berimbau na capoeira, que ele foi introduzido posteriormente, não vejo razão para toda esta reverência. É um instrumento que predomina na roda de capoeira e que deve ser respeitado mas não idolatrado. Os nomes de toques de berimbau também variam de acordo com a peculiaridade de cada mestre. As vezes é o mesmo toque, só que com um repique mais longo ou mais curto, neste caso ele recebe outro nome. Os toques comuns a quase todos os mestres são: São Bento Pequeno, São Bento Grande, Cavalaria, Iuna, Benguela e Angola; existem outros nomes, mas é desnecessário descrevé-los.