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=
( )
i y jk − E i y p
ˆi
( )
, in which i y jp is the observation of the variable i in the time period p, E Yˆpi is
iT jp
V ( i y jk )
the expected value of the variable i in the time period p, estimated using an polynomial adjustment
model, V ( j y p ) is the variance of the variable i, in the time period p, estimated in a sample of size n.
The values of i t jp are used in control charts for E(T) and V(T) which will be used as monitoring
instruments of level and the system variance, respectively, so that , the control limit will depend
only on the sample size and the involved standardized distributions.
KEYWORDS: growth curves, control charters, monitoring
RESUMO:
O uso de curvas de crescimento como ferramenta de controle e monitoramento em sistemas
biológicos, implica que as variáveis endógenas serão estudada tomando-se períodos de tempo
sucessivos, para ser possível a modelagem de seu comportamento. O modelo ajustado quando
aplicado como uma forma de monitoramento, através da construção de gráficos de controle para E
(Y) e V (Y) encontra dificuldade teórica para implementação devido a auto correlação do resíduo,
não estacionalidade, heterocedasticidade e variabilidade nos parâmetros. Com o objetivo de vencer
tais dificuldades este trabalho propõem o uso de um tipo de transformação, i t jp =
i ( ) , em
y jp − E Yˆpi
V ( i y jp )
que i y jp é a observação j da variável i no período p, E (Yˆpi ) é o valor esperado da variável i no
período p estimado através de um modelo de ajuste polinomial, V ( j y p ) é a variância da variável i
no período p, estimada em uma amostra de tamanho n. Os valores de i t jp são empregados para
construção de cartas de controle para E(T) e V(T) que servirão como instrumentos de
monitoramento do nível e da variância do sistema, respectivamente, de forma que os limites de
controle dessas dependerão somente do tamanho da amostra e da distribuição padronizada
envolvida.
1. INTRODUÇÃO
A carta de controle é uma ferramenta extremamente útil para identificar se as variações observadas
em um processo produtivo são decorrentes de causas comuns de variação e, portanto, de pequena
significância, ou decorrentes de causas especiais de variação e portanto de grande significância, que
necessitam ser identificadas e eliminadas do processo.
Uma carta de controle é um registro gráfico da qualidade de uma característica particular de um
produto. Muitas das características de qualidade podem ser expressas em termos de medidas
numéricas simples, como por exemplo comprimento, volume, peso, etc. Uma característica de
qualidade que pode ser medida é denominada variável, cartas de controle para variáveis são
extensivamente usadas por serem uma eficiente fonte de informação sobre a performance do
processo.
Quando se trabalha com variáveis para o controle de um processo as cartas de controle mais usadas
)
são as cartas para média ( X ), para o desvio extremo ou Range (R) e para o desvio padrão ( S ).
No caso particular onde o monitoramento do sistema de produção será elaborado com base em
amostras seqüenciais no tempo que gerarão curvas de crescimento, os gráficos devem seguir uma
estrutura de gráficos de controle para curvas de regressão, estudos a este respeito tomam como base
o trabalho de MANDEL (1969), que criou gráficos de controle para regressão linear a fim de
estudar a demanda de mão de obra para o correio americano.
De uma forma mais geral os gráficos de controle são desenvolvidos assumindo-se que o processo
gerador dos dados de observação é não correlacionado. Infelizmente, essa pressuposição é
freqüentemente violada na prática. No caso da tomada de dados longitudinais com a finalidade de
construção de curvas de crescimento, a presença de autocorrelação é evidente. Sobre esse tema
MONTGOMERY (1991) afirma que a presença de autocorrelação possui um efeito significativo no
desempenho das cartas de controle, causando um acréscimo significativo na freqüência de
ocorrência de alarmes falsos, o autor sugere um método baseado em uma modelagem de
autocorrelação dos dados originais e a aplicação de cartas de controle aos resíduos. Uma crítica ao
uso de modelos de autocorrelação na construção de gráficos de controle para resíduos pode ser
encontrada em RYAN (1991), onde o autor comenta que para uma auto correlação entre intervalos
maiores ou iguais a 1 apenas uma parte da mudança de nível de µ é capturada pelo gráfico de
resíduos. Pôr outro lado, a utilização de métodos auto regressivos pressupõe, para termos de
comparação uma estrutura rígida de covariâncias constantes ao longo do tempo o que restringe o
uso dos métodos, para contornar este problema ROCHON (1992) propõe estimadores de
maxiverossimilhança para previsão levando em conta processos com heterocedasticidade.
A maior parte dos esforços desenvolvidos nos processos de monitoramento têm sido concentrados
em detectar mudanças nos níveis da média do processo, talvez mais importante que isso, em
sistemas biológicos de produção, seja o problema de detectar acréscimos na variabilidade, fato que
possui maior impacto na produtividade.
Outra técnica para monitorar a variância é uso de uso de gráficos de somas acumulativas (CUSUM),
este procedimento foi empregado pôr Yashchim para monitorar a variabilidade na produção de
circuitos integrados, onde o autor concluiu que o uso de CUSUM foi mais eficaz que os gráficos
tradicionais de X e S para a estrutura dos dados estudados. Tipicamente a estrutura de dados com
aplicação em cartas de controle segue o seguinte modelo X t = µ + εi onde εi é uma seqüência de
variáveis aleatórias independentes e identicamente distribuídas, fato este que no estudo de curvas de
crescimento na maioria das vezes não é verdadeiro, já que existe uma tendência em curvas de
crescimento da variância ser proporcional a média.
Uma visão mais geral sobre o assunto pode ser obtida em OLIN (1998), onde o autor aborda a
teoria de construção de gráficos de controle para regressão linear, não linear assumindo o modelo de
erros independentes e normalmente distribuídos, para modelos lineares generalizados onde os erros
são pertencentes a família exponencial e identicamente distribuídos. Esse tipo de gráfico também
pode ser encontrado em MYERS & MONTGOMERY (1997).
TATUM (1996) desenvolveu cartas de controle para detecção da componente periódica para o caso
univariado e assumindo que os erros do processo em estudo sejam independentes e identicamente
distribuídos.
Mais recentemente BENEKE et al. (1998) estudando esse tema propôs cartas de controle baseadas
em um periodograma, construído com o emprego do raio máximo entre a média e as observações de
cada tempo, chegando a conclusão que esta metodologia é bastante eficiente para detecção de
variações, cíclicas, porem deficiente par detectar mudanças de níveis do processo. A mesma autora
identifica como causa para as variações cíclicas, efeitos ambientais, como temperatura e umidade,
psicológicos com a mudança de operadores e de ciclos de fornecimento de matérias primas.
1.1. CONCLUSÃO
2. METODOLOGIA
A metodologia apresentada, a seguir, descreverá os passos necessários para construção de cartas de
controle para o valor esperado e para variância para curvas de crescimento de sistemas biológicos
a) Primeiro passo
O valor de n1, tamanho da amostra selecionada em cada intervalo p para estimar a média das
variáveis de estado, será obtido a partir do intervalo de confiança para a média em que:
) )
S S
P(Y (i )
− . t ( n −1)(α / 2 ) <µ <Y −
(i )
. t ( n −1)(α / 2 ) )=1-α
n n
)
S
Considerando o semi intervalo e0 = t ( n −1)(α / 2 ) o erro máximo aceitável para a estimativa, pode-se
n
)
determinar um valor mínimo de n1, para um nível de significância α dado e para um valor de S 2 ,
previamente conhecido ou estimado através de uma amostra piloto, através da seguinte expressão:
)
S2
n1= 2 . t ( n −1)(α / 2 ) .
e0
Por outro lado, além da estimativa da média, no presente trabalho, se está interessado também na
estimativa da variância das variáveis de estado; isso posto, para obter um valor de n2 mínimo para a
)
)2 (n − 1). S 2
estimativa de S , deve-se levar em conta que, a variável aleatória χ = 2
tem distribuição
σ2
de Qui-quadrado com (n − 1) graus de liberdade, assim P( χ 2 ( n−1)(α / 2 ) < χ 2 < χ 2 ( n−1)(1− α )=
2
) )
P( S12 < σ 2 < S 22 )=1-α.
)
(n − 1). S 2
Logo P( χ ( n−1)(α / 2 ) <
2
< χ 2 ( n−1)(1− α )=1-α., isolando-se σ 2 tem-se
σ2 2
) )
(n − 1). S 2 (n − 1). S 2
<σ < 2
2
P( 2 )=1-α., considerando o semi-intervalo
χ α χ( n −1)(α / 2 )
( n −1)(1− )
2
)
(n − 1).S 2 ˆ 2 )
e0 = 2 − S , como o erro máximo admissível de estimativa para S 2 . Então, o tamanho n2
χ ( n−1)(α / 2)
necessário para estimar a variância a um nível de significância α dado, pode ser expresso como
Para yjp, o valor de p corresponde ao período de amostragem em que os valores das variáveis de
estado são anotados; assim, p varia de 1 correspondente ao primeiro período amostrado, até k, o
último período, em que os k períodos amostrados devem ser eqüidistantes.
b) Segundo passo
Após a amostra ser selecionada, as n observações, devem ser anotadas, e os valores atribuídos à
matriz Y(1), de dimensões n por k, com a seguinte estrutura:
1 y11 . . . 1 y1k
. . . . .
(1)
Y = . . . . .
. . . . .
1 y n1 . . .
1 y nk
c) Terceiro passo
De posse dos valores iyjk das variáveis de estado é necessário calcular os valores para as variáveis
padronizadas i t jp para com eles montar as matrizes
)
(i) i y jp − E (Y pi )
Cada componente i t jp de T será dado por i t jp = e dessa forma, i t jp terá distribuição t
V ( i y jp )
d) Quarto passo
∑j =1
ip tj
Ou ainda E( ip t j )=( i t p )=
n
1
i t11 . . . i t11
t . . . t i s∃12
−
i n1 i 1k
. . . .
.
n
. 1
. . . . .
∃2 (i ) .
V(T(i))= . . . . . .
. . . . . . . = S =(T ) T ).N V(T )= .
(i) ’ (i) -1 (i)
. . . . .
. . . . . . .
. i t 1k . . . tnk i t n1
i t nk
1
s∃2
.i . . . i k
n − 1
n
∑(
j =1
ip t j )2
ou ainda, V(iptj)=( i s∃p2 )=
n −1
e) Quinto passo
Para a construção das cartas de controle para a média e para variância das variáveis padronizadas
T(i) parte-se do princípio de que T (i)=[itjp] será composta de p vetores T(ip)=[iptj], em que os valores
ν
de iptj terão distribuição t de Student com (n-1) graus de liberdade com E( i t p )=0 e V( i t p )= ,
ν −2
para todo valor de i e de p. Desse modo pode-se, de forma simplificada, escrever que P( t ( n −1)(α / 2 ) <
E(T(i)) < t α )=1-α, donde se pode concluir que, estabelecendo-se uma carta de controle para
( n −1)( 1− )
2
média de T(i) em que o limite superior de controle (LSC) assuma o valor de t α , o limite
( n −1)( 1− )
2
inferior de controle(LIC) o valor de t ( n −1)(α / 2 ) e a linha central o valor zero, se está garantindo um
Para a construção da carta de controle para a variância da variável padronizada T(i), parte-se do fato
)
(n − 1).V ( ip t j )
de que possui distribuição de Qui-quadrado com (n-1) graus de liberdade, com o que
ν
ν −2
)
(n − 1)V ( ip t j ) )
se pode escrever que P( χ ( n −1)(α / 2 ) <
2
< χ (2n −1)(1−α ) )= 1-α Isolando-se V ( ip t j ) tem-se
(ν ) /(ν − 2) 2
(n − 2) ) (n − 2)
.χ (2n −1)(α ) < V ( ip t j < .χ (2n −1)(1−α ) . Com isso pode-se concluir que criando-se
(ν ).(ν − 1) 2 (ν )(ν − 1) 2
uma carta assumindo que o valor do LIC é no mínimo o zero, com LCC igual a (ν ν − 2 )então, com
um LSC=
(ν − 2) χ estabelece-se um nível de significância α para o intervalo entre zero e
ν (n − 1)
( n −1)(1−α )
LSC.
3. RESULTADOS
Para testar a metodologia proposta foram construídas cartas de controle para o valor esperado e a
variância do peso vivo de suínos, do desmame ao final do período de creche, ajustado a uma curva
polinomial de crescimento. A variável peso vivo foi tomada em 7 períodos, correspondentes as sete
semanas em que os animais permanecem na creche. Como padrão de crescimento foi tomado um
grupo de animais que recebeu uma ração padrão com 19% de proteína bruta (PB), esse grupo
recebeu a denominação de grupo padrão. Além disso, foram tomados mais dois grupos
experimentais dos quais os primeiro, denominado tratamento 1, foi alimentado com ração com
baixo nível protéico , 17% de PB e o segundo grupo, denominado tratamento 2, recebeu ração com
alto nível protéico, 23% de PB.
Os valores de peso vivo obtidos nos sete períodos observados para o grupo padrão foram ajustados
a um modelo polinomial com o comportamento apresentado no Figura 1.
25
20
15
10
5
0
28 35 42 49 56 63 70
FIGURA 1 -Curva de crescimento do peso em função da idade
sete períodos. Com os valores de E(T) e V(T) foram construídas as cartas de controle
correspondentes para cada grupo experimental .
Como pode ser observado na figura 2 a carta de controle de E(Z) para o tratamento 1 identificou a
tendência de afastamento do padrão de crescimento, como era esperado para um grupo de animais
alimentados com rações de baixo teor protéico .
3
2
1
0
-1 1 2 3 4 5 6 7
-2
-3
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
1 2 3 4 5 6 7
FIGURA 3 -Carta de controle de V(T) para o tratamento 1
Na figura 4 pode-se observar o comportamento de E(T), que mostra uma tendência ascendente em
relação ao padrão, fato que é esperado para um grupo de animais com alimentação com nível
elevado de proteína.
3
2
1
0
-1 1 2 3 4 5 6 7
-2
-3
3
2 ,5
2
1 ,5
1
0 ,5
0
1 2 3 4 5 6 7
F IG U R A 5 -C a rta d e c o n tro le d e V (T ) p a ra o tra ta m e n to 2
4. CONCLUSÕES
A metodologia proposta se mostrou , para os dados experimentais, eficiente no processo de
eliminar dos dados as características de não estacionaridade da média, os efeitos da
heterocedasticidade provocada pelo comportamento crescente proporcional a média, da variância.
Além disso, as cartas de controle construídas para E(T), foram eficientes em detectar as tendências
de afastamento do padrão estabelecido tanto no caso do tratamento 1, onde os valores se
encontravam de forma inferior ao padrão, quanto no caso do tratamento 2 onde os valores
amostrados se posicionaram acima da curva padrão.
As cartas construídas para V(T) identificaram um comportamento sob controle para ambos os
grupos experimentais, indicando que a ocorrência de heterocedasticidade nos dados originais não
afetaram a construção das cartas com os valores transformados
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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