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Pequeno manual de estamparia

Para estudantes de moda e clientes interessados no processo de estampagem textil

Estampa à quadro
Estampas realizadas utilizando quadros, ou telas, de serigrafia, ou silk-screen, ou
"screen-printing" em inglês.
Pode ser manual ou mecanizada. Na Colori o sistema é manual.
Mas existem máquinas automáticas, que acomodam até 12 quadros , que são
acionados mecânica ou pneumáticamente.
Estampa até 80 metros por minuto. Uma beleza de assistir. Mas um investimento
altíssimo que só se justifica para grandes volumes de produção ininterrupta; como no
caso de fábricas de tecido.

Quadros, ou telas, ou matrizes


É a ferramenta fundamental do silk screen, ou serigrafia.
Basicamente é constituída da moldura e de uma gaze, ou tecido, esticada e fixada na
moldura.
Originalmente os quadros eram esticados com seda, daí o nome seri (seda em latim)
grafia, ou silk-screen ( silk = seda em inglês, screen = tela).

Hoje, utiliza-se tecidos técnicos de poliester, de alta precisão, fabricado exclusivamente


para este fim, devido a sua excelente estabilidade dimensional que garante o registro
das cores da estampa.

Na Colori usamos os melhores tecidos suíços, de poliester monofilamento.

As molduras podem ser em madeira, alumínio ou ferro.


Utilizamos todos nossos quadros, em medidas padronizadas, com molduras em perfil
retangular de ferro galvanizado, conhecido no mercado como "metalon".

O metalon é oferecido em várias bitolas e espessuras de parede, permitindo montar-se


quadros com a resistência que se deseje, para suportar a alta tensão de esticamento
das tela, que alcançam 28 Newtons.

As telas possuem 2 parafusos de apoio e outro com uma "chaveta".


Os parafuso regulam o movimento longitudinal da estampa na hora do registro e a
chaveta o movimento lateral.
Estes três elementos, devidamente ajustados, permitem que se possa estampar cada
cor no seu devido registro. Registro é o encaixe exato de cada cor do desenho nas
demais cores que compõe o desenho. Normalmente já se grava as telas devidamente
registradas.

As telas são gravadas com a imagem de cada cor componente do desenho. Para isto
utiliza-se de uma emulsão fotográfica que é aplicada uniformemente, e com muita
técnica, ao tecido do quadro com um aplicador apropriado.
Depois de seca, na posição horizontal - para não escorrer - a tela pode então ser
gravada.
Prensa-se a arte final ou o fotolito entre a tela e um vidro (com pesos ou com vácuo) e
se expõe a à uma fonte de luz por um tempo determinado. Após isto, com um jato de
água molha-se a tela.
A área protegida pela arte, que não recebeu luz, não endurece, e escorre, deixando
aberta a área por onde a tinta vai passar durante a impressão, reproduzindo
exatamente o desenho original.

Para as artes mais complexas, como a quadricomia, separações indexadas ou mesmo


na especialidade dos circuitos eletrônico impressos, utiliza-se emulsões diazoicas ou de
fotopolímeros, que exigem um alto grau de emissão ultra-violeta para a perfeita
gravação da imagem desejada.

Na Colori usamos a melhor fonte de luz metal-halogênio fabricada no Brasil, com alta
dose de radiação ultra-violeta, para a gravação de nossas telas de precisão.

Estampa de cilindro
Estampas corridas realizadas em máquinas de estamparia, que utilizam até 12 cilindros
( que é uma tela cilíndrica feita em níquel ). Podem estampar algo como 50 metros, ou
mais, por minuto. São máquinas caríssimas, usadas normalmente nas fabricas de
tecido e malhas.

Nas máquinas mais antigas podia-se gastar cerca 300 metros, ou mais, para ajustar o
registro todas cores, e essas perdas iam para as lojas de pontas de estoques das
fabricas de tecido. Hoje existem máquinas com modernos ajustes digitais que reduzem
isto ao mínimo.

Com cilindros, pode-se estampar listras continuas no sentido longitudinal, o sentido do


urdimento.
Tecidos têm trama (transversal) e urdimento (longitudinal).
Permite áreas contínuas chapadas de tinta; como "pois" vazado na cor do tecido,
impossível de ser feito à quadro.

Estampa corrida em transfer sublimático


Sào estampas que são transferidas de um papel préviamente impresso com a tinta de
corante sublimático ("dye sublimation" em inglês).
Para a estamparia corrida, tais papeis são produzidos em bobinas por gráficas
especializadas, pelo processo "off-set".
A bobina de papel e o rolo do tecido são alimentados numa calandra especial que
transfere a estampa do papel para o tecido por pressão e calor.
O resultado é lindo e de alta precisão. Mas tem o inconveniente de só servir para
estampar tecidos de poliester, e da dependência de papeis pré-impressos importados.

Estampa localizada
Estampas realizadas sobre peças cortadas.
Podem ser manuais, como fazemos hoje na Colori, ou mecanizadas em carrosséis
automáticos, como usam uma Hering ou Sul Fabril, que possuem várias destas
máquinas.
Justificam-se quando os lotes de produção são grandes e muitos, como mais de 3000
peças por estampa.

Podem ser estampadas na mesma mesa onde se faz as estampas corridas ou em


berços de alumínio com aquecimento, em carrosséis manuais, ou até mesmo em
placas soltas de "duratex".
Usamos todos esses recursos para maximizar nossa produção e aproveitar ao máximo
a área da fábrica.

Estampa corrida
Estampas realizadas em tecido ou malhas a metro. Como já vimos, manualmente ou
mecanizadas.

O segredo da estampa corrida está em confeccionar a arte de forma em que cada


batida consecutiva das telas, a emenda de uma batida com a outra não seja percebida;
que a estampa mostre um continuo absolutamente uniforme, como se a emenda não
existisse.
Esta "emenda" chamamos de "rapport", também chamada em português de atacadura.

Chamamos de rapport também a largura de cada batida, ou melhor , a distância entre


as cruzetas de registro que define a distância entre os batentes da mesa que vão
garantir o perfeito encaixe de cada batida consecutiva.
Se o rapport for marcado errado na mesa, ou fica uma abertura entre cada batida ou a
estampa trepa uma na outra, deixando uma marca que vai arruinar a estampa.

Fazemos todas nossas artes padronizadas com 80 cm de rapport.

Falso corrido
Estampas realizadas sôbre pedaços de tecidos cortado, ou "paneaux", mas sem
continuidade de emenda do rapport de uma estampagem para a outra.
Muito usada em pequenas estamparias que não possuem longas mesas de
estampagem, para simular a estampa corrida – não tem compromisso de rapport e são
mais simples de realizar.
Neste caso os "paneaux" são enfestados e o corte riscado e efetuado. A perda de
tecido é maior, mas é a única maneira de viabilizar um corrido simulado em uma
pequena área.

Pode-se fazer falso corrido de forma corrida. Estampa-se como se fosse corrida, mas
cada batida de tela não emenda com a outra.
Tem-se que cortar em paneaux e enfestado (empilhado) como já mencionado.

Existem certa estampas onde isso é desejável. Por exemplo : estampar a bandeira do
Brasil, uma atrás da outra em um tecido à metro; ou uma fantasia "bate-bola" para
um bloco de clovis, que nos procuram todos anos. Ou vestidos, onde a flor principal
tem que estar na altura do peito. Ou, fazer uma tela para estampar listras longitudinais
num tamanho que dê para cortar uma calça, com uma tela de tamanho especial, com
o rapport adequado.

Listras longitudinais não podem ser estampadas à quadro, pois fica marcada a emenda
da tinta sobre tinta.

Nenhuma área continua pode ser estampada em estamparia de quadro, só com


cilindros.

Para viabilizar a estamparia de quadros de certos desenhos, utilizamos recursos para


permitir que cada batida flua para a outra sem emendas percebíveis. Usamos os
elementos da estampa pra criar um caminho da emenda - raminhos, folhas, ou
qualquer outro motivo que constitua a estampa.
Tintas
Existem basicamente os seguintes sistemas de tinta para estampar tecidos:

Com pigmentos
Pigmentos são matérias sólida, moída muito fina, em diversas cores.
Adicionada nas doses certas à uma base, ou pasta à base d'água, que contém fixador,
emulsionador, amaciante, água e outros aditivos conservantes, constituem a tinta de
estamparia.

Existem pastas (à base d'água) de cura ao ar (acrílica) ou de cura por calor.


A pasta com resina acrílica, de cura ao ar, é muito usada em camisetas, e cura ao ar
em 72 horas. São muito práticas para estampas localizadas, porém têm um toque mais
sólido, e desagradável para uma blusa ou vestido todo estampado.

As pastas de cura por calor, por outro lado, têm um toque mais suave e macio. Depois
de lavadas e amaciadas ficam melhor ainda. São o que chamamos de tinta TT - tintas
translúcidas para serem estampadas sobre tecidos brancos.

Quando estampadas sobre tecidos coloridos elas se compõe com a cor do fundo
formando uma terceira cor, o que muitas vezes é o que se quer. No caso da tinta preta
o resultado é sempre o preto, e isto é muito utilizado, já que se tem um tecido
estampado em duas cores tendo-se estampado uma única cor, o preto.

Pigmentos adicionados em excesso requerem mais fixador, o que endurece e empapela


a estampa - sendo assim não adianta tentar copiar certas cores muito intensas de
corante, com pigmento.

Corantes
São tintas feitas com corantes químicos cujo resultado é normalmente excelente: cores
mais vivas e vibrantes e absolutamente nenhum toque; porque mudam a cor da fibra
sem acrescentar matéria sólida.
É o que se encontra nas roupas mais finas, nos lenços de seda, nas cangas de praia
( dependendo da viscosidade da pasta, a estampa aparece também do outro lado do
material.
São chamados de corantes reativos, usados para estampas popeline, viscose, seda,
etc.
Para estampar lycra e poliester usam-se os corantes ácidos.

Porque não a usamos? É um processo mais complexo e caro: o controle das cores é
traiçoeiro (só se vê a cor final depois da lavagem), o material estampado tem que ser
vaporizado em equipamentos que utilizam caldeiras e, depois, têm que ser lavados
para descarregar o excesso de corantes.
As cores têm que ser escolhidas de cartelas previamente preparadas, que já foram
lavadas e mostram as cores finais. O difícil é novos lotes de corantes serem fornecidos
exatamente iguais aos usados para as cartelas.
Isso pode ocorrer também com pigmentos - por isso usamos sempre os pigmentos
Bayer.

O corante, quando bem feito, é uma maravilha; não tão bem feito pode ser um
desastre. A não ser que você esteja estampando para seu próprio uso. Aí ninguém vai
saber que foi um desastre. Mas para atender as especificaçôes de um cliente, já viu!
No Rio de Janeiro não existem prestadores de serviço fazendo estampa corrida em
corante reativo. Os confeccionistas, quando solicitados pelas lojas, mandam fazer em
São Paulo.

Mas existem estamparias que estampam lycra com corantes ácidos para os
confeccionista de linha praia e lingerie, como a Sayonara no Rio e a Rosset em São
Paulo.

Pode-se estampar lycra com pigmento, mas o resultado não é tão bonito nem tem a
mesma solidez do corante.

Solidez refere-se à capacidade de fixação das tintas no material estampado.

Mas fazemos muitas estampas localizadas em peças de lycra cortada com tinta
plastisol - como peças de biquinis, maiôs e roupas da linha aeróbica, com aplicação de
glitter, esferas de vidro e brilhantes.

Transfer sublimático
São papeis impressos com uma tinta a base de corante ácido que quando pressionados
com calor sôbre um tecido com poliester em sua composição, tranferem com solidez a
estampa impressa para o tecido.

Existem máquinas, ou calandras, que trabalham com papel em bobinas, que


transferem a estampa continuamente para um tecido alimentado paralelamente na
máquina.
Como estes papeis são impressos em offset, exatamente como papel de revistas,
consegue-se uma qualidade de impressão extraordinária.
Quase toda roupa de alta qualidade em tecidos com poliester são impressos assim.
Quando nos trazem uma estampa destas para copiar, a tarefa é dificil ou até impossível
- teria-se que ter acesso aos fotolitos originais da estampa em questão.
A única restrição é que se fica restrito aos desenhos trazidos pelos importadores de
papel de transfer( da França e da Alemanha, em geral). Não se tem também, controle
sobre a exclusividade. A não ser que se compre todo o lote de alguns milhares de
metros.

No caso de estampas localizadas, ou mesmo em falsos corridos, temos uma prensa


com 1 metro por 90 cm que permite usar papeis feitos por nós numa impressora
automática para papeis, ou , se a quantidade justificar, mandar imprimir numa gráfica
especializada, em offset , e obter um resultado excelente. Começamos a fazer isto em
2000 e temos feito trabalhos muito bonitos.

Plastisol
É uma tinta à base de plástico PVC. Ela tem um toque mais forte, o que muitas vezes é
desejavel pelo cliente.
Têm que ser curada numa estufa à 165º C. O material tem que agüentar esta
temperatura sem encolher ou amarelar, ou mudar de cor. Aliás, todo material tem que
ser testado antes de se encetar o corte e a impressão.

É uma tinta que tem uma qualidade maravilhosa em relação à produtividade e à


mecanização da impressão: elas não secam nunca, não entopem telas , o que permite
largar a tinta na tela e ir almoçar. Elas não secam, elas são curadas, e se fundem no
material onde estão sendo impressas.
Nos Estados Unidos, fãs da produtividade, praticamente só se usa esta tinta para
camisetas.

Nos carrosséis automáticos só se pode usar esta tinta pois, como não secam nem
estopem as telas, a produção não é arruinada porque a tela de alguma cor entupiu e a
cor ficou falhada.
No nosso calor, poucas peças seriam estampadas antes de todas as cores começassem
a secar nas telas.
Além do mais, no final do expediente pode-se deixar as telas no lugar, devidamente no
registro, para retomar o trabalho no dia seguinte.

Estamos aprendendo a utilizar o potencial desta tinta. Temos usado com muito sucesso
e propriedade em muitos desenhos; mas ainda há muito a se desbravar e aprender.

Tinta de cobertura
São usadas quando se deseja estampar sobre tecidos ou malhas coloridas, sobretudo
nas cores mais escuras.
Podem ser TT, acrílicas ou plastisóis.
Recebem, em sua composição, óxido de titânio finamente moído.

No caso das tintas à base d'água, o pigmento branco acrescenta mais um fator sério
de entupimento de telas.
O pigmento branco é muito maior que o pigmento colorido: como comparar uma bola
de futebol com uma continha.
Quando se usa tinta de cobertura as telas utilizadas precisam estar esticadas com um
tecido com uma trama mais aberta, que permita a tinta fluir sem provocar
entupimentos.

A tinta plastisol de cobertura não entope, e trabalha com telas onde as tintas à base
d'água não poderiam ser usadas. Isto permite bons detalhes , mesmo em letras finas
em branco sobre fondo escuro, ou retícula de policromia ou indexado.

As tintas de cobertura normalmente são repicadas, ou seja, estampa- das como uma
segunda demão, para poder efetuar uma cobertura eficiente.

Na estampa corrida procuramos usar as tintas de cobertura com parcimônia, pois não
só têm um toque mais sólido devido ao depósito de mais pigmentos brancos, como não
se repica estas cores. Repicar cores na estampa corrida a encareceria
demasiadamente. Assim o branco fica meio off-white, ou um branco sujo. Se o fundo é
de cor clara ou pastel a cobertura é muito boa.

Tintas especiais
Todas nossas tintas à base d'água são preparadas por nós, utilizando produtos da
Bayer.

Para confeccionar outras tintas especiais adicionamos componentes para se obter


outros visuais.

Nesta categoria estão as tintas de expansão ( ou "puff" ), as tintas peroladas, onde se


acrescenta um produto importado muito caro, chamado iriodine.
Usamos também pigmentos metalizados para conseguir tintas dourada, prateada,
bronze, ouro velho.

Há ainda a adição de "glitter" e purpurina.


O "glitter" é uma purpurina com partículas um pouco maior. É feita normalmente em
poliester metalizado, e é fornecido em várias cores além do tradicional prata e ouro.

Estas tintas podem ser usadas tanto na estampa corrida como na localizada.

A tintas plastisol é usada apenas na estampa localizada, já que como não secam não
há como fazer a cura intermediária entre as cores, o que é possível ao estampar peças
cortadas.

Processos especiais
Temos muitas estampas que utilizam processos especiais, ou uma combinação de
vários processos:

Flocagem- aplica-se uma camada de flocos (usualmente de rayon) orientada


eletrostáticamente, para dar um efeito de veludo ao desenho.

Esferas de vidro- em diversas bitolas, dá um reflexo bonito ou simula brilhantes.

Foil metálico- prensa-se uma folha metalizada aplicando ao desenho um filme dourado
, prateado ou coloridos metalizados.

Miçangas coloridas- aplica-se estes elementos em detalhes da estampa ou até num


desenho pequeno, mais delicado.

Brilhantes, tachas e estrelas Swarovsky- usadas para dar toques e embelezar


estampas.

Ainda é possivel combinar estes processos, acrescentar bordados ou crochets, ou ainda


folhas, fios de lã, recortes de feltro, ou o que a criatividade inventar, e a técnica
permitir.

Óbviamente existem custos associados a esta viagem criativa, que muitos clientes
escolhem por serem de vanguarda; ou por

que sua clientela pode absorver este tipo de custo, em nome da diferenciação.

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