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Na última quarta-feira, a ministra Maria de Lurdes Rodrigues garantiu que o processo de avaliação
dos professores não vai ser adiado nem suspenso, mas poderá ser aplicado de forma simplificada
este ano lectivo, por exemplo abdicando de requisitos como a observação de aulas e de critérios
como as notas dos alunos.
Hoje, no final da ronda negocial com as duas federações, o secretário de Estado adjunto e da
Educação, Jorge Pedreira, afirmou, em conferência de imprensa, que o ministério "não negoceia
sob ultimato".
Em resposta, a Fenprof ameaçou recorrer aos tribunais por considerar ilegal o regime simplificado
de avaliação de desempenho que o ministério acordou esta semana com o Conselho de Escolas.
Para a Fenprof, o ministério só tem duas saídas: "aplicar o regime de avaliação, tal como está
previsto no diploma, ou suspender o processo, se não houver condições para o fazer". "Tudo o que
forem aplicações diferenciadas e procedimentos mínimos é à margem da lei", reforçou o dirigente
sindical.
Considerando que "já não há mais negociação, uma vez que o Ministério da Educação está
totalmente inflexível", Mário Nogueira adiantou que a Fenprof vai reunir com as outras estruturas
sindicais do sector para avaliar a situação e discutir outras formas de luta. "A greve está sempre
em cima da mesa", afirmou.