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Richard Bona (n.

1967)
> contrabaixo, piano, guitarra e bateria
Nascido na pequena vila de Minta, em Camarões, Richard Bona cresceu em uma casa cheia
de música. Seu avô era um percussionista e cantor relativamente conhecido e sua mãe
cantava amadoramente em casa e na Igreja. Foi com ela e suas quatro irmãs que Bona
começou a cantar ao quatro anos de idade nas missas de domingo.

O músico conta que quando bebê costumava chorar muito sem qualquer motivo aparente, até
que um dia algum músico amigo da família passou por lá com trazendo um balafon (uma
espécie de xilofone mais rudimentar usado originalmente por tribos africanas). Ao começar a
tocar, o menino que chorava inconsolável parou de chorar. Um pouco maior, começou a juntar
ripas de madeira de diversos tamanhos construindo seu próprio balafon.

E foi assim com outros diversos instrumentos. Como não havia uma loja de instrumentos em
sua cidade, o menino passou a construir uma infinidade de flautas de madeira, balafons e até
um violão de seis cordas. Para arrumar as cordas do violão, teve de passar algumas horas
rodeando a porta de uma bicicletaria, e quando o dono seu distraía, roubava o cabo de freio
tirado de alguma bicicleta.
Os dotes musicais do garoto logo viraram notícia na pequena cidade, e Richard Bona passou a
ser um dos mais requisitados para cantar em casamentos e batizados. Mas não levou muito
tempo para que o novo talento sentisse a vontade de ser aventurar na cidade grande. Com
onze anos de idade partiu para Douala para morar com seu pai, conseguindo imediatamente
convites para tocar. Trocou seu violão caseiro por um alugado e passou a tocar regularmente
como profissional.

Sua vida mudou definitivamente em 1980 quando um francês que acabara de abrir um hotel em
sua cidade ouviu elogios rasgados sobre o jovem músico que alguns dias depois contratava
para montar e dirigir uma banda. Fanático por jazz, o dono do hotel mostrou para Bona cerca
500 lps de jazz enfiados em caixas e disse: “aprenda essas músicas”. O hotel providenciava os
instrumentos e Bona passou dias aprendendo a tocar os diversos instrumentos e a ler e
escrever música. O primeiro disco que Bona puxou aleatoriamente de uma das caixas foi um lp
do extraordinário Jaco Pastorious que continha a faixa “Portrait of Tracy”. “Antes de ouvir o
Jaco, jamais havia considerado tocar contrabaixo”, relembra o músico que passou a fazê-lo
imediatamente.

Com a morte de seu pai Bona decidiu dar um passo maior e partiu para Paris. Vestindo uma
bermuda e uma camisa leve, chegou à Paris em pleno inverno. O músico recorda: “Quando
abriu a porta do avião, havia neve por todos os lados, eu que nem sequer conhecia inverno,
batendo o queixo, quis voltar imediatamente para casa”. Mas um comissário de bordo deu-lhe
seu agasalho e o convenceu a não desistir de tentar a sorte naquela cidade. Dentro de dois
meses já estava trabalhando com importantes músicos, franceses e africanos, como Didier
Lockwood e Marc Ducret, Manu Dibango e Salif Keita.

Ficou em Paris por sete anos até que recebeu um convite para uma visita de quatro dias a
Nova York e acabou ficando dois meses. No final do mesmo ano, mudou-se definitivamente
para lá. Ao chegar ligou para Joe Zawinul com quem havia tocado anos antes em Paris e esse
o convidou para participar da gravação e a turnê de seu disco My People.

Multiinstrumentista, compositor, exímio contrabaixista e dono de uma voz suave que mescla
nas devidas proporções docura com uma ponta de nostalgia, desde sua chegar à Nova York
em 1995, Richar Bona já tocou, gravou ou excursionou com: os guitarristas Larry Coryell, Mike
Stern e Pat Metheny, pianistas Joe Zawinul, Herbie Hancock, Chick Corea, Jacky Terrasson e
Bob James, os saxofonistas Sadao Watanabe, Branford Marsalis e David Sanborn, a violinista
Regina Carter, o vocalista Bobby McFerrin e o trompetista Randy Brecker

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