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Texto 1 A lngua articulada, prpria do homem

Este texto desenvolve uma das particularidades da linguagem


humana: o dilogo a possibilidade de formar uma mensagem a
partir de outra, o que significa que as unidades podem ser
compostas de maneira diferente.

Uma diferena capital aparece tambm na situao em que se d a
comunicao. A mensagem das abelhas no provoca nenhuma
resposta do ambiente mas apenas uma certa conduta, que no
uma resposta. Isso significa que as abelhas no conhecem o
dilogo, que a condio da linguagem humana. Falamos com
outros que falam, essa a realidade humana. Isso revela um novo
contraste. Porque no h dilogo para as abelhas, a comunicao
se refere apenas a um certo dado objetivo. No pode haver
comunicao relativa a um dado "lingustico"; no s por haver
resposta, sendo a resposta uma reao lingustica a outra
manifestao lingustica; mas tambm no sentido de que a
mensagem de uma abelha no pode ser reproduzida por outra que
no tenha visto ela mesma os fatos que a primeira anuncia. No se
comprovou que uma abelha v, por exemplo, levar a outra colmeia
a mensagem que recebeu na sua, o que seria uma forma de
transmisso ou de retransmisso. V-se a diferena da linguagem
humana, em que, no dilogo, a referncia experincia objetiva e a
reao manifestao lingustica se misturam livremente, ao
infinito. A abelha no constri uma mensagem a partir de outra
mensagem. Cada uma das que, alertadas pela dana da primeira,
saem e vo alimentar-se no ponto indicado, reproduz quando volta
a mesma informao, no a partir da primeira mensagem, mas a
partir da realidade que acaba de comprovar. Ora, o carter da
linguagem o de propiciar um substituto da experincia que seja
adequado para ser transmitido sem fim no tempo e no espao, o
que tpico do nosso simbolismo e o fundamento da tradio
lingustica.

Benveniste, Problemas de lingustica geral

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