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AS ESTRUTURAS

ELEMENTARES DO
PARENTESCO
CLAUDE LÉVI-STRAUSS

Capítulo IV

A endogamia e a exogamia
Tópicos
 Endogamia
 Exogamia
 Poligamia
 A explicação para a poligamia tribal
 A proibição do incesto
 Primos cruzados
 Primos paralelos
 Endogamia verdadeira
 A hipótese de Gobineau
 Endogamia funcional
Definições de endogamia e exogamia
Endogamia é o traço cultural de um povo ou nação, segundo o
qual o indivíduo só pode contrair matrimônio com membros
do grupo, tribo ou raça.

Exogamia é o regime social em que os casamentos se realizam


com membros de tribos diferentes ou, dentro da mesma tribo,
com indivíduos de outra família ou de outro clã.

FONTE: Enciclopedia Badem. 4 ed. São Paulo: Ed. Iracema, 1976


poligamia
 A poligamia é um tipo de relacionamento amoroso e sexual entre mais de
duas pessoas, por um período significativo de tempo ou por toda a vida. É
permitida por algumas religiões e pela legislação de determinados países.

 A poligamia foi amplamente praticada no mundo antigo por varias nações


entre elas Gregos, Romanos, Hindus, Babilônios, Persas, Israelitas,
Árabes, Africanos, etc.

 Varias motivos levavam os homens à praticarem a poligamia, veja:

 a diferença numérica entre homens e mulheres (menor número de


homens), devido ao fato de que no mundo antigo eram travadas muitas
guerras onde muitos homens morriam e tribos eram dizimadas, muitas
mulheres ficavam viúvas sem nenhum amparo e isso causava uma grande
diferença numérica entre homens e mulheres. Nesses casos a poligamia
era a única solução sem falar na grande necessidade do rápido
crescimento da tribo através da linhagem masculina, pois enquanto uma
mulher demora 9 meses para gerar um filho enquanto um homem pode
gerar muitos filhos se tiver muitas esposas.
 O fato de que vários contratos de casamento aumentava as
riquezas.

 os casamentos geravam muitos filhos garantindo assim a


continuidade da gerações posteriores.

 a necessidade de ter vários filhos para o rápido crescimento


da tribo.

 a esterilidade de uma mulher (segundo uma lei babilônica a


mulher estéril, por exemplo, se fosse casada, era obrigada
por lei a providenciar uma substituta para o marido poder
multiplicar a espécie).
Explicação para a poligamia tribal
 A explicação que Lévi-Strauss ressalta para
justificar a poligamia tribal é que o chefe da tribo
não poderia cumprir todas as suas obrigações se
não tivesse suas companheiras polígamas que,
libertadas de sua servidão, estariam sempre
prontas a acompanhá-lo e a servi-lo nos
trabalhos agrícolas e artesanais. Além disso, a
pluralidade de mulheres é a recompensa pelo seu
poder.


Fonte: Lévi-Strauss, Claude; 2003, cap. IV, pág. 84-85
A proibição do incesto
 Segundo Lévi-Strauss, a proibição do
incesto, entre outras coisas, tem por
finalidade:

 fazer com que a competição em torno das


mulheres seja feita no grupo e não,
apenas, em regime privado;

 Afirmar a sobrevivência do grupo,


sobrepor o social ao natural, o coletivo ao
individual e a organização ao arbitrário.
Proibição do incesto seguido de um
sistema exogâmico
 A estipulação negativa da proibição do incesto
tem uma compensação positiva. A proibição de se
cometer o incesto obriga a se entregar a filha ou
irmã para casar-se com outro homem, em
compensação, cria-se um direito sobre a filha ou
irmã desse outro homem.

 A proibição do incesto não é mais como o capítulo


anterior tinha sugerido, ou seja, uma interdição,
pois visto sob esse prisma, ao mesmo tempo que
ele proíbe, ordena.

 A exogamia é a expressão social da proibição do


incesto.
Citação
“as regras do casamento não fazem
senão proibir um circulo de
parentesco”. (Strauss, cap. IV, pág.
85)
Proibição e determinismo modelar do matrimônio

Lévi-Strauss diz que as regras do casamento não fazem sempre


senão proibir um circulo de parentesco - como é o caso do incesto
– e às vezes também determinam um círculo no interior do qual o
casamento deve necessariamente efetuar-se (como é o caso da
endogamia). (ibid.).

Dois tipos de casos:

 endogamia - obrigação de casar-se no interior de um grupo


definido;

 união preferencial - a escolha do cônjuge a partir de uma relação


de parentesco determinada.

 Partindo da ideia de que uma relação parental pode constituir uma


classe, uma união preferencial pode, portanto, ser caracterizada
como uma endogamia.
 Primos cruzados é o filho do irmão da
mãe, ou filho da irmã do pai, elegível para
casamento. Um primo cruzado é,
portanto, o filho do irmão do progenitor de
sexo oposto.

 Em muitos grupos de descendência


monolineares, estes primos são muitas
vezes a primeira escolha para esposas.
 Primos paralelos é o filho de uma irmã
da mãe ou filho de um irmão do pai. Um
primo paralelo é, portanto, o filho do
irmão do progenitor de mesmo sexo.

 Diferentemente do caso entre primos


cruzados, o casamento com um primo
paralelo seria visto como incestuoso.

 Fonte: <http://www.scn.org/rdi/kw-crop.htm>
Citação
 “O casamento entre estranhos é um
progresso social (porque integra
grupos mais vastos), mas é também
uma aventura.” (id. pág.88)
Endogamia verdadeira
 Uma sociedade pode ser, ao mesmo tempo endógama
quando relacionada a um fator, e exógama, quando
relacionada a outros fatores.

 Lévi-Strauss lembra, por exemplo, que os australianos são


exógamos quanto ao clã e endógamos no que se refere à
tribo. (pág.86).

 Mas, apesar disto, a endogamia e a exogamia não são,


segundo ele, instituições que se complementam. A
endogamia verdadeira recusa-se a reconhecer a
possibilidade de um casamento fora dos limites da
comunidade humana.
 De maneira geral, a endogamia verdadeira manifesta exclusão do
casamento fora dos limites da cultura, cujo conceito está sujeito à
contrações e dilatações. Sua prática consiste em estimular o
casamento no interior de um grupo definido por certos caracteres
concretos que não se contraem nem se dilatam como (nome,
língua, raça, religião, etc.). Isto, pode ser caracterizado como
uma forma de limitar o poder de generalização.

 A endogamia verdadeira revela uma tendência de um grupo se


manter homogêneo tanto no que se refere a cultura, os hábitos e
tradições, como ao que se refere à questão biológica, que busca
aumentar a homozigose a fim de diminuir a variação genética.

 Como define Lévi-Strauss, a endogamia verdadeira é um princípio


inerte de limitação, incapaz de superar a si mesma.
A hipótese de Gobineau
 Lévi-Strauss comenta que tentando manter a
homogeneidade de sua raça, de seus costumes e
tradições, muitos povos inferiorizam outros,
demonstrando que tudo o que sai dos limites de
seu grupo perde um atributo especial. Sobre isso,
o antropólogo belga, lembra que certas tribos
brasileiras identificaram os primeiros escravos
negros importados para a América como
“macacos da terra” e isso pode ser explicado pela
hipótese de Gobineau que diz que a proliferação
dos seres fantásticos do folclore como anões,
gigantes e monstros se explica mais pela
incapacidade de conceber o estranho, o diferente,
do que pela ingênua riqueza de imaginação.
Endogamia funcional
 A endogamia funcional é simplesmente
uma técnica de ajustamento que assegura
o equilíbrio matrimonial no grupo, uma
vez que o próprio clã se transforma em
função das exigências deste equilíbrio.

 A interelação entre a endogamia e a


exogamia caracteriza a a endogamia
funcional que tem como objetivo excluir a
endogamia verdadeira.

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