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O crime (nesses dois casos) passa a contar com um dado típico novo (por exemplo:
furto ocorrido durante inundação, seqüestro praticado sob a regência de uma lei
temporária etc.): o Direito novo é distinto E NÃO RETROAGE. O ATO EXCEPCIONAL
É REGIDO PELA LEI DO SEU TEMPO.
Sucessão de leis penais excepcionais ou temporárias: a lei excepcional “A” foi
substituída pela lei excepcional “B”, que diminuiu a pena: APLICA-SE SEMPRE A
MAIS FAVORÁVEL, POIS AMBAS SÃO EXCEPCIONAIS.
O STF julgou o caso e entendeu que não (STF, HC 73.168-SP, Moreira Alves,
Informativo do STF n. 41, p. 4).
Três são os princípios válidos para resolver o conflito aparente de leis penais: 1)
ESPECIALIDADE; 2) SUBSIDIARIEDADE E 3) CONSUNÇÃO.
a) Princípio da especialidade
Pelo princípio da especialidade a lei especial derroga a lei geral: A LEI É ESPECIAL
QUANDO CONTÉM TODOS OS REQUISITOS TÍPICOS DA LEI GERAL MAIS ALGUNS
REQUISITOS ESPECÍFICOS.
b) Princípio da subsidiariedade
Exemplo: art. 10, § 1º, da Lei 9.437/97 (lei das armas de fogo): “disparar arma de
fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública
ou em direção a ela, desde que o fato não constitua crime mais grave”.
Nesse caso há uma relação de espécie e espécie (e não de gênero e espécie, como
se passa no princípio da especialidade).
Em ambas as hipóteses (subsidiariedade expressa ou tácita), ocorrendo o delito
principal (o maior), afasta-se a aplicação da regra subsidiária (lex primaria derogat
lex subsidiariae).
d - Princípio da alternatividade
VI - Tempo do crime
Três teorias: (a) teoria da atividade (para ela o momento do crime é o da ação ou
omissão); (b) teoria do resultado: o momento do crime é o do resultado
naturalístico) e (c) teoria mista ou da ubiqüidade (momento do crime é o da ação
ou omissão ou - indistintamente - o do resultado).
Exercício: menor com 17 anos que dispara contra a vítima que vem a morrer mais
de um ano depois, só responde PELO ECA.
Crime no dia do 18º aniversário: nesse caso o agente responde pelo CP ou pelo
ECA? PELO CP.
Crime continuado e tempo do crime: Exercício: o sujeito pratica dois furtos quando
menor (com 17 anos, 11 meses e 15 dias) e um terceiro quando maior (com 18
anos e 1 dia), de forma continuada.
O Direito penal internacional faz parte do Direito público interno e não se confunde
com o Direito internacional penal, que integra o Direito internacional e é voltado
para a disciplina do ius puniendi nas relações entre os Estados.
Exercício 2: A regra do art. 7º do CP que manda aplicar a lei penal brasileira para
crimes ocorridos fora do Brasil é uma regra de Direito penal internacional (X) ou de
Direito internacional penal ( ).
Princípio básico: princípio da territorialidade: ao crime ocorrido no território
nacional, aplica-se a lei penal brasileira (CP, art. 5º: “Aplica-se a lei brasileira, sem
prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime
cometido no território nacional”).
A todo crime ocorrido no Brasil aplicamos a lei penal brasileira? NEM SEMPRE, HÁ
EXCEÇÃO (IMUNIDADE DIPLOMÁTICA). PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE
RELATIVA.
Extensão do território nacional: CP, art. 5º, §§ 1º e 2º: “Para os efeitos penais,
consideram-se como extensão do território nacional as embarcações brasileiras, de
natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem,
bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo
correspondente ou em alto-mar”; “É também aplicável a lei brasileira aos crimes
praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade
privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em vôo no espaço
aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil”.
CP, art. 6º: “Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou
omissão, no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se
o resultado”.
Chama-se crime a distância (ou de espaço máximo) O CRIME QUE ENVOLVE DOIS
PAÍSES.
Crime em trânsito, por seu turno, não se confunde com crime de trânsito QUE É O
COMETIDO EM VIA PÚBLICA POR VEÍCULO AUTOMOTOR.
Crime de trânsito, por sua vez, não se identifica com crime no trânsito QUE NÃO
ENVOLVE VEÍCULO AUTOMOTOR, MAS FOI NO TRÂNSITO, EX.: BICICLETA.
Incide nas hipóteses do 7º, I, “a”, “b” e “c”: crime contra a vida do presidente,
crime contra a União etc. o chamado princípio da defesa ou real ou de proteção. Na
hipótese do art. 7º, I, “d”, tem lugar o princípio da justiça universal.
Hipóteses de extraterritorialidade condicionada (CP, art. 7º, inc. II: Ficam sujeitos à
lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro os crimes a) que, por tratado ou
convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; b) praticados por brasileiros; c)
praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade
privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados”.
Também incide a lei brasileira ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro
fora do Brasil, se, reunidas as condições que veremos em seguida: a) não foi
pedida ou foi negada a extradição; b) houve requisição do Ministro da Justiça” (cf.
art. 7º, § 3º, do CP).
Observa-se o princípio da justiça universal na situação do art. 7º, II, “a” (crime que
o Brasil deve reprimir em razão de tratado), o princípio da personalidade ativa no
art. 7º, II, “b” (crime praticado por brasileiro fora do Brasil), princípio da
representação no art. 7º, II, “c” (crime cometido a bordo de embarcação ou
aeronave brasileira, privada, não julgado no estrangeiro). Na hipótese do art. 7º, §
3º (crime contra brasileiro), aplica-se o princípio da personalidade passiva ou da
nacionalidade passiva (compreendida tão-somente a nacionalidade da vítima e
independentemente da nacionalidade do autor do fato).
As condições descritas nas alíneas “b” e “c” são condições objetivas de punibilidade.
As demais são condições de procedibilidade.
Exercício: Márcio Scherer, brasileiro, em 1999, na cidade de Nova York, matou um
empresário brasileiro num hotel. Pode ser julgado no Brasil? SIM, SITUAÇÃO DE
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA.
O princípio do ne bis in idem possui dois aspectos: (a) um material (penal) e (b)
outro processual:
MATERIAL – NINGUÉM PODE SER CONDENADO DUAS VEZES PELO MESMO CRIME.
PROCESSUSAL – NINGUÉM PODE SER PROCESSADO DUAS VEZES PELO MESMO
CRIME.
XII - Extradição
Nossa Constituição Federal, no seu art. 5º, LI e LII, disciplina a matéria da seguinte
forma:
Em regra não é possível a extradição de brasileiro, salvo o naturalizado (CF, art. 5º,
incisos LI e LII).
Princípios que regem a extradição: (a) da preponderância dos tratados frente à lei
reguladora da extradição; (b) da legalidade (só cabe extradição nos casos previstos
em lei); (c) da tipicidade recíproca (ou dupla tipicidade: os tipos penais previstos
na legislação dos dois países devem ser idênticos ou simétricos); (d) da
preponderância da justiça nacional (frente à estrangeira); (e) da não extradição
para o cumprimento de prisão perpétua ou pena de morte; (f) da detração (o
tempo de prisão no Brasil deve ser computado em favor do extraditando)
A lei penal é geral, isto é, por força do princípio da generalidade vale para todas as
pessoas. Mas há algumas que exercem funções públicas (ou atividades de interesse
púbico) relevantes e por isso desfrutam de algumas prerrogativas funcionais (ou
profissionais).
Vamos estudar quatro tipos de imunidades: (a) diplomática; (b) parlamentar; (c)
do Presidente da República e (d) dos Advogados.
a) Da imunidade diplomática
b) Da imunidade parlamentar
1 - a inviolabilidade penal prevista no 53, caput, da CF, que diz: “Os deputados e
Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões,
palavras e votos”.
Legítima defesa, sim, cabe contra o ato ofensivo do parlamentar. Havendo co-autor
ou partícipe nesse ato, ele também não responde penalmente (se o fato é atípico
para o autor principal, o é também para o participante). A Súmula 245 do STF (que
diz que a imunidade parlamentar não se estende ao co-réu) só tem valor hoje para
a imunidade processual.
c - crime cometido após o exercício das funções: não conta com foro especial
(Súmula 451 do STF).
Por último, recorde-se que o parlamentar também conta com certa imunidade
probatória, isto é, não é obrigado a testemunhar sobre informações recebidas ou
prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações (CF, art. 53, § 6º).
Prefeitos:
a - só pode ser processado se a acusação for admitida por dois terços da Câmara
dos Deputados (CF,art. 86). LICENÇA DA CÂMARA.
Desfruta ainda de foro especial por prerrogativa de função: nos crimes comuns é
julgado pelo Supremo Tribunal Federal e perante o Senado Federal (presidido pelo
Presidente do STF) nos crimes de responsabilidade (CF, art. 86, caput).
Novidade: mesmo depois de cessadas suas funções, continua o foro especial para
os crimes cometidos durante o seu exercício (Lei 10.628/02).
d - Da imunidade do Advogado
O advogado, por força do art. 133 da CF, “é inviolável por seus atos e
manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.
Imunidade material (penal): Nos termos do § 2º, do art. 7º, da Lei 8.906/94
(Estatuto da Advocacia), “o advogado tem imunidade profissional, não constituindo
injúria, difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no
exercício da sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções
disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer”.
Crime de desacato: O STF ELIMINOU (EM UMA ADIN), O ADVOGADO NÃO TEM
IMUNIDADE POR DESACATO. PODE SER PRESO POR DESACATO HOJE? NÃO, POIS:
1) DESACATO É CRIME AFIANÇÁVEL E 2) DESACATO É INFRAÇÃO DE MENOR
POTENCIAL OFENSIVO (E, PORTANTO, NÃO CABE FLAGRANTE).
Em caso de mera retorsão, também não há que se falar em crime: STJ, HC 19.486-
PB, Hamilton Carvalhido, DJU de 06.05.02, p. 326, j. 18.12.01: CASO EM QUE O
STJ ENTENDEU QUE O ADVOGADO NÃO COMETEU CRIME, MAS APENAS EXERCEU
O DIREITO DE RETORSÃO.
O prazo penal, de outro lado, sempre vence às 24 horas. São contados os dias, os
meses e os anos pelo calendário comum, que é o gregoriano (CP, art. 10).
Por força do art. 11 do CP, “desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas
restritivas de direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de
cruzeiro”.
Consoante o disposto no art. 12 do CP, “As regras gerais deste Código aplicam-se
aos fatos incriminados por lei especial, se esta não dispuser de modo diverso”.
Referida teoria, de outro lado, complementa (não substitui) a teoria do nexo causal
(art. 13 do CP – teoria da conditio sine qua non): O NEXO CAUSAL É UMA
GARANTIA QUE NÃO PODE SER ELIMINADA.
Impende sublinhar que a teoria da imputação objetiva aplica-se a todos os delitos
(materiais, formais, mera conduta, comissivos/omissivos etc.).
1º) situações de risco normal: é o caso de Henry George, instrutor americano, que
deu aulas de pilotagem para o terrorista suicida Mohammed Atta, que jogou o avião
da American Airlines contra a Torre Norte do WTC.;
Não há crime sem resultado jurídico, isto é, sem desvalor do resultado (que
consiste na lesão ou perigo concreto de lesão ao bem jurídico): NÃO HÁ MAIS
CRIME. NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA O PERIGO ABSTRATO, SOMENTE PERIGO
CONCRETO.
SEGUNDA: o sujeito só responde pelo resultado que está sob seu domínio (domínio
do fato): EX. QUANDO O SOBRINHO QUER A MORTE DE SEU TIO VISANDO O
RECEBIMENTO DE HERANÇA. PARA TANTO, ESTE COMBINA DE ENCONTRÁ-LO EM
DETERMINADO BOSQUE, EM DIA CHUVOSO, NA ESPERANÇA QUE O TIO FOSSE
ATINGIDO POR UM RAIO. VERIFICADA A OCORRÊNCIA DE TAL EVENTO, NÃO
RESPONDERÁ, O SOBRINHO, PELA MORTE DO TIO, NA MEDIDA QUE ESTE NÃO
DETÉM CONTROLE SOBRE OS ACONTECIMENTOS NATURAIS.
QUINTA: não há imputação objetiva na “ação da vítima a próprio risco”: EX. NOS
CASOS DE OVERDOSE EM QUE O SUJEITO SE AUTO-APLICOU A DROGA. EX.
OMISSÃO DE SOCORRO QUANDO A VÍTIMA SE AUTO-COLOCOU EM RISCO, OU
SEJA, QUANDO ESTA RECUSA PRESTAÇÃO DE SOCORRO.
(d) O filho quer matar o pai; sabe que caem muitos raios num determinado local;
programa um passeio para o pai num dia chuvoso; este morre por força de um
raio. O filho responde pela morte?
(e) A mãe se descuida e deixa o filho cair na piscina; um terceiro, tentando salvá-lo
morre. A mãe responde também por essa morte?
(i) Motorista faz proposta sexual para caronista. Esta pula do veículo em
movimento e sofre lesões graves. O motorista responde pelas lesões?
(j) A pratica roubo contra B, que é cardíaco e morre. A responde pela morte?
Por força da teoria da congruência, nos crimes dolosos devem concorrer duas
partes: a objetiva e a subjetiva: (A) SUBJETIVA: CONDUTA, RESULTADO
NATURALÍSTICO E NEXO DE CAUSALIDADE; (B) IMPUTAÇÃO OBJETIVA DA
CONDUTA, RESULTADO JURÍDICO E IMPUTAÇÃO OBJETIVA DO RESULTADO.
1. PARTE OBJETIVA
2. PARTE SUBJETIVA
2.1. Requisito subjetivo geral (de todo crime doloso): é o dolo.
(e) congruente (é o que não exige nenhum requisito subjetivo especial, leia-se,
nenhuma intenção além do dolo. Exemplo: art. 121, caput); incongruente (é o que
exige requisito subjetivo especial ou transcendental. Exemplo: art. 158:
constranger a vítima com a intenção de obter vantagem econômica).
(a) objetivos (tudo que não pertence ao mundo anímico do agente); (b) subjetivos
(pertencem ao mundo anímico do agente).
Nos crimes dolosos os requisitos subjetivos são: o dolo (requisito subjetivo geral)
mais, eventualmente, requisitos subjetivos especiais (em alguns crimes). Exemplo:
crime de extorsão (CP, art. 158): constranger a vítima com a intenção de obter
vantagem ilícita).
(a) falta de requisito formal: EX. MULHER NÃO VIRGEM NO CRIME DE SEDUÇÃO;
EX. INEXISTÊNCIA DE FETO NO CRIME DE ABORTO.
(b) teoria finalista da ação: WELZEL – CONSIDERA QUE O DOLO E A CULPA NÃO
PERTENCEM À ANTIJURIDICIDADE, MAS SIM À TIPICIDADE.
(d) erro nas descriminantes putativas fáticas (chamado também de erro de tipo
permissivo) (art. 20, § 1º).
4. Erro de tipo e erro de proibição (distinção):
(a) no erro de tipo (CP, art. 20, caput) o agente não tem ou não tem plena
consciência da sua conduta (não sabe − exatamente − o que faz). Erro e
ignorância = equivalência. Exclui o quê? EXCLUI O DOLO, EM CONSEQÜÊNCIA
EXCLUI O INJUSTO PENAL – EX. VENDA DE BEBIDA ALCOÓLICA PARA MENOR DE
18 ANOS, SUPONDO SER ESTE MAIOR; MULHER QUE TRANSPORTA PACOTE
CONTENDO COCAÍNA SEM SABER QUAL O SEU CONTEÚDO.
Exemplos: (a) sucata no RJ; (b) bebida para menor; (c) mulher de Presidente
Prudente; (d) Fiat-Salvador
(b) no erro de proibição (CP, art. 21) o agente sabe o que faz e acredita que é
lícito quando na verdade é ilícito (o agente não conhece a proibição); recai sobre a
ilicitude do fato. Exclui ou atenua A CULPABILIDADE – EX. O TRANSPORTE DE
LENHA SEM GUIA APÓS 1966 (PROMULGAÇÃO DE LEI QUE EXIGE GUIA
ESPECÍFICA PARA O TRANSPORTE DE TAL MERCADORIA); EX. HOLANDÊS QUE
PORTAVA MACONHA SUPONDO SER ESTA PERMITIDA NO BRASIL; EX.
MARINHEIRO QUE COMPRA LANÇA-PERFUME NA ARGENTINA, FAZENDO USO
DESTE NO BRASIL, POR CONSIDERAR SER PERMITIDO O CONSUMO DESTE NO
TERRITÓRIO BRASILEIRO.
Exemplos; efeitos.
(b) vencível– art. 20, “caput”, 2ª parte: quando ocorre? OCORRE QUANDO O
AGENTE NÃO AGIU COM A DEVIDA CAUTELA, OU SEJA, AGIU ABRUPTAMENTE.
EXCLUI O DOLO, PORÉM DERIVA DA CULPA, SUBSISTINDO ESTA.
1 - “error in personae” (art. 20, § 3º): vale a pessoa que queria atingir;
3 - “aberratio ictus”: art. 73: relação pessoa/pessoa; vale a pessoa que queria
atingir; (a) resultado único: um só crime; (b) resultado duplo: concurso formal
(crime doloso + crime culposo); concurso perfeito; e se o sujeito queria atingir os
dois: concurso formal imperfeito.
EX. PAI DO EX-PRESIDENTE FERNANDO COLLOR DE MELO AO TENTOU MATAR
OUTRO SENADOR DE ALAGOAS, ACERTOU SENADOR DO ESTADO DO ACRE.
5 - “aberratio causae”: (a) erro sobre o nexo causal (um só ato); (b) dolo geral
(dois atos = erro sucessivo).
Erro de tipo (agente supõe a ausência de requisito típico que está presente) e
delito putativo por erro de tipo (supõe a presença de um requisito típico que
está ausente): EX. A MULHER PENSA QUE ESTÁ GRÁVIDA, REALIZA ATOS
ABORTIVOS, QUANDO NÃO HAVIA GRAVIDEZ. TRATA-SE DE UM FATO ATÍPICO,
UMA HIPÓTESE DE CRIME IMPOSSÍVEL.
DO CRIME CULPOSO:
1. Definição do tipo de injusto culposo (CP, art. 18): imprudência, negligência ou
imperícia: 1. IMPRUDÊNCIA: O SUJEITO REALIZA UMA ATIVIDADE DESCUIDADA –
EX. UMA ULTRAPASSAGEM COM O FAROL VERMELHO, UMA ULTRAPASSAGEM
SOBRE UMA LOMBADA; 2. NEGLIGÊNCIA: QUANDO O SUJEITO DEIXA DE TOMAR
AS CAUTELAS DEVIDAS – EX. DEIXA DE PUXAR O FREIO-DE-MÃO DE UM CARRO
ESTACIONADO NUMA LADEIRA; 3. IMPERÍCIA: QUANDO O SUJEITO NÃO TEM
HABILIDADE (CONHECIMENTOS TÉCNICOS) – EX. DENTISTA CLÍNICO QUE
REALIZA UMA CIRURGIA BUCAL SEM A DEVIDA TÉCNICA. (SOMENTE OCORRE NO
ÂMBITO DAS PROFISSÕES). IMPERÍCIA DIFERENCIA-SE DE ERRO PROFISSIONAL,
VEZ QUE NA IMPERÍCIA O SUJEITO NÃO TEM HABILIDADE, ENQUANTO QUE NO
ERRO PROFISSIONAL, APESAR DO SUJEITO SER PERITO, ESTE ATUA COM
NEGLIGÊNCIA OU IMPRUDÊNCIA – EX. UM CIRURGIÃO RENOMADO QUE, POR
NEGLIGENCIA ESQUECE UMA GAZE DENTRO DE SEU PACIENTE.
DO DELITO OMISSIVO:
1[1] De tão generalizada e aceita que era a conduta das “cartomantes”, uma
recente lei no Brasil (9.521/97) acabou descriminalizando-a abolitio criminis).
Direito Penal – Parte Geral
CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO:
7. Estrito cumprimento de dever legal (CP, art. 23): REQUISITOS: (A) DEVER
LEGAL (NÃO ABRANGE O MORAL, RELIGIOSO E ETC – EX. POLICIAL TEM O DEVER
DE PRENDER, O OFICIAL DE JUSTIÇA TEM O DEVER DE DESPEJAR...); (B) ESTRITO
CUMPRIMENTO, NÃO PODE HAVER ABUSO; (C) CONSCIÊNCIA DE QUE SE CUMPRE
UM DEVER LEGAL.
DA CULPABILIDADE
(a) como valoração do objeto é juízo de reprovação ou de censura que recai sobre
o autor de um injusto penal. Recai sobre o autor ou sobre o fato? SOBRE O AUTOR
QUE PRATICOU O INJUSTO PENAL.
8. Seu tríplice significado: 1º) fundamento da pena; 2º) limite da pena (CP, art. 29:
CULPABILIDADE); 3º) fator de graduação da pena (CP, art. 59). Que é isso? É A
POSIÇÃO DO AGENTE FRENTE AO BEM JURÍDICO. PODE SER: 1. DE MENOSPREZO
(DOLO DIRETO); 2. DE INDIFERENÇA (DOLO EVENTUAL); 3. DESCUIDO FRENTE
AO BEM JURÍDICO (CULPA).
(d) Teoria complexa da culpabilidade: dolo e culpa possuem dupla função dentro da
teoria do delito: fazem parte da tipicidade e também são valoradas no âmbito da
culpabilidade: É UMA TEORIA ABANDONADA.
2ª) emoção ou paixão (CP, art. 28, I): crime passional: EMOÇÃO – PASSAGEIRA;
PAIXÃO – DURADOURA.
3ª) embriaguez voluntária ou culposa: CP, art. 28, II: AMBAS NÃO EXCLUEM A
CULPABILIDADE.
1. DO ERRO DE PROIBIÇÃO
1. Erro de proibição: erro sobre a ilicitude do fato (art. 21 do CP); Exemplos:
HOLANDÊS COM MACONHA, DENTRO DO BRASIL; MARINHEIRO NORUEGUÊS
VENDENDO LANÇA PERFUME NO BRASIL.
4. Espécies de erro de proibição: DIREITO (NÃO SABIA QUE ERA PROIBIDO) (recai
sobre norma proibitiva; efeitos) e INDIRETO (recai sobre causas justificantes; 2
hipóteses de descriminantes putativas) – (art. 21 do CP);
(a) erro sobre a EXISTÊNCIA de uma causa justificante que não existe. Ex. injúria;
(b) sujeito erra sobre os LIMITES de uma causa justificante. Ex: professor... QUE
BATE NO ALUNO QUE XINGOU SUA MÃE.
1. O erro nas descriminantes putativas: (a) erro sobre a existência (ex.) – art. 21;
(b) erro sobre os limites (ex.) – art. 21; (c) erro sobre situação fática
(descriminante putativa fática) – art. 20, §1º. Exemplos: (a) guarda noturno; (b)
pai de Mogi etc.
2. Hipóteses “a” e “b” configuram erro de proibição indireto (art. 21) e chamam-se
também erro de __________________ ; hipótese “c” = erro de tipo
_____________ –art. 20, § 1º...
********LACUNAS ACIMA********
(a) teorias do dolo: é erro de tipo e exclui o dolo; se vencível há crime culposo...
(d) teoria que remete à conseqüência jurídica: art. 20, § 1º: é erro de
proibição sui generis; erro plenamente justificado pelas circunstâncias = isenção
de pena...; erro vencível: sujeito responde pela pena do crime culposo....
7. Conclusão: no art. 20, § 1º, 2ª parte (erro vencível) temos, então, uma
hipótese de um crime DOLOSO POR QUE TEM A INTENÇÃO punido com a pena do
crime CULPOSO. E pode um crime doloso ser punido com a pena do crime culposo?
SIM.
1. Coação moral irresistível (CP, art. 22); coação física # coação moral:
________________________________________________________; coação
resistível # coação irresistível; quem responde pelo delito? QUEM RESPONDE É SÓ
O CO-AUTOR. E se a coação for resistível? RESPONDE PELO CRIME AMBOS.
2. Obediência hierárquica: (CP, art. 22): só vale nas relações públicas; ordem
legal # ordem ilegal; ordem manifestamente ilegal # ordem não manifestamente
ilegal (ex.): ORDEM MANIFESTADAMENTE ILEGAL, AMBOS RESPONDEM PELO
CRIME.
DA PUNIBILIDADE:
(c) consumação: CP, art. 14, I.: QUANDO NELE SE REÚNEM TODOS OS SEUS
REQUISITOS LEGAIS.
Apostila de junho/03
Do crime tentado: CP, art. 14, II: tentativa é a execução iniciada de um crime
que não se consuma por circunstâncias ALHEIAS À VONTADE DO AGENTE. A
TENTATIVA EXIGE ATOS EXECUTÓRIOS. SEU NOME EM LATIM É “CONATUS”.
Espécies de tentativa:
1. crimes culposos (salvo culpa imprópria): NÃO ADMITEM TENTATIVA POR QUE O
RESULTADO TENTATIVA, NÃO É AQUELE QUE SE ALMEJA. – EX. BARULHO À NOITE,
PESSOA ATIRA PENSANDO SER UM LADRÃO, PORÉM QUANDO SER VERIFICA
TRATA-SE DE UM GUARDA NOTURNO (EXCEÇÃO ADMITIDA).
7. crime continuado: NÃO ADMITE TENTATIVA POR QUE SUA UNIDADE PARA FIM
DE PENA É FICTÍCIA.
3. Código penal brasileiro: art. 14, parágrafo único: acolheu a teoria OBJETIVA
como regra. A pena é sempre diminuída de 1/3 a 2/3...
[GG1] Comentário:
4. É causa obrigatória de diminuição da pena[GG1]? SIM. Como o juiz faz a
graduação? QUANTO MAIS O CRIME SE APROXIMA DA CONSUMAÇÃO, MENOR
SERÁ A DIMINUIÇÃO.
5. A regra do art. 14, parágrafo único, é absoluta? NÃO. Há exceções? SIM Ex. ART.
352 DO CP – EVADIR OU TENTAR EVADIR ...
1.2. A desistência precisa ser voluntária (não precisa ser espontânea)...não importa
o motivo... suspensão da execução não é desistência: POUCO IMPORTA O MOTIVO.
1.3. Como fica a responsabilidade? (a) o agente não responde pela tentativa do
delito que pretendia; (b) o agente só responde pelo que objetivamente causou.
2. Arrependimento eficaz: OCORRE QUANDO O AGENTE, DEPOIS DE PRATICAR
ATOS EXECUTÓRIOS, SE ARREPENDE, PRATICANDO CONDUTA PARA SALVAR O
BEM JURÍDICO AMEAÇADO – EX. QUANDO SE ENVENENA, MAS DEPOIS, MINISTRA-
SE O ANTIDOTO.
2.4. responsabilidade penal nesses casos: (a) o agente não responde pela tentativa
do delito que pretendia; (b) o agente só responde pelo que objetivamente causou.
1. Natureza jurídica do art. 16: É UMA MERA CAUSA DE DIMINUIÇÃO DE PENA. EX.
QUANDO HÁ REPARAÇÃO DOS DANOS OU RESTITUIÇÃO DA COISA. Obrigatória ou
facultativa? OBRIGATÓRIA.
2. Quando se aplica?
(a) quando o agente repara o dano ou restitui a coisa....
integralmente....restituição ou reparação parcial? CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE;
restituição não é apreensão;
3. no peculato culposo (CP, art. 312, § 3º): (a) antes da sentença final EXTINÇÃO
DA PUNIBILIDADE; (b) após a sentença final REDUZ A PENA PELA METADE;
8. não reparação dos danos pode revogar sursis, pode revogar suspensão
condicional do processo SALVO QUANDO HÁ JUSTA CAUSA.
2ª) impropriedade absoluta do objeto... não há bem jurídico... delito putativo por
erro de tipo: EX. ARMA DE BRINQUEDO.
2. AUTORIA E PARTICIPAÇÃO
Não há autoria mediata: (a) quando o sujeito usa animais ou coisas..... (b) na
coação física irresistível.... (c) no crime de mão própria...
17. Para se punir o partícipe o fato principal precisa ser: (a) só típico ( ); (b) típico
e antijurídico (X); (c) típico, antijurídico e culpável e (d) típico, antijurídico,
culpável e punível ( ). Teoria da acessoriedade LIMITADA. FATO TÍPICO E
ANTIJURÍDICO É O INJUSTO PENAL.
21. Autoria colateral: várias pessoas executam o crime sem nenhum vínculo
subjetivo entre elas. Como fica a responsabilidade penal? O AUTOR DO TIRO
MORTAL, CRIME CONSUMADO, DEMAIS – TENTATIVA.
23. Autoria ignorada: conceito de processo penal: QUANDO NÃO SE SABE QUEM
FOI O AUTOR DO CRIME.
25. Nosso CP (art. 29) acolheu a teoria MONISTA; desclassificação para um..... Há
exceções? SIM. São as chamadas exceções PLURALÍSTICAS à teoria monista.
Exemplos...126/124... 333/317...
26. Responsabilidade penal no concurso de pessoas: (regras)
4ª) desvio subjetivo... quem quis participar de crime menos grave, responde pelo
crime menos grave (CP, art. 29, § 2º)... e se era previsível o resultado: aumenta a
pena de metade...
5ª) art. 31: o ajuste, a determinação, a instigação e o auxílio não são puníveis,
quando NÃO SE INICIA A EXECUÇÃO.;
exceções: QUADRILHA.
6ª) a pena é agravada em relação: a quem dirige a atividade dos demais; quem
coage ou induz.... instiga ou determina.... quem pratica o crime mediante paga ou
promessa de recompensa...(CP, art. 62)...
Apostila de Agosto/03
3. CONCURSO DE CRIMES
5. Concurso material (ou real) de crimes: CP, art. 69... Requisitos: (a)
pluralidade de condutas várias condutas; (b) pluralidade de crimes... vários
crimes.
9. Como se conta a prescrição? Cada crime tem seu prazo prescricional – art.
119 do CP.
10. Concurso formal (ideal) de crimes: (CP, art. 70)... requisitos: (a)
conduta única ; (b) pluralidade de crimes...; concurso formal # concurso
material no crime material há pluralidade de condutas, no crime formal, uma só
conduta; unidade de desígnio não é requisito do concurso formal....(teoria
objetiva) (mas há divergência na jurisprudência).
(b) heterogêneo: crimes não idênticos.... Ex.: acidente com uma morte e uma
lesão.
12. Vários roubos no mesmo contexto fático: Ex. sujeito no ônibus, com uma só
ameaça, ofende 10 pessoas. Concurso formal perfeito.
(a) regra geral: juiz aplica uma só pena (a maior), aumentada de 1/6 a 1/2....
Nas duas últimas hipóteses: o concurso é formal, mas as penas são aplicadas
conforme o concurso _________________.
15. Há duas espécies de crime continuado: (a) genérico (CP, art. 71, caput);
(b) específico (parágrafo único do art. 71)...
16. Do crime continuado genérico: art. 71, “caput”... dois ou mais crimes
da mesma espécie em continuação....
17. Requisitos:
A unidade de desígnio não faz parte dos requisitos... (teoria objetiva pura)...
Qual foi acolhida? Para efeito da aplicação da pena acolheu-se a teoria da ficção
jurídica (uma só pena aumentada);
Para outros efeitos penais cada crime é um crime. Ex. prescrição – furto em
janeiro, prescreve a partir de fevereiro.
19. É possível o crime continuado quando são atingidos bens jurídicos pessoais
(vida, integridade física etc.)? Sim. A Súmula 605 do STF foi cancelada....
24. Vários crimes em continuidade delitiva.... surge lei penal nova mais
gravosa. Qual se aplica? STF – leva-se em conta sempre a última lei.
______________________________________.
28. Se o juiz não reconhece o crime continuado na sentença.... quem faz isso?
*preenchimento somente em sala de aula*
______________________________________.
29. A sentença que reconhece o crime continuado faz coisa julgada?
*preenchimento somente em sala de aula*
______________________________________.
1º) princípio da legalidade: não há pena sem prévia cominação legal (não há
pena sem lei). Do princípio da legalidade emanam as seguintes dimensões de
garantia:
1ª) lex scripta - lei escrita – somente lei escrita pode prever pena; 2ª) lex
populi – lei aprovada pelo parlamento. É possível medida provisória? Não (CF,
art. 62, § 1º, I, “b”); 3ª) lex certa lei induvidosa (princípio da taxatividade); 4ª)
lex clara lei que o povo entenda; 5ª) lex proporcionalis a pena tem que ser
proporcional ao crime. 6ª) lex stricta não se admite analogia contra o réu; 7ª)
lex praevia primeiro a lei, só vale daí para frente (princípio da anterioridade).
2º) princípio da individualização da pena (CF, art. 5º, inc. XLVI): a pena deve
ser individualizada em três momentos:
6º) princípio da dignidade: a ninguém pode ser imposta uma pena ofensiva à
dignidade humana (coleta de lixo da cidade por um advogado etc.).
6. Todas essas penas, dentro da estrutura do Código penal, são principais? Sim.
Portanto, não são acessórias. Existem penas acessórias no CP? Não. E nas leis
especiais? Sim, ex. crimes falimentares (proibição de exercer o comércio). As
penas acessórias são automáticas? (a) posição legalista: são automáticas; (b)
posição constitucionalista? Não são automáticas. O juiz tem que fundamentar.
Penas acessórias + efeitos específicos do art. 92 do CP: são, na verdade, penas
específicas.
DA APLICAÇÃO DA PENA
INTRODUÇÂO
1. De acordo com o art. 59 do CP o juiz, na sentença condenatória, deve: (a)
escolher a pena (quando cominadas alternativamente – CP, art. 135); (b)
quantificar a pena; (c) fixar o regime inicial; (d) substituir, quando o caso, a
pena de prisão.
Está correta essa ordem legal? Não; O art. 59 enumerou todas as etapas
(possíveis em tese) na aplicação da pena? Não. Quantas e quais são essas
etapas possíveis? 09 (nove) etapas:
5ª) motivos do crime: são as razões do crime como ódio, amor, cupidez, inveja
etc.; pode ser nobre (ex. registro de filho alheio como próprio) ou abominável
(torpe);
6ª) circunstâncias do crime: não são as agravantes e atenuantes previstas no
art. 61 e ss.. São: circunstâncias do fato.
8ª) comportamento da vítima: Serve para dosar a pena. A culpa da vítima elide
a culpa do agente? Não, mas pode atenuar a pena.
2ª) proibição de mera referência genérica à lei: A sentença tem que ser fundada
em fatos concretos (provados no processo);
1ª FASE: FIXAÇÃO DA PENA-BASE: (A) DENTRO DOS LIMITES LEGAIS; (B) O QUE O JUIZ LEVA
EM CONTA? ART. 59.
6ª) AS AGRAVANTES INCIDEM NOS CRIMES CULPOSOS? EM REGRA NÃO, SALVO REINCIDÊNCIA. E
NOS PRETERDOLOSOS? PREPONDERA ENTENDIMENTO NEGATIVO.
8ª) MENORIDADE: É A CIRCUNSTÂNCIA QUE MAIS PREPONDERA. POR QUÊ? PORQUE O AGENTE
ESTÁ COM PERSONALIDADE EM DESENVOLVIMENTO.
1. ROL TAXATIVO (O JUIZ NÃO PODE INVENTAR OUTRA CIRCUNSTÂNCIA). NOS TERMOS DO ART.
61 DO CP SÃO CIRCUNSTÂNCIAS QUE SEMPRE AGRAVAM A PENA: I – A REINCIDÊNCIA; II – TER O
AGENTE COMETIDO O CRIME:
D) COM EMPREGO DE VENENO, FOGO, EXPLOSIVO, TORTURA (HOJE CONFIGURA CRIME AUTÔNOMO
OU QUALIFICA O HOMICÍDIO) OU OUTRO MEIO INSIDIOSO (MEIO ENGANOSO) OU CRUEL OU DE QUE
PODIA RESULTAR PERIGO COMUM;
H) CONTRA CRIANÇA (ECA); VELHO (CRITÉRIO BIOLÓGICO, NÃO ETÁRIO) ENFERMO OU MULHER
GRÁVIDA (LEI 9.318/96);
I – SER O AGENTE MENOR DE 21 (VINTE E UM) , NA DATA DO CRIME (CP, ART. 4º); NÃO IMPORTA
SE EMANCIPADO OU CASADO; A MENORIDADE É CIRCUNSTÂNCIA PREPONDERANTE; MENOR DE 18
ANOS É INIMPUTÁVEL; MENOR DE 21 É CIRCUNSTÂNCIA ATENUANTE; O NOVO CC AFETOU ESSA
CIRCUNSTÂNCIA? NÃO. OU MAIOR DE 70 (SETENTA) ANOS, NA DATA DA SENTENÇA.
B) PROCURADO, POR SUA ESPONTÂNEA VONTADE E COM EFICIÊNCIA, LOGO APÓS O CRIME,
EVITAR-LHE OU MINORAR-LHE AS CONSEQÜÊNCIAS (NÃO SE CONFUNDE COM O ARREPENDIMENTO
EFICAZ DO ART.15 DO CP), OU TER, ANTES DO JULGAMENTO, REPARADO O DANO (NÃO SE
CONFUNDE COM O ARREPENDIMENTO POSTERIOR DO ART. 16 DO CP);
5. ART. 66: “A PENA PODERÁ SER AINDA ATENUADA EM RAZÃO DE CIRCUNSTÂNCIA RELEVANTE,
ANTERIOR OU POSTERIOR AO CRIME, EMBORA NÃO PREVISTA EXPRESSAMENTE EM LEI”. SÃO
CIRCUNSTÂNCIAS INOMINADAS DE ATENUAÇÃO DA PENA. EXEMPLOS: RÉU INDICA O LOCAL DO
CRIME, O CORPO DA VÍTIMA ETC.; É FACULDADE DO JUIZ? NÃO.
DA REINCIDÊNCIA
3. QUAL FOI ACOLHIDA PELO CP (ART. 63) E PELA LCP (ART. 7º) ? A SEGUNDA.
12. QUEM FOI BENEFICIADO COM PERDÃO JUDICIAL E COMETE NOVO CRIME, É REINCIDENTE?
NÃO.(CP, ART. 120).
13. CRIME NOVO PRATICADO ANTES DO TRÂNSITO EM JULGADO E CONSUMADO DEPOIS? NÃO.
(TEORIA DA ATIVIDADE, CP, ART. 4º).
15. SISTEMA DA TEMPORARIEDADE. ESSA SENTENÇA, DEPOIS DE 5 ANOS, VALE COMO MAUS
ANTECEDENTES.
17. QUEM É PRIMÁRIO? É QUEM NÃO É REINCIDENTE. PODE O SUJEITO SOFRER 100
CONDENAÇÕES E CONTINUAR PRIMÁRIO? SIM.
B) ESPECÍFICA: CRIMES DA MESMA ESPÉCIE (PREVISTOS NO MESMO TIPO LEGAL): VER ART. 44 DO
CP E LEI DOS CRIMES HEDIONDOS.
19. A REINCIDÊNCIA É CIRCUNSTÂNCIA SUBJETIVA PESSOAL, LOGO ( ) COMUNICA-SE OU (X) NÃO
SE COMUNICA ENTRE OS AGENTES (CP, ART. 30).
HÁ BIS IN IDEM?
QUANDO SE AUMENTA A PENA PELA REINCIDÊNCIA, O AGENTE ESTÁ SENDO APENADO PELO FATO
ANTERIOR. É A SEGUNDA PUNIÇÃO PELO MESMO CRIME. MAS A JURISPRUDÊNCIA BRASILEIRA
ADMITE A REINCIDÊNCIA SEM QUESTIONAMENTOS. PARA CONCURSO: NÃO HÁ BIS IN IDEM.
Direito Penal – Parte Geral
De acordo com a Lei de Execução penal (LEP, art. 118), “a execução da pena
privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com transferência para
qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I – praticar fato
definido como crime doloso ou falta grave; II – sofrer condenação, por crime
anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o
regime (art. 111); § 1º. O condenado será transferido do regime aberto se, além
das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não
pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta; § 2º. Nas hipóteses do inciso I
e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido, previamente, o condenado”.
Regimes penitenciários
1. Três são os regimes penitenciários: (a) fechado; (b) semi-aberto e (c) aberto.
Nos termos do art. 33, § 1º, do CP, “considera-se regime fechado a execução da
pena em estabelecimento de segurança máxima ou média (presídios, penitenciárias
etc.); regime semi-aberto a execução da pena em colônia agrícola, industrial ou
estabelecimento similar; regime aberto a execução da pena em casa de albergado
ou estabelecimento adequado”.
(c) O condenado será transferido do regime aberto, se praticar fato definido como
crime doloso, se frustrar os fins da execução ou se, podendo, não pagar a multa
cumulativamente aplicada.
7. Direitos do preso
Por força do art. 38 do CP, “o preso conserva todos os direitos não atingidos pela
perda da liberdade, impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade
física e moral” (cf. CF, art. 5º, inc. XLIX; LEP, art. 3º). Quanto aos direitos dos
presos: LEP, art. 40 e ss.. Direito ao sexo? Sim, está assegurado (cf. Res. 1/1999,
do C.N.P.P.C). Direito de votar? Está assegurado ao preso provisório. Direito ao
sigilo de correspondência? Não é absoluto. Direito de expressão de pensamento?
Livre.
8. Trabalho do preso.
“O trabalho do preso será sempre remunerado, sendo-lhe garantidos os benefícios
da Previdência Social” (CP, art. 39).
c) Presos provisórios devem ficar separados dos presos definitivos (LEP, art. 84).
d) Havendo concurso de crimes, executa-se primeiro a pena mais grave (CP, art.
76).
f) Legislação especial
Remoção para H.C.T.P. (LEP, art. 99). E se se trata de preso provisório? Do mesmo
modo, ele é transferido. E se se trata de execução da pena de multa? Suspende-se
a execução (até à prescrição).
h) Detração penal
Preso provisório que é, no final, absolvido: o tempo de prisão cautelar pode ser
debitado de crimes futuros? Não. E pode esse tempo ser abatido de crimes
passados? Sim. Competência: juízo das execuções.
Pena de multa: o tempo de prisão cautelar pode ser debitado da pena de multa
(que foi a única aplicada)? Sim. Para cada dia de prisão, debita-se um dia-multa.
Sursis: o tempo de prisão cautelar pode ser debitado do período do “sursis”? Não.
Exercício: no filme Risco Duplo (Cruce Beresford), 1999, uma milionária é acusada
(injustamente) de ter matado o marido. Houve uma farsa, que vem a ser
descoberta. Ela é liberada. Como já tinha ficado presa vários anos, delibera
efetivamente matar o marido (e mata). O tempo que ela ficou presa pode ser
debitado da prisão final a que foi condenada pela morte efetiva do marido?
i) Limite máximo de cumprimento da pena privativa de liberdade
O limite máximo de cumprimento de pena no nosso país é de 30 anos (CP, art. 75:
“O tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior
a 30 (trinta) anos)”.
Fundamento: proibição da prisão perpétua: CF, art. 5º, inc. XLVIII, “b”.
O juiz pode fixar, na sentença, pena superior a 30 anos? Sim. Exceção: art. 9º, da
Lei dos Crimes Hediondos.
Quando a pena passa de 30 anos, o que deve ser feito? A unificação em trinta anos
(CP, art. 75, § 1º) (“Quando o agente for condenado a penas privativas de
liberdade cuja coma seja superior a 30 (trinta) anos, devem elas ser unificadas
para atender ao limite máximo deste artigo”). Competência: juízo das execuções.
A pena unificada em trinta anos vale para todos os efeitos penais? Há polêmica,
mas jurisprudência preponderante diz não.
Réu extremamente perigoso que cumpre 30 anos de prisão: o que pode ser feito
para evitar sua liberdade? Juridicamente nada. Deve ser solto porque já pagou sua
“dívida” com a Justiça.
Pode alguém cumprir mais de trinta de anos? Sim (CP, art. 75, § 2º). Se sobrevém
condenação por fato posterior ao início da execução da pena. Nesse caso, é feita
nova unificação de penas, desprezando-se o período de tempo já cumprido. Fatos
anteriores ao início da execução: entram na unificação de trinta anos.
DO LIVRAMENTO CONDICIONAL
2º) quantidade da pena: somente a pena igual ou superior a dois anos é que
admite o livramento condicional. O sursis é cabível em regra quando a pena não
excede a dois anos. A pena de exatamente dois anos admite, em tese, os dois
institutos. A preferência é do sursis. Penas correspondentes a vários crimes: podem
ser somadas para o efeito do livramento condicional (CP, art. 84). Faz-se a
unificação de penas e calcula-se o tempo de cumprimento necessário (LEP, art.
111). É possível livramento condicional no concurso de crimes? Sim.
(a) condenado não reincidente em crime doloso: tem que cumprir mais de 1/3 da
pena (CP, art. 83, I). Réu com maus antecedentes, porém, primário: deve cumprir
mais de 1/3 da pena (mas há polêmica);
(b) condenado reincidente em crime doloso: tem que cumprir mais da metade da
pena (CP, art. 83, II).
(c) crime hediondo ou equiparado: tem que cumprir mais de dois terços da pena.
A detração penal assim como a remição penal devem ser levadas em conta para o
efeito do livramento condicional? Sim.
4º) Reparação do dano causado pela infração, salvo impossibilidade de fazê-lo (CP,
art. 83, IV). É preciso comprovar essa reparação ou a impossibilidade de fazê-lo.
5º) Se se trata de condenado por crime doloso, cometido com violência ou grave
ameaça à pessoa, deve-se provar a cessação da periculosidade, mediante perícia
médica (ou exame criminológico) (CP, art. 83, parágrafo único).
Preso estrangeiro pode obter o livramento condicional? Sim, salvo se decretada sua
expulsão do país.
Cabe habeas corpus para postular o livramento condicional? Em regra não, salvo
quando patente a ilegalidade da denegação.
5. Como se processa o pedido de livramento condicional? (CPP, art. 712 e ss.):
Deferido o pedido, o juiz das execuções especificará as condições a que fica sujeito
o liberado. Expede-se a carta de livramento (LEP, art. 136). Realiza-se a audiência
admonitória (LEP, art. 137), que é especialíssima e inicia-se o período de prova.
b) patronato;
1ª) computa-se como pena efetivamente cumprida o tempo em que esteve solto o
condenado. Só cumprirá o restante da pena em execução, mais a pena nova;
Exemplo:
2ª) as duas penas podem ser somadas para a concessão de novo livramento
condicional (CP, art. 84).
4ª) não se admite a soma das penas (o restante anterior mais a nova) para a
obtenção de um novo livramento condicional.
A sentença que julga extinta a pena é declaratória, não constitutiva. Logo, a pena
está extinta na data do término do período de prova, não na data da sentença.
CAPÍTULO II
DA SEDUÇÃO E DA CORRUPÇÃO DE MENORES
Sedução
Corrupção de menores
CAPÍTULO III
DO RAPTO
Rapto consensual
Diminuição de pena
I - os crimes:
(...)
(...).
§ 1° - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou
condenado no estrangeiro”.
Art. 327. Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora
transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública
(INTERPRETAÇÃO AUTÊNTICA – DADA PELA PRÓPRIA LEI).
§ 2º. A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes
previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de
função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta,
sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo
poder público. (Parágrafo acrescentado pela Lei nº 6.799, de 23.06.1980).
JURISPRUDÊNCIA:-
IV.) Vereador:-
É funcionário público:- (TACRIM-SP – RHC – Rel. Fernando Prado –
JUTACRIM 49/70).
3.1) Peculato:-
DIRETORES DE SINDICATO?
Observar o art. 552 da CLT: “os atos que importem em malversação ou
dilapidação do patrimônio das associações ou entidades sindicais ficam equiparados
ao crime de peculato, julgados e punidos na conformidade da legislação penal”,
apesar de seus diretores não serem considerados funcionários públicos,
sequer por equiparação.
Tipo objetivo – o caput do art. 312 tem como ação material a apropriação
ou desvio de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular,
de que tem a posse em razão do cargo (MAGISTRATURA/RS 1995)
A tentativa é admissível.
A tentativa é possível.
A tentativa é inadmissível.
Tipo objetivo – o tipo penal prevê duas condutas para a prática desse
crime: a primeira é a de modificar o próprio sistema, dando-lhe nova forma; a
segunda, sua alteração, conturbando a sua forma original.
Sonegar, que é ocultar, deixar de mencionar nos casos em que a lei exige a
descrição ou menção.
Tais condutas devem recair sobre livro oficial (em uso ou não) ou
qualquer documento (público ou particular) guardado pelo funcionário em
razão da sua função.
3.4.) Concussão
Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa.
Obs: se o sujeito ativo for Fiscal de Rendas, praticará crime contra a ordem
tributária previsto no art. 3°, inc. II, da Lei n° 8.137/90 (MP/DF 1996).
Castrense.
(MAGISTRATURA/MS 1995)
especialidade).
Compete à Justiça Comum processar e julgar crime de corrupção passiva,
O crime é material.
Exemplo: Funcionário responsável pela vistoria dos carros que saem do caís
do porto, encobre a entrada no país de mercadoria absoluta ou relativamente
proibida guardada no porta-malas de um dos automóveis.
3.7.) Prevaricação
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou
sentimento pessoal:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Nelson Hungria, porém, com base no art. 217 do antigo Estatuto dos
Funcionários Públicos Civis da União (Lei n° 1.711/52), entendia que a
apuração das faltas praticadas deveria ser feita de imediato, não se
prendendo a prazos.
Obs: tratando-se de crime contra a ordem tributária, aplica-se o art. 3°, III,
da Lei n° 8.137/90.
Cuidando-se, entretanto, de crime relacionado com licitação pública, aplica-se
o art. 91 da Lei n° 8.666/93.
Sujeito passivo do crime é a Administração Pública.
O delito capitulado neste artigo foi revogado pela Lei n° 4.898/65. Esse,
aliás, é o entendimento pacificado no Tribunal de Alçada do Estado de São Paulo,
seguido da esmagadora maioria da nossa doutrina. Trata-se de lei que regulou
inteiramente a punição dos crimes de abuso de poder, classe a que pertence o
denominado delito de violência arbitrária.
Art. 323. Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em lei:
Pena - detenção, de 15 (quinze) dias a 1 (um) mês, ou multa.
§ 1º. Se do fato resulta prejuízo público:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Obs: É o art. 324 uma norma penal em branco, devendo ser complementada
por outros estatutos que estabelecem quais são as exigências legais para que o
funcionário entre em exercício.
Art. 325. Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva
permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, ou multa, se o fato não
constitui crime mais grave.
(...).
Parágrafo único. Os efeitos de que tratam este artigo não são automáticos,
devendo ser motivadamente declarados na sentença.(grifamos)
4. Espécies de medida de segurança (CP, art. 96): 1ª) internação; 2ª) tratamento
ambulatorial. A primeira tem natureza detentiva (é privação da liberdade); a
segunda tem natureza restritiva da liberdade.
10. Prazo mínimo das medidas de segurança: o prazo mínimo de qualquer medida
de segurança é de um a três anos (CP, arts. 97 e 98). Cabe ao juiz fixar o prazo,
proporcionalmente. Prazo máximo de duração: até que cesse a periculosidade. As
medidas de segurança são impostas por tempo indeterminado. Isso é
constitucional? Posição legalista: sim; posição constitucionalista: não (porque
representa uma privação da liberdade perpétua).
17. Exame de cessação da periculosidade: é o exame realizado por peritos que visa
a constatar se já cessou ou não a periculosidade do sentenciado. Quando se realiza
esse exame? Em regra é realizado no fim do prazo mínimo fixado para a medida.
18. Não cessada a periculosidade: o exame deve ser repetido de ano em ano (CP,
art. 97, § 2º) ou feito de modo excepcional, em qualquer tempo, quando o juiz da
execução determina (LEP, art. 176).
3. Regra geral: com a prática da infração nasce para o Estado o direito de aplicar a
pena (ius puniendi em concreto ou pretensão punitiva). Excepcionalmente, apesar
da realização de um fato punível (em tese), não nasce (concretamente) o ius
puniendi:
1) quando falta uma condição objetiva de punibilidade (que está fora do crime e
não faz parte do dolo do agente). Exemplo: art. 7º, § 2º, alíneas “b” e “c” do CP;
2) quando presente uma causa impeditiva do ius puniendi: (a) escusas absolutórias
(CP, art. 181, I e II; art. 348, § 2º etc.) e (b) imunidade diplomática.
4. Causas impeditivas são distintas das causas suspensivas assim como das
extintivas do ius puniendi. Causa suspensiva: Lei do Refis (Lei 9.964/00, art. 15).
6. Essas causas extintivas do ius puniendi podem acontecer: (a) antes da sentença
condenatória irrecorrível (são causas extintivas da pretensão punitiva); ou (b)
depois da sentença condenatória irrecorrível (são causas extintivas da pretensão
executória).
7. Acham-se previstas no art. 107 do CP, que não é um rol taxativo. Há outras
causas extintivas do ius puniendi fora do art. 107 (morte do ofendido no adultério,
ressarcimento do dano no peculato culposo − (CP, art. 312, § 3º) −, art. 89, § 5º,
da Lei 9.099/95, término do sursis, término do livramento condicional etc.).
10. Declaração judicial da extinção do ius puniendi: pode ser feita em qualquer fase
do processo, de ofício ou a requerimento da parte (CPP, art. 61). E durante o
inquérito policial? Também pode, enviando-se os autos a juízo.
11. Regras importantes sobre a extensão da extinção do ius puniendi (CP, art.
108):
(a) a extinção do ius puniendi de um crime que é pressuposto de outro, não afeta
este outro. Ex.: a extinção do ius puniendi do furto não afeta o crime de receptação
(do tráfico não afeta a lavagem de capitais etc.);
(d) nos crimes conexos, a extinção do ius puniendi de um deles não impede,
quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. Ex.: a extinção do
ius puniendi do estupro (pelo casamento, por exemplo), não impede o homicídio
qualificado resultante da conexão.
Jurisprudência: a extinção do ius puniendi do crime-fim, estende-se ao crime meio
(estelionato mediante falsidade).
2. Nenhuma pena passa da pessoa do condenado (CF, art. 5º, inc. XLV). Prisão
não passa. Multa não passa. Duas exceções: (a) obrigação de indenizar, nos limites
da herança; (b) perdimento de bens. Morte do agente após o trânsito em julgado: a
sentença penal condenatória pode ser executada no cível. E se ocorre antes do
trânsito em julgado: a sentença não pode ser executada no cível.
3. A morte é causa pessoal extintiva do ius puniendi. Logo, não se comunica entre
os agentes.
4. Como se comprova a morte? Por certidão ou atestado de óbito. Com base nele
julga-se extinta a punibilidade (CPP, art. 62). E se se tratar de certidão de óbito
falsa? (a) doutrina: vale a coisa julgada porque não existe revisão pró-societate
(processando-se o réu por uso de documento falso); (b) STF: trata-se de decisão
inexistente (logo, não vale).
3. Quem concede a anistia? O Congresso Nacional, por lei, que deve ser sancionada
pelo Presidente da República. É uma lei penal? Sim, e irretroativa. Pode ser
revogada? Não. E se o for, não elimina a anistia concedida. Lei 9.369/96, art. 11,
parágrafo único: anistia não aprovada pelo Congresso Nacional não vale.
6. Não admitem anistia: os crimes hediondos e os equiparados (CF, art. 5º, inc.
XLIII).
1. O indulto pode ser coletivo ou individual. Este último chama-se também graça.
Ambos são causa extintiva da punibilidade.
5. Efeitos: só alcança a execução da pena imposta. Não afeta a sentença penal, que
permanece para efeito de reincidência, antecedentes etc.
6. Espécies: há o indulto pleno (ou total) (quando extingue toda a pena imposta) e
o indulto parcial. O parcial pode consistir em (a) redução de pena ou sua
comutação (substituição).
7. Cabe indulto quanto às medidas de segurança? Sim.****Atenção****
8. O indulto da pena de prisão afeta a pena de multa? Se a multa não foi excluída,
sim.
9. Crimes que não admitem indulto individual: hediondos e equiparados (CF, art.
5º, inc. XLIII).
10. Cabe indulto coletivo nos crimes hediondos? A lei dos crimes hediondos veda. O
Presidente da República sempre tem excluído os crimes hediondos.
1. Dá-se abolitio criminis quando uma lei nova descriminaliza fato antes
considerado como crime (Cf. ainda art. 2º, do CP). É uma lei retroativa? Sim.
Exemplo: Lei 9.521/97, que revogou o art. 27 da LCP.
1. Nos crimes sexuais não qualificados pela lesão grave o casamento do agente
com a vítima extingue a punibilidade (CP, arts. 213 a 221).
4. A vítima pode ser do sexo masculino? Sim (ex.: atentado violento ao pudor).
(a) cometido sem violência real ou grave ameaça (estão excluídos, portanto, o 213,
214 etc.); Violência presumida: cabe a extinção da punibilidade;
3. A vítima que se casa com terceiro pode ser do sexo masculino? Sim (ex.:
corrupção de menor – CP, art. 218).
3. Hipóteses legais: art. 121, § 5º, do CP, art. 129, § 8º, art. 140, § 1º, 176,
parágrafo único etc. Cabe perdão judicial nos crimes de trânsito? Sim, apesar do
veto do art. 300 do CTB.
5. Crimes conexos são alcançados também pelo perdão judicial? Sim (embora haja
polêmica).
7. Natureza jurídica da sentença que concede o perdão judicial? (a) absolutória; (b)
condenatória; (c) declaratória de extinção da punibilidade (Súmula 18 do STJ). A
terceira corrente é a correta. Logo, essa sentença não vale para efeito da
reincidência (CP, art. 120).
Exceções:
(b) CF, art. 5º, inc. LXIV (ação de grupos armados contra o Estado
Democrático).
7. Espécies de prescrição:
(a) prescrição pela pena máxima em abstrato (CP, art. 109); (b)
prescrição intercorrente ou superveniente (CP, art. 110, § 1º) e (c)
prescrição retroativa (§§ do art. 110 c.c. art. 109).
(a) extinção do ius puniendi (logo, não pode haver inquérito nem
ação penal);
Regras especiais:
1º) Idem;
5º) não há lançamento do nome do réu no livro rol dos culpados etc.
3. Características:
6. Efeitos da PPE:
(a) regra geral: do dia em que transita em julgado a sentença condenatória para a
acusação;
Hipóteses de PPP:
Hipóteses de PPE:
1ª) quando a pena de multa é aplicada com a pena de prisão,
prescreve junto com a pena maior (CP, art. 118).
(b) pela pronúncia (ainda que haja absolvição no dia do julgamento); no caso de
desclassificação do crime, a interrupção da pronúncia continua válida; a pronúncia
pode dar-se em primeiro grau ou em segundo grau;