Escrevo como se as palavras fossem guas, terra, fogo, ar.
Escrevo como se elas fossem feitas
de minha prpria carne, ao mesmo tempo em que alimentam todo o meu ser. Escrevo com o desespero de uma perdida, acorrentada... Como se elas fossem a minha libertao. Eu clamo, eu choro, reviro. Corro, corro por estradas, por pessoas, por pases. Procuro algo mais, algo que v me fazer sentir-me viva. Qualquer coisa que me faa sair do meu estado de torpor bem vinda, ou pelo menos isso eu achava. Entrei em tal estado de intimidade com as palavras que eu j escrevo sem nem precis-las materializ-las do modo tradicional humano. Amei tanto as palavras que me fiz parte do mundo delas. No sou mais humana, mas apenas palavras. Perdi o concreto de minha forma humana, para ganhar o infinito da abstrao.