Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
Este documento é um texto de apoio gentilmente disponibilizado pelo seu autor, para que possa auxiliar ao estudo dos colegas. O
autor não pode de forma alguma ser responsabilizado por eventuais erros ou lacunas existentes. Este documento não pretende
substituir o estudo dos manuais adoptados para a disciplina em questão.
A Universidade Aberta não tem quaisquer responsabilidades no conteúdo, criação e distribuição deste documento, não sendo
possível imputar-lhe quaisquer responsabilidades.
Copyright: O conteúdo deste documento é propriedade do seu autor, não podendo ser publicado e distribuído fora do site da
Associação Académica da Universidade Aberta sem o seu consentimento prévio, expresso por escrito.
1. O contexto geral da antropologia social e
cultural
1.1. Noção geral de sociedade
O domínio de estudo da antropologia social diz respeito ao universo da
actividade social e cultural do ser humano no seio da sociedade. Uma primeira
definição geral de sociedade pode ser dada como correspondendo a um
conjunto de indivíduos de ambos os sexos e de todas as idades, agregados de
forma mais ou menos permanente e submetidos a um tipo de civilização
comum. Mas esta definição parece insuficiente a Guy Rocher, o qual afirma (tal
como Durkheim antes dele nas Regras do Método Sociológico em 1985) que
uma sociedade não é uma simples “soma de indivíduos” unidos
necessariamente por um determinado contrato ou entendimento.
Certos sociólogos referem que uma sociedade consiste num grupo de seres
humanos com capacidade para auto-reproduzir a sua existência colectiva, em
função de um sistema de regras para a acção cuja duração de vida ultrapassa
a dos indivíduos que a elas se submetem. É de notar que ambas as definições
são parciais e têm um carácter geral. Porém, não se contrariam forçosamente,
antes se completam e significam que uma sociedade é algo de tão complexo
que outros elementos de definição são indispensáveis para a tornar o mais
abrangente possível. Para tal, é necessário notar que as sociedades globais
que podemos considerar para efeitos de análise como super-sistemas,
englobam sistemas dotados por sua vez de subsistemas que não estando
forçosamente em contacto directo interagem no entanto indirectamente, de
certo modo em forma de cadeia. Por outras palavras, as comunidades das
várias aldeias (ou colectividades para usar a terminologia de H. Mendras
[1983], dado que segundo ele nem tudo ser comum numa aldeia), ou as
formas de organização social das vilas e cidades de Portugal, representam
assim sistemas sociais dotados de subsistemas próprios interrelacionando-
se no seio de um super-sistema englobante, neste caso o país.
2
na base de existência de relações com determinado carácter relativamente
permanente. A este propósito, vale a pena citar a definição dada por Henry
Mendras que me parece interessante, de «grupo elementar» – ou do seu
equivalente «grupo primário», (termo forjado pelo sociólogo americano
Cooley): “por grupos primários, entendo aqueles que se caracterizam pela
associação e a colaboração íntima, de homem a homem. Eles são primários
em vários sentidos, mas sobretudo no sentido em que eles são fundamentais
para formar a natureza e os ideais sociais do indivíduo. Talvez a maneira mais
simples de descrever este sentimento de uma totalidade seja dizer que o grupo
é um «nós».
Todavia os princípios fundamentais que regulam a vida social são vários nas
sociedades classicamente estudadas pelos antropólogos, os mais importantes
destes princípios são para além do parentesco (cuja importância é variável e
relativa segundo a sociedade), o sexo e a idade.
3
Tal como o sexo ou a idade, a família biológica existe em todas as sociedades,
mas segundo Lévi-Strauss o que confere ao parentesco o carácter de facto
social não é o que ele deve à natureza mas a maneira como se separa dela. E
esta maneira é muito diversificada.
4
privilegiar uma análise sincrónica das relações entre os seus respectivos
elementos.
A questão da história não se põe do mesmo modo nas sociedades sem escrita
e, desde logo, sem memória escrita dos factos notáveis passados (o que não
significa serem sociedades sem história mas tão somente o seu esbatimento
sob a forma limitada da memória colectiva e da sua repetição), onde o
historiador possa recorrer para tentar reconstituir e compreender uma situação
social anterior. No entanto, não deixa de ser desejável neste tipo de
sociedade, a intervenção especializada do arqueólogo, na esperança de
encontrar no solo elementos que informem sobre factos anteriores [Leroi-
Gouhran: 1975].
5
tendência de alguns editores e autores franceses é caricatural neste aspecto)
que não traduzem minimamente o conteúdo do livro que intitulam (o que
necessariamente deveria ser feito de forma precisa, concisa e clara).
6
e sem interesse e, no pior, aqueles aspectos arcaicos próprios da vida das
aldeias dos campos que também já não representam utilidade para alguém.
Resta, contudo, dizer ser uma evidência que nenhuma metodologia permite a
um único cientista abarcar a globalidade do social ou das culturas de uma
sociedade. Essa tentativa foi durante muito tempo vã ao aparecer sob a forma
de monografias pretensamente exaustivas.
7
2. A antropologia uma ciência integrante
2.1. Cinco campos de estudo
Qual será a vantagem de evocar campos de estudo que não parecem dizer
directamente respeito aos antropólogos sociais, fazendo correr o risco de
tornar mais nebuloso o que já não é simples?
O panorama científico da própria antropologia social e cultural poderia parecer
de facto nebuloso se não fosse elucidado o lugar que ocupa no conjunto
antropológico mais vasto. Sobretudo, quando a antropologia social e cultural
se designa imperialmente pelo termo genérico de antropologia, induzindo a
ideia de que ocupa todo o espaço dos diferentes campos de estudo
antropológico.
8
passo potencial de síntese dos diferentes saberes, sem o qual não existiria
real generalização e possibilidade de universalização dos conhecimentos.
Fechando este parêntese, o que acaba de ser dito pretende unicamente
chamar a atenção para as limitações actuais da interdisciplinaridade, que de
modo algum constitui, por enquanto, um campo de conhecimento em si, assim
como para o excesso de especialização que impede uma visão alargada dos
problemas.
9
como noutra, um dos cônjuges não tem uma relação biológica com o
futuro filho o que não o impedirá de ser considerado como tal
socialmente. O 3º exemplo, mais discreto, diz respeito aos casamentos
consanguíneos e ao facto das leis civis europeias autorizarem
casamentos entre primos direitos e proibi-los entre um meio-irmão e uma
meia-irmã – quando em ambas as situações o coeficiente de
consanguinidade é idêntico, no cálculo dos geneticistas. Esta distinção
introduzida pelas sociedades, sublinha o carácter “artificial” da
construção social do parentesco. Os três exemplos demonstram que não
é necessária a existência de uma relação de consanguinidade real para
que se constitua e afirme uma relação de parentesco.
10
Para Leroi-Gouhran [1911-1986], a etno-história é história com os seus
métodos aplicáveis a qualquer terreno de tradição escrita, transpostos
para um fundo de tradições orais. Por outro lado, para o autor, a própria
etnologia seria portadora de vocação histórica, na medida em que
qualquer facto actual estaria induzido pelo seu passado. Assim, o
método etno-histórico corresponderia à aplicação das regras da crítica
histórica aos elementos ainda vivos na memória dos indivíduos. Por
outras palavras, a etno-história apresentar-se-ia em continuidade com
os métodos da história escrita, podendo assimilar qualquer tipo de
documentos escritos que iriam inserir-se num quadro oral de idêntica
origem sociológica [A. Leroi-Gouhran, 1975].
11
parte integrante do património cultural de uma sociedade. Sem o estudo
da língua não seria possível compreender como os indivíduos pensam o
que vivem e sentem, ou seja não poderíamos compreender as suas
categorias afectivas e cognitivas, as quais constituem precisamente o
campo de estudo da etno-linguística.
12
antropologia, não se pode deixar de acrescentar o domínio da
antropologia psicológica – estudo dos mecanismos do psiquismo
humano, na sua interacção com a permanência social.
Apesar desta designação genérica, não devemos tomar a parte pelo todo
esquecendo que a antropologia social e cultural é um ramo da
Antropologia no seu todo. Contudo, como tivemos a ocasião de explicar
no início do livro, a antropologia social e cultural é um ramo vastíssimo e
complexo.
13
3. O projecto da antropologia social e
cultural
3.1. Etnologia ou antropologia ?
O termo etnologia, cuja etimologia significa o estudo das etnias (etno = etnia,
logia = estudo) foi empregue em países cujas preocupações estavam
essencialmente voltadas para o estudo das etnias, no sentido das diferenças
culturais entre povos. No início do século XIX, era sinónimo de “Ciência da
Classificação das Raças” (ramo da antiga antropologia física) e designava o
conjunto das ciências sociais que estudam as sociedades tidas como primitivas
e o homem fóssil.
14
outras palavras, o que transparece em primeira linha, na orientação científica
americana da investigação de si própria, não serão tanto as questões sociais
que o país encerra, problemáticas ou não, como em qualquer outra sociedade,
mas essencialmente a complexidade das descontinuidades culturais internas e
as suas relações com o fundo cultural comum americano.
15
dita, estão reservados os estudos locais monográficos ou temáticos sobre uma
determinada sociedade ou grupo mais restrito e não pretende a universalidade
ou emitir leis gerais como a antropologia social e cultural.
Resulta do que acaba de ser dito que a própria imposição social de venerar um
Deus, reflecte em si uma atitude cultural particular. De facto, podia não ser o
caso e estarmos perante sociedades animistas (Não é aqui empregue no sentido
que Tylor lhe dava ao pretender que o primeiro estado da evolução religiosa da humanidade
teria consistido na crença que tudo na natureza possui uma alma. Afastado este tipo de
interpretação que de facto releva da história conjectural, o conceito é, no entanto, útil para referir
sociedades ou grupos bem reais onde a religião não é praticada – tal como ela é definida pelos
dogmas das principais religiões – e onde, inclusivamente, se atribui o maior poder à natureza
16
(como no Japão, por exemplo).),
ou seja onde não há na sua visão cosmogónica do
universo a existência de um Deus. O que a ser assim, os comportamentos
acima referidos não poderiam ser observados.
17
Porém, de modo geral, o universo tradicional de investigação tem vindo a
alterar-se devido à aceleração do movimento histórico de globalização mundial
que conduz a disciplina a uma ruptura com o seu domínio de investigação
inicial (o mundo exótico) e a confrontar-se crescentemente com sociedades
(como as sociedades em vias de desenvolvimento) cujas preocupações são
também cada vez mais semelhantes à sociedade do antropólogo. A inevitável
diversificação e reorientação actuais do olhar antropológico demonstra que a
originalidade do seu saber não está determinado pela natureza dos objectos
geográficos de análise: o exclusivo universo exótico. Pelo contrário, o Minho, o
Yorkshire ou o Texas, por exemplo, são tão etnológicos como qualquer
sociedade africana, sul-americana, etc. Sendo assim, a antropologia não é
susceptível de ser definida pelo tipo de sociedades estudadas.
Por outro lado, se também a disciplina não pode definir-se pelos métodos
empregues na análise (os procedimentos utilizados na recolha do material
científico não servem para caracterizar uma ciência), estes são no entanto
importantes para avaliar o grau de rigor dos procedimentos de validação ou
invalidação postos em prática por uma ciência.
18
económica conduzirá inevitavelmente à uniformização cultural e social? Se tal
for o caso, será esta total? Sabemos que as sociedades não são estáticas nem
esperam umas pelas outras relativamente à mudança, manifestam sobretudo
aptidões de criatividade na elaboração constante de diferenças.
Ora, depreende-se de tudo quanto foi dito até aqui, que o projecto
antropológico não pode corresponder ao exclusivo conhecimento dos outros
mas igualmente ao conhecimento de si – e para o qual contribui pela mesma
ocasião o dos outros. Assim, a antropologia é necessariamente uma ciência
comparativa, na medida em que se impõe ao investigador a tarefa de elaborar
uma teoria geral da vida em sociedade.
Esta visão, resulta da ideia de que a distância cultural obtida pela distância
geográfica é absolutamente indispensável do ponto de vista metodológico e
epistemológico. Juntamente com algum etnocentrismo, leva ainda a considerar
implicitamente que em alguns países do Sul as suas sociedades camponesas
estariam mais perto das condições etnológicas anteriormente conhecidas, no
universo extra europeu.
Pode dizer-se para concluir que a ciência antropológica tem sido uma ciência
de prática desigual desde a origem. De facto, os investigadores do Sul têm-se
confinado ao olhar de si próprios, partilhando o seu espaço com outros sem
ousar alargar o seu campo de intervenção a outras regiões que não as suas –
é uma prática alienada da antropologia europeísta que impede por natureza a
comparação.
Segundo a perspectiva referida, Portugal, por exemplo, seria hoje ainda – para
alguns observadores, como cheguei a ouvir – um conservatório desses
mundos desaparecidos ou em vias de desaparecimento. Não é cientificamente
correcto considerar Portugal, nem outros países em condições semelhantes,
como um conservatório de um passado imutável e, por essa razão, não pode
constituir refúgio para etnólogos passadistas que pensam ser apanágio da
etnologia o estudo exclusivo de sociedades arcaicas. Mais rapidamente do que
há uma vintena de anos atrás, Portugal acelera a sua plena integração no
modelo de sociedade de massa ocidental (de modo desigual segundo as
zonas do país, é certo, mas o seu caso não é o único) e é nesta perspectiva
19
dinâmica que deve ser incluído no campo da antropologia, tal como deve ser
incluída toda a Europa.
20
21
4. Princípios metodológicos
4.1. A invariante: o método
A investigação é o resultado de um conjunto de procedimentos metodológicos
assentes especialmente:
1) numa boa informação bibliográfica;
2) num ponto de partida teórico em forma de hipótese ou de um conjunto de
questionamentos;
3) num método geral e métodos específicos em função dos quais se
organizam os protocolos de investigação, segundo um plano concreto de
observação e respectiva ordem de execução no terreno;
4) em diferentes materiais e técnicas auxiliares.
Uma vez esta informação teórica adquirida, será possível levantar eventuais
hipóteses teóricas ou mais modestamente questões sobre o que se pretende
investigar. No caso de se querer elaborar uma monografia sobre a globalidade
de uma determinada sociedade, é corrente partir-se para o terreno sem
grandes á priori, emergindo interrogações mais profundas posteriormente.
22
distância obtida pela introdução de uma dualidade fundadora: a pressuposta
diferença cultural (pressuposta, na medida em que é possível existirem
continuidades culturais separadas por descontinuidades espaciais).
23
Em função da problemática, é feita a escolha do local de observação e esta
deve ser justificada pela sua pertinência em relação aquela. De preferência
procura-se residir em casa de um habitante. Para tal, será necessário que este
último reuna algumas condições adequadas ao papel de anfitrião. Ou seja, no
mínimo, não se encontrar no centro de conflitos que possam limitar a acção do
investigador e, de preferência, usufruir de alguma influência ou prestígio junto
dos outros membros do grupo. Enfim, todos estes aspectos gerais a respeitar
dependem do facto de se tratar de sociedades extra-europeias ou europeias,
sendo a situação nestas últimas naturalmente diferente. No caso de
comunidades locais europeias deve evitar-se ser alojado por autarcas ou
outros notáveis para não, pelas suas posições e opiniões exclusivas, privilegiar
relações que possam condicionar o seu julgamento e limitar a sua liberdade de
movimentos. Para além destas prescrições a cumprir, o resto do
comportamento do observador no terreno é uma questão de carácter pessoal,
bom senso, adaptabilidade às condições do meio ambiente, aptidão para o
relacionamento social. Não é raro antropólogos neófitos falharem a sua
tentativa de inserção no terreno por inexistência de um mínimo de capacidade
de adaptação a um meio estranho ao seu.
24
preservadas de eventuais extravios. Mais tarde poderão ser organizadas em
fichas, como gostam de fazer certos autores, para uma utilização mais fácil.
25
A necessidade de maior ou menor utilização de material depende do trabalho
de campo a realizar e a região onde é efectuado. Mas quer se trate de uma
aldeia transmontana ou um lugar em qualquer parte recôndita do planeta, o
material será sempre, mais ou menos, todo necessário. Naturalmente, se for
questão de um inquérito com o simples fim de estabelecer genealogias de
parentesco por exemplo, alguns instrumentos não serão obviamente
necessários.
Até este momento utilizei sempre a expressão observação directa para referir
o procedimento do antropólogo no terreno. Sendo esta a definição, os leitores
perguntarão se existe outra forma de observar senão directamente e, de facto,
têm razão. Colocada a questão de modo geral, a observação é sempre directa
caso contrário não haveria observação. Mas acontece porém que, graças às
relativamente novas técnicas, é possível actualmente, sem grandes abusos de
linguagem, proceder a algumas observações de forma indirecta como
prolongamento da observação directa.
Com efeito, a observação indirecta torna-se possível pela existência de
técnicas tais como as fotografias e em particular as realizadas com aparelhos
motorizados permitindo a decomposição dos movimentos, em sequências de
várias imagens por segundo. Soma-se a tal, o registo de som de alta definição
que embora não seja dado à observação (mas no terreno também não) fica
disponível para uma análise indirecta (sobre música, oralidades diversas).
26
Outros tipos de representação gráfica, cuja finalidade é fornecer uma
informação quantificada, podem ser igualmente necessários, segundo os
diferentes métodos de apresentação de dados: como os gráficos, diagramas
de barras (a fim de representar uma grandeza numérica segundo barras
alongadas em que o comprimento destas é proporcional à grandeza
representada), diagramas de sectores (estes diagramas são particularmente
utilizados na construção das pirâmides por grupos etários), diagramas de
parentesco (para representar genealogias concretas ou modelos de
parentesco). Nos casos em que são indispensáveis, não só permitem, através
de uma espécie de observação à distância, a análise aprofundada dos
diferentes dados recolhidos no terreno – segundo certos parâmetros de
medição e quantificação – como sobretudo ilustrar e demonstrar as conclusões
retiradas; enquanto condição absoluta de validação de qualquer investigação.
27
por não representarem fenómenos de importância nacional ou não implicarem
grupos sociais dominantes.
É de facto vão imaginar poder contabilizar tudo quanto existe numa sociedade,
tentando fazer uma descrição supostamente exaustiva e somar as partes para
tentar obter a totalidade social.
28
das suas instituições [...] e noutros casos, somente um grande número de
instituições, [...] todos estes fenómenos são ao mesmo tempo jurídicos,
económicos, religiosos, e mesmo estéticos, morfológicos, etc. [...] São “todos”,
sistemas sociais inteiros [...]. Por outras palavras, são «factos sociais totais»,
segundo Mauss [1950: 274-275].
Fica igualmente claro que nenhuma afirmação poderá ser validada sem a
demonstração da prova concreta ou mesmo teórica. Sempre que possível os
elementos recolhidos no terreno deverão ser quantificados, para estabelecer
eventuais modelos reduzidos de formas complexas e impossíveis de
representar segundo modelos mecânicos.
29
Naturalmente, este autor não foi o único a ter a preocupação comparativa,
antes dele outros investigadores tiveram este objectivo, designadamente os
evolucionistas. Quando num artigo comparei as diferentes formas de atribuição
do nome na Europa, tendo como referência o modelo português foi uma forma
de comparação, classificação e síntese que procurei realizar [A. dos Santos,
1999].
FIM
30