Pedro Pramo conta a histria de Juan Preciado, que vai em busca de conhecer seu pai, Pedro

Pramo, aps a morte de sua me. Ao chegar na cidade imaginria de Comala, Preciado
encontra uma regio abandonada e somente mortos.

Ao descobrir que o povoado habitado apenas por defuntos, Juan morre aterrorizado. Aps
ser enterrado, os falecidos iro lhe contar a vida de seu pai.

Os mortos narram Pedro Pramo como um homem rude e cruel que detm a maior parte das
terras da regio de Comala.

A figura de Pramo se assemelha aos coronis do nordeste brasileiro. Inclusive, o personagem
dava dinheiro e emprestava alguns homens para um movimento rebelde que invadia fazenda e
realizava saques, o que lembra a proteo que alguns coronis concediam aos cangaceiros.

O romance no linear, de maneira que vrias vezes preciso reler os captulos anteriores
para compreender melhor o enredo.

A voz narrativa do romance singular. Alguns captulos so narrados em 1 pessoa com Juan
Preciado e outros em 3 pessoa. Mesmo nos captulos escritos em 1 pessoa possvel
distinguir outras vozes, como se pode depreender logo no primeiro pargrafo do livro:

Vim a Comala porque me disseram que aqui vivia meu pai, um tal de Pedro Pramo. Minha
me que me disse.

Na expresso um tal de Pedro Pramo, percebe-se que era a me de Juan Preciado que em um
tom raivoso falava de seu pai: um tal de Pedro Pramo.

Durante todo o romance, possvel verificar o cruzamento das vozes narrativas.