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Porno-facismo: a pornografia como educação para a

guerra

***CENAS CHOCANTES***

Fotos dos abusos estadunidenses


no iraque, primeiras exposições são fotos de estupros. .
http://www.universalfriends.org/prisoners_abuses_Iraq2.ht
m

conversa minha no msn:


y diz:
aquele link que você passou dos soldados estuprando as
iraquianas
tiraram fotos... eles não estavam estuprando ali entre eles
mas para a câmera
na relação eu estou com o cara ou com uma câmera na
minha cabeça

x diz:
sei lá
é o modelo da pornografia

y diz:
mas o q quero dizer é que tipo há sempre um terceiro
participante

x diz:
no capitalismo você vira expectador das suas fantasias (se
eh q aquilo pode ser chamado de fantasia)

y diz:
um olho aí

x diz:
é só o terceiro significa
a coisa
só o outro ...nesse caso nem dá pra chamar de outro
como conseguiu olhar aquelas fotos? aquilo me faz um mal
psicológico...

y diz:
acho tão mecânico
claro q não para a mulher q estava ali

x diz:
a pornografia esvaziou
sim mas pro cara
nesse sistema só subsiste se a coisa for tornada autômata

tipo os caras matando os bichos


nos abatedouros
os soldados na guerra
pra mim eh a mesma coisa, educam-nos pra guerra e
começa pelo paladar, como a capa do album meat is
murder do smiths, um soldado com o capacete escrito
meat is murder.

y diz:

eu iria ficar muito mais perturbado se eles fizessem aquilo


sem ser para a câmera, sabe?
ia ser real aí

x diz:
de fato, há uma virtualização das vidas e das ações
e das pessoas e principalmente do outro
das relações

...................................................................................
.............................

''Sabe, no fundo eu sou um sentimental


Todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dose de
lirismo
Mesmo quando as minhas mãos estão ocupadas em
torturar, esganar,

trucidar
Meu coração fecha aos olhos e sinceramente chora...''
''Meu coração tem um sereno jeito

E as minhas mãos o golpe duro e presto


De tal maneira que, depois de feito
Desencontrado, eu mesmo me contesto

Se trago as mãos distantes do meu peito


É que há distância entre intencão e gesto
E se o meu coração nas mãos estreito
Me assombra a súbita impressão de incesto

Quando me encontro no calor da luta


Ostento a aguda empunhadura à proa
Mas o meu peito se desabotoa

E se a sentença se anuncia bruta


Mais que depressa a mão cega executa
Pois que senão o coração perdoa''
(chico buarque)
...................................................................................
................................................................................

Mas pra mim o mais curioso é que


qualquer semelhança com a pornografia não é mera
coincidência.

E ainda tem quem fale que pornografia não estimula


o ódio contra a mulher, sua utilitaridade física, seu
esvaziamento de significação, a legitimação da
necessidade do estupro pelos homens [porque eles
são uns animais famintos, é isso que a pornografia
quer fazer pensar], a levianização do uso sexual de
uma pessoa [se o cara usa uma impressão gráfica de
uma mulher que foi usada na frente de uma lente,
porque não usaria um modelo real?? aliás esse
modelo real vira virtual, porque educados na
virtualidade do outro, os homens não sabem mais ter
empatia e perceber que o outro não é uma coisa, mas
uma pessoa, nem tem referenciais de realidade e
principalmente: a pornografia vem a ser a educação
sexual que o garoto leva e referencial de
sexualidade], a esvaziação do ato sexual em si, a
instauração do império falocrático da relação
monológica e unilateral, segura.

O capitalismo só sobrevive graças a estrategia da


alienação dos individuos, de sua separação no
processo produtivo. Dividir para dominar. Estamos
alienados dos processos totais de produção. Chega
um bife na sua mesa como se fosse algo abstrato,
não se sabe de onde veio. A guerra fica distante. Fica
nos campos, na periferia, nos terceiros mundos, no
iraque, na sala de produção de filmes pornográficos,

nas fábricas, no silêncio da História.

Logo o Capitalismo só subsiste se as pessoas NÃO se


relacionarem. As relações humanas estão cada vez
mais virtualizadas, cada vez mais pausterizadas,
nossas sensibilidades estão cada vez mais
brutalizadas, e nossa acuidade crítica restringida.
Cada vez mais voltados para o nosso núcleo
individualizante produtivo, células
isoladas de uma grande máquina de morte.

A guerra só vem se tornando possivel graças a um


treinamento militar fascista que TODOS sem exceção
recebemos. Cada vez mais os campos de batalha são
ascépticos, o soldado é um profissional num tanque
de guerra, olhando pelo visor, o cenário mais lembra
um video game.

O piloto do caça, olhando as figuras


pequenas lá embaixo, depois vemdo uma grande
explosão, aquilo não chega a sua percepção. Aquilo
não é real. Parece uma cena de filme holiwoodiano,
parece um game de guerra. Só ele é pessoa. Só
estadunidenses brancos são pessoas.

Animais não são pessoas.


Eu não tenho nada haver com isso.
Esse é meu dever.

Eu como a carne, como se isso não tivesse nada


haver comigo. É o que tá aí. É o que é normal. A
guerra é normal. Matar é normal. Estuprar eh normal.
Pornografia é normal. Não sómente são normais,
como tb é bom. É conveniente. Omissão.

O ser humano se torna abstrato, o que é sólido


desmancha no ar, nada mais é real. Tudo é
entretenimento. Pornografia é entretenimento.
Estupro é entreternimento. Estupro é profissão.
Estupro é guerra. Guerra é entretenimento, é
estética, estupro é tática militar, pornografia é tática
militar.

Estupro para me afirmar. Os homens temem a


vagina, que lembra a ameaça castradora de
reengolfamento da vagina de sua mãe. Homens se
fazem homens com a rotina da penetração
compulsiva, porque precisam estar sempre
enfrentando aquilo que os amedontra e que pode
retirá-los de seu estatus de macho. Toda vez que
entra seu penis na vagina, e termina o trabalho, ele
sai vitorioso. Mais uma batalha ganha. Fecha os olhos
e estupra. A rotina da casa dos homens, a
ritualização em memória a iniciação na casa dos
homens, onde enfrentam o medo e são afastados da
mãe, pra poderem se tornam homem.

Os homens são afastados de TODAS as mulheres num


ritual existente na sociedade toda, afastados com
frequencia. Afastados do real. Pra poderem se
insensibilizar e poder matar. Matar eh a forma como
afirmam-se a forma como afastam o medo. O

medo que os torna força de trabalho [de


guerra] improdutiva. Afastados, distanciados em
sensibilidade ao outro. O outro se torna um em-si
objetal, algo que não responde, inanimado. A unica
existência que existe é a minha, imponente, sem
outras existências que me ameace. A segurança do
egocentrismo.
O mundo tornado assim, no processo de alienação
que separa todo mundo de tudo e até de si mesmos,
estuprar se torna mecanico e normativo. É tão
simples, tão rotineiro, qto se masturbar. A dor do
outro é apagada, ignora-se. Ignoro o que está por
trás do bife no meu prato, pois preciso comer, e as
coisas são assim. Ignoro a criança jogada na rua, as
crianças se prostituindo, a guerra no terceiro mundo,
a fome de milhões.

Ignoro pra sobreviver. Insensibilizo-me pra subsistir.


Insensibiliza-se pra que esse sistema subsista.
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Em 25 de abril, é o dia de nos lembrarmos das
mulheres violentadas em todas as guerras

A maneira convencional de "lembrar-se" de alguém ou de


algo seria fazer um momento de silêncio, mas, em vez
disso, optamos por falar abertamente sobre o assunto. Nos
recusamos a ser silenciadas.

Pelas mulheres violentadas na mitologia, nas lendas e na


literatura - as vítimas dos heróis estupradores da cultura
ocidental: Zeus, os Cavaleiros da Távola Redonda, Jack o
estripador, etc. ad nauseum; Pelas dezenas de milhares de
mulheres violentadas pelas forças japonesas em Nanking,
China 1937; Pelas mulheres judias violentadas pelos
facistas; Pelas centenas de milhares de mulheres
violentadas quando as forças aliadas "libertaram" Berlim;
Pelas centenas de milhares de mulheres bengali
violentadas durante a guerra de "independência" do
Paquistão; Pelas mulheres violentadas pelas tropas Norte-
americanas na Coréia e no Vietnã. Pela menina de 12 anos
violentada pelos soldados norte-americanos em Okinawa,
Japão; Pelas mulheres violentadas durante o genocídio de
1994 em Ruanda e que agora estão morrendo de Aids;
Pelas dezenas de milhares de mulheres violentadas na
Bósnia-Herzegovina, onde “campos de esturpo”
aprisionavam quase 3 mil mulheres de cada vez como
parte da campanha de limpeza étnica; Pelas mulheres
violentadas em todas as guerras; Pelas mulheres
violentadas durante os tempos de “paz”; Pelas mulheres
que não puderam, não poderão e não podem contar suas
histórias.

Denunciamos a ira, a violência e a dominação sobre cada


mulher. Denunciamos as forças do patriarcado que usam o
corpo das mulheres como campos de batalha do poder e da
destruição. Não somos “homentropas”.
O estupro não é revolucionário – é a mais antiga
tática do patriarcado.

Não é uma “ideologia vitimista” que nos faz parar para


honrar as mulheres neste dia. Somos mulheres fortes, e
mulheres fortes sorriem, mulheres fortes choram, mulheres
fortes gritam, mulheres fortes sussurram, mulheres fortes
se entregam, mulheres fortes sobrevivem, mulheres fortes
morrem.

O General Patton afirmou o seguinte em suas memórias:


“Então eu disse a eles que, em vez de meus esforços mais
diligentes, deveria haver inquestionavelmente alguns
estupros”. Conforme escreveu Susan Brownmiller em
Against Our Will (Contra Nossa Vontade), é engraçado a
atitude de um homem em relação ao estupro na guerra. Ele
estupra porque a mulher é em si um inimigo do que ele
deseja humilhar e aniquilar. Ele estupra porque a aquisição
do corpo feminino significa um pedaço do território
conquistado. Ele estupra para descontar em alguém a
humilhação que sofreu. Ele estupra para se livrar dos seus
medos. Ele estupra porque isso é apenas “se divertir” com
os amigos. Ele estupra porque a guerra [revolução?], um
negócio dos homens, despertou sua agressividade e ele a
direciona àqueles que desempenham um papel de
subordinação no mundo da guerra [revolução?].

Esta guerra não é “nossa”. Recusamos a “revolução” de


nossos “irmãos”!

Assim como as mulheres não consentem com a violação de


seu corpo, não consentimos com a penetração deles em
nosso movimento.

Temos o direito de fazer valer nossos direitos ousadamente


como feministas militantes na luta pela libertação de todas
as formas de dominação e exploração. Em todo o globo e
mesmo aqui, exigimos que a opressão da mulher esteja na
linha de frente da agenda revolucionária. Pois não é algo
extremado proclamar que tem havido uma guerra travada
contra nós através dos séculos, que nos afetou das mais
grotescas formas. Da caça (genocida) às bruxas ao
Afeganistão atual, esta tem sido uma guerra e o alvo é
o feminino como um todo.
As condições em que os ecossistemas e as culturas
primitivas estão sendo destruídos no passado e no
presente, a destruição das comunidades lideradas por
mulheres como na Europa, a esterilização forçada de
mulheres de cor na América, o estupro na Bósnia e as
mulheres que são apederjadas até a morte (entre outras
muitas outras formas de tortura) em arenas públicas no
Afeganistão deixam muito claro o que já aconteceu e que a
guerra entre nós irá continuar.

Conforme mais e mais pessoas se tornam cada vez mais


militantes em sua resistência a fatos como o Capitalismo
Global e o “Livre Comércio”, os vários governos e militares
se tornarão cada vez mais repressivos (como já podemos
notar). E com o aumento progressivo de táticas de ambos
os lados, chega até nós a possibilidade de guerra. À medida
que se iniciam os confrontos, mais pessoas estarão sujeitas
ao aumento da gravidade das torturas e dos maus-tratos,
geradores de enormes traumas e desordens de estresse
pós-traumática. Atualmente não temos o
conhecimento ou as habilidades necessárias para
lidar com as sobreviventes do estupro e da guerra,
considerando especialmente que, agora, o estupro e
o abuso contra mulheres não são vistos como
edêmicos e importantes o suficiente para lutar contra
os homens à nossa volta.

Se não lutarmos contra a totalidade do paradigma


masculino dominante, isto é, do micro para o macro,
estaremos lutando meramente por uma futilidade. Exigimos
que nossa realidade coletiva como mulheres não seja mais
posta de lado como um obstáculo irrelevante para a
Revolução. Exigimos que nossas experiências sejam vistas
como a sabedoria necessária para uma revolução
verdadeira e utilizável.

Em 25 de abril, é o dia de nos lembrarmos das mulheres


violentadas em todas as guerras. 364 dias são muito pouco
por ano...

Estes escritos são dedicados à todas as mulheres do mundo


e particularmente às mulheres de Chiapas...Anarquistas ou
não.

(tradução: Danielle Sales


retirado do fanzine CLÃDESTINO n.32 – ano 03 – julho
2002)
guerra contra as mulheres é uma guerra REAL

Nós temos que fazer isso parar de acontecer. Porque,de


outra forma, nós aceitamos que a nossa condição é uma
em que o estupro é normal. Brutalidade em torno da
mulher é normal. E a questão é: como regular isso? Como
faremos para reduzir isso? Talvez elas possam ir em mais
jogos de hockey do que nós vamos agora. Você sabe outras
saídas, distrações.

Eu estou aqui para dizer que a guerra contra as mulheres é


uma guerra REAL. Ela é REAL. Não há nada de abstrato
sonre isso. Não é ideológico, apesar disso incluir ideologia.
E as pessoas lutam no campo das idéias, sim. Mas essa é
uma guerra em que as garras estão na sua face. E isso é
real. E isso é verdade. E liberdade significa que isso não
acontece. Você veja, nós andamos por aí dizendo que isso
não aconteceu hoje ou que isso ainda não aconteceu. Eu
venho tendo certo há três meses. Ou, ah, eu achei uma boa
agora. Uma muito boa: ele não me agride tanto assim. Ele
pode me insultar, mas ele não me agride. E isso pode ser
verdade e pode não ser. Mas a gente tem que descobrir
isso logo e fazer os homens pararem de agredir as
mulheres. Sobre quaisquer circunstâncias.

(Terror, Torture and Resistance - Andrea Dworkin)

http://hysterocracya.blogspot.com/2007/03/porno-
facismo-pornografia-como-educao.html

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