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http://sexismoemisoginia.blogspot.com/2009/10/prostituicao-nao-e-
degradanteapenas.html?
showComment=1254667464487#c4511981074898784091
Anónimo disse...
Em Amsterdã, onde a prostituição é livre, só as prostitutas não são, pois
85% delas são agenciadas por cafetões e sofrem todo tipo de agressões
físicas e morais. Ninguém denuncia isso, pois os que querem a
legalização da prostituição, preferem fingir que legalizar protege a
prostituta dos abusos e exploração.
Ambas são o sinal, a cicatriz que toda mulher carrega durante a vida,
desde que nasce para que o domínio dos homens nunca seja esquecido
e sempre renovado nos nossos corpos, individualidade e afetividade.
Marcadas para sempre.
Por outro lado, condenar a prostituição com o argumento de que é nociva para
quem a pratica: doenças venéreas, humilhação, violência por parte dos
clientes, exploração por donas de casa de prostitutas e por gigolôs, é um
argumento paternalista que, enquanto tal, não resiste ao escrutínio crítico e por
outro é até contraproducente porque pode sempre mostrar-se que estes males
advém do facto da prostituição se encontrar condenada e ilegalizada e de se
estigmatizar a figura da prostituta. A falácia de tal argumento é que mesmo que
seja verdade o que nele se diz, isso não é suficiente para condenar moral ou
legalmente a prostituição, é quando muito um argumento prudencial: não é
aconselhável ser prostituta, mas a partir daí nada mais se pode adiantar.
Afastados estes dois argumentos pela sua inconsistência, fica por considerar
aquele que me parece realmente sólido e que afirma que a prostituição não se
pode legalizar porque atenta contra os direitos inalienáveis da pessoa humana:
a prostituta aceita ser tratada como um simples meio para o cliente atingir o fim
que se propõe - satisfação sexual; aceita ser reduzida à condição de objecto
sexual. E não só é reduzida ao estatuto de objecto o que já por si é degradante
como tem ainda de se mostrar cooperativa na sua própria degradação: tem de
«funcionar» de determinada maneira, tem de se empenhar num papel
determinado para prover à satisfação sexual do cliente, tem de se mostrar
submissa e subserviente em relação aos desejos do cliente. O facto de ela
concordar com o «negócio» em certo sentido ainda piora a situação porque
como o «negócio» se realiza no contexto da sociedade patriarcal, com a sua
anuência, ela acaba por reforçar e aceitar a inferiorização e o domínio e
controlo sexual do homem sobre a mulher que ela representa. O que a
prostituta vende não é, como se pretende - não se sabe se com ingenuidade se
com má fé, um simples serviço, de facto, ela vende-se a ela própria por um
determinado lapso de tempo, anula-se como pessoa. Enquanto, por exemplo, o
trabalhador de uma fábrica vende a sua força de trabalho, mas isso não o
impede de continuar a existir como pessoa, tal não acontece com a prostituta
que não se consegue alienar do que está a vender. Parece-me que esta
peregrina ideia do serviço que o corpo da prostituta realizaria decorre de uma
concepção dualista do ser humano que defende que este é um composto de
duas realidades independentes, o corpo (que se tem, à maneira de uma coisa)
e o espírito (que se é, que constitui a essência da pessoa), a ser assim, pode
advogar-se que a prostituta vende o corpo, mas preserva o espírito; todavia
esta concepção é como sabemos apenas mais uma concepção religiosa e hoje
de uma maneira ou de outra tod@s estamos cientes de que nós somos corpo,
um corpo que sente, deseja, pensa e que não podemos pensar, sentir, desejar
sem corpo, portanto quando se vende o «corpo» vende-se aquilo que se é.
Parece-me que esta linha de argumentação pode fornecer um apoio sólido a
quem, apesar de reconhecer e lamentar a exploração a que as prostitutas
estão sujeitas, não concorda com a legalização de tão sórdido negócio, porque
de facto a degradação da prostituta também é, embora remota e
indirectamente, a degradação de todas as mulheres e ainda mais
indirectamente de todo e qualquer ser humano. Não se pode de modo nenhum
resolver o problema da legalização da prostituição ouvindo apenas as
prostitutas, tem de se ouvir acima de tudo as mulheres e também os homens,
apesar da perspectiva destes na maioria dos casos estar enviesada, porque o
que as prostitutas fazem, embora em minha opinião seja nocivo para elas –
mas essa é apenas a minha opinião, é nocivo para as mulheres em geral, para
mim em particular e para a dignidade do ser humano.
P.S. Sei que muito boa gente não concorda com a tese aqui defendida, convido quem quiser
colaborar a apresentar brevemente e a defender o seu ponto de vista.
Comentários:
Prostituição- a falácia patriarcal do direito de escolha
"Meu corpo, portanto, está do lado do sujeito que sou, mas ao mesmo tempo, enreda-me no mundo das
coisas. Meu corpo abre-me para o mundo, ou ainda melhor, abre-me em direção ao mundo, e constitui
meu ponto de vista dele.(...)Ao desintegrar-se meu corpo, também meu mundo cai em pedaço,e o inteiro
desfazer-se de meu corpo significa um rompimento com o mundo e igualmente a morte, o fim de meu ser
como ser-consciente-no-mundo."
http://www.esnips.com/doc/f9b5c7ac-56ad-4310-92d9-88f8367170ac/Prostituição--a-falacia-patriarcal-do-
direito-de-escolha
Banalizar e naturalizar a prostituição
A prostituição vem sendo apresentada pelo história como algo já existente desde os primórdios da
organização social humana. Diferentes facetas do discurso social retomam esta idéia e justificam a
prostituição, esvaziando-a de sua violência constitutiva. A prostituição transformada em profissão de fato
legaliza a violência da apropriação material e simbólica dos corpos das mulheres.
http://www.esnips.com/doc/a4b80dc6-cfe4-45d8-a0b3-fb12240f3e83/Banalizar-e-naturalizar-a-prostituição
TRAFICO DE MULHERES E PROSTITUICAO
Este texto tem por objetivo contestar o argumento principal das propostas de legalização da prostituição.
A proposta de legalização argumenta que a prostituição é uma profissão como outra qualquer, ou melhor,
uma simples troca de serviços sexuais por remuneração livremente estabelecida na compra e venda de
serviços sexuais.
http://www.esnips.com/doc/5fff142d-473d-4b7e-8e46-801bdd97d87f/TRAFICO-DE-MULHERES-E-
PROSTITUICAO
Trafico e Escravidao Sexual-Perguntas Frequentes
O tráfico atinge pessoas de todas as origens, e pessoas são traficadas para uma variedade de propósitos.
Os homens geralmente são traficados para trabalhos forçados, enquanto crianças são traficadas para as
indústrias de trabalhos têxteis, agricultura e pesca. As mulheres e meninas são tipicamente traficadas
para o comércio de sexo - exemplo, prostituição e outras formas de exploração sexual.
http://www.esnips.com/doc/7485fb31-bc50-4f7a-b847-75e2045fa06f/Trafico-e-Escravidao-Sexual-
Perguntas-Frequentes
Não à Legalização da Prostituição_10 Razões para a prostituição não ser legalizada
http://www.esnips.com/doc/766d1b13-afb7-4187-9a9d-e6160a1b6502/Não-à-Legalização-da-
Prostituição_10-Razões-para-a-prostituição-não-ser-legalizada
Consequências de se enxergar a mulher como objeto…
O namoro de Mariana (nome fictício), de 16 anos, começou como
qualquer outro relacionamento adolescente mas terminou com
problemas de gente grande. No início do relacionamento, o rapaz
de 24 anos, seu primeiro namorado, era calmo e presente. Quatro
meses depois, ele se tornou autoritário, ciumento, controlador e
violento, a ponto de agredi-la verbal e fisicamente diversas vezes. O
namoro acabou há nove dias, quando ele, depois de uma crise de
ciúmes, bateu na adolescente, grávida de três meses.
— Depois do banho, fui para meu quarto e, ainda nua, ele começou
a me bater e dar tapas. Só não deu um soco na minha barriga
porque eu me esquivei. Liguei para a polícia, então, ele pegou o
celular e jogou na minha cabeça. Não satisfeito, quebrou o
videogame nas minhas costas — conta Mariana. — Ele me xingava
com frequencia e já me agrediu na frente dos meus amigos.
O caso da adolescente não é isolado. De acordo com uma pesquisa
recente realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), 85% das
adolescentes já viveram formas de violência no namoro,
mesmo em relacionamentos de curta duração, como o “ficar”.
Na pesquisa, feita com pessoas de 15 a 19 anos das cinco regiões
do Brasil, beliscões, empurrões, tapas, xingamentos e ofensas,
inclusive pela internet, foram as agressões mais citadas nos 3.205
questionários respondidos.
— A violência verbal e emocional foram as formas mais citada
pelos meninos e meninas, ou seja, em torno de 85% dos jovens
do estudo disseram praticar e sofrer esse tipo de agressão. É
importante pensarmos que, independentemente de números,
esse tipo de agressão nas relações de namoro e de ficar
podem ser preditoras para a violência conjugal na vida adulta
— alertou a pesquisadora Kathie Njaine, autora do estudo.
Segundo a professora e coordenadora do Núcleo de Saúde
Reprodutiva e Trabalho Feminino da Escola de Serviço Social da
UFRJ, Ludmila Fontenele Cavalcanti, as meninas não notam que
estão em um relacionamento agressivo:
— Elas têm dificuldade de perceber que estão em um namoro
violento. Depois, chegam a um ponto que fica difícil de sair. Elas
têm medo de terminar e serem difamadas ou excluídas do grupo de
amigos.
Prostituição, pornografia, revistas masculinas, propagandas e etc
estão diáriamente a disseminar a idéia de que mulheres são
simplesmente objetos.
Fonte: Extra Online.
http://filhaprodiga.wordpress.com/2009/10/03/consequncias-de-se-
enxergar-a-mulher-como-objeto/
Vem este título a propósito de um blog que visitei há pouco tempo, no qual se
discutia acaloradamente o que as mulheres haveriam de fazer para dar mais
prazer aos seus parceiros sexuais; mulheres e homens opinavam e eu resolvi
comentar a estranheza - para mim é claro, de estarem tão preocupad@s com o
prazer dos homens e não darem a mínima para o prazer das mulheres que,
como todos sabemos, ainda hoje constituiu um grave problema de saúde
sexual, embora ninguém pareça querer dar-lhe muito atenção, as
mulheres por vergonha, os homens por que o problema não é deles….
“Quando a trabalhadora de sexo Valerie Scott diz que a maioria dos seus
clientes casados continuam a amar as suas esposas mas que, por vezes, os
homens precisam mesmo de uma quebra da rotina, falha em situar a
prostituição no contexto da ideologia sexista na qual as mulheres não têm uma
saída equivalente para os seus devaneios adulterinos nem um meio de
preservarem o estatuto de boa rapariga, se a tiverem. Por isso, mesmo que
Scott tenha razão quando diz que «o desejo sexual não substitui o amor» de
modo que as esposas queridas não precisam de se sentir ameaçadas pelas
prostitutas, não assume a sua responsabilidade pelo facto do seu trabalho
como prostituta reforçar o duplo padrão sexual que priva a sexualidade
feminina de um erotismo definido nos seus próprios termos.
Pode acontecer os homens não terem sexo suficiente; mas também o não
têm as mulheres. Os homens têm um acesso privilegiado ao empório da
pornografia e da prostituição – para não mencionar também a perenidade
do duplo padrão de conduta. O desejo das mulheres, por contraste, tem
sido menosprezado e confinado pela triste história de museu dos
espartilhos, cintos de castidade, culto da virgindade e mutilação genital.
Comparada com a mal-nutrição erótica das mulheres, a frugalidade dos
homens parece um banquete romano.
Dado este duplo padrão, o poder que a prostituta afirma ter sobre o seu
cliente é temporário e socialmente invisível em relação ao dele; por isso
Scott pode não estar a perceber que o poder dela pode facilmente ser
subvertido para dar força á objectificação sexual pelo seu cliente da sua
puta e da sua esposa (e também da sua secretária e da sua amante…).”
http://sexismoemisoginia.blogspot.com/2009/10/mal-nutricao-erotica-das-
mulheres-e-o.html#comments
Comentário:
A lógica usada para a manutenção da prostituição e pornografia é a mesma que se usa para
justificar a produção de pornografia por e para mulheres. Explico. Mesmo sob o ponto de vista
feminino, a pornografia continuará contribuindo para a objetificação e exploração das
mulheres. O raciocinio da prostituta priva da mesma lógica dos que querem pornografia feita
por mulheres e para mulheres ou poderia se dizer, não sexista, ou seja, as mulheres
construiriam seu erotismo a partir de suas definições. Será?! Será que realmente precisamos
da pornografia pra isso?!
Se mulheres consomem porno ou apóiam a pornografia de alguma forma, pelos motivos que
forem e sabemos que querer um porno feminista, feminino ou não-sexista (se é que isso pode
realmente existir), não irá trazer a eliminação dos outros ou fazer com que sejam menos
agressivos e sexistas. Muito pelo contrário, se justifica a existência do hard porn, quando se
quer um porno menos ofensivo ás mulheres, porque com todos consumindo aquilo que
desejam, o mercado do sexo continuará vendendo corpos e se adaptando a todos os gostos.
A indústria do sexo quer é lucrar e se perceber uma demanda, tratará de satisfazê-la. Mas não
podemos perder de vista, que seres humanos, pessoas, continuarão a ser usados e abusados
para a satisfação dos outros e lucro de alguns. Soft porn, hard porn, bdsm porn e porn
feminista ou feminino ou não-sexista (sic), no final das contas tratará do mesmo: a exploração
de pessoas para consumo e mercantilização da sexualidade humana e lucro dos exploradores
e meio de educar mulheres e homens para considerarem o sexo um fim em si mesmo e que é
aceitável objetificar e explorar as mulheres.
E para atender a esse mercado, mais e mais seres humanos, pessoas e principalmente
mulheres, serão e são recrutados, pois ele se abastece de novidades que só os corpos jovens
e inéditos podem proporcionar. Reivindicar um não-sexista porn, significa que a exploração
continuará a mesma, mais ainda em relação as mulheres, que agora poderão ser exploradas
por outras mulheres que dirigirão, produzirão e comercializarão a pornografia, já que uma
porno sob o ponto de vista feminino, exigiria em tese, que esses filme fossem feitos por
mulheres.
A Suécia encontrou a solução para a prostituição, que é a punição dos agenciadores, mas só
isso não bastou. Aprovaram também medidas que proporcionassem alternativas para que as
mulheres possam sair disso e que outras não sejam obrigadas a entrar na prostituição. Na
pornografia não há como proibir o consumo, porque existe toda uma facilidade seja pela
internet, locadoras de vídeo e etc... Como então combater a pornografia, que estimula não só
a prostituição como a objetificação das mulheres? Tem que se encontrar uma maneira ( e
infelizmente eu não sei como, a não ser que mais e mais pessoas manifestem o seu repudio e
mais e mais estudos sejam feitos apara denunciar o mal que isso causa a todos os envolvidos)
de desnaturalizar o porno, para que as pessoas possam viver e compartilhar sua sexualidade
sem essa hierarquização e inferiorização que tanto prejudica as mulheres e porque não dizer,
homens também... Quanto mais e mais pessoas se manifestarem contra e com argumentos
racionais e estudos do prejuízo que isso causa, mais e mais pessoas serao conscientizadas e
quem sabe menos estarão dispostos a consumir.
A saída é difícil. Isto foi o que aconteceu com Maria Esther por
tentar escapar com um cliente, segundo se explica em uma
sentença do Supremo de maio de 2007: "[Abelardo, o proxeneta] a
agarrou pelo pescoço e começou a lhe aplicar golpes, pegando
tesouras e furando-a na cabeça e entre as pernas, causando-lhe
lesões consistentes em contusão frontal, feridas e contusões no
couro cabeludo, traumatismo na região anterior do pescoço, ferida
contusiva no queixo e no lábio superior, ferida perfurante na região
temporal direita e feridas perfurantes no braço esquerdo". Para fugir
do agressor, ela se pendurou do terraço e caiu no do andar inferior.
Esse vizinho avisou a polícia.
•
As redes de tráfico de mulheres estrangeiras podem obrigar as
garotas a se prostituir nas ruas e bairros industriais - às vezes
também em apartamentos -, mas é raro que haja um clube de sexo
explorado pelos próprios traficantes, sobretudo quando a rede é
pequena e formada por três ou quatro pessoas. Faltam espanhóis
que atuem como comerciantes da mercadoria. E são necessários
vários contatos, porque as mulheres não podem ficar paradas no
mesmo clube durante muitas semanas. Os traficantes têm de
montar uma rede de locais pela qual possam circular. Cada região
da Espanha tem suas especialidades geográficas: Na região
Cantábrica (norte da Espanha) 90% são brasileiras. Em La
Junquera (Girona) há uma porcentagem semelhante de romenas. O
número total de clubes, segundo a Unidade Contra as Redes de
Imigração Ilegal e Falsificação de Documentos da Polícia Nacional
está em torno de 2.500.
"A questão não está clara nem sequer quanto ao 'alterne' [tomar
bebidas com os clientes], que é uma atividade mais visível e que se
pode controlar mais", explica Manuel Alía, subdiretor-geral para a
Inspeção em matéria de Seguridade Social, Economia Irregular e
Imigração do Ministério do Trabalho. "Segundo os tribunais
catalães, há uma relação trabalhista", continua. "Segundo os
galegos, não pode havê-la porque se trata de um trabalho que
atenta contra a dignidade humana. Mas no principal, que é se ali se
mantêm relações sexuais contra a vontade da vítima, não podemos
entrar porque a legislação não nos ampara."
É nesses antros que as ONGs têm mais problemas para ter acesso
às garotas e atendê-las. Também nos apartamentos, onde as
mulheres estão menos protegidas que em qualquer outro lugar.
Algumas quase não saem à rua e só têm contato com os clientes
durante um breve período. Trabalham e vivem ali. "Algumas casas
são autênticos armazéns de mulheres", relata um agente da UCRIF
especializado em Leste Europeu. "Há pouco vimos um chalé
pequeno no qual viviam 17 russas amontoadas. Dormiam em
quartos cheios de beliches e não saíam nunca." Assim se
minimizam os gastos e otimizam os lucros. A prostituição chinesa,
por exemplo, menos visível, é exercida quase totalmente em
apartamentos de grandes cidades como Madri e Barcelona. Como
na rua, nos apartamentos não há necessidade de grandes
investimentos. É só pôr a mercadoria humana para produzir.