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Justiça gratuita

A justiça gratuita está regulamentada na CLT (art. 790, § 3º), e pode ser concedida a
pedido ou ex officio, desde que seja comprovada a miserabilidade (=aqueles que percebem
salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal ou declararem pobreza).
Requisitos: Comprovação da miserabilidade: É presumida quando a parte ganha até 02
sal/mín.; ou Se declarado, sob penas da lei que, nada obstante ganhar bem, tem gastos
elevados, que a torne miserável. Muitos provam via imposto de renda ou através do
contracheque.
É rara a ocorrência de desconfiar de declaração de miserabilidade de próprio punho, pois
implica penalidades. Advogado declarar a miserabilidade em nome da parte: se entende que,
para que o advogado faça isso, na própria petição, deverá ter poderes especiais na
procuração, pois não é poder geral.
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das
custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho.
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento
ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao
dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do
sustento próprio ou de sua família.

Os efeitos da JG são: Dispensa o pagamento de custas processuais; Dispensa de


honorários periciais (médico e/ou engenheiro do trabalho – art. 195);
Desde outubro de 1997, quem paga os honorários periciais é a União, desde que não
ultrapassem R$ 1.000,00. Antes disso, o perito trabalhava de graça, o que criava uma dúvida
em relação à atividade exercida pelo perito.
A justiça do trabalho é uma justiça especializada de âmbito federal.
Art. 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministéro do Trabalho, far-
se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.

Não há sucumbência de honorários advocatícios – entendimento majoritário.


Poucos são os que buscam no art. 20 do CPC fundamentação diversa.
Os efeitos da JG são somente para o trabalhador, não são para o empregador. Todavia, há
ultimamente juízes reconhecendo a miserabilidade do empregador, desde que seja pessoa
física.
Ex: empregada doméstica que reclama da patroa. Essa pessoa física teria direito a JG.
Conclusão: não existe JG para pessoa jurídica.
Impugnação da concessão da JG: não teria finalidade, não teria interesse (custas
processuais revertem para a União, os honorários periciais são para o perito).

Assistência Judiciária Gratuita


Está prevista no art. 14 da Lei 5584/70 – não é na Lei 1060/50.
Art 14. Na Justiça do Trabalho, a assistência judiciária a que se refere a Lei nº 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, será prestada pelo
Sindicato da categoria profissional a que pertencer o trabalhador.
§ 1º A assistência é devida a todo aquêle que perceber salário igual ou inferior ao dôbro do mínimo legal, ficando assegurado igual
benefício ao trabalhador de maior salário, uma vez provado que sua situação econômica não lhe permite demandar, sem prejuízo do sustento
próprio ou da família.
§ 2º A situação econômica do trabalhador será comprovada em atestado fornecido pela autoridade local do Ministério do Trabalho e
Previdência Social, mediante diligência sumária, que não poderá exceder de 48 (quarenta e oito) horas.
§ 3º Não havendo no local a autoridade referida no parágrafo anterior, o atestado deverá ser expedido pelo Delegado de Polícia da
circunscrição onde resida o empregado.

Somente deferida a pedido. Ou seja, deve ser pedida para ser concedida, não cabe ser
deferida de ofício. Deve ser pedida na inicial – é típica do empregado, pois o reclamante é
quem ajuíza a inicial.
Ainda, deve ser comprovada:
 A miserabilidade, logo continua existindo a necessidade da declaração 9que também pode
ser declarada por procurador com poderes especiais;
 Credencial expedida pelo sindicato que representa a categoria do empregado em nome do
procurador do empregado (é uma fl. – deve ser assinada pelo sindicato da categoria, com o
nome do empregado e com o nome do procurador). Somente o sindicato que pode prestar AJG.
Com isso, há credenciamento do procurador que o empregado escolheu como seu advogado.
Veja, no centro da UNISINOS não há um núcleo de processo trabalhista porque os trabalhistas estão amarrados
pela CF/88, tampouco há defensoria pública trabalhista – a idéia é que os sindicatos são os defensores públicos
dos trabalhistas. Assim, o empregado que não tem condições de contratar advogado, pagar honorário, ele
procuraria o seu sindicato e esse teria um profissional à disposição do empregado. A realidade fática é diversa, não
há organização nos sindicatos ou não há nº. de procuradores suficientes nos sindicatos para representarem
judicialmente o empregado. Todavia, nada obsta que o sindicato delegue a um advogado trabalhista privado tal
função. Entrementes, esse procurador deverá ser credenciado pelo sindicato.

Os efeitos da AJG: Dispensa do pagamento de custas e honorários periciais; Permite


postular o pagamento de honorários assistenciais (até 15 % de honorários advocatícios) sobre
o possível valor de condenação do requerido para o requerente; Permite cobrar da parte
contrária honorários assistenciais - honorários assistenciais são honorários advocatícios para o
procurador do reclamante. O trabalhador não paga honorários advocatícios, em caso de sucumbência.
Tais honorários deveriam reverter para o sindicato, mas como esse delegou o serviço a esse procurador,
naturalmente, o sindicato delega na credencial os honorários ao procurador do reclamante, o qual é beneficiado
com isso. Essa é a única forma de se cobrar honorários assistenciais via judicial na justiça de trabalho, nas ações
que demandem lides trabalhistas. Ou seja, jamais o advogado do empregador receberá honorários advocatícios
pagos pelo empregado. O advogado do empregador deve contratar honorários com a empresa por que não leva
sucumbência nunca.

Ex: condenação de R$ 2 mil para o empregador – para os trabalhistas as custas são sempre
2% da condenação – R$ 40,00 de custas a serem pagas pelo empregador. O reclamante tem
AGJ – logo tem direito a postular honorários assistenciais, desde que tenha pedido na inicial e
que seja caracterizada a sua miserabilidade, além da credencial. Até 15% sobre o valor da
condenação.
São 02 súmulas que trazem esse entendimento: 219 e 329, ambas do TST:
TST Enunciado nº 219 - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 - Incorporada a Orientação Jurisprudencial nº 27 da SBDI-2 - Res.
137/2005, DJ 22, 23 e 24.08.2005;Justiça do Trabalho - Condenação em Honorários Advocatícios
I - Na Justiça do Trabalho, a condenação ao pagamento de honorários advocatícios, nunca superiores a 15% (quinze por
cento), não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da categoria
profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo ou encontrar-se em situação econômica
que não lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família. (ex-Súmula nº 219 - Res. 14/1985, DJ
26.09.1985)
II - É incabível a condenação ao pagamento de honorários advocatícios em ação rescisória no processo trabalhista, salvo
se preenchidos os requisitos da Lei nº 5.584/70. (ex-OJ nº 27 da SBDI-2 - inserida em 20.09.2000)
TST Enunciado nº 329 - Res. 21/1993, DJ 21.12.1993 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003;Justiça do
Trabalho - Condenação em Honorários Advocatícios
Mesmo após a promulgação da Constituição da República de 1988, permanece válido o entendimento consubstanciado no
Enunciado nº 219 do Tribunal Superior do Trabalho.

Os efeitos da AJG são somente para o trabalhador, não são para o empregador.
Impugnação da concessão da AJG: teria finalidade, teria interesse a parte contrária (custas
processuais).

Quadro Justiça gratuita Assistência Judiciária


comparativo Gratuita

Previsão CLT, art. 790, § 3º Art. 14 da Lei 5584/70 -


legal não é a Lei 1060/50.

Deferida  a pedido  a pedido


 ex officio

Requisito A miserabilidade:  a miserabilidade (é


para presumida quando a
 é presumida quando a parte
concessão parte ganha até 02
ganha até 02 sal/mín.; ou
sal/mín.; ou se
 se declarado, sob penas da lei declarado, que é
que, nada obstante ganhar bem, miserável)
tem gastos elevados, que a torne
 o credenciamento ao
miserável.
sindicato, o qual pode
ser delegado

Outros Advogado declarar a miserabilidade Advogado declarar a


em nome da parte - deverá ter miserabilidade em nome
poderes especiais na procuração da parte - deverá ter
poderes especiais na
procuração

Efeitos  Dispensa das custas  Dispensa das


processuais; custas
processuais;
 Dispensa de honorários
periciais, pagos pela União,  Dispensa de
até o valor de R$ 1.000,00; honorários
periciais;
 Permite cobrar da
parte contrária
honorários
assistenciais.

Para quem Somente para o trabalhador, todavia, Somente para o


se empregador pessoa física, poderá empregado. Jamais para
ter concedida (entendimento o advogado do
jurisprudencial). empregador.

Impugnação Não haveria interesse Há interesse.

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