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O CONTO TRADICIONAL
CARACTERÍSTICAS: O conto prende-se pois, com o povo e com a população mais rural, menos
«letrada».
A estrutura, basicamente, desenvolvia-se em cinco momentos:
. a apresentação da situação;
. o acontecimento perturbador;
. os acontecimentos e peripécias passados pelo herói
. o desaparecimento do motivo perturbador
. a conclusão.
As personagens principais são, de um modo geral, anónimas e poucas, envolvendo classes sociais
diferentes; reduzem-se muitas vezes a três elementos: a heroína, o herói e o elemento representativo
do mal (fada, bruxa ou velha).
O espaço e o tempo são muito vagos ou quase nulos; são indefinidos e indeterminados.
O encantamento e a simbologia dos nomes e dos números impõem-se no evoluir das histórias (é
constante a referência ao número três). Uma das características do conto é a presença do maravilhoso:
é característico haver dragões, fadas, feiticeiras, bruxas...
Os contos também têm uma característica muito importante: a moralidade (que muitas vezes pode ser
expressa em provérbio). Nela assistimos sempre ao triunfo do Bem sobre o Mal.
Os contos que, normalmente, são contados às crianças são muito importantes, pois têm uma dupla
função, lúdica e didáctica, ou seja, elas podem divertir-se e aprender ao mesmo tempo. Destinavam-se,
sobretudo, a passar uma mensagem moralizadora, mas também a divertir e entreter o núcleo familiar,
os amigos e vizinhos.
EVOLUÇÃO: O conto passa a ser reconhecido literariamente como género narrativo bastante
tardiamente. Mas já no séc. XVI, em França, Perraut reunira alguns contos tradicionais, passando-os às
à escrita. No séc. XIX, os Irmãos Grimm, em Inglaterra, ou Teófilo Braga e Almeida Garrett, em
Portugal, fizeram o mesmo, publicando muitas histórias que até aí não tinham sido escritas. No entanto,
mantém características de conto popular como, por exemplo, a curta extensão, o teor moralizante, a
concentração do espaço e do tempo e o número reduzido de personagens.