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Trabalho
Até aos anos 90 do século XX, a maioria da imigração em Portugal era oriunda de países
lusófonos. A partir de 1999 começou-se a moldar um tipo de imigração diferente e em
massa proveniente da Europa de Leste. Este grande fluxo migratório deveu-se à abertura
das fronteiras da União Europeia por parte da Alemanha, em 1999. No entanto, devido à
escassez de empregos indiferenciados nesse país, fez com que estes migrassem para sul,
para a Península Ibérica, onde existiam grandes necessidades de mão-de-obra para a
construção civil e agricultura nos dois países ibéricos. A maioria desses imigrantes estava
dividida em dois grupos, os eslavos: ucranianos, russos e búlgaros, e os latinos de leste:
romenos e moldavos.
Um dos maiores grupos, que se fixou nas regiões de Lisboa, Setúbal, Faro e Porto foram
os ucranianos, e ninguém sabe ao certo o seu número total. O número de imigrantes
legais é de cerca de 70 000, sendo que este número é muitas vezes inferior à realidade. O
grupo é de tal forma numeroso que fez com que a Ucrânia, de país distante e
desconhecido, passasse a familiar. A imigração de leste tornou-se de difícil controlo.
Em 2003, a imigração em massa proveniente do leste europeu estacou, surgindo assim a
imigração mais significativa de brasileiros e asiáticos de várias origens (nomeadamente
indianos e chineses).
A imigração e emigração em geral ocorrem por iniciativa pessoal, pela busca de melhores
condições de vida e de trabalho por parte dos que imigram, ou ainda para fugir de
perseguições ou discriminações por motivos religiosos, políticos ou guerras. Foi o
principal motivo dos movimentos migratórios ocorridos da Europa e da Ásia para as
Américas no século XIX e também no início do século XX (muito embora houvesse
também o interesse na entrada de imigrantes, por razões demográficas ou para o
"branqueamento" da sua população, por parte dos países de acolhimento). Esse processo
também pode ser incentivado por governos de países que queiram aumentar o tamanho
e/ou a qualificação da sua população, como ainda fazem, por exemplo, o Canadá e
Austrália desde o século XX.
IMIGRANTES AFRICANOS
IMIGRANTES DO LESTE
A última vaga, em finais dos anos noventa, provém dos países da Europa de Leste, com
destaque para a Ucrânia, Moldávia, Rússia e Roménia. Esta imigração deveu-se sobretudo
ao facto dos países do norte da Europa terem nos últimos anos fechado as suas
fronteiras. Os países do sul da Europa, como Portugal e Espanha, onde se regista um
grande desenvolvimento económico revelam crescentes carências de mão-de-obra.
Redes de trabalho clandestinas alimentam o sector da construção civil em franca
expansão. Muitos destes imigrantes esperam também encontrar em Portugal ou em
Espanha, uma porta de entrada para outros países europeus.
Estamos perante um tipo de imigração com um elevado grau de instrução, muito superior
à média portuguesa, mas que devido às dificuldades linguísticas foi inserida na construção
civil, trabalhos limpeza e mais recentemente na agricultura, em trabalhos indiferenciados.
É frequente assistir-se em Portugal, a quadros altamente qualificados provenientes do
leste europeu, a desempenharem trabalhos indiferenciados na construção civil, limpeza,
agricultura, etc.
IMIGRANTES BRASILEIROS
Em 1980 o seu número era de apenas 50.750. Dez anos depois eram 107.767. Em 1995
atingiam os 168.216. No ano de 1999, atingiam os 191.143, para no ano seguinte verificar
a existência de 208.198 imigrantes. Continuava a constatar-se um elevado número de
estrangeiros em situação ilegal, pelo que em Janeiro de 2001 foi lançado um processo de
legalização extraordinário. A situação não melhorou dada a contínua entrada de novos
imigrantes, nomeadamente do Leste da Europa, Brasil e de África (Angola, Cabo Verde,
Guiné, etc.). Em Maio de 2002, contava-se já um total de 388.258 imigrantes legalizados.
No final do ano o seu número ascendia a cerca de 438.699. Este valor continuou a subir
ao longo de 2003, representando actualmente cerca de 5% da população residente em
Portugal.
IMIGRANTES CLANDESTINOS
A situação dos imigrantes ilegais, sobretudo no Algarve, tornou-se nos últimos tempos
particularmente problemáticos.
Uma coisa é certa, o número de imigrantes ilegais, nos últimos anos, não tem parado de
aumentar. Estimava-se em Abril de 2002 que vivessem para Portugal cerca de 200 mil
imigrantes clandestinos. Quem lucra com esta situação são as máfias e todo o tipo de
exploradores desta mão-de-obra.
A língua portuguesa, com mais de 240 milhões de falantes, é, como língua nativa, a quinta
língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. É o idioma
oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Macau,
Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, sendo também falada nos
antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu e Dadrá e Nagar-Aveli), além de
ter também estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul e na União Africana. A língua
portuguesa é uma língua românica (do grupo ibero-romano), tal como o castelhano,
catalão, italiano, francês, romeno e outros.