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Extrado de: Direito Pblico - 05 de Abril de 2010

Desconto no pode ser maior que salrio

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3 Regio (MG) decidiu que a Empresa


Brasileira de Correios e Telgrafos (ECT) no pode descontar do salrio de um trabalhador
dbito de plano de sade que seja superior ao seu vencimento. Ao manter sentena
favorvel ao empregado, a desembargadora Maria Perptua Capanema de Melo
considerou que o desconto em valor superior remunerao contraria o artigo 477 da
Consolidao das Leis Trabalhistas (CLT). Na deciso, a desembargadora lembrou que a
6 Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) j adotou posicionamento semelhante.
O caso julgado pelo TRT envolve um trabalhador que teve um desconto de R$ 8 mil ao
rescindir o contrato de trabalho com a ECT. O salrio do ex-empregado era de R$ 2,3 mil.
O plano oferecido pela empresa o Correio Sade, que cobra uma co-participao do
trabalhador. De acordo com a assessoria de imprensa da ECT, o empregado sofre o
desconto somente quando o utiliza, observados os limites de co-participao, que variam
entre 10% e 20% da despesa, dependendo da faixa salarial, limitado ao teto de duas
vezes o salrio-base - se um empregado que ganha, por exemplo, R$ 1 mil e faz uma
cirurgia que custa R$ 80 mil, ele pagar R$ 2 mil do total, divididos em parcelas
compatveis com o seu rendimento mensal. O desconto integral, conforme informa a
assessoria da ECT, ocorre somente no desligamento do trabalhador.
Para a advogada Eliane Ribeiro Gago, do escritrio Duarte, Garcia, Caselli, Guimares e
Terra Advogados, o desconto por uso de plano de sade legtimo, conforme o artigo 462
da CLT. "Mas o desconto deve ser feito de forma a no comprometer a subsistncia do
trabalhador", diz, acrescentando que costuma sugerir s empresas que faam um
desconto de, no mximo, 30% do salrio mensal do empregado. "A demisso antes da
quitao da dvida gera um problema para a empresa, que corre risco de sofrer uma ao
judicial."
Valor Econmico

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