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ASSUNCAO
2010
I- INTRODUÇÃO
II-OBJETIVOS
Para Frigotto (1998, p.28 apud Nogueira. 2005 p.03), na tradição marxista, a
categoria trabalho é compreendida em mediações de primeira e segunda ordem. A
mediação de primeira ordem coloca o trabalho como categoria central, pois é
considerado como um antecedente necessário para o entendimento do homem e da
sociedade. Nessa primeira ordem ou momento, o homem constituiu sua essência dentro
do processo histórico de trabalho, atendendo às necessidades de sobrevivência. Na
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mediação de segunda ordem, o trabalho criador é transformado em alienação,
mercadoria, força de trabalho. Portanto, a mediação de primeira ordem é imperativa da
espécie humana e na mediação de segunda ordem o trabalho é redefinido pela
necessidade do capital, em outras palavras, ele passa a ser realizado em função das
prioridades do capital.
III - CONSIDERAÇÕES
Neste sentido nos mostra a Profª Drª Elena Pane de Pérez em sua exposição em
sala de aula no Curso de Doutorado em Ciências da Educação da Universidade Del
Norte – Assunção/Py em 12 de Janeiro de 2010 conforme:
Parece-nos que a crise não age ou atua da mesma forma e perversidade para
trabalhadores e patrões. Senão vejamos o que Jorge Werthein nos mostra: “Na crise,
enquanto os trabalhadores só pensam em não perder o emprego, alguns patrões
consideram que o melhor aproveitamento do tempo livre traz como conseqüência,
melhor rendimento no trabalho”.
IV – CONCLUSÃO:
2. Os que não têm trabalho – os que estão a busca de trabalho, e não tem renda.
Assim, pode ser dito que ter trabalho é um processo de humanização e não ter
trabalho, estar desempregado é um processo de desumanização. Sobre a questão do
homem no cotidiano, devemos estar cientes de que a única pessoa que pode negar a sua
humanidade é o homem. O processo de degradação do homem é o animal, é sua
desumanidade. Neste sentido se deve identificar a desumanização em situações
extremas.
V - BIBLIOGRAFIA
Introdução
Por que o homem tem que trabalhar? Esta é uma das indagações que tem
angustiado a humanidade. De um lado alguns pensadores tem apresentado
uma resposta que prioriza o homem como ser que nasceu para o prazer da
vida. Para a auto-realização que se dá pela ociosidade. De outro lado há
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aqueles que defendem a trabalho como sendo uma das poucas coisas que
realizam a vida humana, pois mediante o resultado do trabalho o homem pode
construir aquilo que sonha. Onde está a verdade? O homem existe para
trabalhar ou para "curtir" a vida? Ou haveria uma alternativa mediana,
afirmando que o homem está no mundo para superar as limitações que lhe
são impostas e que a superação é o que lhe dá prazer. Mesmo que essa
superação seja superar a tarefa que seu trabalho lhe impõe cotidianamente?
É isso que se discute neste pequeno artigo muito mais fruto de reflexões que
de análise bibliográfica.Trata-se de um artigo que pretende colocar uma
questão, mais do que respondê-la.
1- O homem
2- O sentido da existência
existência humana? O ser humano existe para prestar culto ao seu criador?
Mas isso não seria diminuir o criador, que necessitaria de sua criatura para
receber louvores?
Com isso se verifica que a dimensão puramente religiosa não explica o sentido
da existência humana. Mas o homem sabe, de alguma forma não racional, que
sua vida não se resume a esta existência material e cotidiana. Por tradição ou
por motivação própria, crê em uma vida pós-vida. E, embora sem saber como
nem o porquê dirige-se para a morte, que é o caminho ou a entrada na outra
dimensão que acredita existir. E que, de alguma forma, dá algum sentido ao
existir. Ou seja, o homem existe para morrer. "O caminho da vida é a morte"
como afirma a letra da música de R. Seixas. Mas qual o sentido da vida? E
agora, também, da morte? Ou é a morte que dá sentido à vida, como ensina
Paulo de Tarso: "viver é bom, mas morrer é lucro"
O período que se convencionou chamar de Helenista foi um dos que mais deu
ênfase a essa reflexão e à questão do sentido da existência. Um exemplo
cabal disso pode ser visto no Cinismo, corrente que pode ter se originado em
Sócrates, (REALE; ANTISERI, 1990), mas que teve seu maior expoente em
Diógenes que durante o dia andava pelas ruas de Atenas, com uma tocha
acesa, procurando um homem. Também os estóicos e os epicuristas
(hedonistas) se colocaram essa mesma indagação. Para os estóicos o
sentido da existência era a superação, a constante vigilância e esforço
para vencer as paixões (MONDIN, 1991). Essa superação podia ser feita
mediante a reflexão e busca do conhecimento. Por outro lado os epicuristas
viviam para e pelo prazer (daí seu epíteto de hedonistas). Também
buscavam a sabedoria, mas a sabedoria que gerasse prazer; um prazer
que não fosse o carnal, mas o da posse do saber.
Entra aqui a dimensão lúdica da vida humana. Entram aqui as atividades dos
jogos, individuais ou grupais, sendo esta mais uma característica própria do
homem, que "inventa jogos e diverte-se como nenhum outro animal sabe
fazer" (MONDIN, 1982, p. 209). Para ser mais preciso pode-se dizer que o
homem busca a satisfação e a alegria nos jogos e demais divertimentos.
Vence os obstáculos para sentir-se vitorioso pois isso lhe dá prazer. Participa
de atividades laborais, não só para receber o justo pagamento, mas porque no
ato de fazer seu trabalho sente prazer. A busca e a realização de obras
prazerosas acabam sendo um dos motivos e sentidos da existência
humana. Não importando se esse fazer é trabalho ou são os jogos; não
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importa se é atividade laboral ou lúdica, desde que feita por e pelo prazer.
E assim pode-se dizer que qualquer atividade, pode ser lúdica, prazerosa.
Inclusive o trabalho, pode ser visto como uma atividade prazerosa –
embora não se possa dizer que seja lazer. Como se pode caracterizar uma
atividade lúdica? MONDIN (1982, p. 212) dá uma indicação: "Para que uma
atividade mereça ser considerada lúdica, o divertimento, o prazer, a satisfação
não devem entrar nela somente como ingredientes, mas devem constituir seu
objetivo primário". Na atividade lúdica, portanto o que conta não é
a forma como a pessoa se diverte, mas a vontade de se
divertir. O ato é lúdico não por que provoca alegria, mas por que é buscado
pela sua capacidade de ser prazeroso e gerar prazer.
E a ociosidade?
Entre outras o mundo atual pode ser caracterizado como uma sociedade
de proprietários. Ou uma sociedade do ter. Mesmo o operário ou qualquer
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outro trabalhador, possui algo: sua força de trabalho. Diz SAVIANI (2003, p.
155), sobre a atual sociedade: "É uma sociedade de proprietários livres.
Considera-se o trabalhador como proprietário da força de trabalho e que
vende essa força de trabalho mediante contrato celebrado com o
capitalista". Assim temos de um lado o dono da empresa e do outro o dono
da força de trabalho. Estabelece-se, então uma relação de troca ou de compra
e venda. Mas acaba sendo uma relação desigual, pois o trabalhador
permanece sendo proprietário apenas de sua força de trabalho. "Ele fica
exclusivamente com sua força de trabalho, obrigado, portanto a operá-la
com os meios de produção alheios" (SAVIANI, 2003, p. 155). Dessa forma,
o trabalhador produz, mas não é proprietário do produto de seu trabalho. Essa
relação de troca desigual tem como conseqüência uma desmotivação do
trabalhador em relação ao seu trabalho. Passa o trabalhador a realizar sua
obra não mais com o prazer de quem produz, mas com a obrigação de
quem é submetido. Assim sendo executa sua tarefa desmotivado porque
sabe e sente que não nasceu para a submissão.
Mas seria essa a função do trabalho na vida do trabalhador? Parece que não.
Como já ficou acenado, acima, o trabalho deve ser não uma manifestação
do sofrer, mas um elemento de prazer e realização. Sobre isso podemos
ler os três parágrafos seguintes:
imposto como obrigação e meio de sujeição –, mas não pode ser feliz
sem o trabalho – pois sem ele não consegue o suficiente e necessário
para sobreviver. Por isso, de modo geral, a sociedade atual é formada por
homens e mulheres infelizes dentro dessa realidade contraditória. E a origem
dessa infelicidade, do stress e de inúmeras outras doenças da sociedade
moderna está não no trabalho que – como dizem muitos – é exaustivo, mas
na injusta distribuição dos frutos do trabalho. O que estressa e enfarta não
é a carga de trabalho, mas a crescente certeza da não acessibilidade aos
frutos do trabalho.
Mas foi ainda na década de 1980 que se chegou ao mais dolorido cenário,
descrito por HOBSBAWM, referindo-se à segunda metade do século XX:
"Mesmo os países pré-industrializados eram governados pela lógica
férrea da mecanização, que mais cedo ou mais tarde tornava até mesmo
o mais barato ser humano mais caro que uma máquina capaz de fazer o
seu trabalho" (2001, p. 403). Isso tudo para dizer que o trabalho humano, que
é executado para produzir a felicidade de quem o realiza, tem gerado
inquietação e apreensão ante o crescente do desemprego. A mecanização e
todos os demais avanços técnico-científicos, que foram apregoados como
anunciadores de uma sociedade de bem estar, de lazer e ociosidade,
produziram o desemprego e o drama da marginalidade. Mesmo que se admita
que o trabalho é indispensável para a vida e a dignificação humana, ele não
tem sido esse espaço. E parece que isso foi o que levou o poeta a cantar:
Como o sonho está sendo morto? Pelo não acesso ao trabalho; pela crescente
onda de programas governamentais de auxílio; pela institucionalização da
esmola como meio de vida. O ser humano atual não tem a oportunidade de
escolher o que e como produzir sua existência; cabe-lhe receber as migalhas
dos auxílios governamentais. E outra vez é o poeta que nos recorda:
"uma esmola
ou vicia o cidadão"
5- Encerrando
Para encerrar cabe uma última pergunta, invertendo a que se fez na abertura
desta reflexão: Que é o trabalho, para o ser humano? A essa indagação
poder-se-ia responder que é o meio através do qual as pessoas adquirem
não só seu sustento mas também e, principalmente, as condições de
lazer. Poder-se-ia dizer que através do trabalho é que se realiza o sonho
da humanidade, de permanecer não só trabalhando, mas executando
atividades prazerosas; não só trabalhar, mas usufruir dos resultados do
trabalho e com isso ser e se transformar em pessoa feliz, fazendo do
trabalho motivo de alegria e realização. Não só ter oportunidade de
trabalho, como, e principalmente, desfrutar da ociosidade, pois está sim
é espaço criativo.
Cabe, ainda, lembrar que a busca dessa felicidade passa não só pelo
ambiente de trabalho como por todas as dimensões da vida humana.
Talvez por isso os homens tenham inventado a escola e o processo
educativo para fazer dessa instituição e desse processo um dos
mecanismos usados para transmitir às novas gerações aquilo que é o
mais importante para a vida das pessoas: a busca da realização. A busca
da superação dos medos. A busca daquilo que lhe falta, como na música
"Comida", cantada pelos Titãs:
7- Referências
ANTROPOLOGIA, disponível em
<http://www.fflch.usp.br/da/vagner/antropo.html> acesso: 18/10/2008
Notas:
<http://www.webartigos.com/authors/1189/Neri-de-Paula-Carneiro>;
<www.brasilescola.com.br>; <http://www.artigonal.com/authors_51301.html>;
<http://www.webartigos.com/articles/6198/1/as-multiplas-inteligencias-e-
_____ FACULTAD DE ESTUDIOS
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inteligencia-musical/pagina1.html>;
<http://www.webartigos.com/articles/12481/1/o-sentido-da-existencia-sem-
sentido/pagina1.html>
A letra da música "Maneiras", cantada por Zeca Pagodinho está disponível em:
<http://cifraclub.terra.com.br/cifras/zeca-pagodinho/maneiras-thsm.html >
<http://www.webartigos.com/authors/1189/Neri-de-Paula-Carneiro>;
<http://www.artigonal.com/authors_51301.html>;
<www.brasilescola.com.br>
Cadernos CEDES
Print version ISSN 0101-3262
doi: 10.1590/S0101-32621997000200002
Antropologia e educação: Origens de um
diálogo
Neusa Maria Mendes de Gusmão*
_____ FACULTAD DE ESTUDIOS
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Notas
1. Não se trata de negar a importância dessa década na definição
temática e conceitual no campo das ciências humanas, mas de
demarcar tal período como o da cristalização de processos que
desde muito estavam em constituição e cujo movimento é parte
integrante das conquistas desse momento.
2. Deste ponto em diante, intercruzo, com outros autores, o
trabalho de Matilde C.Galli, "Antropologia Culturale e Processi
Educativi", editado pela La Nuova Italia, Scandice, Firenze, 1993, e
tomo por roteiro parcial o curso de antropologia e educação que
ministrei em 1996, na Faculdade de Educação da Unicamp.
Agradeço à professora doutora Ana Lúcia G. de Faria por ter me
apresentado à obra de Galli e ter, assim, desencadeado um
processo de reflexão de que participaram também meus alunos,
aos quais agradeço pelo incentivo e pela discussão.
3. O holismo tem sido abordado em diferentes estudos e, em
geral, diz respeito às propriedades do todo ou da totalidade da vida
social, ainda que nem todos concordem com isso.
4. No original: "Permanentemente involucrado en el proceso
educativo y por el simple hecho de estar viviendo, el hombre está
aprendiendo en la sociedad por la cultura, la sociedad es el medio
educativo propio del hobre, aunque no en todo momento hay
conciencia de esto."
5. Ver, a respeito, Josildeth da S. Gomes. "A educação nos estudos
de comunidade no Brasil. Educação e Ciências Sociais." Boletim do
Centro Brasileiro de Pesquisas Educacionais - CBPE. Ano 1, Nº. 2,
Rio de Janeiro, agosto de 1956, vol. 1.
6. Ver, a respeito, Ana Lúcia F. Valente. "Usos e abusos da
antropologia na Pesquisa Educacional. Proposições." Revista da
Faculdade de Educação da Unicamp. Campinas, 1997 (no prelo).
Bibliografia
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DE PORTGRADO
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