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Moção aprovada por unanimidade no Agrupamento de São Bruno - Caxias

No dia 8 de Março realizámos uma Marcha com 100 mil professores.


O sentido das suas aspirações e exigências expresso nesta marcha, bem como ao longo de todo o seu
processo de resistência, é o seguinte:
• Não a esta avaliação
• Reposição da carreira única
• Revogação do actual ECD
• Retirada do decreto da nova gestão
• Revogação da prova de ingresso para os professores contratados
• Contagem integral de todo o tempo de serviço realizado
• Contagem total dos créditos obtidos em acções de formação, entre 30/8/2005 e 31/12/2007.
Esta Marcha foi uma grande prova de mobilização e de unidade dos professores com as suas direcções.
Na sua sequência, os responsáveis sindicais encetaram um processo de reuniões com membros do ME e,
por último, com a própria Ministra.
Deste processo saiu um “Memorando de Entendimento”, redigido na madrugada de 12 de Abril e que os
dirigentes da Plataforma apresentaram como uma vitória dos professores, ao mesmo tempo que o ME se
vangloriava de que o essencial das suas medidas não tinha sido beliscado.
Nós analisámos o dito Memorando. Certos de que as direcções das nossas organizações sindicais ouvirão
as nossas opiniões e agirão de acordo com a vontade da maioria, consideramos o seguinte:
1. O Memorando contém aspectos de recuo do ME, em particular no que diz respeito à avaliação
simplificada a realizar nos 2 meses que faltam deste ano lectivo, e que passaria a ser em tudo
semelhante à avaliação que constava do antigo ECD. Este ponto constitui um importante golpe
nas pretensões dos órgãos de gestão que, a coberto do ME, estavam a avançar a todo o vapor na
implementação do dec.-lei 2/ 2008, contra a vontade da maioria dos professores das suas escolas.
Como forma de resistência ao decreto da avaliação, esta avaliação simplificada poderia estender-
se ao actual ano lectivo;
2. Ele outras situações importantes, como a garantia do aumento da componente individual de
trabalho e a inclusão das acções de formação contínua na componente não-lectiva do horário;
3. No entanto, o Memorando contém também aspectos que contrariam as aspirações dos 100 mil
professores que se manifestaram no dia 8 de Março, nomeadamente, a aceitação de que o decreto
da avaliação será implementado ao longo do ano lectivo de 2008-2009, com uma eventual
“correcção” apenas no final desse ano lectivo (o que nos parece dar grande margem de manobra
para que o ME aplique o modelo no terreno) e a aplicação da nova gestão já a partir do próximo
ano lectivo, após a conclusão do 1º procedimento em Setembro de 2008.
Em conjunto, as duas medidas alterarão por completo o clima relacional dentro das escolas e irão
sujeitar a classe docente a um regime de divisão, medo e intimidação, com as evidentes
consequências para a qualidade do ensino e as condições de aprendizagem dos nossos alunos.
Trata-se, pois, de dois pontos importantíssimos para o nosso futuro enquanto classe docente.
Juntamente com a imposição do ECD da Ministra e a divisão da carreira em duas categorias, a
avaliação de desempenho – tal como está regulamentada – e a nova gestão constituem pilares
essenciais do edifício legislativo com que o ME pretende continuar desmantelar a profissão docente e
destruir a Escola pública.

Esta situação exige um debate sério entre os professores, e nunca uma decisão precipitada. O
Memorando de Entendimento deve ser discutido e analisado, sim, mas com tempo e autonomia de
discussão. As duas horas de debate de que usufruímos hoje, neste Dia D, são manifestamente
insuficientes para que tomemos uma posição consciente e responsável que obrigaria os nossos
dirigentes a dizerem Sim ou Não ao Memorando e a comprometerem-se com esse mandato. Este
Memorando foi apresentado aos professores há apenas 2 dias. Alguns dos colegas estão a tomar
conhecimento dele pela primeira vez. Nada aconselha a pressa, nesta situação.

Assim, dirigimo-nos aos responsáveis sindicais de todos os sindicatos da Plataforma, pedindo-


vos que não subscrevam o chamado “Memorando de Entendimento” sem que estejam reunidas
as condições de participação, debate e decisão da maioria dos professores acerca do mesmo – o
que é manifestamente incompatível com a “data-limite” de 17 de Abril.
Este processo de discussão deverá passar pela realização de plenários nacionais e/ou concelhios,
assembleias de professores, deslocação de dirigentes da Plataforma às escolas, etc., podendo
realizar-se uma Assembleia Magna de delegados de todas as escolas, convocada por todos os
sindicatos. Após este período de auscultação, os dirigentes da Plataforma tomariam a decisão de
subscrever ou não o Memorando, conforme a vontade expressa pela maioria.
Os professores, em conjunto com os seus dirigentes, devem ter autonomia para discutir e
decidir sobre questões tão importantes para o futuro de toda a classe.

Os 33 presentes nesta reunião-debate aprovaram esta moção, por


unanimidade, indicando que os dirigentes da Plataforma Sindical
não devem subscrever, a 17 de Abril, o “Memorando de
Entendimento” com o ME, e rejeitando – também por unanimidade
– a moção da Plataforma Sindical que propunha essa assinatura.

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