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Ninil Gonalves

Por Mauro Andriole


Ser significa conviver.
A morte absoluta (o no-ser) o estado de no ser ouvido, de no ser
reconhecido, de no ser lembrado. Ser significa ser para o outro e, atravs do
outro, ser para si. O ser humano no tem um territrio interior soberano, est
todo e sempre na fronteira; olhando para dentro de si ele olha para os olhos de
outro ou com os olhos de outro. -Bakhtin-

Dos grandes benefcios que a contemporaneidade nos trouxe, a


difuso de informao talvez seja o maior deles para o campo das
humanidades. A disseminao do imaginrio particular enriquece a vida da
comunidade humana a cada instante. E longe da ideia de que uma
padronizao massiva poderia substituir as peculiaridades que cada olhar
artstico encerra por sua natureza nica, impondo uma lgica comum onde
antes prevalecia o indefinvel, o que prevalece a amplido da natureza
humana se revelando interminavelmente.
Dentre os inmeros olhares que povoam a rede encontramos o de
Ninil Gonsalves: o olhar obliquo. neste olhar que miramos um pouco de
ns agora, pois em arte, a rs do cho, nada se faz alm de ver-se pelos
olhos do outro, posto que somos impelidos a mirar o espelho antes de
determos nossa ateno no escuro do desconhecido. E ainda assim, neste
mesmo espelho que o outro vemos muito para alm do que ele, no caso,
Ninil, nos quis mostrar, vemos de modo transverso, transpassamos seu foco
e realinhamos seus cortes com o que nos acomoda no assento da reflexo.

Da ser to prprio ser este olhar obliquo, que um ver o vis do que ali
est posto pelo poeta da imagem.

Digo aqui ento somente de meus vieses, iluminados por Ninil, alm
do que, tudo o mais seria impossvel.

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