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Artigo 5° indice Direitos e Garantias Fundamentais Direitos x Garantias Direitos e Deveres Individuais e Coletivos Remédios Constitucionais NUCE | Policia Militar/PE Artigo 5° NOee— DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS 4.4, Natureza e eficacia das normas sobre Direitos Fundamentais Os Direitos Fundamentals do homem sao situagdes juridicas, objetivas e subjativas, definidas no direito positive em prol da dignidade, igualdade e liberdade da pessoa humana. Sao direitos Constitucionais amparados pela supralegalidade. Tem aplicabilidade imediata, mas algumas re- gras mencionam uma lei integradora, ce eficacia limitada, de principios programaticos e de aplicagao indireta (contida). 4.2. Caracteristicas dos Direitos Fundamentals Inalienabilidade — sao intransforiveis ¢ Inegociaveis, pois nao tém contetido ‘econémico-patrimonial. Néo podem ser vendidos ou permutados. * Imprescritibilidade — nunca deixam de ser exigiveis, nao prescrever. * Irenunciabilidade - nenhuma pessoa pode abrir mao dos Direitos © Garantias de forma definitiva, sendo admitida em alguns casos a pura desisténcia, Podem até nao ser exercidos, mas néo se admite que ssejam renunciados. + Inviolabilidade - nao séo passiveis de Violagdes, pols o direlto de um nasce guando o direito do outro termina, + Universalidade - podem ser opostos contra todos, efeito “erga omnes” 1.3. Divisdo Os direitos e as garantias fundamentai objeto do Titulo Il, da Constituigao da Repablica Federativa do Brasil de 1988, compreendem os direitos ¢ deveres individuais e coletivos (capitulo 1), 08 direitos sociais (capitulo Il), os direitos de nacionalidade (capitulo Ill), os direitos politicos (capitulo 1V) e 0s partidos politicos (capitulo V). Contudo, ater-nos-emos ao estudo do capitulo I, que seré objeto de nossa prova. Esses direitos e garantias fundamentais, de acordo com a época de surgimento, foram divididos em geragbes, contudo & necessario mencionar que os direitos de uma geragéo ndo excluem os da outra, vamos conhecé-los: Direitos de 1* Geragéo ~ dircitos civis ¢ politicos = individuais e politicos, as liberdades classicas, negativas'e formais. Direitos de 2* Geracao ~ direitos econémicos & culturais — liberdades positivas, reais e concretas. Direitos de 3* Geragéo — direitos ligados 20 principio da solidariedade — direlto de solidariedade ou fraternidade. NUCE | Concursos Puiblicos Artigo 5° 1.4, Relatividade dos Direitos ¢ das Garantias, Individuals e coletivas Esses direitos nao podem ser utilizados como um verdadeiro escudo protetivo para a pratica de atividades ilicitas; nao sao ilimitados, pois encontram seu limite na propria Constituigao e devem respeitar o principio da relatividade ou convivencia das liberdades publicas. Os Direitos Fundamentais nascem para reduzir @ ‘aco do Estado aos limites impostos pela Constituigao Federal, Todas as pessoas estdo sujeitas as limitagses estabelecidas pela Lei, com a tnica finalidade de assegurar 0 respelto aos Direitos e as Liberdades dos demais, 1 www.nuceconcursos.com.br | Informagées: 1) 3198.1614 MSs... 2._DIREITOS x GARANTIAS Direitos ~ disposigdes meramente declaratérias. Declaram uma vantagem ou uma posigao juridica em favor do cidadgo. Ex.: iberdade religiosa, proibigs0 da tortura ou de tratamento desumano ou degradante. Garantias - normas assecuratérias. Visam dofenderiproteger os direitos. Ex.: art. 5°. LXVIIl habeas corpus; inviolabilidade da domictlio. Alcance dos Direitos Fundamentals: destinatarios © regime das liberdades pablicas protege tanto as pessoas naturais, brasileiros (natos € natura- lizados) ou estrangeiros que estejam, ainda que de Passagem, no territorio nacional, como as pessoas Juridicas, ‘pois todas tm direito a existéncia, & ‘Seguranga, & propriedade, a protegdo tributéria e aos remédios constitucionais, 2:4. Dieito & VIDA / € 0 mais fundamental de todos 0s direitos, jé que se consiiul om pré-requisito a existéncia’ e 20 exercicio de todos os demals direitos. Cabe 20 Estado asseguréo em sua dupla acepgao: © direito de continuar vivo, de néo ser submetido a tortura ou a tratamento ‘desumano ou degradante; © de ter vida digna subsisténcia, 1%) 2) quanto a A Constituigao protege a vida de forma geral, inclusive uterina, 2.2. Direito & LIBERDADE Coneeito: consiste na possibilidade de coordenaeao consciente dos meios necessarios a realizacao da felicidade pessoal, 2.3. Direito a IGUALDADE um principio consttucional por meio do qual to- os os cidadaos tém direito de tratamento idéntico pela lei. O que se veda so as diferengas arbirarias, as discriminagées absurdas. Somente se tem por lesado 0 principio quando o elemento discriminador ‘do se encontra a sorvigo de ume finaldade ecolhida pelo Direito Cabe 20 Estado asseguré-lo em sua dupla acepeacr 14) no permitindo tratamento diferenciado, Por parte dos poderes estatais, para pessoas que se encontrem em situagbes Idénticas; obrigando 0 intérprete a aplicar a lei @ os atos normatives de maneira igualitaria ay NUCE | Concursos Publicos a Artigo 5° 2.4, Direito & SEGURANGA, Nao se trata da seguranea piblica, que é direito social de 2" geracdo, previsto no ait. 6°. O direito a seguranga a que se refere o art. 5° 6 a seguranga juridica que se traduz no respeito a situagdes juridicas previamente constituidas. direito seguranca juridica significa que a lei no pode retroagir (voltar no tempo) para atingir situagées ja consolidadas. Ex: @ lei nao poderd retroagir para prejudicar 0 direito adquirido, o ato juridico perfeito e a coisa julaada 2.5. Direito a PROPRIEDADE A Constituigao Federal protege de forma ampla a propriedade, abrangendo tanto a propriedade material (bens méveis @ iméveis) como a propriedade imaterial (misicas, programas de computador ou softwares, direitos autorais otc.) A propriedade, contudo, nao é direito absoluto, pode sofrer intervencéo publica, seja por desapro- priagao, requisicao, tombamento ete. www nuceconcursos.com.br | Informagdes: cs) 3198.1414 Artigo 5 Oe — 3. DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS Iniciaremos a anélise do artigo mais extenso da Constituigso Federal e 0 mais importante para os cidadaos brasileiros, Segundo alguns doutrinadores 6 © verdadeiro Codigo do Cidadao. No caput se encontra 0 Principio da Igualdade formal ou principio da isonomia objetiva. O que se veda (proibe) s80 diferongas arbitrérias, discrimi- nagées absurdas, pois tratamento desigual em casos desiguais, na medida em que desigualam (igualdade material), 6 exigéncia tradicional do préprio conceito de justica. Assim, 86 se tem por violado esse principio quando 0 elemento discriminador nao se encontra serviga de uma finalidade acolhida pelo direito. Art. 5° Todos sdo iguais perante a lel, som distine&o de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no Pais a inviolabilidade do direito 4 vida, & liberdade, a igualdade, seguranga © a propriedade, nos termos seguintes: 1. homens e mulheres séo iquais em direitos ¢ obrigacdes, nos termos desta Constituicao; Traduza igualdade entre os sexos, permitindo apenas as diferencas que a propria Constituigaio trouxer (de que 6 exemplo a aposentadoria: o homem se aposenta apés 35 anos de contribuigo; JA 2 mulher, ap6s 30 anos de contribuicéo; se o critério for 2 aposentadoria por idade, o homem se aposenta aos 65 anos de idade; ja a mulher, aos 60 anos de idade). I= ninguém _seré obrigado a fazer ou deixar de fazer alquma coisa sendo em virtude de lel; inciso traz a tona © principio da legalidade, um dos alicerces do Estado de Direito, Significa que 2 administrag4o pablica s6 pode fazer aquilo que a lei permite, J @ particular pode fazer tudo que a lei nao proibe. Diferenga entre Legalidade e Reserva Legal © Principio da Legalidade ¢ abstrato, uma vez que todos 0s seres estdo sujeitos a ele, pois estamos inseridos no Estado de Direito, como dito. da Reserva Legal & concreto, O tratamento se dé exclusivamente no Ambito do legislative. A matéria OU 0 ato sé pode ser feito de acordo com os citames da lei, Ex.: direito penal, processual, eleitoral. Ill. ninquém sera submetido_a tortura nem_a tratamento desumano ou dearadante: Este preceito mais se aproxima de uma garantia constitucional do que um direito individual. Tortura: constranger alguém, com emprego de violencia ou grave ameaca, causando-sthe sofrimento fisico ou mental. NUCE | Concursos Pablicos 3 IV - é livre a manifestagao do pensamento, sendo vedado 0 anonimato; A liberdade de pensamentd'decorre do direito 4 liberdade, constante no caput deste artigo, e & propria dos Estados Democraticos de Direlto. A proibigo ao anonimato é necesséria para que, sabendo-se quem seja o autor, o eventual Prejudicado possa defender-se e requerer eventual indenizagao pelo abuso do direito de manifestagzio do pensamento. Isto se dé pelo fato de o Estado brasileiro no ter censura. Assim, temos apenas que assumir as nossas palavras para nos responsabilizar pelos nossos excessos, V - 6 assegurado o direito de resposta, propor- cional_ao_agravo, além da indenizacso por dano ‘material, moral ou a imagem; Este inciso assegura ao ofendido 0 direito de resposta. A proporcionalidade deve ser observada mediante a utiizapao do mesmo meio da ofensa (exemplo: se 2 ofensa foi pela TV, 0 direito de Tesposta serd da mesma forma). A indenizagéo poder sar obtide por meio de aco judicial prépria. O dano material abrange 0s danos emergentes © 0s lucros cessantes. O dano moral diz respeito 2 intimidade, sendo desnecessario saber-se se terceira pessoa tomou conhecimento da ofensa. O dano & imagem atinge a pessoa em suas relacdes extemas, ou seja, a maneita como ela é vista por outras pessoas. Essas indenizagbes podem ser requeridas * 4e forma autnoma ou cumulativa Vi — é inviolével a liberdade de consciéncia e de ‘renga, sendo assegurado 0 livre exercicio dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a protecao aos locals de culto e'a sua liturgia; E uma norma triplice, pois deciara um direito € inetitui duas garantias. 2 © diteito contido neste inciso néo tinge grau absoluto, pois ndo se admite atos atentatérios a le. A onstitui o nicleo basico do jomais liberdades de pensamento. Inviolabilidade da liberdade de consciéncia © de renga: ficam constitucionalmente protegides contra qualquer tipo de agao ou violencia & consciéncia, a Lei Maior protege até aqueles individuos que nao fazem parte de qualquer tipo de regio. Assoquracdo a0 oxercicio livre dos cultos religiosos: ninguém podera intervir na adoragao alheia 4 divindade, de qualauer roligiao, quo esse venerador acredita exist. Interessante! Endo, embasado nisso, pode-se criar uma seita de magia negra utlizando 0 sactficio de seres humanos? Evidente que no, pois 08 direitos @ as garantias fundamentals nao servem de escudos para pratica de altitudes iliitas. Garantia de protepao ao local de culto © as lituraias, de conformidade com a let a Constituieao estende a protecdo aos templos @ demais locais fisicos onde os fiéis se reuinem para exercitar a ‘adoracdo a sua entidade espinal. Do mesmo modo, esta a salvo de qualquer interferéncia do Poder worw.nucoconcursos.com.br | Informacdes: 1) 3198.1414 Noe Artigo 5° Publico a liturgia religiosa, isto ¢, a solenidade, o cerimonial otc., desde que exercida nos limites da lei ‘ou que nao seje oriminosa, VII - 6 assegurada, nos termos da lei, a presta¢ao do assisténcia_religiosa nas militares de internacdo coletiva; Entidades de internago coletiva so asilos, presidios, quartéis etc. Tendo em vista que os interos ndo podem ir até os locals onde é professada sua religiao ou @ prestada a assisténcia religiosa de que necessita, 0 Poder Plblico esté obrigado a Permitir que isso acontega nos locais em que se encontram internados. VIII - ninguém sera privado de direitos por motivo de crenga religiosa ou de conviccdo filoséfica ou politica, salvo se as invocar para eximir-se de obrigagao ‘legal a todos imposta e recusar-se a ‘cumprir prestacao alternativa, fixada em lei Trata-se do principio da escusa ou objecao de consciéncia ou imperativo de consciéncia. A disposi¢ao quer dizer que por motivo de crenca religiosa (ex.: um testemunha de jeova), de conviccao filosofica (um pacifista) ou politica (um marxisia), ninguém pode ser privado de direitos, salvo se os invocar para deixar de cumprir tanto a obrigacdo legal a todos imposta (ex.: servico militar) como também 0 servigo alternativo, previsto em lei. A norma prestigia 0 principio isonémico ao tratar iguais de forma igual e desiguais de forma desigual, na medida de suas desigualdades, IX - 6 livre a expresso da atividade intelectual, artistica, cientifica e de comunicacso, independen- temente de censura ou licenca; Complementa este inciso 0 § 2°, art. 220, da Constituigao que “veda toda e qualquer censura de natureza politica, ideolégica e artistica’. No entanto, compete a lei federal exercer a classificagao, para efeito indicativo, de divers6es piblicas © de programas de radio e de televisdo, informar sobre 0 teor deles, as faixas elarias a que nao so recomen- dem, looais © hordrios em que sua apresentacio se mostre inadequada, bem como estabelecer os meios legais que garantam a pessoa e a familia a possibilidade de se proteger de programas de radio @ televisio que desrespeite os valores da sociedade (art. 21, XVI, cle art. 220, §3°, 1 Il, art. 221,1e WM). X - sdo invioléveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito indenizacao.pelo dano material ou moral decorrente de sua violagao; Todos tém o dirsito a se reservar e manter inalterada sua vida intima e de sua familia. A intimidade @ pessoal, enquanto a vida privada se estende ao campo profissional e social NUCE | Concursos Publicos O dispositive protege tanto as pessoas naturals quanto as pessoas juridicas, pois estas tém a chamada honra objetiva, isto €, a consideracao e 0 respeito dos que com ela se relacionam e a conhecem (é a expressdo extema da personalidade da pessoa Juridica que deve ficar a salvo da pratica da difamagao). ‘Sumula 227 STJ — A pessoa juridica pode sofrer dano moral. Data 08/09/1999 X1- a casa é asilo inviolavel do individuo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o E necessario esclarecer: a) em caso de flagrante delito, desastre, ou para prestar socorro, pode-se entrar sem consentimento do morador a qualquer hor 40 dia ou da noite: b) fora essas trés hipdteses, $6 permitida a entrada durante o dia com autorizagao judicial (culdado com as cascas de banana do tipo “autorizacéo policial” ou “autorizago do promotor’) Sabendo disso, voo8 no errard a quostéo. O STF ja se posicionou no sentido de que “Para os fins da protecao constitucional a que se refere o art 6, Xi, da Carta. Politica, © conceito normative de “casa’ revela-se abrangente , por estender-se a qualquor compartimento privado onde alguém exerce profissao ou atividade (CP, art. 150, § 4, Il), com titularidade, ou seja, 0 consultério do médico, © escritério do engenhelro ou do advogado.” Xil - é inviolvel o sigilo da correspondéncia e das comunicacses telegraficas, de dados © das ‘comunicagses telefénicas, salvo, no ultimo caso, por ordem judicial, nas hipéteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigacso criminal ou instrucdo processual penal: No tocante as comunicagées telefénicas existe excegao desde que satisfeltas, ao mesmo tempo, as seguintes condigSes: a) ordem judicial; b) lei que estabeleca as hipdteses; ec) seja para fins de investigagao criminal ou instrug4o processual penal. Nao se esquecam de que se trata de norma constitucional de eficacia contida, ou seja, esta norma poder sofrer restrigées de lel infraconstitucionais. A Lei n? 9.296196, de 24.7.1996, regulamentou este inciso da Constituigéo: seré admitida a interceptagao de comunicagses telefonicas quando corer qualquer destas hipdteses: a) Houver autorizago judicial para investigagao, que tanto pode se dar na fase do inquérito quanto na fase processual. b) Houver indicios razodveis da autoria ou participacao em infracao penal ©) A prova néo puder ser obtida por outros meios disponiveis. ) © fato investigado constituir infracgo penal unida com pena de reclusao. 4 wwwnuceconcurses.com.br | Informagées: x 3198.1414 Artigo 5° <4 livre 0 exercicio de qualquer trabalho, oficio ou profisséo, atendidas as qualificagoes profissionais que a lei estabelecer; Trata-se de norma constitucional de eficacia ccontida. Enquanto no for promulgada a lei é livre 0 lexercicio de qualquer trabalho, oficio ou profissao. Por exemplo, qualquer um de nés pode exercer a profissao de pedreiro; o mesmo no acontece com as profissdes de engenheiro, médico ou advogado, pois SO poderemos exercé-las se atendermos as qualificagées € os requisites estabelecicos nas leis respectivas, XIV - 6 assegurado a todos o acesso a informagao e resguardado o sigilo da fonte, quando necessario ao exercicio profissional; Existem informagdes de que uma pessoa somente tem acesso a elas, em razio de sua profissdo, como, por exemplo, o advogado, o reporter, ‘0 ministro religioso etc.; nas circunstancias em que a informagao fora obtida por um profissional sob sigio da fonte de onde veio, porque nao pode ou néo quer vir a pablico, o profissional ndo esta obrigado a revelar a fonte de onde surgiu a noticia, desde que sejam apresentadas as provas da veracidade das informagées. XV - 6 livre a locomocao no territério nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nole entrar, permanecer ou dele sair com seus bens; © diteito de ir © vir é, em tempo de paz, assegurado a qualquer pessoa que pretenda se locomover no terrterio do Brasil, sejam brasieiros, ‘sejam estrangeiros. Qualquer ato atentatorio da liberdade de locomogao, praticado por autoridade piblica contra uma pessoa, desafia a impetragao do habeas corpus (fanhas 0 feu corpo) como instrumento suficente para estancer 0 cerceamento desse direito do livre transito. E de grande valia observar que o direito de locomogao se da amplamente em tempo de az, esse pequeno detalhe vem sendo muito cobrado nos concursos. XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao puiblico, independen- temente de autorizactio, desde que nio frustrem outra reuniéo anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso autoridade competente; wio_aviso no 6 requerimento ou pedido; € uma informaco e tem por objetivo nao prejudicar outra reuniéo ja marcada para 0 mesmo local. Por reunides entenda-se, entre outras, passea- tas de protestas, comicios, procissbes. Isto serve para que as autoridades possam faciitar 0 exercicio do direito, como desviar 0 transito, por exemplo. XVI - 6 piena a {iberdade de associagao para fins licitos, vedada a de carater paramilitar, Tratese de um direito deferido a uma coletividade de pessoas, fisicas ou juridicas, para fins, (08 mais variados (recreativo, artistico, comercial etc.) @ desde que nao contrarie a lei penal posta, nem tenha objetivo paremiltar (corporagdes fardadas, armadas @ adestradas, mas que nao fazem parte dos Estados). XVIII - a criagdo de assoclacdes e, na forma da lel, ade cooperativas independem de autorizacdo, sendo vedada_a_interferéncia estatal em seu funcionamento; © grupo interessado na formagao desses tipos de pessoas juridicas privadas ndo tem necessidade de requerer prévia autorizagso ao Poder Publico. Relativamente &s cooperativas, a lei estabelece certas: ‘exigéncias a serem observadas para sua existéncia ‘ou criagao. Em ambos 0s casos, a Constituigdo no admite que 0 Estado interfira nos interesses privados © na gestdo das associagées ¢ das cooperativas, contudo, fiquem atentos, pois 0 fato de ser proibida a interferéncia estatal em seu funcionamento néo quer dizer que elas no possam sofrer a fiscalizagao do Poder Pubiico. XIX - as associagdes sé poderéo ser compul- . soriamente dissolvidas ou ter suas atividades Suspensas por decisio judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o transito em julgado; Sabe-se que é livre a criagdo ou instituigao de associages para fins liitos e que 0 Estado nao pode, por barreira de status constitucional,interir na gestéo do sous interesses © negécios; contudo, podera surgir um caso, por exemplo, em que a entidade associativa se desvio da finalidade lca ou tenh sido formada por meio irregular a luz do direito. Em tals hipdteses, dentre outras, poderéo ter ‘suas atividades suspensas (paralisacdo temporaria do funcionamento) por ordam de Auioridade Judicial. A dissolue8o (ou extingéo) compulséria (ou dbrigatéra), ‘como medida extrema que faz desaparecer 0 proprio. ente associativo, exige que a ordem da Autoridade dlugicial por meio da sentenga tenha tansitado em julgado. XX - ninguém poder ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; Em outras palavras, ninguém seré obrigado a fllar-se @ qualquer tipo de entidade. XXI - as entidades associativas, quando expres- samente autorizadas, tém legitimidade para repre- sentar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; wr nucaconcursos.com.br | Informacdes: 1) 3198.1414 DONS zg A_associagao deveré estar expressamente autorizada, seja por lei, seja pelos estatutos sociais, ou seja, diretamente pelo associado para um caso especifico a fim de exeroerem a representaga0, O ‘exercicio da reprosentagdo poderd se dar tanto em sede judicial (acionamento diante do Poder Judiciério), quanto extrajudicial (perante érgao e entidades publicas e privadas). ‘A representacao nao se confunde com a substi- tuigao processual na qual 6 desnecessaria a autorizagao dos associadostliados. XXll - 6 garantido o direito de propriedade; A propriedade, que outrora era um bem absoluto, torou-se um bem suscetivel de perda, em prol do social, isto mais uma vez nos remete a ideia de que esses direitos © garantias fundamentais nao sao absolutos. Este inciso teré que ser entendido com o préximo, ‘XXill - a propriedade atendera a sua funcio social; Embora a exploragéio da propriedade seja protegida pela Constituigéo, ela mesma determina que ese exercicio sobre os bens atendam a fungo social © da, em seus artigos 182, § 2°, © 186, 0 tom da Facionalidade e limite da exploragao econdmica da propriedade. A propriedade urbana cumpre sua funcéo social quando atende as exigéncias fundamentais de orde- ago da cidade expressas no plano diretor. Caso contrario, 6 facultado ao Poder Piiblico municipal, mediante lei especifica para area incluida no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprie- tério do solo urbano néo edificado, subutlizado ou néio utlizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamenie, de a) parcelamento ou aMicagaocompulsorios; b) imposio sobre a propriedade prediale territorial urbana progressivo no tempo; ¢) desapropriagao com pagamento JUSTO, PREVIO ¢ mediante TITULOS DA DIVIDA PUBLICA, com prazo de até dez anos, em parcelas anuais, iguais © sucessives, assegurados o valor real da inde- nizagao e os jufos legals — 6 a chamada desapro- priago sangdo (punigdo) por inobservéincia da fungao social Quanto a propriedade rural, a fungao social ¢ cumprida quando ela atende, . simultaneamente, segundo critérios © graus de exigéncia estabelecidos em lei, aos seguinies requisitos 2) aproveitamento racional e adequado; b) utllzagdo adequada dos recursos naturals disponivels © preservacgo do meio ambiente; ©) observancia das disposigdes que regulam as relagbes de trabalho; 4) exploragdo ‘que favorega 0 bem-sstar dos proprietarios e dos trabalhadores. Nos casos de desapropriacao rural para fins de reforma agraria, cuja competéncia somente cabe 2 Unido Federal, por entendimento do STF, a indenizagao da terra seré por melo de TDA — NUCE | Concursos Publicos 6 Artigo 5° los da Divida Agraria, resgataveis em até 20 (vinte) anos, com caréncia de dois anos para inicio do Tecebimento dos referidos valores. XXIV - 2 lei estabelecerd 0 procedimento para sapropriacao_por_necessid: u_utilidade publica, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenizacao em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituicao; Desapropriar ¢ retirar de aiguém 0 dominio ou 2 disposicdo sobre um bem em razéo da ocorréncia de um motivo que justiique a tomada de tal atitude. ‘Sao motivos quo autorizam a desapropriacao: a) A necessidade publica: tem por principal caracte- ristica uma situagéo de urgéncia, cuja melhor solugao sera a transferéncia de bens particulares para o dominio da Poder Piblico. Ex.: 2s enchen- tes na mata sul pemnambucana, que destruiram cidades, autorizam a desapropriagao por neces- sidade publica para 0 assentamento das pessoas desabrigadas em local seguro (mais alto) b) A utiidade publica: se traduz na transferéncia conveniente da propriedade privada para a Administragdo. No ha o cardter imprescindivel nessa transferéncia, pois € apenas oportuna e vantajosa para o interesse coletive, como, por exemplo, a desapropriagio de um prédio Particular para constru¢do de um hospital, mercado pablico, cemitério, a duplicagso de uma rodovia, ©) 0 interesse social: uma hipétese de transferéncia da propriedade que visa melhorar a vida em sociedade, na busca da reduao das desigual- dades, como ocorre nas desapropriagSes para instalagao de moradias populares. E muito importante que vocé distinga as palavras-chave sublinhadas, AS hipdteses de desapropriagdo séo: necessidade pica, utiidade piblica, ou por interesse_social. Essas hipdteses requerem, em regra, indenizagao justa, prévia e em dinheico, Nao haverd prévia indenizagéo em dinheiro nos casos desenhados nos arts. 182 e 184, em que corre a chamada desapropriagao-sangao, que visam punir 0 proprietrio do Imével que nao cumpre sua fungao social. Nestes casos, © pagamento da indenizagao ddar-se-4 em titulos de divida publica © art. 182 trata da propriedade urbana e prevé que © imével urbano néo edificado, nao ullizado ou subutilizado podera ser desapropriado com pagemento em titulos da divida pablica emitides pelo municipio, apos prévia autorizagdo do Senado e com prazo de resgate de 10 anos. J4 0 art. 184 trata da desapropriagdo de imével rural” no utlizado ou subutiizado, 0 qual sera desapropriado para fins de reforma agréria eo agamento da indenizagao dar-se-4 com titulos da divida agraria, cujo prazo de resgate & de 20 anos, a Partir do segundo ano de sua emisséo. Por fim, as terras onde forem localizados cultivos de plantas psicotrépicas serdo imediata- mente expropriadas (significa o mesmo que desapro- wwrw.nuceconcursos.com.br | Informacdes: ay) 3198.1414 NOSG priadas) sem qualquer indenizacdo ¢ destinadas 20 assentamento de colones (CF, art. 243). E 0 confisco mediante autorizacao constitucional. E 0 que nés chamamos de expropriagao. XXV - no caso de iminente perigo piiblico, a autori- dade competente podera usar_de_propriedade particular, assegurada ao proprietario indenizacao ulterior, se houver dano; © caso agora trata da limitacéio & propriedade privada conhecida como REQUISIGAO PUBLICA. Perigo iminente & aquele que esté prestes 2 acontecer. Assim, caso seja necessdrio ao poder onatiuido ‘usar da propriedade. private para exercicio de defesa e protecdo da sociedade, ele o fara, sem. Importar 0. prévio consentimento do proprietario, e, apés o efetivo uso, devolveré o bem 20 Seu legtimo dono. Apehas haverd indenizacao posterior, se, e somente se, howver dano decorrente da requisios0 da propriedade particular pela autoridade competente. ‘Como. exemplo, temos a seguinte stuacao: Imaginem que uma barragem de um municipio’ de Gojazelras-PB esla prestes a desmoronat, alagando e destruindo a cidade, e que fora constatado que apenas ira escapar desse infortinio uma fazencinha que fica na parte alta da cidade. E ai? Evidentemente, 2 auloridade competente val requisilar "essa propriedade particular. Depois de contornado o perigo, @ propriedade sera devolvida ao seu proprietario. OBSERVAGAO: E de grande valia mencionar que a desapropriacao é procedida de um processo legel, diferentemente da situago de requisiggo piblica. XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabathada pela familia, nao serd objeto de penhora para pagamento_de_débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; A Lei n? 4.50/64, Estatuto da Terra, define a Propriedade Familiar como o imével rural quo, direta © pessoalmente explorado pelo agricultor e sua familia, ines absorva toda a forea de trabalho, garantindo-tnes a subsisténcia e o progresso social e econémico, com area maxima fixada para cada regio © tipo de exploracéo, e eventualmente trabalhado com a ajuda do toroairos. Para fins de aplicagao do inciso constitucional, Pequena Propriedade € 0 imével rural de. area compreendida entre 1 (um) © 4 (quatro) médulos rurals (serao determinados em razao de cada regio & das atividades rurais desenvoWvidas). Penhora 6 a rasenva de bens (mévels efou imé- vols), por determinacde judicial em processo regular, necessérios e suficientes para a salisfagao do um débito. Ela nao ocorrera sobre a pequena propriedade rural trabalhada pela familia, com o fim de satistazer os pagamentos de débitos que tenham sido contrai- dos para financiar a atividade produtiva dessa familia Na pequena propriedade. NUCE | Concursos Publicos 7 ‘Artigo 6° XXVIl - 20s autores pertence o direito exclusivo de utilizagao, publicagéo ou reprodugéo de sues ‘obras, icansmissivel aos herdelros elo tempo que alloi fixar; O direito autoral também 6 um direito patrimonial, logo poderé ser iransmitide. Contudo, os herdeiros v&o se utilizar desse direito de forma temporaria. Esse direlto 6 conhecido, também, pelo nome de copyright. A Lei n° 9.610, de 19.2.1998, que consolida a legislagao sobre dircitos autorais, no art. 47, dispoe que: “os direitos patrimoni do autor perduram por setenta anos contados de 1° de janeiro do ano subsequente ao de seu falecimento, obedecida a ordem sucesséria da let civ XXVIII - Sao assegurados, nos termos da lei: a) @ protegao as participacées individuais em ‘obras coletivas e a reproducdo da imagem e 2 voz humanas, inclusive nas atividades despor- tivas; b) © direito de fiscalizagéo do aproveitamento econémico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérprotes © as _respectivas representagdes sindicais e associativas. XXIX = a lel asseguraré aos autores de inventos industriais privi jo_para_sua_utili- zagio, bem como protecdo 2s crlagbes Industria, 4 propriedade das marcas, aos nomes de ompre- ‘sa e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social © o desenvolvimento tecnolégico econémico do Pais; E patenteavel a invengao que alenda aos requi- sitos de novidade, atividade inventiva e aplicag3o industrial, admitindo-se, como modelo de utiidade, objeto de uso pratico, ou parte deste, suscetivel de aplicago industrial, que apresente nova forma ou disposigzo, envolvendo ato inventivo, que resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricacdo. A regra geral 6 que a patente de invencao vigorara pelo prazo de 20 (vinte) anos e a de modelo de utllidade pelo prazo de 15 (quinze) anos, contados da data de depésito. Também resta assegurado 0 direito de registro de desenho industrial e de marcas. No que toca & invengao, a0 modelo de utlidade e a0 desenho industrial, ndo hé vitaliciedade, salvo para as marcas cujo registro seja periodicamente renovado, como existe para os autores de obras, mas apenas o privlégio exclusivo de uso temporario. Tal se justifica ‘om razao do interesse da coletividade para usar das facilidaces do inventor com o fim de alcancar maiores desenvolvimentos tecnolégices (acesso a praticidade € ullidade dos estudos tedricos) e econdmicos (geracdo de riquezas) do Brasil. A lei a que se refere 0 inciso ja foi produzida, trata-se da Lei de Propriedade industrial n° 9.279, de 14.5.1996, que dispoe: “a patente de invencdo vigorara pelo prazo de 20 (vinte) anos” (art. 40). O registro da marca vigorard pelo prazo de 10 (dez) ‘anos, prorrogavel por periodos iguais ¢ sucessivos (art. 133). Direito de Patente. ‘worw.ntuceconcurses.com.br | Informagdes: wy 3198.1414 NHe2a XXX - € garantido o direito-de heranga; A heranga pode ser conceituada como uma transmisséo patrimonial do falecido. O direito de heranga se estabelece conforme as leis civis, primeiro na linha de descendéncia e, depois, na de ascendéncia, XXXI_- a sucesso de bens de estranaeiros situados no Pais seré regulada pola lei brasileira em beneficio do cénjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que ndo thes seja mais favoravel_a lei pessoal do de cujus; © dispositive, de direito internacional privado, trata da sucesso de bens de ostrangeiros situados no Brasil. Isto significa que s6 se aplica no caso de bens iméveis deixados por estrangeiro. ‘A norma em comento traz 0 principio da aplicagao da lei mais benéfica, o que permite, excepcionalmente, a vigéncia de lei estrangeira no Brasil, desde que seja mais benéfica ao cdnjuge e aos filhos brasileiros. ‘Assim, seré aplicada a lei brasileira sempre que a lei estrangeira nao seja mais benéfica. XXXII - O Estado promoverd, na forma da lei, a dofesa do consumidor; A defesa do consumidor foi elevada & categoria de principio da ordem econdmica, na esteira do art. 170, V, CF. Esta regra constitucional foi regulamentada para protecao da hipossuficiéncia do consumidor perante 08 fomnecedores. O Cédigo de Defesa do Consumidor do Brasil fol o primeiro no mundo. XXXill - todos tam direito a receber dos éraios publicos informacdes de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serdo prestadas no_prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo sela_imprescindivel a seguranca da sociedade & do Estado; © cidadao tem acesso amplo a informagao, Todavia, as informages que digam respeito a seguranga da sociadade e do Estado sero mantidas. em sigilo Na hipétese de negativa de informagées pessoais é possivel a propositura do habeas data. XXXIV - so a todos assegurados, independente- mente do pagamento de taxas: a) 0 direlto de poticdo aos Poderes Pablicos em defesa de direito ou contra ilegalidade ou abuso de poder; ‘obtencio_de_certidées em reparticoes pliblicas, para defesa de direitos e esclareci mento de situagées de interesse pessoal. b) © dispositive nao estabelece a gratuidade dos ‘ates. Reza apenas que néo depende de taxas, isto nao quer dizer que é gratuito, apenas que 6 isento de taxas, mas pode ser necessario pagar custas. NUCE | Concursos Pablicos & Artigo 5° direito ou @ garantia de petigao pode ser exer- cido individual ou coletivamente (abaixo-assinado). Pode ser exercido na defesa de um direlto (uma inscrigéo num concurso piiblico; mae funcionamento do servigo de telefonia) ou ainda contra a ilegalidade ou 0 abuso de poder (cabranga indevida de tarifa por parte de um banco; cobranga indevida de multa por uma operadora de talefonia).. A obtengao de ceriidées em repartiges nao depende do recolhimento de taxas, mas vale lembrar que pode haver a cobranga de custas. XXXV - a lei ndo excluiré da apreciacao do Poder Judiciario lesdo ou ameaga a direito; Trata-se do importantissimo principio _da Indisponibilidade_de_jurisdicéo ou principio da inafastabilidade da tutela_[urisdicional ou, ainda, principio da inafastabilidade da _jurisdi¢ao (Controle, protegao). Nada podera ser excluido do crivo do Poder Judiciario: nem a lesdo, nem a ameaga de lesto @ diretos. Isto se deu pelo fato de o Estado ter proibido os cidadaos de fazerem justiga com as proprias maos, bem como esgotar a via administrativa para ingressar na justica comum. Existe apenas uma excecao a este principio: trata-se da justica desportiva. Dispée a CFI68 que o oder judiciario s6 admitira ages relativas & discipline e as competigSes desporivas apés se esgotarem as instancias da justica desportiva, regulada om lei. A justiga despostiva tem 60 dias para proferir deciséo final Em relagao ao habeas data, vale lembrar que & pressuposto para o desenvolvimento valido e regular do proceso a prévia negativa em dar a informacao. Assim, se ndo houver a negativa em conceder a informagao, existir a auséncia de interesse Processual (pressuposto para o desenvolvimento vlido e regular do pracesso). XXXVI - a lei no prejudicara o di ato juridico perfelto e a coisa julgada; adquirido, 0 Também —conhecido ‘seguranga juridica © Direito adquirido - & aquele que ja se incorporou ao patriménio individual do sujeito. ‘+ Ato juridico perfeito - 6 aquele que observa os fequisitos: agente capaz, objeto licito e forma prescrita ou nao proibida om le. * Coisa julgada ou caso julgado - 6 a decisdo judicial de que ja ndo caiba mais recurso (§ 3°, art. 6°, da LICC), como principio da XXXVI - no haverd juizo ou tribunal de excegao; Este inciso estabelece 0 Principio do juizo natural. A norma em comento encontra dispositive semelhante no inciso Lill que trata do mesmo principio, Tribunal de excegao 6 aquele criado especial- mente para julgar determinadas pessoas, ndo respe'- ta a ampla defesa, 0 contraditério, ou outras regras ‘www nuceconcursos.com.br | Informagses: i) 3198,1414 NOSB ue constituem 0 devido'processo legal. Ex.: 0 Tribu- nal de Nuremberg cu o Tribunal para o Extremo Oriente. XXXVIIl - 6 reconhecida a institui¢ao do jari, com a organizacao que Ihe der a lel, assegurados a) a plenitude de defesa; b) 0 sigilo das votagées; ) a soberania dos veredictos; @) a compoténcia para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida. © Tribunal Popular, ou 0 Juri, é 0 tribunal no qual os cidadéos, previamente alistados, sorteados e, depois, escolhidos, decidem de fato, de acordo com sua consciéncia e juramento, sobre a culpabilidade ou Zo dos acusados, nas acdes relativas a crimes dolosos contra a vida. Também conhecido como Tribunaldo Jari ‘+ Plenitude de defesa - todos os acusados nos termos do inciso LV, deste artigo, tém direito a0 “contraditério" @ “ampla defesa” * Sigilo das votacées - depois de composto 0 conselho de sentenca, os sete jurados votam sigiosamente, ou seja, um jurado nao ‘conhace 0 voto do outro. ‘+ Soberania dos veredictos - significa dizer que 0 Juiz-Presidente, ao fixar a sentenga de mérito, deverd respeitar tudo quanto for decidido pelos jurados. ‘+ Crimes _dolosos_contra_a_vida’ aborto, infanticidio, induzimento 20 sulcidio e homicidio (arts. 121, § 2°, 122, 123, 124, 125, 127, do Codigo Penal). estes, o julgamento do réu néo é julgado por ‘um juiz singular, mas sim pelo Tribunal Popular. © Tribunal do Jari é formado por um conseino de sentenga, composto pelo juiz e por sete cidadaos (jurados). © corpo de jurados declara o réu culpado ‘ou inocente. O juiz expede a sentenca de mérito pela {qual deciara 0 réu inocente ou culpado, neste ditimo caso, fixando a pena a ser cumprida, 200K - no ha crime sem lel anterior que o defina, hem pena sem prévia cominacdo legal Els aqui os Importantissimos Principios_da anterioridade e o da Legalidade penal (Reserva Legal). Ha necessidade de definigso em lei anterior 4 pratica de uma conduta para que esta seja considerada crime, bem como ao agente possa ser aplicada pena. Qualquer ato que voo8 comata 36 serd crime se houver lel descrevendo-o (da-se o nome de tipo); € vocé sé poderd ser punido se houver lei que fixe a pena, XL = a lei penal beneficiar 0 réu; no retroagira, salvo para NUCE | Concursos Paiblicos 9 ‘Arégo > E 0 principio da irretroatividade da lei penal. Na vedade, so duas regras: 1. A lei penal benéfica (lex mitior) pode retroagir. , 2. A lei penal maléfica (lex gravior) nao pode retroagir. Aqui quero expor uma questdo em que jé vi Indmeros alunos errarem, por um simples destiz “A lel ndo poder retroagir, salvo para beneficiar 0 réu.” E al, galera, corto ou errado!? Como afirmel antes, j4 escutel uma turma inteira_gritar: “Certooooocooooo!!I”. Em um momento de descontracao, eu respondo carinhosamente: “Errado, peste!!!” E a lei penal que podera retroagir para beneficiar, percebam este detalhe. XLI--a lel puniré qualquer discriminagao atentatoria dos direitos e liberdades fundamentais; Discriminago confunde-se com racismo ou injaria, Trata-so de uma garantia suplementar a0 principio da isonomia discriminaco que atente contra 6s direitos @ liberdades fundamentals. inciso este que nao necesita de desespero do alunado porque, se 0 arligo 5° € todo baseado em normas protetivas, & cevidente que qualquer ato atentatério a esses direitos * e liberdades seré punido. No proprio corpo constitucional ja contamos com a figura dos remédios jurigicos, que veremos logo mais, Ex.: homofobia; exigir das mulheres betaHCG ou esterlizagao. Crimes Crimes insuscetiveis de | inafiancaveis graga ou anistia | - Racismo e agao Tortura, Todos eles. de grupos | terrorismo, trafico | armados. | de entorpecentes | e crimes l hediondos. + Crime imprescritivel - 0 crime que néo soffe prescricao, ou seja, um prazo dentro do qual 0 Estado tem poder para encontrar, proces-sar, punir e execular a pena do criminoso.' Assim, sendo. 0 crime imprescritivel, a Justiga jamais perde o poder de punir o seu autor. * Crime inafiangavel - € 0 crime que nao admite fianga. Fianga é um pagamento que a pessoa faz a0 Poder Judiciario para poder responder a0 proceso em liberdade provisoria + Pena de reclusio ~ aquela que € cumprida em regime fechado, Ha também a pena de detencao, que 6 cumprida em regimes semiaberto e aberto. wonw.nuceconcursos.com.br | Informacbes: g») 3198.1414 HOe8 Poderé haver progréssao de regimes. & ‘comum 0 cumprimento da pena. iniciar-se com 0 regime fechado e, dependendo do comportamento e do tempo cumprido da pena, progredir para o regime semiaberto. + Graca: trata-se de hipétese de extingo do direito de punir do Estado. A graca deve ser solicitada. Poder ser concedida apenas apés 0 transito em julgado da condena- cao. E concedida por decreto do Presidente da Repiblica (CF/€8 art. 84, Xil). Todavia, ndo restitui a primariedade ao agente. também conhecida por indulto individual + Anistia: trate-se também de hipétese de ex- tingo do direito de punir do Estado. A anis- tia independe de solicitagao. Podera ser concedida antes ou apés o transito em julgado da condenagao. E concedia por lei aprovada pelo Congresso Nacional (CF/88, art, 48, Vill). Restitui a primariedade ao agente. XLIL- a pratica do racismo constitui inafiancavel_e_imprescritivel, sujeito 4 pena de Feclusao, nos termos da lei; Trala-se de novidade apresentada pela Constitui- (G40 de 1988, reforcando o principio da isonomia e da vedagao contra discriminagao que atente contra os direitos liberdades fundamentals. XLII - a lel considerara crimes inafiancavels_@ isuscetiveis de graca_ou_anistia a pratica da tortura, 0 trafico Hicito de entorpecentes e drogas afins, 0 terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, 0s executores e os que, podendo evita-los, se omitirem; ‘A CFIB8 deixa claro que haverd a respon- sabilidade do mandante (autor indireto), do executor (autor direto) © daqueles que, podendo evitar os crimes, se omitirem, XLIV - constitui crime inafiancavel e imprescritivel a acdo de grupos armados, contra _a_ordem constitucionel eo Estado Trata-se de um reforgo ao principio do Estado Democratico de Direito, previsto no caput do art. 1° do texto constitucional. Encontra-se tratado na Lei de Seguranca Nacional, ariigo 16 © 24 XLV - nenhuma pena passara da pessoa _do gondenade, podendo a obrigacdo de reparar 0 dano e a decretagao do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores ¢ contra eles executadas, até o limite do valor do patriménio transferid NUCE | Concursos Publicos Artigo 5° Eis o principio da intranscendéncia penal ou a personificacéo ou _personalizacdo da pena. A tunica pessoa que pode sofrer a condenacao penal é 0 riminoso. Nao pode ser punido o pai. a¥mulher ou os fihos, contudo, a responsabilidade de reparar 0 dano causado é de natureza civil. Este passa para os, herdeiros até o limite em que foram beneficiados pela transferéncia do patriménio. William Douglas acres- centa que “por principio de justiga a extenso da responsabilidade patrimonial nao alinge aqueles bens ula origem é notoriamente licita” XLVI - a lei regulara a individualizacdo da pena adotara, entre outras, as seguintes: a) privacao ou restricao da liberdade; b) perda de bens; ©) multa; d)_prestacao social alternativa; e) suspensao ou interdicao de direitos. Este inciso traz o principio da Individualizacao da_pena. Significa que o juiz fixaré a pena “afendendo a culpabilidade, aos antecedentes, a conduta social, 4 personalidade do agente. As alineas enumeram as pens constitucio- nalmente possiveis no Direito brasileiro. A relagao nao 6 exaustiva, 0 inciso diz que poderé haver outras alén das abalxo enumeradas: ‘+ Privagdo da liberdade ~ é a perda total da liberdade. © Restrigaéo da liberdade — 6 apenas um cerceamento, a exemplo do que ocorre nos regimes aberto e semiaberto @ no livramento condicional Perda de bens — desde que fruto dbo ilicito. Multa - @ a imposigéo de uma penalidade pecuniaria = Prestagao social alternativa — & colocar 0 condenado a servico da comunidade, a exemplo de atendimento em ereches, hospitals, ministrar aulas, doago de cestas bésicas etc. * Suspensdo de direitos - 6 a suspensio tempordria do direito, a exemplo de proibir 0 médico de exercer a medicina por ter incorrido em erro, prejudicando alguém. XLVI - no havera penas: a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX; b) de carater perpétuo: ©) de trabalhos forcados; d) de banimento; e) cruéis. 1. de morte, salvo em caso de guerra deciarada, nos termos do art. 84, XIX. Assim, somente haverd 2 Possibilidade de aplicacao de PENA DE MORTE quando o Presidente da Repdblica declarar guerra em decorréncia de agressao esirangeira. LEMBRAR: a ena de morte é permitida excepcionalmente, mas &; 10 www.nuceconcursos.com.br | Informagses: oy 3198.1414 NOGG 2. de carter perpétuo: no Brasil no é admitido © efetivo recolhimento de um individuo por periodo superior a 30 (ltinta) anos, mesmo que a pena aplicada soja superior, 3. de trabalhos forgados: trabalho forgado seria (© que o detento tivesse que cumprir contra a sua vontade. Nao se confunde com trabalho pesado (quebrar pedra, carregar pesos ete.). Seria forgado 0 detento que fosse obrigado pelo Estado a corar papel para confetes; 4, de banimento: é a proscri¢ao, 0 desterro, 0 expatriamento de individuo condenado, devendo este ir para outro pals; & a expulséo, condenando um brasileiro a viver fora do Pais por determinado period, Nao se confunde com a extradigao, a qual s6 pode ser concedida quando se \rata de. brasileiro aturalizado, conforme as normas constitucionais que serao estudadas adiante. 5, eruéis: sdo as penas que causam sofrimento {isico e/ou psiquico ao condenado, Eis um inciso bastante solicitado nos concur- 08, principalmente em relagao pena de morte. A rela¢do esgota as espécies de penas proitidas, 6 exaustiva Atengao especial em relagao A pena de ‘morte, que, para surpresa de muitos, é prevista na Constituicao. desde que Seja em caso de guerra declarada. XLVIII - a pena sera cumprida em estabeleci- mentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade eo sexo do apenado; Hoje, pelas condigdes do sistema carcerario bra- sileiro, 86 6 possivel 2 separagao em relago ao sexo, as demais ainda estéo por vir. Complementa o principio da individualizagao da pena e tem como fim maior proceder a uma ‘selegao’ dos apenados com 0 objetivo de evitar a promiscuidade da comunidade carceréria, soja entre homens e mulheres, seja entre jovens e adultos, seja entre primarios e contumazes etc. XLIX - 6 assegurado aos presos © respeito & Integridade fisica e moral; ‘A Constituigo consagra os direitos e valores da condigao de um individuo ser precisamente o que é: um ser humano, independente de estar em pleno exercicio de seus direitos e liberdades, positivado ou recolhido, preso em estabelecimento prisional L — as presidiérias seréo asseguradas condicdes para que possam permanecer com seus filhos durante 0 periodo de amamentacao; Esta foi uma Inovagéo trazida pela Constituigéo de 88, no havendo precedentes anteriores. Prestigha- -se 0 direito da crianga de receber 0 “leite da vida", evitando que a pena da mae se estenda, transcendendo, 2os fihos infantes. NUGE | Concursos Publics "1 Artigo 5° LI - nenhum brasileiro sera extraditado, salvo 0 naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalizagao, ou de comprovado envolvimento em trafico ilicito qe entorpecentes & drogas afins, na forma da le Extradigao ocorre quando um pais entrega um individuo a outro Estado, que reciamou e requisitou ‘essa pessoa, para responder a proceso e, eventual- mente, ser punido, em face de crime cometido no pais que pediu a extradigao. A regra, no Brasil, 6 a ndo_extradicéo_ce brasileiros, quer se trate de ie jamais sera ‘alvo de extradicdo), quer se trate de naturalizados. ‘As excagdes que admitem a extradigao do brasileiro _naturalizado (= 0 quo era estrangeiro @ adquiru a naturalizagao brasileira) so: a) extradi¢&o do estrangeiro, quando requisitada, @ desde que 0 fato delituoso por ele praticado no ‘estrangeiro também soja considerado crime no Brasil b)_extradigao do brasileiro naturalizado, para o pals que 0 requisitou, desde que a pratica da infragio tonha sido ANTES DA NATURALIZAGAO e que © fato delituoso por ele praticado no estrangeiro também seja considerado crime no Brasil. Por exemplo: 1) Suponha-se que 0 _individuo naturalizou-se brasileiro ©, em visita ao seu pais, de origem, tenha matado alguém e retomado para o Brasil antes da descoberta do crime de homicidio; j6 de volta ao Brasil, ¢ descoberto 0 fato, 0 Brasil 6 quem o processard e aplicara a * ppena, acaso cabivel, els que 0 delito somente @correu quando o autor jé era brasileiro. 2) Se, ccontudo, 0 estrangeiro matou alguém em seu pals do origem ou em outro, @ apenas depois velo a residir no Brasil, onde se naturalizou brasileiro, se © Estado onde ocorreu 0 fato requisitar a textradigdio para processar e punir esse individuo, © Brasil podera entregé-o, haja vista que a naturalizagdo brasileira somente se deu depois do fato criminoso comum; ©) extradigao do brasileiro naturalizado, quando houver comprovacdo de envolvimento na pratica do crime de trafico ilicito de entorpecentes ou dro- gas afins, pouco importando que a conduta tenha sido praticada antes ou depois da naturalizacdo: 4) extradica0 do portugués equiparado, nas mesmas hipéteses do brasileiro naturalizado, mas apenas para Portugal. LIl- ndo sera concedida oxtradicao de estrangeiro por crime politico ou de opiniao; © iinciso ratifies © principio fundamental da Republica Federativa do Brasil, respeitante ao plura- lismo politico, ¢ justifica a concessao de asilo politico ‘como principio de relacionamento internacional. No tocante as nomenciaturas utiizadas no estudo da extradicdo, faz-se necessario a explanagao dos institutos da EXPULSAO, bem como da DEPORTAGAO, nos seguintes termos: ‘www.nuceconeurses.com.br | Informagées: ) 198.1414 enn Sm NEIGE FAIS GS SES OCIS Ta TCT OS MGT RGR. EET CS TET POT Ci MmitI@.cc--------r Expulsao — ocorre quando 0 motivo foi originario no proprio Estado, em virtude de atentado a segu- ranga nacional, nocividade aos interesses nacionais, bem como violagao & ordem politica ou social, nao precisando de provocagao ou motivo externa. Sendo a expulsdo ampla, mas no absoluta, pois mesmo sendo ato discriciondrio do Presidente da Republica, fica sujelto ao poder judiciario, se rovocado, para verificar a conformidade do ato com a legistacao em vigor. Deportagdo - € a devolucdo compulséria de estrangeiro para o exterior, quando néo ocorrer pratica de delito, mas 0 no cumprimento dos requisi- tos para entrar ou permanecer no territario e desde qua © estrangeiro nao se retire no prazo determinado. Lill - ninguém sera processado nem sentenciado ‘sendo pola autoridade competente; Este é 0 Principio do Julz Natural. © detentor da jurisdigéo € 0 juiz de Direito representando o Estado, aquele individuo que prestou regularmente concurso publico de provas e titulos. LIV - ninguém sera privado da liberdade ou de seus 18 set o devido processo legal: Eis 0 importantissimo principio do_devido processo legal, que se originou do inglés Law of the Land ou Due Process of Law, como aparece em alguns concursos. Este principio, que @ 0 mais importante de todos aqueles que tratam do processo, diz respeito aos prazos e as demais regras processuals, engloba \elusive outros principios processuais como o do contraditério, o da ampla defesa e o da proibi¢ao da utilizacao de provas ilicitas. LV - aos itigantes, em processo judicial_ou administrativo, e aos acusados em geral s4o assegurados 0 contradit6rio ¢ ampla defesa, com (0 meios e recursos a ela inerentes; Litigantes, como incica 0 texto, s80 as partes que ltigam ou que fazem parte ou esto em lide ou itigio, ou seja, as partes que atuam no process. Entende-se por contraditério a garantia que as partes tem de contradizer (dizer em sentido contrério, impugnar etc.) as produgies de provas feitas pela utra parte com a qual itiga Por ampla defesa tem-se que a parte pode uilizar todos e quaisquer meios previstos, autorizados ou no proibides em lei, a fim de demonstrar seu methor direito, em face da outra part. LVI - sao_t jis, no processo, as provas obtidas por meios Via de regra, as provas obtidas por meios ilicitos do sdo admissiveis no proceso, isto também se aplica as provas que so delas derivadas, no entanto, Prestem atengo: no caso de legitima defesa, ou quando for o nico meio de se chegar a verdade dos fatos, 0 STF tem admitido esse tipo de prova. NUCE | Concursos Publicos 12 Artigo 5° LVII - ninguém sera considerado culpado até o fransito_em _julgado de sentenca penal sondenatoria; Eis 0 principio constitucional penal de Presungao da inocéncia de todos quantos sojam acusados (que é diferente de CULPADO) da pratica de fato considerada delituosa, até que haja uma senlenga penal declarando-o culpado definitvamente @ contra a qual nao se possa interpor qualquer recurso admitido no direito vigente. Fiquem atentos! Poderd “cair” em qualquer prova, de qualquer concurso que vocés fizerom. Em primeiro lugar, fiquem ligados no detalhe de que se trata de sentenga penal, portanto, no se trata de processo civil, nem administratvo. lremos analisar que, em face desse principio cconstitucional, ninguém sera considerado culpado até © transito de sentenga penal condenatéria. Nada impade, entretanto, que possam ocorrer prises. Ser reso é diferente de ser culpado. ENTENDIMENTO DO STF ‘+ A prosunedo de inocéncia do acusado (art. 5°, LVIl) nao impede a priséo antes do transito em lulaado_de_decisio condenatéria (8/6/93, Min. Néri da Silveira. + © principio da presungdo da inocéncia é Incompativel com a regra do art. 393, Il do CPP. LVI - 0 civilmente identificado nao sera subme- tido a identificagao criminal, salvo nas hipsteses previstas em lei; O inciso € explicito: se a pessoa se identificar por meio de documento bastante suficiente para demonstrar as autoridades quem ela é (carteira profissional, cartelra de habilitagao, certificado de reservista militar, identi¢ade profissional, emitida pelos Conselhos de Profissao etc.), néo haverd identificacao criminal. Assim, nossa lei indica que a identificagaio criminal, como sendo aquela realizada por processo de impressdo digital (datiloscépico) ¢ fotografica, deverd ocorrer nos casos de (Lein® 12.037/09) Embora apresentado documento de identifi cago, podera ocorrer identificago criminal quando: 1 0 documento apresentar rasura ou tiver Indicio de falsificacdo; Il = 0 documento apresentado for insuficiente ara identificar cabalmente 0 indiciado; lil =o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informagoes confitantes entre si; IV — a identificagdo criminal for essencial as investigabes policiais, segundo despacho da autoridade judiciaria competente, que decidiré de oficio ou mediante representacao da autoridade policial, do Ministério Publico ou da defesa; \V— constar de registros policials 0 uso de outros nomes ou diferentes quaificagdes, ‘www.nuceconcurses.com.br | Informacdes: 1) 3198-1414 VI = 0 estado de conservagao ou a distincia poral ou da localidade da expedigao do docu- ito apresentado impossibilite a completa identifi- dos caracteres essenciais. + seré admitida acto privada nos crimes de , se esta nao for intentada no prazo Aco engloba o direito e 0 meio de acionar a funcdo jurisdicional do Estado. Em outras ‘palavras: o Poder Judiciario nao age de oficio, faz~ “se necessario ser provocado. O Cédigo Penal ‘define (art. 100, §§ 1° e 2°), a acerca da acao penal publica e privada, respectivamente. ( prazo para 0 Ministério Pablico interpor a acdo penal publica é de 5 dias, se o réu estiver preso, ¢ de 15 dias, se estiver solto ou afiangado (o prazo é contado da data em que o Ministério Publico receber ‘0s autos do inquérito policial). Quando 0 promotor se ‘mite, a vitima ou seu representante legal poderd propor 2 a¢éo privada subsidiaria da publica, na qual deveré 0 Orgao_ ministerial funcionar como assistente obrigatorio. LX ~ a lei sé poderd restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidado ou interesse social o exigem; A publicidade ampla ¢ inrestrita dos atos processuais 6, em principio, a regra abragada pelo Texto Malar, restando firme que, se a divulgacao do ato puder ferir a intimidade das pessoas ou 0 interes- se social, 0 processo correra om segredo de justica e os atos’ processuais sero praticados a portas fechadas (por exemplo: agdes de separagéo, alimentos, divércio, guarda de menores, quebra de Sigilos telafonicos pelas CPY's etc.) LXI - ninguém ser preso sendo em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de ‘autoridade judiciéria competente, salvo nos casos de transgressiio militar ou _crime_propriamente militar, definidos em lei; Por forga deste inciso, as Unicas hipdteses em que alguém podera ser preso serao: em flagrante delito (j6 discutido anterionmente) ordem escrita fundamentada de autoridade judiiciaria competente, casos de transgressdo militar ou crime proptiamente militar, definidos em lei. ‘Atencao para as “cascas de banana’ tais como: ‘ordem de autoridade policial, orem do promotor piiblico. A prisdo efetuada por forga da hierarquia da disciplina (no pelo juiz) & permitida pela Constituigao apenas para as transgressées militares © crimes propriamente militares. LXIl ~ a prisdo de qualquer pessoa e o local onde se encontre serdo comunicados imediatamente ao Juiz competente e a familia do preso ou a pessoa Por ele indicada; Trata-se da comunicago da priséo. E dever inafastavel da autoridade que realizar uma prisdo, NUGE | Concursos Publicos SS eee 13 Artigo 5 expedir as _necessérias comunicagdes 20 juiz, informando-Ine quem foi caplurado e preso, e em que local esta a disposi¢éo do Estado. O descumprimento esse dever implica em crime de abusq de autoridade (Lei n? 4.898)65), ‘Surge, também, o direito do preso de comunicar 4 sua familia, ou a outra pessoa que assim 0 desejar (amigo, patréo, padre, pastor etc.). € 0 famoso direito a0 telefonema, que visa preservar 2 integridade do preso, viabilizar os atos necessérios a sua defesa, evitar os abusos e excessos contra o tutelado ate, Ressalte-se que 0 preso nao tem o direito de falar ao telefone, mas sim o direito de ter sua prisao ‘comunicada & sua familia ou & pessoa indicada. LXll ~ 0 preso sera informado de seus direitos, ‘entre os quais o de permanecer calado, sendo-Ihe assegurada a assisténcia da familia e de advogado; E 0 privilégio contra a autoincriminagao (Nemo tenetur se detegere). O preso ngo ¢ obrigado a produzir prova contra si mesmo. A autoridade civil ou militar que efetuar a priséo de alguém deverd informa-lo de que tem direito a ficar calado, ¢ 0 siléncio no pode ser interpretado em seu desfavor. LXIV ~ 0 preso tem direito a identificagao dos responséveis por sua priséo ou por seu interrogatério policial; E um direito assegurado & pessoa tutelada saber quem esi4 efetuando sua prisao, bem como 0 nome e © grau de autoridade do responsavel pelo inter- rogel6rio. Sao aspectos importantes da solenidade e formalidades inquisitoriais, cujas inobservancias, as vezes, revelam ilegalidade ou abuso no procedimento conduzem a nulidade em beneficio do detico, LXV ~ a prisdo Ilegal sera imediatamente relaxada pela autoridade judiciaria; llegal 0 ato prisional que no observa os roquisitos inafastaveis previstos na lel para dar lisura ou regularidade, Esse dispositive da 20 juiz a prerrogativa de conceder habeas corpus de oficio, ou Soja, independentemente de solctacao. LXVI_ = ninguém sera levado @ priséo ou nela mantide, quando a lel admitir a liberdade proviséria, com ou sem fianga; A Carta. Magna determina que 0 tutelado permaneca provisorlamente livre nos casos previstos por lei, com ou som a prestacao de fianca. Exceto nas hindteses de crimes dolosos, punidos com pena privativa da liberdada, se o réu ja tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentenga transitada em julgado, ou, em qualquer caso, se houver no processo prova de ser o réu vadio. O réu livrar-se-a solto, independentemente_de_fianca, no caso de infracao, a que nao for isolada, cumulativa ou alternativamente, cominada pena privativa de liberdade ou quando o maximo da pena privativa de liberdade, isolada, cumulativa ou alternativamente www.nuceconcursos.com.br | Informagdes: sy 3198.1414 SETS SSIS SIS IT WS REG TSG GG Fah «SET TO NOSE cominada, nao exceder a 3 (trés) meses. A autoridade policial somente podera conceder fienga nos casos de inftacao punida com detenco ou prisdo simples. Nos demais casos, a fianga sera requerida ao juiz, que decidira em 48 (quarenta e oito) horas. Nos casos de prisao em flagrante pela pratica de rime contra a economia popular ou de crime de sonegagéo fiscal, a liberdade proviséria somente podera ser concedida mediante flanca, por decisao do juiz competente, ¢ apés a lavratura do auto de prisfio, em flagrante, LXVII - no havera prisdo civil por divida, salvo a do responsavel pelo inadimplemento voluntario e Inescusavel de obrigacdo alimenticia e a do depositario infiel; Prisdo civil é aquela que néo é decretada com finalidades penais. Sao elencadas duas hipdteses em que o devedor meramente civil poderd ser preso: a) responsavel_pelo_inadimplemento_voluntario_e inescusavel de obrigacao alimenticia => indepen- dentemente de ser homem ou mulher, desde que tenha a obrigagao de prestar alimentos © no os tenha dado por ato da prépria vontade e sem qualquer possibilidade de desculpa para a inobservancia de sua obrigagéo diante do alimentado. A prisdo ser decrotada pelo juiz por um prazo de 1 (um) a 3 (trés) meses; b) depositario infiel => € o que nao devolve a coisa {ue Ihe foi entregue em depésito. Seja voluntério ou necessério 0 depésito, o depositario que no © restituir, quando exigido, sera compelido a fazé-lo © a ressarcit os prejuizos, sob pena de prisdo no excedente a 1 (um) ano. OBSERVACAO ‘A Turma concedeu a ordem em face do julgamento pelo STF do HC 87.585-TO ¢ dos RES 349.703-RS © 456.343-SP, ullimados no dia 3 de dezembro de 2008. 0 STF fixou 0 entendimento de que os tratados e convengdes internacionais sobre Direitos Humanos, aos quais o Brasil aderiu, gozam de status de norma supralegal. Tal entendimento tem refiexo imediato nas discussdes relativas a impossibili- dade de priséo civil de depositario infil. HC 110.344 -SP, Rel. Min. Nancy Andrighi julgado em 9/12/2008. NOTAS DA REDAGAO. © supedaneo das decisées proferidas pelo STJ foi a histérica decisao do Supremo Tribunal Federal, gue trouxe novo entendimento acerca da priséo civil: restringiu-a aos casos de inadimplemento valuntario © inescusavel de obrigagao alimentar. Para tanto, resolveu uma antiga pend@ncia do orcenamento: definiu o status dos tratados intermacionais sobre Direitos Humanos. Iniciaimente, é necassario observar as duas as correntes sobre o tema que se destacam no STF: NUCE | Concursos Publicos Artigo 5° a) Corrente vencida: vorsando sobre Direitos Humanos, os tratados lero sempre status constitucional. Os defensores desta corrente embasam sua tese, principalmente, no fato de que o art. 5°, § 2°, da afirma: “Os direitos garantias expressos nesta Constituicao nao excluem outros dacorrentes do regime @ dos principios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a Republica Federativa do Brasil seja parte". Defensores: Celso de Mello, Cezar Peluso, Eros Grau ¢ Ellen Gracie, b) Corrente majoritaria: os tratados de direitos humanos, segundo voto do ministro Glimar Mendes, teriam status supralegal: abaixo da Constituiga0, mas acima da legisiacao ordinaia, Contudo, admite que figurem como emendas constitucionais. Para tanto, devem ter 0 exigido pelo art. 5°, § 3° da Constituigao: os tratados ‘conveng6es —internacionais sabre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por trés quintos dos votos dos respectivos Membros, seréo equivalentes as emendas constitucionais Defensores: Marco Aurélio, Ricardo Lewandowski e Carmen Lucia, Menezes Direito, Gilmar Mendes. Para a primeira corrente apresentada, a qual se filia, também, Luiz Flavio Gomes, mesmo os tratados. firmados antes do advento da Constituigéo de 1988 devem ter 0 siatus dos dispositivos inscritos na Constituigéo (sobre o tema, cf. GOMES, LF., Estado constitucional de direito e a nova pirdmide Juridica ‘$40 Paulo: Premier, 2008, p. 30) Seus defensores afirmam que a democracia e 0 respeito aos direitos da pessoa humana esto entre- lagados, sendo impossivel conceber um sem o outro, compreenso asta que ost sendo solidficada em todo o mundo. A globalizag4o, consequentemente, estaria a servigo da difusdo do respeito aos direitos humanos. A. lustiicativa 6 extralda do proprio texto constitucional. Vejamos, 4 artigo 4°, Il da traz em seu bojo a prevaléncia dos Direitos Humanos como principio nas suas relagdes intemacionais: ‘Art. 4° - A Repiblica Federativa do Brasil rege-se nas suas relagdes internacionals pelos seguintes principios: II prevaléncia dos direitos humanos; E 0 artigo 5° , § 2° da Lei Maior, disp6e que os direitos e garantias expressos nao excluem outros. decorrentes dos tratados intemacionais em que a Republica Federativa do Brasil seja parte, sendo, Portanto, complementares ao texto constitucional Art. 6° - Todos so iguals perante a lei, sem dis- tingdo de qualquer natureza, garantindo-se aos brasi- leiros @ aos estrangeiros residenies no Pals a inviol bilidade do direito a vida, a liberdade, a igualdade, & seguranga e a propriedade, nos termos seguintes: § 2° - Os direitos © garantias expressos nesta Constituigao néo excluem outros decorrentes do regime © dos principios por ela adotados, ou dos tratados intermacionais em que a Republica Federativa do Brasil seja parte. 14 _ www.nuceconcursos.com.br | Informagées: () 3198.1414

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