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1) O documento discute o testamento fictício de uma cachorra no filme João Grilo e Chicó.
2) Legalmente, um animal não pode fazer um testamento válido, mas o filme usa o exemplo para ilustrar o conceito de testamento.
3) O testamento da cachorra é nulo porque não segue as formalidades legais para um testamento ser válido, como ser um ato pessoal e solene do testador.
Исходное описание:
Trabalho de Direito Civil sobre o Auto da Compadecida
1) O documento discute o testamento fictício de uma cachorra no filme João Grilo e Chicó.
2) Legalmente, um animal não pode fazer um testamento válido, mas o filme usa o exemplo para ilustrar o conceito de testamento.
3) O testamento da cachorra é nulo porque não segue as formalidades legais para um testamento ser válido, como ser um ato pessoal e solene do testador.
1) O documento discute o testamento fictício de uma cachorra no filme João Grilo e Chicó.
2) Legalmente, um animal não pode fazer um testamento válido, mas o filme usa o exemplo para ilustrar o conceito de testamento.
3) O testamento da cachorra é nulo porque não segue as formalidades legais para um testamento ser válido, como ser um ato pessoal e solene do testador.
No filme, Joo Grilo e Chic vo ao Padre para que este realize o
enterro da cachorra. Como argumento, Joo Grilo afirma que a cachorra deixar um testamento no qual a parquia seria uma das beneficiadas com dez contos de ris para o padre e trs para o sacristo. O grande entrave para a aceitao do testamento da cachorra como um ato jurdico o simples fato da cachorra se tratar de um animal, no podendo assim ser considerado um ato jurdico, pois este resume-se em todo acontecimento de origem natural ou humana que gere conseqncias jurdicas. No entanto, superado esse obstculo, possvel analisar o instituto do testamento no contexto do filme. Vejamos. Ao tentar convencer o padre do testamento deixado pelo animal, Joo Grilo relata que a cachorra era um bicho inteligente, pois, nos ltimos tempos, j doente pra morrer, toda vez que o sino batia, bota uns olhos compridos para a Igreja. Ento, seu dono entendeu que ela queria ser enterrada como crist. Em troca do enterro, portanto, foi acrescentado no testamento que ela daria dez contos de ris para o padre. Ademais, nas imagens do filme, possvel vizualizar a histria contada por Joo Grilo, em que a cachorra assina o testamento com a marca da pata. Do exposto, percebe-se que o filme mostra genericamente o instituto do testamento, conferindo destaque ao aspecto que mais conhecido no senso comum: um instrumento de vontade ltima do testador, cujo efeito vir com sua morte. Entretanto, preciso ter conhecimento de suas peculiaridades e exigncias legais de consubstanciao, do contrrio corre-se o risco de produzir um ato invlido. o que ocorre no filme.
Segundo
Clvis
Bevilqua,
testamento
seria
"ato
personalssimo, unilateral, gratuito, solene e revogvel, pelo qual algum
segundo as prescries da lei, dispe, total ou parcialmente, de seu patrimnio, para depois de sua morte; nomeia tutores para seus filhos; ou reconhece filhos naturais; ou faz declaraes de ltima vontade. Deveras, o testamento um dos pontos mais relevantes do direito privado, pois nele que se revela com maior amplitude a autonomia da vontade privada. Nesse sentido, faz-se necessria uma anlise de alguns desses elementos expostos na conceituao do mencionado doutrinador, no sentido de entender o porqu da nulidade do ato testamentrio evidenciado no filme. O testamento ato personalssimo (art. 1858 CC), ou seja, no admite interferncia de outra vontade. Por isso, no pode ser elaborado por mandatrio. No pode ser conjunto (art. 1863 CC). No poderia o testamento da cachorra, portanto, ser produto da interferncia da vontade de seus donos. Outrossim, ato solene. A manifestao de vontade contida em um testamento deve ser efetivada por meio de formalidades determinadas na lei. Tais formalidades tm por escopo dar o mximo de garantia e certeza vontade do testador. H nulidade absoluta no ato quando as formalidades no solenes fielmente, o que ocorreu no testamento da cachorra.