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Ant 18 Jé as reformas estruturais tém sido implementades principalmente na América Latina ¢ no Leste Europeu, efetivadas mediante as ditetrizes pre- conizadas pelo Banco Mundial ¢ apoiadas pela Federaco Internacional de Administradoras de Fundos de Pensdo. O sistema trabaiha com a idéia de pilares miltiplos de protecto, com o objetivo declarado de aumentar a ca- pacidade de poupanga nacional para viabilizar a aceleragao do desenvolvi- mento econdmico. Esses pilares seriam destinados a reequilibrar as fungdes redistributivas, de poupanga e de seguro dos programas de previdéncia con- sistindo: a) um pilar obrigatério gerenciado pelo governo, com fins redis- tributivos, e financiado a partir dos impostos o qual concederia prestagées ndo-ligadas as remuneragdes (flat-rate), no modelo universalista, ou pro- porcionais a remuneragdo até um teto baixo nos paises que apresentam um. madelo laboralista (no qual as prestagdes previdencidrias se vinculam aos proventos oriundos do trabalho); b) um segundo pilar que pode ser faculta- tivo ou obrigatério” de poupanga, ndo-redistributivo ~ que aplica a técnica da previdéncia em modalidades coletivas, por intermédio de mutualidades, fundagdes de empresas, fundos de pensdes e seguradoras privadas — geren- ciado pelo setor privado, bascada na solidariedade do grupo e, em regra, plenamente capitalizado; e ¢) um pilar voluntério, individual, financiado Por capitalizagao, para aquelas pessoas que desejam mais protegao na apo- sentadoria.* Como exemplos de pafses que adotaram esse tipo de reforma, podemos citar: Argentina, Chile, México, Colombia, Bolivia, Peru e Uruguai. Em suma, nio hé um modelo tinico de previdéncia, Cada sociedade deve eleger qual ¢ a melhor forma de garantir a sua populagdo contra os efeitos dos riscos sociais, levando em consideragao o seu cendrio especifi- 0, euja compreensio é essencial quando se deseje alterar de maneira res- Ponsivel uma instituigio do quilate da previdéncia social, profundamente relacionada com a estrutura de um Estado e as peculiares condigées sociais, econdmicas ¢ demogréticas de uma sociedade.? 3. Riscos sociais O termo risco social é empregado para designar os eventos, isto é, os fatos ou acontecimentos que ocorrem na vida de todos os homens, com " Par Tfdio das Neves, a idéia de regimes complementars obsigatéris € paradoxal. Em termo de ineiios, 2 complementariedade devera sot reservads para os vegies faculativos, aa media cm {ue io seria possvelfundamentaro fat de tomar obrgatéro dterminado segmento de mercado, Por {sso 0 benefeios dos egimes compeenteres estate tram adicionis da epesentodora base (NE- ‘VES, Il dio dis, Direta da Sepuronga Sacta: Prinipin fandamentais numa endlise prospective 8973906). "No Brasil lizando-se essa terminologia, possuimos um prmicio pila grande, composto pelo RGPS RIV, eum tereiropilar menor, nexstindo, até o presente momento, um segundo plat. ° Sobre a atualceforma da previdencia consuitee ROCHA. Daniel Michado. © Direto Fundamental aPrevidencia Social na perspeciva dos principiot consttuclonaisdietivos da sistema prrvideneiria braiteir, COMENTARIOS A Lei de Beneficios da Previdéncia Social 29 Ant 22 certeza ou probabilidade significativa, provocando um desajuste nas con- digdes normais de vida, em especial a obtengao dos rendimentos decorren- tes do trabalho, gerando necessidades a serem atendidas, pois nestes momentos erfticos, normalmente ndo podem ser satisfeitas pelo individuo. Na terminologia do seguro, chamam-se tais eventos de “riscos” € por dize- rem respeito ao proprio funcionamento da sociedade, denominam-se “riscos sociais”.!° Os regimes previdencidrios slo institufdos com a finalidade de garantir aos seus beneticiérios a cobertura de determinadas contingéncias sociais. Em sua esséncia, as normas buscam amparar os trabalhadores e seus dependentes quando vitimados por eventos (reais ou presumidos) que ve- nham a produzir uma perda integral ou parcial dos rendimentos familiares, ou despertem outra necessidade considerada socialmente relevante. Os tiscos sociais cuja cobertura € suportada pelo regime geral so elencados no art, 1° desta Lei, excetuado expressamente no § 1° do art. 9°, © desemprego involuntario, que € objeto de lei especifica (Lei n” 7.998/90, alterada pela Lei n° 8,900/94), para os trabalhadores em geral. Antigo 2° ‘A revidéncia Social rege-se pelos seguintes principio e objetvos: |= universalidade de partcipagao nos plans previdenciarios; Il nitormidade e equivaléncia dos beneffcos e servigos as populagées urbanas e rurais, Ill~ seletividade e distributividade ne prestagao dos benelicios; IV = cdleulo dos beneticios considerando-se os saléios-de-contiouigdo corigidos rmonetariamente: \-irredutblidade do valor dos beneticios de forma a preservar-hes o poder aquisitvo;, Vi ~ valor da renda mensal dos beneficios substitutos do salério-de-contnbuigao ou do rendimento do trabalho do segurado no inferior ao do salério minimo; Vil previdéncia complementar facultatva, custeada por contribuigao adiciona, Vill cardter demccratico @ descentralizado da gestdo administrative, com a part cipago do governo e da comunidad, em espacial de trabalhadores em atvidad, ‘empregedores e aposentados. Paragrato tinice, A paricipagdo reterida no inciso Vl deste artigo serd efetvada a nivel federal, estadual e municipal 1, Prineipios - Generalidades Refoge ao escopo deste trabalho realizar uma abordagem detalhada e exauriente relativamente aos principios previdenciérios. Ndo porque se considere 0 tema de importancia menor, a0 conirério, justamente pelo fato de reconhecer-se a importancia de uma abordagem mais aprofundada, fimi- OLIVBIRA, Moacye Velloso Cardoso de. Previdencia Sata p. 24 Daniel Machado da Rocka 30 José Puuto Baltazar Junior tamo-nos a tecer algur acolhidos pelo legislac constitucionais do Direi icaram fora deste rol, €edéncia do custeio. ‘Os prinefpios que cidos neste artigo, inspi jos no art,194 da CFi face do ¢aréter contrib © artigo elenca objetiva previdéncia social Segundo Luiz Ciéi sistematizagao € aborda so aquele conjunto dé toda a nossa conduta e¢ @ nos omitirmos, sempr 20 dos objetivos meram nos afastar em quaisqu garantiré a paz social, Universo, e que nao sen mente de direito positiv Consounte a douti Tegra e princfpio sio es) tos pressupostos, exiger sem excegio, ou so cut apresentam-se dotados ‘cumprimento em difere terminada por possibili trabatho ingressar nesta anecesséria referéncia, A interpretagio da efpios préprios. Como j quer lei deve 0 iz atens do bem comum" (LIC, na interpretagio das nol prinefpios inspiradores 4 PLORES DA CUNKA, Lui peblica de 1988, fn: Pret. V Pessuais e Pens, 2" ed Pota # "2 Sobre o tema vide, dente tant ILO, 1): Gomes. Dirsito Cor 19 AC HP 55.530-MG, Rel. Min pradéncia do TFR, Dirsto Prev COMENTARIOS Let de Beneffcios da Previdé cedéncia do custeio, Os prinefpios que regem a previdéncia social, expressamente reconhe- cides neste artigo, inspiram-se nos prinofpios da Seguridade Social inca Pidos no art.194 da CP/88, entretanto, assumem contornos especificos em face do cardter contribativo que plasma a previdéncia social, Ao sex lado, pranige genca objetivos considerados relevantes no desenvolvimento Gx previdéncia social Segundo Luiz Claudio Flores da Cunha, no seu excelente trabalho de So anatgasto © abordagem dos prinefpios previdenciérids, “Os principios tio aquele conjunto de idéias, expressas ou no, que estio ne origem de raciocinio, que nos impulsionam a agir ou mente de direito positivo”. Consoante a doutrina mais moderna, norma seria © género do qual Tare Principio sdo espécies. As regras setiam normas que. presentes cer, {Rabsessupostos, exigem, profbem ou permitem algo em termos definitives, rece ot Ske cumpridas ou desobedecides. Por sua vez, os principiog ehtesentam-se dotados de uma maior generalidade, 0 que permite occa fumprimento em diferentes graus, mas a medida da sua exceugto sevd de rennads Por possibilidades reais e juridicas. Nao é o objeto de nosso trabath iplexa e instigamte temiética, mas fica registrada a necessaia referéncia,"? A interpretagao das regras previdencirias deve dar-se & luz dos prin- ipios préprios. Como ja decidiu o extinto TER: “‘Se na aplicay quer lei deve o juiz atender aos is ig dobem comum” (LIC, art. 5°), ainda com maior razio ascime deve proceder print Bretugdo das normas de direito previdencidrio, tendo em vista seus Brinefpios inspiradores e objetivos legalmente declarados”.!" Ne means pHLQRES DA CUNHA. Laiz Cltudi, Prncpios de Ditcio Previdencdio aa Cons ils de 1988 n: Freitas, ViadiirP. (Coat). Diveto Prevdencisie Sanne esses ¢ Pena, 2 ed, Porto Alegre, Livtatia do Advopado, p17 AMOS [S60 ide le anos: ALEXY, Ruben. Teri de Les Derechos Pundamentlen CANO: gO. 24 Gomes, Direco Constiucional¢ BONAVIDES, Palo, Casa de Dice Con een eS SSSIEMG. Rel. Min, Washington Bolivar de Bio, 7, DIU 2.1080, Eneniaca mene rulncia do TER, Diceto Prevideneitnas 1893, 9 28 COMENTARIOS A Lei de Beneficios da Previdéncia Social 31 Ant 28 linha, Alves Felipe, 20 afirmar que: “a interpretagio da legislagao previ- dencidria hé que ser sempre no sentido de amparar”. ‘Evidentemente, 0s princfpios nfo so estanque’s, ¢ sua exegese e apli- cago acompanham os rumos da evolugdo social, Mesmo quando no esto expressos, 6 possivel sentir as suas irradiagdes contaminando todo um oF- denamento jurfdico. Por vezes, alguns desses principios podem nao se li- mnitar a servir de inspiragio da edigdo de normas juridicas, culminando por serem incorporados a um ordenamento, o que Ihes acentuard st forga coer citiva, Exemplo dessa evolugao est na publicagao do Estatuto do Toso, v. culado pela Lei n® 10.741, de 1° de outubro de 2003, que traz. alguns prin- Cipios aplicdveis aos idosos, componentes expressivos do universo dos beneticiarios da previdéncia social. Destacamos, naquela lei, os seguintes dispositivos que veiculam prineipios aplicaveis no ambito de previdéncia social, com destaques por nossa conta: “Art. 2° 0 idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes & pessoa humana, sem prejuizo da protegdo integral de que trata esta Lei, assegurando-se-Ihe, por lei ou por outros meios, todas as oportu- nidades e facilidades, para preservagiio de sua sade fisiea e mental € eu aperfeigoamento moral, intelectual, espiritual e sovial, em condi- (cdes de liberdade ¢ dignidade. Str. 3° E obrigagao da familia, da comunidade, da sociedade © do Poder Pablico assegurar ao idoso, com absoluta priotidade, a efetiva- gio do direito a vida, a satide, &alimentagao, & educagio, a cultura, 20 Esporte, a0 lazer, ao trabalho, & cidadania, a liberdade, a dignidade, dao respeito ¢ 4 convivencia familiar e comunitéria, Pardgrafo \inico. A garantia de prioridade compreende: ] ~ atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos 6: ‘gos piblicos e privados prestadores de servigos & populagior i preferéncia na formulagio e ra execugdo de politicas sociais pu- blicas espectficass IM} destinagao privilegiada de recursos pablicos nas éreas relaciona- das com a protegao ao idoso; GC) Bat. 8° O envelhecimento é um direito personalissimo ¢ a sua protegao tum direito social, nos termos desta Lei e da legislagdo vigente. ‘Art, 9° E obtigagao do Estado, garantir & pessoa idosa a protegao & vida e & satide, mediante efetivacdo de polfticas sociais pablicas que permitam um envelhecimento saudavel e em condicdes de dignida- s Feanklin Alves. Previdencia Soca! na Prétiea Forens. pM ‘Daniel Machado da Rocha 32 José Paulo Baltazar Junior nossa Lei Fundamental pendentes no casodoeve de pensfo ao “companhe no item anterior, € mais ‘A.exchusto dos dey vista que foram vertidas universalidade, 0 qual para todos os beneficidy vista os objetivos de no contido no inciso IV do Em 7 de junho de na qual sio tragados 0s videneiarios ao compar decorreu da_decisio 2000.71.07.00.009347- ral Simone Barbisan Fc decisao reconheceu a i 8.213/91, por uma inter do Federal, mormente © promogao do bem de] idade e quaisquer out: tratamento legislativo, igualdade ao nao ampi Como reforgo argumer ¢ garantias decorrente: natario (§ 2° do art. 59) a6" T. do TRF da4* Re 108 “1y = Promover 0 bea | cea formas de disciminas 168 “CONSTITUCIONAL PR AIS. CF, ART. 226, § 318" MOMOSSEXUAIS COMO D GAO CIVIL PUBLICA. INE TROLE CONCENTRADO DI EOS. TITULARIDADE DC ABRANGENCIA NACIONA N'9-494/97, |, Asnormascon [Afasicse a slegugdo de gue ¢ {nconsttucionslidade ra aplic legal; sim, de amplisr seo use sexo no conceito de company tia Social, para que 0 hoo felegado 8 misgaa paca mor de usarpagao de competéncie ‘Sonsttveonatidade pla rsp fy sob 0 Fundamento de ques sbstitativa da ogo direta de COMENTARIOS A Lei de Beneficies da Prev Ant 22 Att, 10. E obrigagio do Estado e da sociedade, assegurar & pessoa idosa a liberdade, o respeito ¢ a dignidade, como pessoa humana € sujeito de direitos eivis, politicos, individuais e sociais, garantidos na Constituigdo e nas leis" 2, Universalidade O principio da universalidade tem por desiderato tomar acessivel a seguridade social a todas as pessoas residentes no pais, inclusive estrangei~ ‘as, Entretanto, quando se cogita da previdéncia social, espécie notoriamen. te contributiva do género seguridade social, nio se prescinde da necessdria Participacao econémica do segurado, sem a qual o sistema nao seria viavel A universalidade ¢ vislumbrada sob 0 aspecto subjetivo; acessivel a todas as pessoas que trabalham no territério nacional ~ e por via reflexa & seus dependentes ~ e sob o aspecto objetivo buscando atender a todos os Fiscos sociais previstos no Plano de Beneficios mediante uma contribuigaio” linica dos trabathadores. © prinefpio da universalidade, o qual também inspira a organizacio da seguridade social, iré adquirir algumas tonalidades especificas na previ. dencia, na assisténcia © na sade. Quanclo se cogita da previdéncia social, espécie notoriamente contributiva do genero seguridade social, ndo se pres.” inde da necesséria participagéo econdmica do segurado, sem'a qual 0 sis- tema nio seria vidvel, razio pela qual estamos frente a uma universalidade mitigada. De outro giro, a universalidade da previdéncia social, quanto a0 acesso, nao significa, obrigatoriamente, a concessiio de um diteito igual, Para todos os trabalhadores, de receber beneficios exatamente nas mesmas condigdes. Embora as/prestagées, via de regra,'S sejam estabelecidas para © atendimento do mesmo grupo de riscos sociais, 0 valor dos beneficios dependers ~ em conformidade com 0 tipo de sistema de financiamentoe do método de edleulo estabelecido - em maior ou menor grau, dos aportes vertidos pelos segurados, o que corresponde, no nosso caso, 2 uma propor. cionalidade em telagao ao salério-de-contribui¢go dos diferentes segura dos.16 ‘A Emenda Constitucional n° 41/2003, reconhecendo a necessidade de Bromover a continua inclusdo dos trabalhadores, acresceu 0 § 12 a0 artigo 201 da Constituigdo: “§ 12. Lei dispord sobre sistema especial de inclusio- previdencidria para trabalhadores de biaixa renda, garantindo-Ihes acesso a beneficios de valor igual a um salério-minimo, exceto aposentadoria por {spiro pela dieriz da sletividede, » EC x? 20/98 alterouo inciso 1 do artigo 201 de nossa Sovattuisto,restringindo 0 scesto uo suxiio-eclusioe ao slario-familia apenas Lo4 dependsater ee sepirados de bain renda ‘ROCHA, Daniel Machado, Odiretofndamentaldprvidéncia social: ne perspectiva dos principios constvuconaisdirtivos do sistema previdenctdrio brasileira p. Vil comeyranios A Leide Beneficios da Previdencia Soctat 33 Art 2° tempo de contribuigio.” Esta alteragdo enquadra-se no contexto de buscar alternativas para a inclusio social de pessoas de baixa renda, mantendo 0 regime contributivo, mas com redugio de alfquotas para trabalhadores de baixa renda, de forma semelhante a0 que j4 ocorre com os segurados espe- ciais, que hao tém saliio-de-contribuicAo e que fazem jus a beneficios de valor m{nimo na forma do artigo 39 da Lei de Beneffcios. 3. Uniformidade e equivaléncia dos beneficios e servicos as populacées urbanas e rurais O legislador ordinario, curvando-se & vontade do Constituinte, apre- senta um tinico regime federal de previdéncia que nao distingue mais entre trabalhadores urbanos ou rurais, Mesmo 0 prinefpio constitueional de uni- formidade e cquivaléncia das prestagbes urbanas e rurais € mitigado, eis que existem regimes distintos de previdéncia social, como os destinados aos servidores piblicos Estaduais e Federais. Marly Cardone explicita: Uniformidade 6 igualdade quanto ao aspec 10 objetivo, isto é, no que se refere aos eventos cobertos. Equivalénci quanto ao valor pecunidrio ou qualidade da prestagao."" Sobre a abrangéncia deste principio, Luiz Cléudio Flores da Cunha explica que: “2 isonomia é um principio que comporta método de corregao. de desigualdades, e nao quis o legislador constituimte, com isto, dizer que ‘08 trabalhadores rurais e urbanos deveriam ser tratados de forma absoluta- mente igual, quando diferentes so os meios em que vivem, os saldrios, as condigdes de educagio ¢ justiga social, bem como de fiscalizacio das nor- ‘mas trabalhistas e previdencisrias”.'* ‘Atentando para estas particularidades, tendo em vista que o'segurado especial; em razio de nao contribuir diretamente para a seguridade social (§ 8° do art. 195 da CF/88), possui distingdes quanto aos beneficios que pode pereeber e também quanto ao valor das prestagbes. Entretanto, caso resolva contribuir como os demais segurados, fara jus &s mesmas presta- ‘ges, sendo o valor dos beneficios calculados em conformidade com os mesmos critérios (art. 39 da Lei n° 8.213/91). Podem-se apontar, ainda, discriminagSes positivas realizadas em favor dos trabalhadores rarais, tais como: a) os trabalhadores rurais desfrutam de uma reducio de cinco anos para 6 deferimento da aposentadoria por idade (§ 1° do art. 48 da LBPS); b) 0 aproveitamento do tempo rural laborado até o advento dos Planos de Beneficio e de Custeio, sem 0 recolhimento de contribuigdes, para todos os efeitos, exceto para caréncia (§ 2° do art. 55 da LBPS). é U CARDONE, Marly A, Previdéncia,assattncia, sade: onde trabatho na Constiniga de 1988, Sto Paulo: LTr, 1990, p. 30 4 Obra citsda, p30 aproveitamento dc considerando a norma do mento das contribuigdes, esta tltima situagao confi afetas & contagem reciproc sido muito comum a reali miticas das disposigdes dz do Supremo Tribunal Fed tages urbanas computand de Beneficio e de Custeio uniformizagao e equivale| banas e rurais ~ ¢ fixado ¢ artigo 145 da Lei n? 8.213 4, Seletividade ¢ dis O principio da seleti colha das prestagbes prev] ias sociais que serao coh suas possibilidades finand ser atendida. Como exen salério-famflia e 0 auxfti cional n° 20/98, sio pag baixa renda. ‘A seu turno, o princi dades mais prementes qu plificativamente, nao sen beneficidrios no mesmo ¢ minimo deve receber ant relagdo aos servigos, reler 195 2" 0 tempo ée servigo do seg Lj, seed computado independente teeta para efeita de carén'a, con 20“APOSENTADORIA ~ TEMPO reciprocidade prevista 0 $7 oat fa administragdo pablica € ma ty abrangéncia nesta ultima. A seguir bem come a slcanear a uaiformizn ce eareie resulta doteor do artigo 19 § 5%. 89, os dols primeis do co Tansitéras, A apotentadora a at 6 devida a partr'de $ de abil de} 1991, ena Lal n° 8212/91. noquel da Consolidagzo das Les da Previc [RE a" 148510-8, STF, Rel. Min M Daniel Machado da Rocka 34 José Paulo Baliazar Junior COMENTARIOS & Let de Beneficios da Previdene Art. 22 O aproveitamento do tempo de servigo rural dentro do regime gersl, considerando a norma do § 2° do artigo 55,"? a qual dispensava o recolhi_ mento das contribuigdes, bem como nos demais regimes previdenciérios — esta Gltima situagao configurando uma hipstese de aplicagdo das normas afetas & contagem reciproca— nao é uma questio singela, Infelizmente, tem sido muito comum a realizagio de interpretagdes fragmentirias ¢ assiste~ méticas das disposigdes da Lei n° 8.213/91 em ambas as situages, Na visio Go Supremo Tribunal Federal,'o termo inicial para o deferimento de pres. {ages urbanas computando-se o tempo rural anterior a vigéncia dos Planos de Beneficio ¢ de Custeio ~ em atendimento ao preceito constitucional da tniformizagio e equivalEncia dos beneficios e servigos as populagdes ur- bangs ¢ rurais ~ é fixado em 05 de abril de 1991, em conformidade com o artigo 145 da Lei n° 8.213/91.20 4, Seletividade e distributividade 0 principio da scletividade consagra um critério distintivo para a es- colha das prestagées previdencisrias disponibilizadas (quais as contingén- cias sociais que serao cobertas pelo sistema de protegdio social em face de suas possibilidades financeiras),e também para a definigio da clientela ‘a set atendida, Como exemplos de apticacao deste principio, citem-se 0 saldtio-famflia ¢ 0 auxilio-reclusdo que, por forga da Emenda Constitu- ional n° 20/98, sao pagos apenas aos segurados considerados como de baixa renda, A seu turno, o principio da distributividade colima eloger as necessi- dades mais prementes que deverdo ser satisfeitas prioritariamente. Exem. plificativamente, niio sendo possivel Autarquia Ancilar pagar a todos os beneficidrios no mesmo dia, quem recebe prestagdes pecuniérias de valor minimo deve receber antes de queni recebe 0 teto dos beneficios. Com relagio aos servigos, relembra Wladimir Martinez que estes dois principios T8222 temo de servigo do segura trabalhedor tur, sattior data de inicio de vigenca desta ‘Lei, serd computa independentemente do recolhimenta das coneibuighes n le conte neces "elo par efsito de carénia,conforme depuser 0 Reulement A CMOSENTADORIA - TEMPO DE SERVICO RURAL E URRANA — SOMATORIO, A reg da ‘Gripe previa no §2°do artigo 22 da Consitigho Feel ¢estita ao tempo de conieagea 28 séminlsrag20 pabtica ¢ na atividade privada, A referéncia As especies rutal urbana ialorme abrongéncia nesta Ulima. A Seguridade social comm a univeraliGade de bem como a atcunear a uniformizagso e equ 4 devia a paris de 5 de abil de 1991, isto or forga do dsposte no artigo 148 dy bere Stare |90-e ra Leia" 8.21291, noque implicarama mouileagho, etitamente legal do quote decerriee, Sx Conolidacto dat Leis da Prevideacia Socal ~ Decteton* 89.312 de 23 de Janene de 1980 (TS, Ent MB510-8, STF, Kel. Min Marco Aurého. 2°. DIU 0s 8.05% comswtAmios A Lei de Beneficics da Previdéncia Sociat 35 Art, 20 nao seriam aplicdveis, pois estes normalmente sio pertinentes a assisténcia médica?! Quando o principio da distributividade ¢ vislumbrado sob o aspecto da seguridade social, entio inclusive permitiré que determinadas prestacbes no sejam alcangadas a quem nao tiver necessidade. $. Correeio Monetéria dos Salirios-de-Contribuigio Tendo em vista que o médulo bésico, salrio-de-beneficio, € composto pela média dos salérios-de-contribuigao em um determinado perfodo, a aplicagao deste prinefpio tem por objetivo possibilitar a concessao de um beneficio tanto quanto possfvel, ¢ respeitado um limite maximo — prdximo da renda que era auferida pelo segurado. Nao olvidando dos efeitos do processo inflacionario, que tantas mazelas ja imps & sociedade brasileira, a.correciio monetéria dos saldrios-de-contribuigdo constitui um mecanismo de defesa da futura renda do seguradg. Sobre o proceso de determinac‘io dos beneficios de prestagao conti nuada, consultem-se os comentarios pertinentes aos arts. 28 ¢ seguintes. 6. Irredutibilidade do valor dos beneficios € preservacio do valor real Com o prinespio da itredutibilidade, busca-se impedir a diminuigao dos valores nominais das prestagdes previdencidrias. Uma vez definido 0 valor devido a titulo de prestagdo previdenciéria, este nfo pode ser reduzido nominalmente, salvo se houver erto na sua concessio. O caréter alimentar da prestagdo impede que o beneficio seja penhorado, arrestado ou seqiies~ trado, nos termos do art. 114 da LBPS. Sobre os descontos que os beneficios podem sofrer, vide os comentitios ao art. 115. Outro aspecto de relevancia notével para a manutengao do valor real destas prestagGes, cujo pagamento em geral é feito de forma continuada, é o sistema de reajustamento, destinado a nao permitir que a inflagio avilte © poder aquisitivo dos aposentados ¢ pensionistas (embora existam inter- mindveis discusses, em todos os periodos, sobre a adequagiio ou nao dos dices escolhidos pelo legistador ordinario na tentativa de tornar efetivo 0 preceito constitucional), Relembre-se que, em passado recente, uma das formas mais empregadas na tentativa de equilibrar as contas do Governo Federal consistia em ndo repor integralmente a defasagem verificada nos beneficios previdenciérios. Neste ponto, foi elogidvel o trabalho do legislador constituinte no § 2° do art. 201 da Carta Republicana, na sua redagdo original (atual § 4° do art. 201), ao dizer que: “E assegurado o reajustamento dos beneticios para pre- 3 MARTINEZ, Wiedimir. Comenttrios a Lei Bésica da Prevdenci Social, 3° ed, Tomo I, p18, servar-lhes, em cardter dos em lei”. A respeito da cone a desejar, consultem-se 7. Valor minimo Positivou-se no § atualmente mantido no beneficios previdencidr que é considerado pelo | as necessidades vitais ¢ nimo, consoante preset Luiz Cléudio Fiore cipio do,Valor Minimo’ rages: “Evidentemente obrigagdo de prover 0 com o-mfnimo indispen pobreza, a construgio d mente que terminamos bem valores to fnfimo mas no sentido da excl Mais adiante, reco mente, pagavam-se a tit aquilo que se entendia ¢ Embora a concent do mundo, frequenteme me geral é apontada co ptiblicas e nao foram po constitucional. 8. Previdéncia co! Como é comum ne blico universal e obriga déncia complementar~ facultativa, tendo come renda superior ao limitg Na sua redagao ori fio de um seguro comp! por ingressar em uma 4 2 Ver comentéti 30 ar © Oba citada, p41 ‘Daniel Machado da Rocha 36 José Paulo Baltazar Junior comenranios A Leide Beneficios da Previd®) Art, 20 servar-lhes, em carster permanente, o valor real, conforme critérios defini- dos em lei”? A respeito da coneretizagao efetivada pelo legislador, que deixa muito adesejar, consultem-se nossos comentarios ao artigo 41. 7. Valor minimo dos beneficios Positivou-se no § 5° do art. 201 do Texto Constitucional original, awalmente mantido no § 2° deste artigo, a imposigao de no serem pagos beneficios previdenciarios substitativos de valores inferiores a um patamar que € considerado pelo legislador constituinte como suficiente para atender ’s necessidades vitais de uma familia. Este limite € 0 valor do salério mi imo, consoante prescreve o inciso IV do art. 7° de nossa Carta Politica, Luiz Cléudio Flores da Cunha disserta sobre 0 tema, dentro do “Prin- cipio do, Valor Miniino”, valendo a pena transcrever as seguintes conside- rages: “Evidentemente que o Estado brasileiro tem fracassado nessa sua cbrigago de prover o trabalhador e o beneficirio da previdéncia social com omminimo indispensdvel a sua dignidade, 2 erradicagio da fome da pobreza, & construgdo de uma sociedade livre, justa ¢ solidéria, ¢ evidente- nente que terminamos incentivando a marginaliza¢io daqueles que rece- bem valores tio fnfimos, no no sentido criminal, é bom que se saliente, mas no sentido da exclusio social mesmo”.”* Mais adiante, reconhece, porém o avango na medida em que, anterior- mente, pagavam-se a titulo de beneffcios previdencidrios valores inferiores aquilo que se entendia como 0 mfnimo necessétio. Embora a concentragdo de renda no Brasil esteja entre as mais injustas, domundo, freqilentemente esta pequena garantia dos beneficidrios do regi- ie geral & apontada como fator de pressio e de desequilfbrio das contas pidlicss e no foram poucos os que ja defenderam a sua supressio do texto constitucional 8. Previdéncia complementar facultativa Como é comum na maior parte dos pafses, a0 lado de um regime pi- blico universal ¢ obtigatério, permite-se a existéncia de regimes de previ- déncia complementar — que podem ser ptiblicos ou privados—e de natureza facultativa, tendo como destinatérios aqueles que possuem um nivel de _ttnda superior ao limite-teto pago aos beneficios do regime compulsério. Na sua redacao original, a CF, no § 7° do artigo 201, previa a institui- «lo de um seguro complementar piiblico, o que recebeu criticas da doutrina por ingressar em uma drea que deveria set reservada para a iniciativa pri- 2 Vereomentiro go art 41 Oba cit p41 side Benficos da Previdéncia Social Art 2 vada. Entretanto, com o advento da EC n° 20/98, a regra foi revogada. A partir do advento da EC n? 41, cujo objetivo maior era a introdugio do sistema dos trés pilares, ficou autorizada a implementagdo da previdéncia complementar para os servidores ptiblicos que ingressarem apés a institui- ‘edo dos regimes complementares mediante lei ordinéria (8§ 14 a 16 do art. 40 da CF). Embora nao se duvide que o Poder Executivo tente consolidar um modelo compulsério de previdéncia complementar, entendemos que para 1s servidores piiblicos a previdéncia complementar institufda também deve ser facultativa, nos termos do previsto no caput do artigo 202 da CF/88. A imposigao da obrigatoriedade da previdéncia privada é criticada com pro- priedade por Iidio das Neves, porquanto, em termos de prineipios, a com- plementariedade deveria ser reservada para os regimes facultativos, na ‘medida em que nao seria possivel fundamentar o fato de tornar obrigatério determinado segmento de mercado, 9. Carater democritico e descentralizado da gestiio admi Os trabathadores, como destinatérios da protegdo previdenciéria, tem © direito fundamental de participar da gestio do sistema previdencisrio, com o objetivo de, participando do processo gerencial, poderem influir mais significativamente nas suas decisdes. Os direitos fundamentais, segundo a li¢io de Sarlet, sdo sistematiza- dos em dois grandes grupos: os direitos de defesa ¢ os direitos a prestagdes, distingo cunhada com base no efeito predominante destes direitos.> 0 segundo grupo seria composto pelos direitos A prestagao em sentido amplo (abrangendo os direitos de protegao e os direitos & participaco na orgat zaco € procedimento) e o dos direitos & prestacdio em sentido estrito (di- Teitos materiais sociais), ‘Naquilo que nos interessa mais de perto, os direitos & participagao na organizagdo ¢ procedimento, estiio abrangidas medidas estatais destinadas Acriagdo de estruturas organizacionais e emissdo de normas procedimentais A BALERA, Wagner. A Seguridade Socal na Constituigdo, p. 108 25-4 14 A Unigo, os Estados. 0 Distrito Federal ¢ 0§ Municipios, desde que tostituam regime de previdenci complemmenta para 0 seus cespectivesservideres itunes de cargo efetvo, perio fixe, pa o valor das aposentadorias e peasdes a serem eoncecidas pelo regime de que tata est artigo, © te maxim estabelecivo para os boelfclos do regime geal de prevideneia social de que tata oe 20. $15. O regime de previdénca complementar de que wats 0 § 14 ser institu por lei de iniiativa do fespective Poder Execntiva,observado 0 disposto no ur. 202 e seus parégrafos, no quc couber, por Intermédio de entidades fechadae de previdencia complementr, de aatureas pblica, que ofereceo te respectivorparicipentet panos de beneicios somente na modalidade de contibuiga0 defini. FIG Somente mediante sua préviae express opeHo.o daposto nos §§ L4-e 15 pode se aplicado to servidor que iver ingrestado no scvigo publica aig data da pubieagao do ato de IntgSo do omespondente rime ce prevideacia complement.” 26SARLET, Ingo. A fledla des dirlosfundamentas.p. WL © ‘ou a possibilidade dos it ras jd existentes, desde ¢ protegao jusfundamenta sim, nem toda a problen zat6ria poderia ser re imtermédio dos direitos converte em um direito individuo, confrontada ¢ ‘menos, ser considerada. © 0 procedimento, de m fundamentais, muitas ve tivagdo, Nessa linhagen aproximando os cidadac quais seus direitos sto d mente, hi previsdo no ar assegurada a participag dos érgaos piblicos em« sejam objeto de discuss: Na seara dos direit além da previsdo genéri tada no pardgrafo Unico radores da organizagio caréter demoeritico e d quadripartite, com parti aposentados ¢ do Gover Porém, os rumos € tes sd definidos pelo F metidas ao crivo do Cx poderé acatar sugestdes io a Luiz. Claudio qua 27m geral, a questo da oxganiz ‘bjetivedo iegisadar,cartada A ddesenvotveu importantes indicat ‘Go Estados eminsdo de ats que! ‘ireito fundamental rateial poc fides procedimeniae fos in Como exemplo, considerese 0 io possibiiasse a realizagio d tovia um direito subjetivo perame fe permitisee# realzogio de ©! abstrate.o resto cepende do di Funaamonsales, 459 4467.) 2% KIRCHHOF, Paul. La juris Antonie Loper! La Gavan Ci Rakin 256 2 Redo dada pela Bmends © Daniel Machado da Rocka 38 José Paulo Baltazar Junior COMENTARIOS A Lele Beneficiox da Previde Art 2 ova possibilidade dos individuos de atuarem nos procedimentos e estrutu- ras jd existentes, desde que essa participagao possibilite uma influéncia na protegdo jusfundamental no processo de formagao da vontade estatal.?” As- sim, nem toda a problemética relativa & dimensdo procedimental e organi- ratéria poderia ser reconduzida A exigéncia de agdes_ positives. Por intermédio dos direitos de participacdo, defende Kirchhof, a liberdade se converte em um direito para a igualdade, uma vez que a expectativa do individuo, confrontada com as diversas exigéncias dos demais, deverd, a0 ‘menos, ser considerada.*# A idéia a ser retida aqui € ade que a organizacio 20 procedimento, de maneira geral, encontram-se a servigo dos direitos fundamentais, muitas vezes sendo condigdes indispensdveis para a sua efe- tivagdo, Nessa linhagem de direitos, busca-se uma maior democratizecao, aproximando os cidadiios das organizages ¢ dos processos de decisio dos quais seus direitos sto dependentes. Quanto aos direitos sociais, generica- mente, hd previsdo no artigo 10 de nossa Lei Fundamental assim fixada: assegurada a participacdo dos trabalhadores ¢ empregadores nos colegiados éos érgios pablicos em que seus interesses profissionais ou previdencirios sejam objeto de discussio e delibecagao”. Na seara dos direitos & participagao e a organizagio no procedimento, além da previsio genérica ja referida, existe disposigio expressa sedimen- inda no pardgrafo tinico do artigo 194, o qual consigna os objetivos inspi radores da organizagio da seguridade social nos seguintes termos: “WII ~ cariter democratico e descentralizado da administragtio, mediante gestio quadripartite, com participagdo dos trabalhadores, dos empregadores, dos tposentados e do Governo nos érgios colegiados”.2? Porém, os rumos efetivos da Previdéncia Social e suas grandes ques- \Ges sio definidos pelo Poder Executivo, obrigatoriamente devendo ser sub- netidas ao crivo do Congresso Nacional que, na melhor das hipéteses, poder acatar sugestes destes conselhos. Assim, mais uma vez assiste ra- Ho a Luiz Cléudio quando afirma: “Nao hé como negar o grande avango eral, aquestio da organizaeSo cdo procediment uatada mals através do prisma de um dever sbjlvod legsador, contude ALEXY aponta qu aurspradiacia do Teibunal Consitueionalslemo Cestvlveu importatesindieagSes que vabliariam avs iadividaos a poseiblidade de reclamarem, {sEtado wemizelo de aos que formastem conctetos esses dieitos. Nessa ina, advogs que para todo Enis fundamental material poseriam set aduertos diestor procedimental, 8 medida que esas me- fi piecetimentae foseem indipensivels pare 0 exerfcio do direlto fundamental evonecioo, Gino example, considese-se o dirito de voto. Or, sera impossfeel para alguém volar seo Estado bin possibiltase a realizagto das leigdes por um determi precedi mento. Par isso, 0 individuo B ritun dieko subjetivo petanteo Estado que Uevers car, caso e880 nfo exists, um procedimento ‘Ge permis o realizagao de elegis. Artemata asseverando que nfo €poss/vel dlzer nada mais em ‘Brmioo resto depen do dreto que est em jogo. (ALEXY, Robert, Tearia de Loy Derechos Fndowenates,p. 459 3467.) SKIRCHHIOF, Pal. La juriyprudencia Consitacional de Los Derechos Fundamenales. lw: Pina, Anum Lope. La Garaaita Consvetonal de Lot Derechos Fundamentales, Alemania Espaha © Iu, 256 2 Retagio dada pela Emenda Constitucional "20, de 15/1208 lsd Benefletos da Previdéncia Social Art. 38 experimentado em termos de participaggo popular com descentralizagao gerencial, entretanto, talvez perdidos nos meandros da burocracia estatal, dos dificeis acordos politicos necessérios & aprovacio e aplicagiio das po- Iticas piblicas, poucas mudangas foram sentidas pelos destinatarios da Previdéncia Social. Mas em tese foi langada importante semente pura que se alcance uma verdadeira modificagio dos rumos da Previdéncia Social esse pais”.2° Artigo 3° Fica instituido 0 Conselho Nacional de Previdéneia Social - CNPS, 6rgdo superior de deliveracko colegiada, que teré como membros: Incisos e alineas com redagdo dada pala Lei n. 8.619, de 5 de janeiro de 1993) | ~ seis representantes do Governo Federal; li nove representantes da sociedade civil, sendo: a} és representantes dos aposentads # pensionstas »)trés representantes dos trabalhadores em atividade; tres representantes dos empredadores. § 1* Os membros do CNPS e seus respectivos suplentes serdo nomeados pelo Presidente da Repdblica, tendo os representantes titulares da sociedade civil man- dato 08 2 (dois) anos, podendo ser reconduzdos, da imediato, uma tnica vez. § 2s representantes dos trabalhadores am aividade, dos aposentatos, dos em- bregadores e seus respectivos suplentes serdo indicados pelas centrais sindicais @ contederagbes nacionais. {$98 0 CNPS reunir-se-4, ortinariamente, uma vez por més, por convacagSo de seu Presidente, néo podendo ser adiada areuriao por mas de 15 (quinze} dias se howver requerimento nesse sentido da meioria dos conselheitos. § 4° Podera ser convocada reunio extraordinéria por seu Presidente ou a requer- mento de um tergo de seus membros, conforme dispuser o regimento interno do ones, § 5° (Revogado pela Lei n. 9.528, de 10 de dezembro de 1897) * Redacdo anterior. § 5° As decisdes do Consalo serdotomadas com a presenga de, no minima, 6 (seis) da seus membros. § 6 As auséncias ao trabalho dos representantes dos tabalhadores em alvidade, ecorrentes das alvidades do Conselno, seréo abonadas, computando-se como jomada efetivamente trabalhada para todos os fins ¢ efeitos legals. $72 Aos membros do GNPS, enquanto renresentantes dos trabalhadores em atvidade, tiulares e suplntes, ¢ assequrada aestabildade no emprogo, da nomeacéoatéum ano p65 0 término do mandato de representago, somente podendo ser demlidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada através de processo judicial. 50 Obra cits, p38. § 8° Competra a0 Mini CNPS os meios necess com uma Secretaria Ex § 9° O CNPS deverd st desta Le. 1 RedagSo orignal: Art 3 Fea nstuldo 0 de delberapdo colgiaa 14 (quar) represent 7 (sete) representa: 4) 2 (dois) representant 1) 2 (dole representant 6) 3 (rds) represontant § 140s membros do CP ‘a Reps, tendo0s ‘podendo ser reconduak § 240s representantes es 6 seus respectves nacionais. §.3° O CNPS reunirse- ‘ent, do podendo se, ‘mento nassesentigo dé § 4° Poderd serconvec, um tego de seus mem § 5° As densces doco seus membres. § 8 As ausincias 201) ‘entes das avidades d ‘mente trabatnede para § 7 os membros do ‘lars e supenes, 8 apés 0 tino oman de fata grave, regular § 8° Competié ao Mini moos necessérios 20€ taria-Bxecutva do Con § 9° O CNPS deverds Tei. 1, Conselho Nacic O dispositivo regu Nacional de Previdéncie constitucional da gestac vi). Nos termos do art. que veiculou seu Regim pelo inciso IX do art. 4 Social —CNPS, vinculac Daniel Machado da Rocka 40 José Paulo Baltazar Junior ComentARios A Lei de Beneficios da Previde Art § 8° Competiré ao Ministério do Trabalho e da Previdéncia Social proporcionar 20, GNPS os meios necessérios 20 exericio de suas competéncias, para o que contara com uma Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Previdéncia Social. | § 9° O CNPS devera se instalar no prazo de 30 (tint) dias @ contar da publicagéo i esta Lei. | + Redagéo origina: ‘Ar & Fie instvdo 0 Consetho Nacional de Prevaéncia Social (CNPS), érgéo superior de delberagaocolegada, que teré como membros: 1 4 (quatro epresenantes do Govern Federal 11-7 (Seta) representantes da sociedad cil, send 4) 2(Cois) representantes dos aposentadts e pensions; 1) 2 (cos) representantes dos rabelnadores erm atvidedes; ) 9 és) representanes des emoregadores. 4180s membres do GNPS e seus respects supentes serdo romeados pelo Presidonta {te Republica, tendo as represertanestlares da socledade cl mandato de 2 (00) ares, odendo ser reconduzides, de media, uma dnia vez. 28s ropresenlantes dos rabalhadores om aida, dos aposentados, dos empregado- 15 @ sous respectivs suplentes sero indlcados pelas centras sndcals e confederagses nacionas, §.3° CNPS reuni-se-,ortinariamerto, ume vez por més, por convocaco de seu Pres dont, nio podendo ser adiada a reunio por mais de 15 (quinze) das se howverrequer- ‘mento nesse santo de mains dos conseheros. § 4" Podord ser convocada reunio extraortindria por seu Presidente cu a requerimento de Um fergo de seus memos, conforme dispusero regento interno do CNPS. § 5 As decisces do conselno serdo tomadas com a presanga de, no minimo, 6 (Ses) de seus membres. § 6 As auséncias ao trabalho dos representantes dos trabalhadores em atvicade, decor- ‘enles das atvidades do conselho, sero abonades, computando-se como jrnada efetiva- ‘monte trabathada para todos os fs eefeos legals §§ 7" Aos membros do CNPS, enquanto represeniates dos trabalhadores em ativdece, | i ‘Mulares e suplentes, 6 assegurada a estabiidade no emprego, ca nomeacdo até um and ‘aps 0 término do mandato de representar4o, somente podendo ser demitdos por motivo e fata grave, regularmente comprovaca através de provesso judicial {§8 Compeiia ao Minisirio do Trabalho e da Previdéncia Socal proporcionar ao ONPS 05 ‘meios necessarias ao exerccio de suas competéncias, para o que contard com uma Secre- (aria-Exocutva do Consetho Nacional de Previdéncia Social. § 9° O CNPS dovord se instalr no prazo de 30 (tints) das a contar da pubicagdo desta Ie 1, Conselho Nacional de Previdéncia Social 0 dispositivo regula, em linhas gereis, o funcionamento do Conselho Nacional de Previdéncia Social, 6rga0 colegiado que concretiza o prine{pio constitucional da gestio quadripartite da seguridade social (CF, art. 194, | VID. j ‘Nos termos do art. 1° de sua Resolugao n° 4, de 25 de marco de 1993, que veiculou seu Regimento Interno, acordo com a competéncia conferida pelo inciso IX do art. 4° da LBPS: “O Conselho Nacional de Previdéncia ' Social - CNPS, vinculado ao Ministério da Previdéncia e Assisténcia Social Lelde Bencfcios da Previdéncia Social 41

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