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FUNÇÕES DA LINGUAGEM

No ato de comunicação percebemos a existência de alguns


elementos, são eles:
a) emissor: é aquele que envia a mensagem (pode ser uma única
pessoa ou um grupo de pessoas).

b) mensagem - é o conteúdo (assunto) das informações que ora


são transmitidas.

c) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um


indivíduo ou um grupo), também conhecido como destinatário.

d) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é


transmitida.

e) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação


desses signos utilizado para elaborar a mensagem: o emissor
codifica aquilo que o receptor irá descodificar.
f) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.

Partindo desses seis elementos Roman Jakobson, lingüista russo,


elaborou estudos acerca das funções da linguagem, os quais são
muito úteis para a análise e produção de textos. As seis funções
são:

Função referencial ou denotativa: transmite uma informação


objetiva, expõe dados da realidade de modo objetivo, não faz
comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-se na
terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite
impessoalidade. A linguagem é denotativa, ou seja, não há
possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como:
científicos, jornalísticos, técnicos, didáticos ou em correspondências
comerciais.

Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de


deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.

Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir


suas emoções e anseios. A realidade é transmitida sob o ponto de
vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no emitente e,
portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de
exclamação, interrogação e reticências) é uma característica da
função emotiva, pois transmite a subjetividade da mensagem e
reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou
narrativas de teor dramático ou romântico.

Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem


atrás do bigode é sério, simples e forte./Quase não conversa./Tem
poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do bigode.”
(Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)

Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar,


convencer o receptor de alguma coisa por meio de uma ordem (uso
de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da função).
Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou
conjugados na 2ª ou 3ª pessoa (Você não pode perder! Ele vai
melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito comum
em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.

Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!

Função metalingüística: Essa função refere-se à metalinguagem,


que é quando o emissor explica um código usando o próprio código.
Quando um poema fala da própria ação de se fazer um poema, por
exemplo. Veja:

“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu
poema.
Recorte o artigo.”

Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta”


utiliza o código (poema) para explicar o próprio ato de fazer um
poema.

Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação


com o emissor, um contato para verificar se a mensagem está
sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso
receptor “Está entendendo?”, estamos utilizando este tipo de função
ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.

Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus


sentimentos através de textos que podem ser enfatizados por meio
das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de elaborar
novas possibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É
presente em textos literários, publicitários e em letras de música.

Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0

Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes


faz uma combinação de palavras que passa a idéia do dia-a-dia de
um banqueiro, de acordo com o poeta.
Atenas e Esparta
Atenas

A vida civil de Atenas foi muito diferente do viver militar dos


espartanos.

Atenas era uma cidade jônica, situada na pequena península da


Ática. Desde os tempos dos antigos, seus habitantes se
entregavam a navegação marítima e, em contato com outros povos
de civilizações adiantadas aprenderam e desenvolveram os
elementos de uma vida espiritual e materialmente superior.

As tradições davam a cidade como fundada por Cécrope, colono


egípcio. Um dos seus monarcas lendários teria sido o herói Teseu.
O último desta fase foi Codro que sacrificou a própria vida para
salvar o país da invasão dos dórios. A fim de honrar-lhes a
memória, os atenienses aboliram a realeza, declararam que
ninguém possuía dignidade bastante para substituir um rei com
aquelas qualidades.

Acrópole de Atenas - Vista aérea -

A organização social de Atenas

A população de Atenas dividia-se em três classes: cidadãos,


metecos e escravos.
A cidadania era um privilégio que se adquiria pelo nascimento.
Somente filhos de pai e mãe atenienses se reservava o direito de
serem cidadãos. Os estrangeiros e seus descendentes,
domiciliados em Atenas, formavam a classe dos metecos,
excluídos, como os escravos, da vida política. Diz-se em resumo,
que em Atenas, todos os cidadãos tinham direitos políticos, mas
nem todos habitantes eram cidadãos.

A organização política de Atenas

Tal como nas demais cidades da Hélade, havia em Atenas a classe


dos aristocratas, os eupátridas (bem nascidos), como ali eram
chamados. Estes após a morte de Codro, elegeram um magistrado
vitalício, com o título de Arconde, responsável pelo governo, mas
despojado das prerrogativas reais. Mas tarde, tornaram aquele
cargo temporário, limitando-o a dez anos de mandato. Por fim, o
Arcontado foi anual e passou a ser exercido por nove arcondes, um
dos quais chamado arconde-rei, encarregado das funções
religiosas.

Ao lado do Arcontado, com poderes administrativos militares e


religiosos, funcionava o Aerópago, assembléia ou conselho formado
pelos ex-arcondes, com poderes judiciários e também políticos.

As primeiras leis escritas

O governo dos nobres era opressor e indiferente à sorte do povo.


Com o tempo, formou-se uma nova classe social: a dos
comerciantes e de indústrias que desejavam participar dos atos de
governo. Uniram-se, por isso, aos demais e deram começo a uma
série de lutas, visando a melhores condições de vida de toda a
população. No século VII a.C., surgiram as primeiras leis escritas,
atribuídas a Drácon e que se tornaram famosas pela severidade e
rigor. Era um passo à frente na conquista dos direitos humanos,
embora a maior parte das coisas se mantivessem praticamente no
mesmo estado anterior.

Sólon

Em 594 a.C., os atenienses elegeram para o Arcontado um dos


"sete sábios da Grécia", Sólon, homem de grande inteligência, que
realizou importante reforma no sentido democrático, inspirado no
desejo de favorecer os direitos do povo. Começo por libertar os
devedores reduzidos à escravidão, suprimindo o cativeiro por
dívidas; garantiu a liberdade individual; estabeleceu um imposto
progressivo sobre os rendimentos, para o que dividiu os cidadãos
em quatro categorias, repartindo entre estas os cargos e os direitos
em forma proporcional e eqüitativa.

Os poderes do governo foram divididos em quatro corpos políticos:


o Arcontado, o Bulé, a Eclésia e o Aerópago.

Para o primeiro, só podiam ser eleitos os cidadãos da primeira


classe, isto é, os mais ricos; o Bulé era um conselho de 400
cidadãos, eleitos entre os membros das primeiras três classes, a
Eclésia, ou assembléia do povo, pertenciam vinte mil cidadãos,
incluindo-se os que nada possuíam. O Aerópago manteve a
estrutura anterior.

Pisístrato

As reformas de Sólon originaram descontentamento: os eupatridas


se viram prejudicados e o povo achou que devia ter mais direito.
Das lutas aproveitou Pisístrato, jovem endinheirado que, apoiado no
partido popular, apoderou-se do governo.

Deu-se o qualificativo de tirano, que, como sabemos, designava os


que se elevavam ao poder por meios irregulares.

Pisístrato administrou com justiça e acerto, respeitando as leis de


Sólon e procurando melhorar as condições dos menos favorecidos.
A ele se atribui a iniciativa de determinar a compilação das obras de
Homero. Quando morreu, sucederam-lhe os filhos Hiparco e Hípias:
aquele foi morto numa conjuração e este foi obrigado a fugir, por
força de uma sublevação de nobres atenienses (510 a.C.).

A democracia ateniense

O governo de Atenas coube, depois de algumas lutas, a Clístenes,


homem de origem aristocrática, mas de tendências populares.
Nomeado arconde realizou reformas políticas de grande
importância, aboliu a divisão de classes e permitiu que todos os
domiciliados em Atenas fossem considerados cidadãos. Depois
dividiram politicamente o território dez tribos com direitos iguais e
deu à Eclésia maior qualidade de poderes.

Para evitar influências de indivíduos que pudessem atentar contra a


liberdade instituiu o ostracionismo, votação realizada pela Eclésia,
que tinha por fim exilar, pelo prazo de dez anos, os que visem a
incidir naquela suspeição.

A partir de 503 a.C., data em que tivessem aplicação as reformas


de Clístenes, o Estado ateniense passou a ser uma democracia,
embora estivesse longe se assemelhar-se as democracias de nosso
tempo (havia ainda muita desigualdade, mais do que a existente
hoje).

Esparta

No sudoeste do Peloponeso estende-se um vale por onde rola suas


águas o antigo rio Eurotas. A região, que é quase toda cercada de
montanhas chamou-se noutros tempos, de Lacônia. Inicialmente foi
habitada pelos pelasgos, depois foi invadida pelos aqueus e, por
fim, conquistada pelos dórios.

Esses últimos fixaram o centro de sua atividade na cidade de


Esparta.

A hostilidade dos aqueus, vencidos, mas não conformados, a


influência do solo áspero, do clima e da própria situação geográfica,
tornaram os espartanos, no decorrer dos séculos um povo
guerreiro.

Tr6es motivos principais levaram os espartanos a guerras de


conquista:

1- A preocupação de abater qualquer outro Estado que, por seu


poderio, constituísse ameaça ao país;

2- A necessidade de outras terras para a população crescente;

3- O desejo de aumentar o poderio militar que lhes era próprio,


absorvendo novas tropas auxiliares ou aliadas.

A organização social espartana

A organização política e social de Esparta é atribuída a Licurgo,


personagem lendária, que teria vivido no século IX a.C.

A população se compunha de três classes sociais: espaciatas,


periecos e ilotas.
Os espaciatas também chamados espartanos eram descendentes
dos antigos dórios e formavam a classe dos iguais, espécie de
aristrocacia dominante. Os periecos integravam a classe formada
pelos antigos aqueus que não foram despojados de suas pequenas
propriedades; não tinham direitos políticos, mas gozavam de
completa liberdade social e econômica. Os ilotas eram também
aqueus, pertencentes, porém, aquela grande maioria que fora
privada de seus haveres e reduzida a condições de trabalho
humilde.

A organização política de Esparta

Esparta era governada por dois reis ao mesmo tempo. Era época
de guerra, somente um deles marchava para o combate.

O poder dos monarcas sofria, porém, limitações impostas pelos


seguintes outros órgãos de governo:

I - A Gerúsia, câmara formada de cidadãos maiores de 60 anos,


que redigia as leis a serem por todos obedecidas;

II - A Ápela, assembléia em que tomavam parte os maiores de 30


anos, com poderes para aceitar ou rejeitar as propostas da Gerúsia;

III - Os Éforos, conselheiros ou magistrados, em números de cinco,


eleitos por um ano e com atribuições de convocarem as duas
câmaras, de darem ordem a militares, de administrar justiça e de
vigiar a vida particular dos adultos.

A educação espartana

A educação dos espartanos visava a fazer de cada indivíduo um


soldado. O recém-nascido que apresentasse defeito para a vida
militar era morto por ordem do Estado. Quando os meninos
alcançavam os setes anos de idade, tornavam-se recrutas e
passavam a fazer parte de uma pequena tropa que, sob as ordens
de um monitor, praticavam diariamente exercícios atléticos e
ginásticas. Aos vinte anos, o jovem ingressava no exército, aos
trinta, podia casar-se e participar da Ápela. A vida militar só findava
quando o homem espartano chegava aos 60 anos de idade. Todos,
mesmo os monarcas, antes dessa idade, eram obrigados a tomar
parte nos exércitos militares, que, periodicamente, se levavam a
efeito em tempos de paz.
A cultura intelectual foi quase nula em Esparta limitando-se ao
ensino de poesias sagradas, a cantos de guerra e a uma eloqüência
particular que devia expressar muitas coisas em poucas palavras.
Chama-se lacônica a linguagem breve, concisa, sentenciosas, igual
a que e falava na Lacônia.

As conquistas espartanas

Esparta manteve um exército adestrado de 30 mil homens de


infantaria e 500 de cavalaria. Proporcionalmente ao total da
população, o número de soldados era excessivo, podendo se dizer
que a lacônia era um quartel general e o povo espartano um
exército. Vivendo exclusivamente para as glórias da guerra, foram
os espartanos no dizer do historiador Xenofonte: "artistas da arte
militar".

Com esse exército, Esparta dominou várias cidades do Peloponeso


e com aquelas que não pode subjugar formou a famosa aliança que
teve o nome de Liga do Peloponeso. No ano de 490 a.C., o poderio
de Esparta era superior ao de todas a s cidades da Grécia. Esta
fase teve o nome de Hegemonia espartana.

Guerra do Peloponeso

Conflito entre Atenas e Esparta, ocorrido entre 431 e 404 a.C.. Sua
história foi detalhadamente registrada por Tucídides e Xenofonte.
De acordo com Tucídides, a razão fundamental da guerra foi o
crescimento do poder ateniense e o temor que o mesmo despertava
entre os espartanos. A cidade de Corinto foi especialmente atuante,
pressionando Esparta a fim de que esta declarasse guerra contra
Atenas. Esparta invadiu a Ática com seus aliados em 431 a.C., mas
Péricles persuadiu os atenienses a se deslocarem para trás das
'longas muralhas' que ligavam Atenas a seu porto, o Pireu, e a
evitar uma
batalha em terra com o superior exército espartano. Atenas confiava
em sua frota de trirremes para invadir o Peloponeso e proteger seu
império e suas rotas comerciais, mas foi gravemente surpreendida
pela deflagração da peste, em 430 a.C., que matou cerca de um
terço da população, inclusive Péricles. Apesar disso, a frota teve
boa performance e foi estabelecida uma trégua de um ano, em 423
a.C.. A Paz de Nícias foi concluída em 421 a.C., mas Alcibíades
liderou um movimento de oposição a Esparta no Peloponeso; suas
esperanças esvaneceram-se com a vitória de Esparta em
Mantinéia, em 418 a.C..
Ele foi também o principal defensor de uma expedição à Sicília
(415-3 a.C.), que visava derrotar Siracusa e que resultou em
completo desastre para Atenas. A guerra foi formalmente retomada
em 413 a.C.; a fortificação de Decélia, na Ática, pelos espartanos, e
revoltas generalizadas entre seus aliados pressionaram Atenas, que
havia perdido grande parte de sua frota na Sicília e estava falida e
atormentada por convulsões políticas. Apesar disso e graças, em
grande parte, a Alcibíades, a sorte de Atenas ressurgiu, com vitórias
navais em Cinosema (411 a.C.), e Cícico (410 a.C.), e com a
reconquista de Bizâncio (408 a.C.). Houve mais uma vitória em
Arginuse, em 406 a.C.. A partir de então, o apoio financeiro da
Pérsia a Esparta e as habilidades estratégicas e táticas do
espartano Lisandro
alterou a balança. A vitória espartana em Egospótamos e seu
controle do Helesponto subjugaram Atenas, pela fome, até a
rendição, em abril de 404 a.C.. Seguiu-se imediatamente um golpe
oligárquico, apoiado por Esparta, e o reino de terror da 'Tirania dos
Trinta'. A democracia foi restabelecida em 403 a.C.
A URBANIZAÇÃO MUNDIAL

Apesar de o processo de urbanização ter se iniciado com a


Revolução Industrial, foi até meados do século XX um fenômeno
relativamente lendo e circunscrito aos países que primeiro se
industrializaram, os chamados países desenvolvidos. Após a Segunda
Guerra Mundial, esse fenômeno foi concluído nos países desenvolvidos
e iniciado de maneira avassaladora em muitos países
subdesenvolvidos, notadamente na maioria dos países latino-
americanos e em muitos países asiáticos. O continente africano até
hoje é muito pouco urbanizado, ainda que o processo já tenha se
iniciado em alguns países.
Considerando o planeta como um todo, a taxa de urbanização no
início da Revolução Industrial não passava de 2%. Segundo dados do
Relatório do desenvolvimento humano 1995, publicado pela ONU, a
população que vive em cidades atingiu 34% do total em 1960, 44% em
1992 e a previsão para o ano 2000 é de 48 %. Assim, no raiar do século
XXI, a população urbana mundial deverá superar os 50%.
A partir desses dados conclui-se que o processo de urbanização é
um fenômeno muito recente na história do homem. No entanto, deve-se
salientar que tais dados são a média do planeta. Há países com altas
taxas de urbanização e outros ainda essencialmente rurais.

CONCEITO
A urbanização resulta fundamentalmente da transferência de pessoas
do meio rural (campo) para o meio urbano (cidade). Assim, a idéia de
urbanização está intimamente associada à concentração de muitas
pessoas em um espaço restrito (a cidade) e na substituição das
atividades primárias (agropecuária) por atividades secundárias
(indústrias) e terciárias (serviços). Entretanto, por se tratar de um
processo, costuma-se conceituar urbanização como sendo "o aumento
da população urbana em relação à população rural", e nesse sentido só
ocorre urbanização quando o percentual de aumento da população
urbana é superior a da população rural.

O espaço urbano é a área onde a cidade está localizada e a


extensão e tipo de terreno por ela ocupada.

O que é uma cidade?


Os geógrafos definem cidade como “uma concentração de população
num aglomerado de casas ou prédios, com ruas pavimentadas, água
encanada e esgoto, transportes coletivos e coleta de lixo. A cidade
possui fábricas e casas de comércio, serviços em geral e um órgão
administrativo chamado Prefeitura” (prof. Osvaldo Piffer).

Tipos De Cidades

As cidades podem ser classificadas da seguinte forma:


• Quanto ao sítio: sítio urbano refere-se ao local no qual está
superposta a cidade, sendo assim a classificação quanto ao sítio leva
em consideração a questão topográfica. Como exemplo temos: cidades
onde o sítio é uma planície, um planalto, uma montanha, etc.
• Quanto à situação: situação urbana corresponde à posição que
ocupa a cidade em relação aos fatores geográficos. Como exemplo
temos: cidades fluviais, marítimas, entre o litoral e o interior, etc.
• Quanto à função: função corresponde à atividade principal
desenvolvida na cidade. Como exemplo temos: cidades industriais,
comerciais, turísticas, portuárias, etc.
• Quanto à origem: pode ser classificada de duas formas:
planejada e espontânea. Como exemplo temos: Brasília, cidade
planejada e Belém, cidade espontânea.

FATORES QUE CONTRIBUEM COM O ÊXODO RURAL

Existem dois tipos de fatores que contribuem com o êxodo rural,


são eles:
Repulsivos: são aqueles que expulsam o homem do campo, como
a concentração de terras, mecanização da lavoura e a falta de apoio
governamental.
Atrativos: são aqueles que atraem o homem do campo para as
cidades, como a expectativa de emprego, melhores condições de
saúde, educação, etc.
Em países subdesenvolvidos como o Brasil, os fatores repulsivos
costumam predominar sobre os atrativos, fazendo com que milhares de
trabalhadores rurais tenham que deixar o campo em direção das
cidades, o que em geral contribui com o aumento dos problemas
urbanos na medida em que as cidades não tem estrutura suficiente para
receber esses trabalhadores, com isso proliferam-se as favelas,
aumenta a violência, faltam empregos, dentre outros problemas.

DIFERENÇAS NO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO


Existem diferenças fundamentais no processo de urbanização de
países desenvolvidos e subdesenvolvidos, abaixo estão relacionadas
algumas delas:
Desenvolvidos:
• Urbanização mais antiga ligada em geral a primeira e Segunda
revoluções industriais;
• Urbanização mais lenta e num período de tempo mais longo, o
que possibilitou ao espaço urbano se estruturar melhor;
• Formação de uma rede urbana mais densa e interligada.
Subdesenvolvidos:
• Urbanização mais recente, em especial após a 2ª Guerra mundial;
• Urbanização acelerada e direcionada em muitos momentos para
um número reduzido de cidades, o que gerou em alguns países a
chamada “macrocefalia urbana”;
• Existência de uma rede urbana bastante rarefeita e incompleta na
maioria dos países.
Obs. Nas metrópoles dos países desenvolvidos os problemas
urbanos como violência, transito caótico, etc., também estão presentes.

DA METRÓPOLE NACIONAL À CIDADE GLOBAL

O processo de globalização da
economia internacional colocou outros
parâmetros para as grandes metrópoles
mundiais. O aperfeiçoamento dos
transportes, a rapidez das comunicações,
possibilitada pela telefonia móvel, pelo
fax e pela internet, provocaram uma
integração das cidades em níveis muito
mais amplos.
As principais metrópoles, dotadas de
melhor infra-estrutura de serviços,
transportes e comunicações, tornaram-se
centros geográficos privilegiados, de
onde as empresas transnacionais
comandam toda sorte de transações
materiais e virtuais. Ou seja, formaram-se
laços muito estreitos entre as empresas
mais dinâmicas e esses grandes espaços
urbanizados, integrados às redes
mundiais.
Nesse contexto, os novos estudos
sobre a urbanização têm gerado novas
nomenclaturas e classificações,
aperfeiçoando o conhecimento das
cidades brasileiras.
Dessa forma, atualmente, São Paulo
e Rio de Janeiro podem ser
consideradas metrópoles globais; as
áreas metropolitanas de capitais
importantes como Porto Alegre, Brasília,
Salvador ou Curitiba formam as
metrópoles nacionais; e, dentro dessa
nova hierarquia urbana, existem ainda
metrópoles regionais, como Goiânia e
Campinas; centros regionais, como
Manaus e Natal, além de cidades
caracterizadas como centros sub-
regionais (Santarém, no Pará, e
Piracicaba, em São Paulo, por exemplo).
A industrialização tornou os centros
urbanos responsáveis pela maior parte
da produção nacional (estima-se em mais
de 90%). Mesmo as atividades geradas
no ambiente rural, como a agricultura e a
pecuária, dependem fortemente de
produtos, tecnologia, crédito e serviços
fornecidos pelas cidades.
A década de 1990, entretanto, consolidou uma nova tendência de
urbanização no Brasil, que pode ser caracterizada como uma
desmetropolitização. Ou seja, uma reversão no crescimento das
grandes metrópoles, em favor de cidades médias, onde os custos de
produção são menores e as condições de vida tendem a ser melhores.
Indústrias e empresas ligadas ao setor de serviços realizam cada
vez mais a escolha de localizações geográficas alternativas às
saturadas metrópoles do Centro-Sul. Cidades como Campinas, São
Carlos, Ribeirão Preto, Goiânia, Florianópolis, além de diversas capitais
nordestinas estão entrando definitivamente no mapa das empresas
nacionais e estrangeiras.
A expansão da urbanização gerou o aparecimento de várias
modalidades de aglomerações urbanas, além de termos que cada vez
mais fazem parte de nosso cotidiano, abaixo definiremos algumas
dessas modalidades e termos:
Rede urbana: Segundo Moreira e Sene (2002), "a rede urbana é
formada pelo sistema de cidades, no território de cada país, interligadas
umas as outras através dos sistemas de transportes e de
comunicações, pelos quais fluem pessoas, mercadorias, informações,
etc." Nos países desenvolvidos devido a maior complexidade da
economia a rede urbana é mais densa.
Hierarquia urbana: Corresponde a influência que exercem as cidades
maiores sobre as menores. O IBGE identifica no Brasil a seguinte
hierarquia urbana: metrópole nacional, metrópole regional, centro
submetropolitano, capital regional e centros locais.
Conurbação: Corresponde ao encontro ou junção entre duas ou mais
cidades em virtude de seu crescimento horizontal. Em geral esse
processo dá origem a formação de regiões metropolitanas.
Metrópole: Segundo Coelho e Terra
(2001), metrópole seria à cidade principal
ou cidade-mãe, isto é, a cidade que possui
os melhores equipamentos urbanos do
país (metrópole nacional), ou de uma
grande região do país (metrópole
regional)". No Brasil cidades como São
Paulo e Rio de Janeiro são metrópoles
nacionais, e Belém, Manaus, Belo
Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador,
Recife e Fortaleza são metrópoles
regionais.
Região metropolitana: Corresponde ao
conjunto de municípios conurbados a uma
metrópole e que desfrutam de infra-
estrutura e serviços em comum.
Megalópole: Corresponde a conurbação
entre duas ou mais metrópoles ou regiões
metropolitanas. As principais megalópoles
do mundo encontram-se em países
desenvolvidos como é o caso da Boswash,
localizada no nordeste dos EUA, e que tem
como principal cidade Nova Iorque; San
San, localizada na costa oeste dos EUA,
tendo como principal cidade Los Angeles;
Chippits, localizada nos grandes lagos nos
EUA; Tokaido, localizada no Japão; e a
megalópole européia que inclui áreas de
vários países. No Brasil temos a
megalópole Rio-São Paulo, localizada no
sudeste brasileiro, no vale do Paraíba,
incluindo municípios da região
metropolitana das duas grandes cidades, o
elo dessa megalópole é a Via Dutra,
estrada que interliga as duas cidades
principais.
Megacidade: Corresponde ao centro
urbano com mais de dez milhões de
habitantes. Hoje em torno de 21 cidades
do mundo podem ser consideradas
megacidades, dessas 17 estão em países
subdesenvolvidos. No Brasil São Paulo e
Rio de Janeiro estão nessa categoria.
Tecnopólos: Corresponde a uma cidade
tecnológica, ou seja, locais onde se
desenvolvem pesquisas de ponta. Como
exemplo temos o Vale do Silício na costa
oeste dos EUA; Tsukuba, cidade japonesa,
dentre outras. No Brasil, temos alguns
tecnopólos localizados em especial no
estado de São Paulo, como Campinas
(UNICAMP), São Carlos (UFSCAR), e a
própria capital (USP, etc.).
Cidade global: são as cidades que
polarizam o país todo e servem de elo
entre o país e o resto do mundo, possuem
o melhor equipamento urbano do país,
além de concentrarem as sedes das
instituições que controlam as redes
mundiais, como bolsas de valores,
corporações bancárias e industriais,
companhias de comércio exterior,
empresas de serviços financeiros,
agências públicas internacionais. As
cidades mundiais estão mais associadas
ao mercado mundial do que a economia
nacional.
Desmetropolização: Processo recente
associado à diminuição dos fluxos
migratórios em direção das metrópoles.
Esse processo se deve em especial a
chamada desconcentração produtiva, que
faz com que empresas em especial
indústrias, se retirem dos grandes centros
onde os custos de produção são maiores,
e se dirijam para cidades de porte médio e
pequeno, onde é mais barato produzir, em
função de vários fatores como, por
exemplo, os incentivos fiscais. Hoje no
Brasil cidades como Rio de Janeiro ou São
Paulo não são mais aquelas que recebem
os maiores fluxos de migrantes, mas sim
regiões como interior paulista, o sul do
país ou até mesmo o nordeste brasileiro.
Verticalização: Processo de crescimento
urbano que se manifesta através da
proliferação de edifícios. A verticalização
demonstra valorização do solo urbano, ou
seja, quanto mais verticalizado, mais
valorizado.
Especulação imobiliária: Os
especuladores imobiliários são aqueles
proprietários de terrenos baldios no espaço
urbano que deixam estes espaços
desocupados a espera de valorização.
Uma das conseqüências da especulação é
a falta de moradias em locais mais bem
localizados, fazendo com que as
populações de mais baixa renda tenham
que viver em áreas distantes do centro
(crescimento horizontal), ou em favelas.
Condomínios de luxo e favelas: os dois estão aqui juntos, pois são
fruto da segregação social e econômica que se vive nas cidades, sendo
eles o reflexo espacial dessas. Os condomínios são áreas fechadas
muito protegidas e bem estruturadas, onde em geral mora a elite; as
favelas são áreas sem infra-estrutura adequada e com graves
problemas como o tráfico de drogas, onde grande parte da população
está desempregada, e a maioria dela é pobre.

1. As cidades se consolidam com mais ênfase, após a Primeira


Revolução Industrial, originando uma série de fenômenos espaciais.
Sobre este assunto, marque as alternativas verdadeiras.

(01) O campo existiu durante séculos sem a cidade, e as primeiras


cidades dependiam do meio rural.
(02) A intensificação do êxodo rural traz como conseqüência a
urbanização.
(04) A urbanização consiste no crescimento demográfico das cidades,
podendo ser igual ou menor do que o crescimento do campo.
(08) A um sistema hierarquizado de cidades, que vai das cidades
pequenas ou locais até as metrópoles ou cidades gigantescas, dá-se
o nome de rede urbana.
(16) Ocorre um processo de conurbação quando uma cidade cresce de
forma vertical, tanto com construção de altos edifícios, quanto de
galerias e instalações subterrâneas.

Soma ( )

2. A proliferação da violência urbana vem criando um novo modelo de


segregação espacial.

Em relação a essa segregação, pode(m)-se afirmar:

Os condomínios fechados, que oferecem a possibilidade de um novo


estilo de vida, caracterizam-se pelo isolamento e distância da cidade,
instalando-se muitos deles na antiga periferia.
Os condomínios privados tendem a ser ambientes socialmente
homogêneos, sendo, na maioria das vezes, formados por classes média
e alta.
A segregação urbana contemporânea é decorrente da violência urbana,
pois o medo do crime é usado para legitimar medidas de segurança e
vigilância.

Está (ão) correta(s):


(A) apenas I. (B) apenas II e III. (C) apenas II. (D) I, II
e III. (E) apenas I e III.

3. São proposições verdadeiras sobre o fenômeno urbano:

(01) Pólo regional é uma cidade que, no contexto de uma rede urbana,
presta serviços a uma região.
(02) Megalópoles são grandes regiões urbanas constituídas por duas ou
mais metrópoles, com a presença entre elas de cidades médias ou
pequenas, com forte integração econômica.
(04) Metrópoles são cidades que contam com mais de um milhão de
habitantes de origens étnicas variadas.
(08) Cidades comerciais são aquelas em que a maior parte da
população ativa se dedica ao comércio e geralmente se localizam em
portos ou pontos de contato de áreas geográficas diferentes.
(16) Cidade turística é um tipo de área urbana onde mais da metade da
população economicamente ativa se dedica ao apoio à atividade de
lazer.

Soma ( )
4. Considere as seguintes afirmações sobre a urbanização brasileira.

O crescimento exagerado do setor secundário se deve ao tipo de


estruturação do sistema urbano.
Para a classificação dos centros urbanos não são considerados o
número de habitantes e a região onde se localizam.
Nas áreas metropolitanas, principalmente naquelas com população
superior a um milhão de habitantes, verifica-se a intensificação da
metropolização.

Quais estão corretas?


(A) Apenas I (B) Apenas II (C) Apenas III (D) Apenas I e II (E) I, II e III

5. Em 2025, 60 por cento da população mundial estarão nas cidades. É


indispensável questionar radicalmente nossa maneira de pensar a
urbanização, senão será impossível projetar, mesmo de modo
aproximativo, o seu futuro desenvolvimento. (MARTINOTTI, p. 195).

O texto anterior, associado aos conhecimentos sobre urbanização,


permite afirmar:

(01) A cidade constitui uma das maiores alterações da paisagem,


produzida pela ação do homem através da interação dos sistemas
naturais, socioeconômicas e culturais.
(02) A favelização existente em cidades dos países subdesenvolvidos
resulta de problemas socioeconômicos e políticos, relacionados com
a distribuição da renda e da terra.
(04) Os contrastes de crescimento das metrópoles, em países
desenvolvidos e subdesenvolvidos, resultam do grande índice de
mortalidade existente nos primeiros.
(08) O crescimento desigual das cidades do Terceiro Mundo reforça as
disparidades inter-regionais, criando desequilíbrios econômicos e
sociais.
(16) O processo acelerado de urbanização e o avanço científico-
tecnológico têm contribuído para reduzir os problemas ambientais.
(32) O modelo concentrador da urbanização brasileira gerou grandes
cidades e metrópoles, com reflexos na modernização econômica do
país.

Soma ( )
6. Entre os equipamentos urbanos que condicionam a descentralização
das atividades econômicas e contribuem para o processo de
decadência das áreas centrais das grandes cidades estão os:

I - postos de saúde II - shoppings centers III – cemitérios IV -


hipermercados

Quais estão corretos?


(A) Apenas I, II e III (B) Apenas I, II e IV (C) Apenas I e II (D)
Apenas II e IV (E) I, II, III e IV

7. A luta pelo espaço entre o homem e o automóvel, entre os aterros


sanitários e os reservatórios naturais, córregos transformados em
esgotos versus logradouros públicos voltados para o lazer, são desafios
para o planejamento urbano.
Sobre este assunto, é correto afirmar:

(01) Os processos de absorção, difusão e reflexão da energia solar e


significativa concentração de poluentes em áreas de grandes
aglomerados humanos influenciam o clima urbano.
(02) O fenômeno produzido pelas chuvas torrenciais, agravado pela
impermeabilização do solo nas cidades, é a causa principal das
enchentes urbanas.
(04) As inversões térmicas agravam a poluição atmosférica, bloqueando
e dificultando a dispersão dos resíduos e micropartículas.
(08) A impermeabilização pelo processo de edificação e o crescimento
do número de fábricas e automóveis, favoreceu, também, a elevação
das médias de temperaturas locais, gerando "ilhas de calor".
(16) O desequilíbrio climático de uma metrópole em nada influi na
intensidade do calor e das chuvas.
(32) O clima urbano é um fenômeno que depende mais da latitude do
grande centro do que das regiões periféricas.

Soma ( )

8. A análise dos textos I, II e III permite-se afirmar que o conceito de


área metropolitana aparece em:

"Intenso processo de urbanização, envolvendo vários núcleos urbanos,


cada qual com administração autônoma, porém de vida, infinitamente,
vinculada à cidade principal".
"Grandes espaços urbanizados, envolvendo vários núcleos urbanos,
com administração única, vinculada à cidade principal".
"Conjunto de cidades integradas física e funcionalmente em um núcleo
básico, mas em processo de estagnação econômica".

(A) I, II e III. (B) I, II. (C) I, III. (D) II. (E) I.

Membrana plasmática
A membrana celular, também conhecida por plasmalema, é a
estrutura que delimita todas as células vivas, tanto
as procarióticascomo as eucarióticas. Ela estabelece a fronteira
entre o meio intra-celular, o citoplasma, e o meio extracelular, que
pode ser a matrizdos diversos tecidos.
Aparece em eletromicrografias como duas linhas escuras
separadas por uma faixa central clara, com uma espessura de 7 a
10 mm. Esta estrutura trilaminar encontra-se em todas as
membranas encontradas nas células, sendo por isso chamada
de unidade de membrana ou membrana unitária.
A membrana celular não é estanque, mas uma “porta” seletiva que
a célula usa para captar os elementos do meio exterior que lhe
são necessário para o seu metabolismo e para libertar as
substâncias que a célula produz e que devem ser enviadas
para o exterior (sejam elas produtos de excreção, das quais
deve se libertar, ou secreções que a célula utiliza para
várias funções relacionadas com o meio).
Composição Química

Açúcares
Todas as membranas plasmáticas celulares são constituídas
predominantemente por fosfolipídeos e proteínas em proporções
variáveis e uma pequena fração de açúcares, na forma
de oligossacarídeos.
Exteriormente, em muitas células animais, a membrana plasmática
apresenta uma camada rica em glicídeos: o glicocálix ou glicocálice.
Lípídios
Os lipídios presentes nas membranas celulares pertencem
predominantemente ao grupo dos fosfolipídeos.
Estas moléculas são formadas pela união de três grupos de
moléculas menores: um álcool, geralmente o glicerol, duas
moléculas de ácidos graxos e um grupo fosfato, que pode conter ou
não uma segunda molécula de álcool.
A estrutura das membranas deve-se primariamente a essa camada
dupla de fosfolipídios. Esses lipídios são moléculas longas com uma
extremidade hidrofílica (tem afinidade com a água) e a
cadeia hidrofóbica (não tem afinidade com a água). O grupo fosfato
está situado naslâminas externas da estrutura trilaminar. A parte
situada entre as lâminas fosfatadas é composta pelas cadeias
hidrofóbicas.
As membranas animais possuem ainda o colesterol, e as
células vegetais possuem outros esteróis, importantes para o
controle da fluidez das membranas. Em certa temperatura, quanto
maior a concentração de esteróis, menos fluida será a membrana.
As células procariontes, salvo algumas exceções, não possuem
esteróis.
Proteínas
As proteínas são os principais componentes funcionais das
membranas celulares.
A maioria das proteínas da membrana celular está mergulhada na
camada dupla do fosfolipídios, interrompendo sua continuidade, são
asproteínas integrais. Outras, as proteínas periféricas, estão
aderentes às extremidades de proteínas integrais. Algumas
proteínas atuam notransporte de substâncias para dentro ou para
fora da célula. Entre estas, encontram-se glicoproteínas (proteínas
ligadas a carboidratos).
Algumas destas proteínas formam conexões, os fibronexos, entre
o citoplasma e macromoléculas da matriz extracelular.
Os grupos sangüíneos A-B-O, M-N e Rh, bem como fatores HLA,
são antígenos da superfície externa da membrana.

Principais características da membrana celular


A membrana celular é responsável pela manutenção de uma
substancia do meio intracelular, que é diferente do meio
extracelular e pela recepção de nutrientes e sinais químicos do
meio extracelular. Para o funcionamento normal e regular das
células, deve haver a seleção dassubstâncias que entram e o
impedimento da entrada de partículas indesejáveis, ou ainda, a
eliminação das que se encontram no citoplasma. Por ser o
componente celular mais externo e possuir receptores específicos,
a membrana tem a capacidade de reconhecer outras células e
diversos tipos de moléculas, como hormônios.
As membranas celulares possuem mecanismos de adesão, de
vedação do espaço intercelular e de comunicação entre as células.
Osmicrovilos ou microvilosidades são muito freqüentes e aumentam
a superfície celular.
Não confundir a membrana celular com a parede celular (das
células vegetais, por exemplo), que tem uma função principalmente
de proteção mecânica da célula. Devido à membrana citoplasmática
não ser muito forte, as plantas possuem a parede celular, que é
mais resistente.
A membrana celular é uma camada fina e altamente estruturada
de moléculas de lípidos e proteínas, organizadas de forma a manter
opotencial eléctrico da célula e a controlar o que entra e sai da
célula (permeabilidade selectiva da membrana). Sua estrutura só
vagamente pode ser verificada com um microscópio de transmissão
electrônica. Muitas vezes, esta membrana contém proteínas
receptoras de moléculas específicas, os Receptores de membrana,
que servem para regular o comportamento da célula e,
nos organismos multicelulares, a sua organização em tecidos (ou
em colónias).
Por outro lado, a membrana celular não é, nem um corpo rígido,
nem homogêneo – é muitas vezes descrita como
um fluido bidimensional e tem a capacidade de mudar de forma
e invaginar-se para o interior da célula, formando alguns dos
seus organelos.
A matriz fosfolipídica da membrana foi pela primeira vez postulada
em 1825 por Gorter e Grendal; no entanto, só em 1895, Charles
Overton deu força a esta teoria, tendo observado que a membrana
celular apenas deixava passar algumas substâncias, todas
lipossolúveis.

Transporte através das membranas

Mesmo nas membranas não biológicas, como as


de plástico ou celulose, há moléculas que as conseguem
atravessar, em determinadas condições. Dependendo das
propriedades da membrana e das moléculas (ou átomos ou íons)
em presença, o transporte através das membranas classifica-se em:

 Transporte passivo – quando não envolve o consumo


de energia do sistema, sendo utilizada apenas a energia cinética
das moléculas; a movimentação dá-se a favor do gradiente de
concentração (do meio hipertónico para o meio hipotónico).
 Transporte ativo – quando o transporte das moléculas
envolve a utilização de energia pelo sistema; no caso da célula
viva, a energia utilizada é na forma de Adenosina tri-
fosfato (ATP); a movimentação das substâncias dá-se contra o
gradiente de concentração, ou seja, do meio hipotónico para o
hipertónico.

Nota: o transporte pode ainda ser classificado em mediado,


envolve permeases (transporte ativo e difusão facilitada), e não-
mediado (difusão directa).
Transporte passivo
O interior das células – o citoplasma – é basicamente
uma solução aquosa de sais e substâncias orgânicas. O transporte
passivo de substâncias na célula pode ser realizado através
de difusão ou por osmose. A difusão se dá quando
a concentração interna de certa substância é menor que a externa,
e as particulas tendem a entrar na célula. Quando a concentração
interna é maior, as substâncias tendem a sair. A difusão pode ser
auxiliada por enzimas permeases sendo classificada Difusão
facilitada. Quando não há ação de enzimas, é chamada difusão
simples
Quando a concentração externa de substâncias é maior que a
interna, parte do líquido citoplasmático tende a sair fazendo com
que a célula murche - plasmólise. Quando a concentração interna é
maior, o líquido do meio externo tende a entrar na célula, dilatando-
a - Turgência, entretanto existe ainda a situação em que a célula
murcha e depois por motivos externos volta a obter sua quantidade
normal de água,então esse fato é chamado de Deplasmolise, ou
seja, uma plasmolise inversa. Neste caso, se a diferença de
concentração for muito grande, pode acontecer que a célula
estoure. As células que possuem vacúolos são mais resistentes à
diferença de concentração, pois estas organelas, além de outras
funções, agem retendo líquido.
Transporte ativo
O transporte ativo através da membrana celular é primariamente
realizado pelas enzimas ATPases, como a importante bomba de
sódio e potássio, que tem função de manter o potencial
eletroquímico das células.
Muitas células possuem uma ATPase do cálcio que opera as
concentrações intracelulares baixas de cálcio e controla a
concentração normal (ou de reserva) deste importante mensageiro
secundário. Uma outra enzima actua quando a concentração de
cálcio sobe demasiadamente. Isto mostra que um íon pode ser
transportado por diferentes enzimas, que não se encontram
permanentemente ativas.
Há ainda dois processos em que, não apenas moléculas
específicas, mas a própria estrutura da membrana celular é
envolvida no transporte de matéria (principalmente de grandes
moléculas) para dentro e para fora da célula:

 endocitose – em que a membrana celular envolve partículas


ou fluido do exterior - fagocitose ou pinocitose - e a transporta
para dentro, na forma duma vesícula; e
 exocitose – em que uma vesícula contendo material que deve
ser expelido se une à membrana celular, que depois expele o
seu conteúdo.

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