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0 Antigo e 0 Moderno A PRODUCAO DO SABER NA AFRICA CONTEMPORANEA PAULIN J. HOUNTOND JI torg. I. Sobre as ideias matematicas na histiria e cultura africanas Paulus Gerdes pg. 43-52 “Pe edigdes pedago a Sobre as Ideias Matematicas na Historia e Cultura Africanas’ Paulus Gerdes Centro de Estudos Mogambicanos e de Etnociéncia. Universidade Pedagégica. Maputo, Mo¢ambique (paulus.gerdes@gmail.com) 1. As tradigées matematicas em Africa Desde os primérdios da presenga humana em Africa que os seres humanos criaram e desenvolveram ideias matematicas'. Entre os primeiros “artefactos matematicos” conhecidos mundialmente existem diversos provenientes de Africa. Um pequeno pedaco de perdnio de babuino, com 29 entalhes, foi encontrado numa gruta nos montes Lebom- bo, entre a Africa do Sul e a Suazilandia. 0 osso foi datado de aproxima- damente 35000 anos A.C.. Igualmente conhecido e largamente inves- tigado é outro osso descoberto em Ishango (Congo), datado de 20000 anos A.C. Antigo Egipto Um dos mais antigos textos matematicos do Antigo Egipto consiste numa colecgao de problemas compilados pelo escriba Ahmose (1650 = Reprodugio parcial das duas primeiras partes da comunicacZo apresentada no col6quio inter- nacional CanhecimentosTradiionals ¢Ciacia Moderna, Cotonou, Benim, Outubro de 2006. A Ter- ela pare, “nvestigagdo matemdtica no contexto de uma tradi africana viva, ser publicada separadamente 1. Wer a este respeito a biografia anotada de vérios mateméticos da histriae cultura africanas disponivel em Gerdes & Djebbar (2004, 2007). Estas referéncias decorrom do trabalho realiza- ddo na AMUCHMA, a Comissao de Histria da Matemética em Africa,criada em 1986 pela Unido Matematica Africana (AMUCHMA esta disponivel em linha: wwwamath buffaloedu/mad/AMU/ amuchma_online htm} t.Sobre tides Matamiceasnatinténne cuturaahianes — PouknGenes 43 A.C), provavelmente copiada a partir de um outro texto 200 anos mais antigo. Nele podem ser encontrados diversos métodos de resolugao e solugdes aproximadas. Por exemplo, o comprimento do lado de um quadrado, que tenha aproximadamente a mesma 4rea que um circulo, é definido como 8/9 do didmetro do circulo, o que significa 3,1605, ou seja, uma aproximagao ao valor de 7. 0 "pinaculo da realizacao” matematica no Antigo Egipto foi a determinagao exacta do volume de uma pirdmidé quadrangular truncada, Na sua comunicacao de 1985, “Africa, o bergo da matematica mundial?", proferida em Nairobi, na Universidade das Nagdes Unidas, Henri Hogbe-Nlend, o primeiro presidente (1976-1986) da Uniao Matematica Africana, declarou que a matemitica na Africa faradnica era intuitiva, demonstrativa e racional. Adicionalmente, enfatizou que Africa é a mae da geometria. No seu livro “Geometria Egipcia: Contributos da Africa Antiga para a Matematica Mundial’, o linguista congolés e egiptélogo Théophile Obenga sublinha que o titulo do papiro Ahmose representa a mais antiga descrigdo ou definigdo conhecida daquilo que é 0 empreendimento matemitico: “Uma metodologia coerente de investigacao da natureza em ordem ao entendimento de tudo quanto existe, de cada mistério, de todos os segre- dos” (Obenga, 1995, p.290). Norte de Africa Durante o perfodo Helenistico, bem como durante os desenvolvi- mentos matematicos dele resultantes, trabalharam em Alexandria matematicos famosos, como Euclides (365-300 A.C), Héron (100 D.C), Claudio Ptolomeu (2° século D.C), e 0 teérico dos niimeros Dio- phantus (3° século D.C.). Hypatia de Alexandria (370-415 D.C.) é a primeira investigadora matematica conhecida na histéria. Sio conhe- cidos imensos outros matemiticos do mesmo perfodo, oriundos do Magrebe, como Theodorus (465-398 A.C.), Eratéstenes (276-194 A.C.) e Nicotelese (250 D.C.), todos de Cyrene, Theodoses (22 século D.C), de Tripoli, e Apuleius de Madaura (124-170 D.C,), O Norte de Africa desempenhou um importante papel na génese da Algebra na cultura Islamica (ver, para uma abordagem mais ampla, Djeb- bar, 2005). Os matematicos do Norte de Africa, do Egipto ao Magrebe, deram importantes contributos, como Abu Kamil (850-930 D.C.), Abu Bakr al-Hassar (século XII), Samaw’al (falecido em 1175), Ibn al-Yasa- min (falecido em 1204), Ibn Rashiq (falecido em 1275), Ibn al-Banna (1256-1321), Uqbani (1320-1408), Ibn Qunfudh (1339-1407), Ibn al-Ha’im (1352-1412), Ibn Haydur (falecido em 1413), Ibn al-Majdi 44 Padi} Houmtondi(rg)_OArtgor a Moderna A Produ do Sabena Aca Conterperdnes (1365-1447), Qatrawani (século XV), Sibt al-Maradini (1423-1506), e Tbn Ghazi (1437-1513). Por exemplo, 0 matematico e poeta Ibn al- -Yasamin, cujo pai era de etnia Berbere e a mae uma negra oriunda do Sul do Sahara, contribuiu de forma particularmente significativa para a introducao de simbolos representativos das operacées aritméticas, como + e-. Ibn Mun‘im (falecido em 1228) trabalhou em Marraquexe nos fundamentos da andlise combinatéria, desenvolvendo uma apre- sentacao do chamado tridngulo de Pascal, mais de 400 anos antes de Blaise Pascal (1623-1662). A Figura 1 apresenta o triangulo de Ibn Mun’im, tal como surge na pagina 328 do seu manuscrito (cortesia de Ahmed Djebbar). Figura 1 - Tridngulo de Ibn Mun‘im Muitas das notagdes mateméticas utilizadas na actualidade foram originalmente desenvolvidas no Magrebe medieval. Recente- mente, foram descobertos, analisados e editados muitos manuscri- tos matematicos do Magrebe medieval, relevando assim a heranca matematica do Norte de Africa. A regido atraiu importantes matemati- cos até mesmo nascidos fora do continente africano, tais como Ibn al-Haytham (965-1041), Al-Qurashi (falecido em 1184) e Al-Qalasadi (1412-1485). As ideias matemiticas, desde o Antigo Egipto ao Egipto islamico e desde 0 Magrebe medieval, encontraram o seu caminho até a Europa e contribufram de forma muito significativa para 0 desenvolvimento matematico internacional (Djebbar, 2001, 2005), Leonardo de Pisa (Fibonacci) estudou na Argélia num perfodo anterior a ter escrito a sua famosa obra Liber Abaci (1202). 1 Sobre aideasMatemivicana MitéineCoturaaticaas — PainGeres 45 Do Sahara para 0 Sul Centenas de manuscritos matematicos - escritos em arabe e numa enorme variedade de linguas africanas - de Timbuktu, no actual Mali, permanecem aguardando uma andlise que permita desvelar algumas das ligacées matematicas entre as regides africanas a Sul do Sahara eo Norte db continente. Apenas um manuscrito de Timbuktu, escrito por Al-Arwani (provavelmente no século XVI) foi parcialmente analisado até a data. 0 astrénomo e matematico Ibn Muhammed (século XVII), de Katsina, na actual Nigéria, era muito reputado tanto no Egipto como no Médio Oriente. A Figura 2 mostra um quadrado magico de um manuscrito de Muhammed al-Katsinawi (cortesia de Ahmed Djebbar). fee ney a Figura 2 - Quadrado magico num manuscrito de Muhammed al-Katsinawi Thomas Fuller (1710-1790), que em 1724 foi levado como escravo da Africa Ocidental para a América do Norte, tornou-se famoso no ‘Novo Mundo’ pela sua capacidade de cilculo mental (ver, a este propésito, Fauvel & Gerdes, 1990). Quando foi entrevistado, ja com uma idade avan- gada, em 1788, conseguia calcular mentalmente, com enorme rapidez, operagées como por exemplo 7x7x7x7x7x7X7, e responder a questes como "Quantos segundos viveu uma pessoa com 70 anos, 17 dias e 12 horas de vida’. Quando foi descoberto pelos abolicionistas, Thomas Fuller tornou-se num importante exemplo para defender o argumento de que “o homem negro nao é intelectualmente inferior ao homem branco” (Cf. Fauvel & Gerdes, 1990). 0 seu exemplo evidencia o facto de existirem fortes tradigdes ancestrais de cAlculo mental na regido africana da qual era origindrio, provavelmente algures no Golfo do Benim. O nosso colega camaronés Edward Njock defendeu em 1985 0 argumento de que a geometria 6 omnipresente na cultura africana: A 46 Pain. HoumendiiOre) _OArigne Madera A Prochodo Sate na Ati Contamgotnes matematica pura é a arte de criar e de imaginar, Deste ponto de vista, a arte negra é matematica’. Os murais Litema, no Lesoto, sao, a este respeito, ilustrativos, (cf. Gerdes, 1998, 87-170). A Figura 3 apresenta 2 padrdes Litema a duas cores EASEAN ENA MINIS zaleeza RUD Ses Il 2a 2 Figura 3 ~ Padres Litera: simetria a duas cores (cf. Gerdes, 1998, 151-152) Para uma visao geral das ideias matemAticas, em geral, e geométri- cas, em particular, nas regides africanas a Sul do Sahara, ver 0 classico estudo de Zaslavsky (1973, 1999), e também Eglash (1999) e Gerdes (1998, 1999). As ideias matematicas envolvidas nas artes da cestaria e da tapecaria sao analisadas em diversos estudos por Gerdes & Bulafo (1994) e Gerdes (2000, 2003a, 2003b, 2004, 2007b, 2008d). 2. A descoberta de novas ideias matematicas: Geometria Sona No Sul da Africa Central, os desenhos sona, bem como a tradigao de contar hist6rias, incorporaram varias ideias geométricas (cf. Gerdes, 1995, 2006a). Esta tradigo de realizar desenhos na areia, conhecida por sona, foi desenvolvida entre os Chokwe, do nordeste de Angola, e outros povos relacionados. Todos os rapazes aprendiam o signifi- cado e a técnica de realizagao de desenhos sona simples como parte dos seus rituais de iniciagdo. Os desenhos sona mais complexos eram transmitidos por especialistas (akwa kuta sona) aos seus descenden- tes masculinos. Estes especialistas eram, ao mesmo tempo, contadores de histérias que utilizavam os desenhos sona, que habitualmente repre- sentavam provérbios, fabulas, jogos, enigmas, animais. Os desenhos eram executados da seguinte forma: depois de limipar e alisar a areia, 1. SebrealdeesMaterbticas oa tatnae CutwrAfanas—PausGerles 4) 08 especialistas comegavam por estabelecer uma espécie de rede com- posta por diversos pontos equidistantes marcados com as pontas dos dedos. Em seguida, uniam os varios pontos da rede desenhando uma linha. Estes especialistas realizavam os seus desenhos muito rapida- mente. Uma vez desenhadas, as figuras eram frequentemente apagadas logo de seguida. A Figura 4 representa alguns exemplos de desenhos sona. © comércio de-escravos, a penetragao e ocupasao colonial provo- caram o declinio cultural e a perda de muito conhecimento acerca da tradigao sona, Nao obstante, a partir da andlise de exemplos sona relatados por missiondrios, etndgrafos e administradores coloniais, foi possivel reconstruir alguns elementos matemAticos presentes na tradigao sona. Figura 4 ~ Exemplos de sona (desenhos simétricos executados com apenas uma linha) (ch. Gerdes, 2006, p.28, 43, 86) Tal como sugerem os exemplos da Figura 4, tanto a simetria, como a realizagéo de desenhos com apenas uma linha, desempenhavam um importante papel enquanto valores culturais, A maior parte dos desenhos Chokwe tinham estas caracterfsticas. Serem monolineares significa que s4o compostos por uma tinica (fina) linha; uma parte da linha pode cruzar outra parte, mas elas nunca se podem tocar. Os especialistas em desenhos desenvolveram uma série de algoritmos geométricos para a construgao de desenhos simétricos monolineares. Descobriram também varias regras que permitem o encadeamento de desenhos sona monolineares por forma a compor desenhos sona de maior dimensao. A Figura 5 exemplifica 0 uso de uma dessas regras para formar um encadeamento de desenhos sona. \f— Fautns Maurtandi (Org) OARig@ re Modetna. A Produte do Saber aA Contemportnes Figura 5 ~ Exemplo de aplicago de uma regra de encadeamento (cf. Gerdes, 2006, p42) 0 estudo dos aspectos matematicos da tradi¢do sona conduziu a descoberta de novas ideias matematicas, como as curvas-de-espelho, os desenhos-Lunda (cf. Gerdes, 1999, Capitulo 4; 2008d) e varias classes de matrizes (cf. Gerdes, 2006, Apéndice). Gerdes (2008) apresenta uma introdugio as matrizes circulares e As suas atraentes proprie- dades visuais. A tradig&o sona reconstruida pode ser absorvida pela educagao matemiatica, de forma a introduzir as geragdes mais jovens nas ideias matematicas das culturas africanas, promovendo assim a auto-confian- ¢a cultural dos alunos e professores africanos. A investigacdo etnomatemitica sobre as ideias matematicas nas culturas africanas pode contribuir tanto para a emergéncia de novas ideias no campo da matemitica, a nfvel internacional, como para 0 desenvolvimento de novas praticas educativas no campo da educagao matemitica. A geometria sona é disso um exemplo. Este tipo de inves- tigacdo pode contribuir para um renascimento matematico do conti- nente africano. Sobre astdeas Matic Ms eCuhursAtncane — AurGerdet 45 3. Renascimento Matematico Com o fim do periodo colonial e a conquista das independéncias nacionais, teve inicio um perfodo de renascimento em todo o continente africano (cf. Sica, 2005). Antes da independéncia, apenas alguns matematicos africanos haviam recebido os seus doutoramentos, como fol o caso dos egipcios Ali Mostafa Mosharafa (Ph.D em 1923) e Mohamed Mursy-Ahmed (Ph.D em 1931) (Independéncia do Egipto em 1937), dos nigerianos Chike Obi (1950), Adegoke Olubummo (1955) e James Ezeilo (1959) (Independéncia da Nigéria em 1960), e do serra-leo- nense Awadagin Williams (1958) (Independéncia da Serra Leoa em 1961). Todos eles receberam os seus doutoramentos em universidades britanicas. Desde essa altura, os matematicos africanos tém concluido os seus doutoramentos em universidades de, pelos menos, 53 paises localizados em 3 continentes: Africa (44%), Europa (36%) e América (20%). Durante a segunda metade do século XX, mais de trés mil afri- canos concluiram os seus doutoramentos no campo da matematica. Centenas tém trabalhado como investigadores na Europa e na Améri- ca do Norte (Gerdes, 2007a). No entanto, a percentagem de mulheres doutoradas em matematica é de apenas 11%, Os matemiticos africa- nos tém-se organizado em diversas associacdes nacionais e regionais. Em 1976 foi criada a Uniao Matematica Africana. Os matematicos africanos estdo a realizar investigacao nos mais variados dom{nios da matemiatica pura e aplicada, incluindo aplicagdes a problemas urgentes que o continente enfrenta, como a desertificagao, a malaria e o VIH/ SIDA. Bibliografia Djebbar, Ahamed (2001). Une histoire de ta science drabe, Editions du Seull, Paris. Djebbar, Ahamed (2005). Lalgébre drabe: Naissance d'un art. Vuibert, Paris. Eglash, Ron (1999). African Fractals. Modern Computing and Indigenous Design. Rutgers University Press, New Brunswick, NJ Fauvel, John & Gerdes, Paulus (1990). African Slave and Calculating Prodigy: Bicentena- ty of the Death of Thomas Fuller: Histéria Mathematica, New York, Vol.17, 141-151. 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