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nesse ensaio, Audre Lorde explicita a relação maravilhosa y íntegra entre sua vida, sua poesia, sua visão.
tradução de tate ann
traduzidas.wordpress.com
nesse ensaio, Audre Lorde explicita a relação maravilhosa y íntegra entre sua vida, sua poesia, sua visão.
tradução de tate ann
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nesse ensaio, Audre Lorde explicita a relação maravilhosa y íntegra entre sua vida, sua poesia, sua visão.
tradução de tate ann
traduzidas.wordpress.com
Nenhum/a
poeta
que
valha
sal
escreve
de
qualquer
outra
coisa
que
no
as
vrias
entidades
que
ela
ou
ele
define
como
eu.
Eu
sou
desses
eus,
e
quanto
eu
aceito
essas
muitas
partes
de
mim
vai
determinar
como
meu
viver
aparece
dentro
de
minha
poesia.
Como
meu
viver
se
torna
acessvel,
em
suas
foras
e
suas
fraquezas,
atravs
do
meu
trabalho,
a
cada
qual
de
vocs.
Em
outras
palavras,
tempo,
mais
que
qualquer
outra
coisa,
me
mostra
o
que
eu
preciso.
Eu
sei
no
entanto,
que
se
eu,
Audre
Lorde,
no
definir
a
mim
mesma,
o
mundo
externo
certamente
vai,
e,
como
cada
um/a
de
vocs
vai
descobrir,
provavelmente
vai
definir
cada
um/a
de
ns
em
nosso
detrimento,
singularmente
ou
em
grupos.
Ento
eu
no
posso
separar
minha
vida
e
minha
poesia.
Eu
escrevo
meu
viver
e
eu
vivo
meu
trabalho.
E
eu
encontro
em
minha
vida
verdades
as
quais
eu
eu
espero
que
possam
cruzar
ao
alcance
de,
trazer
riqueza
a,
outras
mulheres
para
alm
das
diferenas
em
nossas
vidas,
alm
das
diferenas
em
nossos
amores,
alm
das
diferenas
em
nosso
trabalho.
Pois
no
compartilhar
dessas
diferenas
que
ns
encontramos
crescimento.
dentro
dessas
diferenas
que
eu
acho
crescimento,
ou
posso,
se
sou
honesta
o
bastante
para
expressar-me
desde
meus
muitos
eus,
meus
amores,
meus
dios,
meus
erros,
bem
como
minhas
foras.
Eu
sinto,
e
aposto
minha
vida
e
meu
viver
nisso,
que
ns
nos
tornamos
mais
fortes
ao
fazer
o
que
seja
necessrio
que
sejamos
fortes
para
fazer.
Solstcio.
E
eu
sinto
que
minhas
palavras
aqui
so
agora
parte
daquilo
que
pago,
e
repago,
para
quaisquer
foras
que
sejam
po
aqui
entre
ns
enquanto
conversamos.
Eu
estou
constantemente
definindo
meus
eus,
pois
eu
sou,
como
todxs
ns
somos,
feitas
de
tantas
partes
diferentes.
Mas
quando
esses
eus
entram
em
guerra
dentro
de
mim,
eu
sou
imobilizada,
e
quando
eles
se
movem
em
harmonia,
ou
concesso,
eu
sou
enriquecida,
tornada
forte.
Ainda
assim
sei
que
h
mulheres
Negras
aqui
que
no
usam
meu
trabalho
em
suas
turmas
porque
eu
sou
lsbica.
H
lsbicas
que
no
pode
me
ouvir
nem
a
meu
trabalho
porque
eu
tenho
duas
crianas,
uma
delas
sendo
um
garoto,
ambas
eu
amando
ternamente.
H
mulheres,
talvez
nessa
sala,
que
no
podem
lidar
comigo
nem
com
minha
viso
porque
eu
sou
Negra,
e
o
racismo
delas
se
torna
uma
cegueira
que
nos
separa.
E
por
ns
eu
quero
dizer
todxs
aquelxs
que
acreditam
verdadeiramente
que
ns
podemos
trabalhar
por
um
mundo
no
qual
todxs
ns
podemos
viver
e
definir
a
ns
mesmxs.
E
eu
digo
isso
a
vocs.
Minhas
amigas,
sempre
vai
haver
algum
tentando
usar
uma
parte
de
seus
eus,
e
ao
mesmo
tempo
te
encorajando
a
esquecer
ou
destruir
todos
os
outros
eus.
E
eu
alerto
vocs,
isso
morte.
Morte
a
voc
enquanto
mulher,
morte
a
voc
enquanto
poeta,
morte
a
voc
enquanto
ser
humano.
Quando
o
desejo
por
definio,
prprio
ou
ao
contrrio,
vem
de
um
desejo
por
limitao
em
vez
de
um
desejo
por
expanso,
nenhuma
face
verdadeira
pode
emergir.
Porque
qualquer
ratificao
vinda
de
fora
pode
apenas
aumentar
minha
autodefinio,
no
d-la.
Ningum
me
dizendo
que
eu
tenho
valor,
ou
que
um
poema
bom,
pode
de
forma
alguma
corresponder
o
senso
interno
a
mim
mesma
de
autovalor,
ou
de
ter
feito
o
que
eu
me
dispus
a
fazer.
E
aquelas
de
ns
que
somos
Negrxs,
aquelas
de
ns
que
somos
mulheres,
aquelas
de
ns
que
somos
lsbicas,
todas
ns
sabemos
o
que
eu
quero
dizer.
Negrx
lindx
mas
tem
sado
da
moda
atualmente,
mesmo
assim
eu
ainda
sou
Negra.
O
movimento
de
mulheres
pode
sair
da
moda
a
qualquer
momento
tambm,
porque
esse
o
jeito
americano.
Mas
eu
no
vou
parar
de
ser
uma
mulher.
E
apenas
esperem.
Mulheres
amando
mulheres
vo
entrar
e
sair
da
moda
de
novo
tambm,
mas
isso
no
altera
o
foco
do
meu
amor.
Ento
se
lembrem.
Quando
eles
vierem
atrs
de
voc
ou
de
mim,
no
vai
ter
importncia
particular
se
voc
ou
se
eu
sou
uma
Negra
poeta
lsbica
me
sentidora
fazedora
mulher,
s
vai
importar
o
que
ns
compartilhamos
no
despertar
daquele
mais
real
e
ameaador
movimento
humano,
o
direito
de
amar,
trabalhar,
e
definir
cada
um/a
de
ns,
ns
mesmxs.
*traduo
por
tate
ann,
08jun015,
de
Self
definition
and
my
poetry,
publicado
em
I
am
your
sister:
collected
and
unpublished
writings
of
Audre
Lorde,
editado
por
Rudolph
P.
Byrd,
Johnnetta
Betsch
Cole,
Beverly
Guy-Sheftall,
Oxford
University
Press,
2009.
p.
156-7.
traduzidas.wordpress.com