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1-Definições Gerais
1.1--A expressão saúde coletiva é uma
invenção tipicamente brasileira que
surgiu em fins da década de 1970, na
perspectiva de constituir uma nova
articulação entre as diferentes
instituições do campo da saúde.
1.2--Definição atual:
Compreende um conjunto complexo de
saberes e práticas relacionados ao
campo da saúde, envolvendo desde
organizações que prestam assistência à
saúde da população até instituições de
ensino e pesquisa e organizações da
sociedade civil. Compreende práticas
técnicas, científicas, culturais,
ideológicas, políticas e econômicas
(Carvalho, 2002).
1.3-Enfermagem em saúde Coletiva:
É o ramo da enfermagem que está
direcionado a saberes e práticas
aplicados em prol da coletividade.
2- SUS – SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE :
2.1-DEFINIÇÃO :
O Sistema Único de Saúde - SUS- foi
criado pela Lei Orgânica da Saúde n.º
8.080/90 com o objetivo de alterar a
circunstância de disparidade na
assistência à Saúde da população,
tornando obrigatório a assistência de
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saúde, sem ônus a qualquer cidadão,
não sendo permitido qualquer cobrança
de dinheiro sob qualquer pretexto.
Assim, o SUS não é um serviço ou uma
instituição, mas um Sistema que
significa um conjunto de unidades, de
serviços e ações que interagem para um
fim comum. Esses elementos
integrantes do sistema referem-se ao
mesmo tempo, às atividades de
promoção, proteção e recuperação da
saúde.
2.2- Componentes do SUS : Do
Sistema Único de Saúde fazem parte os
centros e postos de saúde, hospitais -
incluindo os universitários, laboratórios,
hemocentros (bancos de sangue), além
de fundações e institutos de pesquisa,
como a FIOCRUZ - Fundação Oswaldo
Cruz e o Instituto Vital Brazil.
2.3- Benefícios para o cidadão : Por
meio do Sistema Único de Saúde, todos
os cidadãos têm direito a consultas,
exames, internações e tratamentos nas
Unidades de Saúde vinculadas ao SUS,
sejam públicas (da esfera municipal,
estadual e federal) ou privadas,
contratadas pelo gestor público de
saúde.
2.4-Financiamento do SUS: O SUS é
destinado a todos os cidadãos e é
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financiado com recursos arrecadados o limite do que o sistema puder

através de impostos e contribuições oferecer para todos.
sociais pagos pela população em geral e 3. INTEGRALIDADE - É o
compõem os recursos do governo reconhecimento na prática dos
federal, estadual e municipal. serviços de que: cada pessoa é
um todo indivisível e integrante
2.5-Doutrinas do SUS: de uma comunidade; as ações de
Baseado nos preceitos constitucionais a promoção, proteção e
construção do SUS se norteia pelos recuperação da saúde formam
seguintes também um todo indivisível e
princípios doutrinários: prestar assistência integral.
2.6-Princípios que regem a
1. UNIVERSALIDADE – É a Organização do SUS
garantia de atenção à saúde por
parte do sistema, a todo e 1. REGIONALIZAÇÃO e
qualquer cidadão. Com a HIERARQUIZAÇÃO -
universalidade, o indivíduo Os serviços devem ser
passa a ter direito de acesso a organizados em níveis de
todos os serviços públicos de complexidade
saúde, assim como àqueles tecnológica crescente,
contratados pelo poder público. dispostos numa área
Saúde é direito de cidadania e geográfica delimitada e
dever do Governo: municipal, com a definição da
estadual e federal. população a ser atendida.
2. EQÜIDADE – É assegurar Isto implica na
ações e serviços de todos os capacidade dos serviços
níveis de acordo com a em oferecer a uma
complexidade que cada caso determinada população
requeira, more o cidadão onde todas as modalidades de
morar, sem privilégios e sem assistência, bem como o
barreiras. Todo cidadão é igual acesso a todo tipo de
perante o SUS e será atendido tecnologia disponível,
conforme suas necessidades até possibilitando um ótimo
grau de resolubilidade

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(solução de seus quando surge um

problemas). O acesso da problema de impacto
população à rede deve se coletivo sobre a saúde, o
dar através dos serviços serviço correspondente
de nível primário de esteja capacitado para
atenção que devem estar enfrentá-lo e resolvê-lo
qualificados para atender até o nível da sua
e resolver os principais competência.
problemas que 3. DESCENTRALIZAÇÃ
demandam os serviços O - É entendida como
de saúde. Os demais, uma redistribuição das
deverão ser referenciados responsabilidades quanto
para os serviços de maior às ações e serviços de
complexidade saúde entre os vários
tecnológica. A rede de níveis de governo, a
serviços, organizada de partir da idéia de que
forma hierarquizada e quanto mais perto do fato
regionalizada, permite a decisão for tomada,
um conhecimento maior mais chance haverá de
dos problemas de saúde acerto. Assim, o que é
da população da área abrangência de um
delimitada, favorecendo município deve ser de
ações de vigilância responsabilidade do
epidemiológica, governo municipal; o
sanitária, controle de que abrange um estado
vetores, educação em ou uma região estadual
saúde, além das ações de deve estar sob
atenção ambulatorial e responsabilidade do
hospitalar em todos os governo estadual, e, o
níveis de complexidade. que for de abrangência
2. RESOLUBILIDADE - nacional será de
É a exigência de que, responsabilidade federal.
quando um indivíduo 4. PARTICIPAÇÃO DOS
busca o atendimento ou CIDADÃOS - É a

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garantia constitucional 2ª - a instituição privada deverá estar

de que a população, de acordo com os princípios básicos e
através de suas entidades normas técnicas do SUS.
representativas, Prevalecem, assim, os princípios da
participará do processo universalidade, eqüidade, etc., como se
de formulação das o serviço privado fosse público, uma
políticas de saúde e do vez que, quando contratado, atua em
controle da sua nome deste;
execução, em todos os 3ª - a integração dos serviços privados
níveis, desde o federal deverá se dar na mesma lógica
até o local. A organizativa do SUS, em termos de
participação deve se dar posição definida na rede regionalizada
nos Conselhos de Saúde, e hierarquizada dos serviços. Dessa
com representação forma, em cada região, deverá estar
paritária de usuários, claramente estabelecido,
governo, profissionais de considerando-se os serviços públicos e
saúde e prestadores de privados contratados, quem vai fazer o
serviço. que, em que nível e em que lugar.
5. COMPLEMENTARIE
DADE DO SETOR 3-História Natural da doença
PRIVADO - A História natural da doença é a
Constituição definiu que, denominação dada ao conjunto de
quando por insuficiência processos interativos que engloba as
do setor público, for inter-relações do agente, do suscetível e
necessário a contratação do meio ambiente que afetam o
de serviços privados, isso processo global e seu desenvolvimento,
deve se dar sob três desde as primeiras forças que designam
condições: o estímulo patológico no meio
1ª - a celebração de contrato, conforme ambiente, ou em qualquer outro lugar,
as normas de direito público, ou seja, passando pela resposta do homem ao
interesse público prevalecendo sobre o estímulo, até as alterações que levam a
particular; um defeito, invalidez, recuperação ou
morte.

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1. PERÍODO DE PRÉ- 3.1-Prevenção é o conjunto de medidas

PATOGÊNESE que visam evitar a doença na
coletividade, utilizando medidas que
O primeiro período da história
acabem com a patologia, ou a
natural: é a própria evolução das inter-
minimizem na população.
relações dinâmicas, que envolvem, de
um lado, os condicionantes sociais e
3.1.1-Tipos de Prevenção
ambientais e, do outro, os fatores
Primária - quaisquer atos destinados
próprios do suscetível, até que se
a diminuir a incidência de uma doença
chegue a uma configuração favorável á
numa população, reduzindo o risco de
instalação da doença. Envolve, como já
surgimento de casos novos;
foi citado antes, as inter-relações entre
os agentes etiológicos da doença, o
São exemplos a vacinação , o
suscetível e outros fatores ambientais
tratamento da água para consumo
que estimulam o desenvolvimento da
humano, de medidas de desinfecção e
enfermidade e as condições sócio-
desinfestação ou de ações para prevenir
econômico-culturais que permitem a
a infecção por HIV , e outras ações de
existência desses fatores.
educação e saúde ou distribuição

2. PERÍODO DE gratuita de preservativos , ou de

PATOGÊNESE seringas descartáveis aos toxicômanos .

A história natural da doença tem Secundária - quaisquer atos

seguimento com a sua fundação e destinados a diminuir a prevalência de
evolução no homem. É o período da uma doença numa população reduzindo
patogênese. Este período se inicia com sua evolução e duração;
as primeiras ações que os agentes
patogênicos desempenham sobre o ser Um exemplo é o rastreio do cancro do
afetado. Seguem-se as reações colo uterino, causado pela transmissão
bioquímicas em nível celular, sexual do HPV . A prevenção
prosseguindo com as perturbações na secundária consiste em um diagnostico
forma e na função, evoluindo para precoce e tratamento imediato.
defeitos permanentes, cronicidade,
Terciária - quaisquer atos destinados
morte ou cura.
a diminuir a prevalência das

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incapacidades crônicas numa 4.1.1-As áreas de atuação do PAISM

população, reduzindo ao mínimo as são divididas em grupos baseados nas
deficiências funcionais consecutivas à fases da vida da mulher, a saber:
doença. • Assistência ao ciclo gravídico
puerperal: pré-natal (baixo e alto risco),
Como exemplo, podem-se citar ações parto e puerpério;
de formação a nível de escolas ou locais
de trabalho que visem anular atitudes • Assistência ao abortamento;
fóbicas em relação a um indivíduo
infectado pelo HIV . Outro exemplo, a • Assistência à concepção e
nível da saúde ocupacional seria a anticoncepção-;
reintegração daquele trabalhador na
empresa, caso não pudesse continuar a • Prevenção do câncer de colo uterino e
exercer, por razões médicas, o mesmo detecção do câncer de mama; (Portaria
tipo de atividades. 3040 de 21 de junho de 1998 do
Ministério da Saúde instituiu o
4- Programas dos Centros de Saúde e Programa Nacional de Combate ao
PSF: Câncer do Colo Uterino);
4.1-PROGRAMA DE
ASSISTÊNCIA • Assistência ao climatério;
INTEGRAL A SAÚDE
DA MULHER E DA • Assistência às doenças ginecológicas
CRIANÇA – PAISMIC: prevalentes;
O objetivo maior do
PAISM é atender a • Prevenção e tratamento das
mulher em sua DST/AIDS;
integralidade, em todas
as fases da vida, • Assistência à mulher vítima de
respeitando as violência.
necessidades e
características de cada 4.2-TRO-TERAPIA DE
uma delas. REIDRATAÇÃO ORAL

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Este Programa tem por objetivo corrigir É um Programa de saúde pública, de

o desequilíbrio hidroeletrolítico pela atendimento ambulatorial, com atuação
(restabelecendo em nível o mais de uma equipe multidisciplinar que
próximo possível, a água e os eletrólitos acompanha o crescimento e o
reduzidos durante a diarréia), manter e desenvolvimento de crianças de 0 a 6
recuperar o estado nutricional. meses de vida, orientando e
4.3-IRA – INFECÇÃO incentivando as mães para que
RESPIRATÓRIA AGUDA amamentem seus filhos exclusivamente
Este Programa visa atender as crianças ao seio durante esse período.
com IRA que é um conjunto de 4.6-AIDP-ASSISTÊNCIA
doenças, que acomete principalmente INTEGRAL AS DOENÇAS
crianças e que se espalha com PREVALENTES
facilidade, passando de uma pessoa para O objetivo do Programa é reduzir a
outra, dando mais de uma vez na mesma morbimortalidade de crianças de zero a
criança. As infecções respiratórias cinco anos de idade. A estratégia AIDPI
agudas, principalmente a pneumonia, incorporou as ações do Programa de
podem trazer risco de vida quando não Assistência Integral à Saúde da Criança
tratadas. A criança é acompanhada por (PAISC), porém introduzindo o
este Programa até a melhora do Quadro conceito de integralidade. Propõe um
patológico. novo modelo de abordagem à saúde da
4.4-PCCU- PROGRAMA DE criança no primeiro nível de atenção,
CÂNCER DO COLO UTERINO sistematizando o atendimento clínico e
Este Programa consiste no integrando ações curativas com medidas
desenvolvimento e na prática de preventivas e de promoção da saúde.
estratégias que reduzam a mortalidade e 4.7-DST-AIDS - PROGRAMA DE
as repercussões físicas, psíquicas e DOENÇAS SEXUALMENTE
sociais do câncer do colo do útero e de TRANSMISSÍVEIS E AIDS
mama. ( com a introdução do programa A missão do Programa Nacional de
viva mulher). DST e Aids (PN-DST/AIDS) é reduzir a
incidência do HIV/aids e melhorar a
4.5-PROAME- PROGRAMA DE qualidade de vida das pessoas vivendo
INCENTIVO AO ALEITAMENTO com HIV/aids. Para isso, foram
MATERNO definidas diretrizes de melhoria da
qualidade dos serviços públicos

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oferecidos às pessoas portadoras de aids Saúde , morador da comunidade onde

e outras DST; de redução da trabalha e atua. Ele deve ser
transmissão vertical do HIV e da sífilis; instrumentalizado para desenvolver
de aumento da cobertura do diagnóstico ações de educação em saúde e apoiar a
e do tratamento das DST e da infecção comunidade na melhoria das suas
pelo HIV; de aumento da cobertura das condições de vida. Desempenha papel
ações de prevenção em mulheres e relevante de interlocutor com a
populações com maior vulnerabilidade; comunidade, que pode contribuir para
da redução do estigma e da identificação mais cuidadosa de suas
discriminação; e da melhoria da gestão necessidades e ainda estimular a
e da sustentabilidade. participação da comunidade no
4.8-PSF- PROGRAMA SAÚDE DA controlede suas condições de saúde e de
FAMÍLIA qualidade de vida.
A Saúde da Família é entendida como 4.10- PLANEJAMENTO FAMILIAR
uma estratégia de reorientação do Programa que engloba a assistência ao
modelo assistencial, operacionalizada planejamento familiar deve incluir
mediante a implantação de equipes acesso à informação e a todos os
multiprofissionais em unidades básicas métodos e técnicas para a concepção e
de saúde. Estas equipes são anti-concepção cientificamente aceitos,
responsáveis pelo acompanhamento de e que não coloquem em risco a vida e a
um número definido de famílias, saúde das pessoas.
localizadas em uma área geográfica 4.11- PROGRAMA DE SAÚDE
delimitada. As equipes atuam com MENTAL
ações de promoção da saúde, O Programa de Saúde Mental busca
prevenção, recuperação, reabilitação de reverter o atual modelo baseado na
doenças e agravos mais freqüentes, e na internação em hospitais psiquiátricos
manutenção da saúde desta por serviços que privilegiem o
comunidade. atendimento fora dos hospitais.
4.9-PACS-PROGRAMA DE 5-DOENÇAS INFECCIOSAS
AGENTES COMUNITÁRIOS DE A doença infecciosa ou doença
SAÚDE transmissível é qualquer patologia
Ao Programa a de saúde da Família causada por um agente biológico por
também está associado o PACS, que exemplo: vírus, bactéria, parasita , em
cria esse ator, o Agente Comunitário de contraste com causa física (por

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exemplo: queimadura , intoxicação, A prevenção é por vacina Tríplice

etc.). viral , feita com cepa de vírus vivo
atenuado. O tratamento é sintomático.
5.1-SARAMPO – É uma doença
5.2-RUBÉLOLA A Rubéola ou
exantemática.trabalhos de assistência, e
Rubela é uma doença causada pelo
integração de
vírus da rubéola e transmitida por via
Epidemiologia: É um dos cinco
respiratória. É uma doença geralmente
exantemas da infância clássicos, com a
benigna, mas que pode causar
varicela rubéola, eritema infeccioso e
malformações no embrião em infecções
roséola. É altamente infeccioso e
de mulheres grávidas.
transmitido por secreções respiratórias
comoespirro e tosse
Epidemiologia A rubéola é um dos
Sintomas: As manifestações iniciais
cinco exantemas ( com marcas
são febre alta, tosse rouca e persistente,
vermelhas na derme) da
coriza, conjuntivite e fotofobia
infância. Os outros são o
(hipersensibilidade à luz). Surgem
sarampo, a varicela, o eritema
manchas brancas na mucosa da boca
infeccioso e a roséola.
(que são diagnósticas). Surgem ainda
manchas maculopapulares Progressão e sintomas: A transmissão
avermelhadas na pele, inicialmente no é por contacto direto, secreções ou
rosto e progredindo em direção aos pés, pelo ar. O vírus multiplica-se na
durando pelo menos três dias, e faringe e nos órgãos linfáticos e
desaparecendo na mesma ordem de depois dissemina-se pelo sangue
aparecimento.. para a pele. A infecção,
Diagnóstico e tratamento: O geralmente, tem evolução benigna
diagnóstico é clinico devido às e em metade dos casos não produz
caracteristicas muito típicas, qualquer manifestação clínica. As
especialmente as manchas de Koplik - manifestações mais comuns são
manchas brancas na mucosa da boca- febre baixa (até 38ºC), aumento
parte interna da bochecha. Pode ser feita dos gânglios linfáticos no
detecção de antiigenos em amostra de pescoço, hipertrofia ganglionar
soro. retro-ocular e suboccipital,
manchas (máculas) cor-de-rosa
(exantemas) cutâneas,

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inicialmente no rosto e que específicos para o vírus, ou por

evoluem rapidamente em direção ELISA (teste imunoenzimático
aos pés e em geral desaparecem que permite a detecção de
em menos de 5 dias. Outros anticorpos específicos no soro).
sintomas são a vermelhidão
Tratamento
(inflamação) dos olhos (sem
perigo), dor muscular das
• Não existe tratamento antiviral
articulações, de cabeça e dos
especifico
testículos, pele seca e congestão
• Normalmente é sintomático
nasal com espirros.
(analgésicos como o
paracetamol)
Atenção : O vírus da rubéola só é
verdadeiramente perigoso quando a
Vacina: A vacina utilizada na idade
infecção ocorre durante a gravidez, com
de 12 meses é a Tríplice viral , e
colonização de vírus na placenta e
mais tarde em mulheres em
infecção do embrião, notadamente
idade fértil não grávidas Dupla
durante os primeiros três meses de
Viral. A vacina é composta por
gestação. Nestes casos a rubéola pode
vírus vivos atenuados, cultivados
causar aborto, morte fetal, parto
em células de rim de coelho ou
prematuro e malformações congênitas
em células diplóides humanas.
(cataratas, glaucoma, surdez,
Pode ser produzida na forma
cardiopatia congênita, microcefalia com
monovalente, associada com
retardo mental ou espinha bífida). A
sarampo (dupla viral) ou com
infecção nos primeiros três meses da
sarampo e caxumba (tríplice
gravidez pelo vírus da rubéola é
viral). A vacina se apresenta de
suficiente para a indicação de aborto
forma liofilizada, devendo ser
voluntário da gravidez.
reconstituída para o uso. Após sua
reconstituição, deve ser
Diagnóstico: O diagnóstico clínico é
conservada à temperatura positiva
complexo por semelhança dos
de 2º a 8º C, nos níveis local e
sintomas com os dos outros
regional. No nível central, a
exantemas. É mais
temperatura recomendada é de
freqüentemente sorológico, com
menos 20º C. Deve ser mantida
detecção de anticorpos
protegida da luz, para não perder

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atividade. A vacina é utilizada em febre, mal estar, desânimo e dores

dose única de 0,5 mL via musculares. Hepatites mais severas
subcutânea. podem levar a sintomas mais
específicos, sendo o sinal mais
chamativo a icterícia , conhecida
popularmente no Brasil por “trisa” ou
"amarelão" e que caracteriza-se pela
5.3-HEPATITES coloração amarelo-dourada da pele e
conjuntivas. Associado pode ocorrer
Hepatite é toda e qualquer inflamação
urina cor de coca-cola (colúria) e fezes
do fígado e que pode resultar desde uma
claras, tipo massa de vidraceiro (acolia
simples alteração laboratorial (portador
fecal). Hepatites mais graves podem
crônico que descobre por acaso a
cursar com insuficiência hepática e
sorologia positiva), até doença
culminar com a encefalopatia hepática e
fulminante e fatal (mais freqüente nas
óbito. Hepatites crônicas (com duração
formas agudas). Existem várias causas
superior a 6 meses), geralmente são
de hepatite, sendo as mais conhecidas as
assintomáticas e podem progredir para
causadas por vírus das hepatite A, B, C,
cirrose.
D, E, F, G, citomegalovírus, etc). Outras
causas: drogas (álcool,
antiinflamatórios, anticonvulsivantes,
sulfas, derivados imidazólicos,
hormônios tireoidianos,
Tipos de Hepatites :
anticoncepcionais, etc), distúrbios
metabólicos (doença de Wilson, Hepatite A: É uma hepatite infecciosa
politransfundidos, hemossiderose, aguda causada pelo vírus da hepatite A,
hemocromatose, etc), transinfecciosa, que pode cursar de forma subclínica.
pós-choque. Em comum, todas as
Transmissão é do tipo fecal oral, ou
hepatites têm algum grau de destruição
seja, ocorre contaminação direta de
das células hepáticas.
pessoa para pessoa ou através do
Sintomatologia :A grande maioria das contacto com alimentos e água
hepatites agudas são assintomáticas ou contaminados, e os sintomas iniciam em
leva a sintomas incaracterísticos como média 30 dias após o contágio. É mais

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comum onde não há ou é precário o
saneamento básico. A falta de higiene
ajuda na disseminação do vírus. O uso
na alimentação de moluscos e ostras de
águas contaminadas com esgotos e
fezes humanas contribui para
expansão da doença. Uma vez infectada
a pessoa desenvolve imunidade
permanente. A transmissão através de
agulhas ou sangue é rara.
Prevenção vacina segura para hepatite
A.
Os sintomas são de início súbito, com
febre baixa, fadiga, mal estar, perda do
apetite, sensação de desconforto no
abdome, náuseas e vômitos. Pode
ocorrer diarreia. A icterícia é mais
comum no adulto (60%) do que na
criança (25%). A icterícia desaparece
em torno de duas a quatro semanas. É
considerada uma hepatite branda, pois
não há relatos de cronificação e a
mortalidade é baixa. Não existe
tratamento específico. O paciente deve
receber sintomáticos e tomar medidas
de higiene para prevenir a transmissão
para outras pessoas. Pode ser prevenida
pela higiene e melhorias das condições
sanitárias, bem como pela vacinação. É
conhecida como a hepatite do viajante.
Hepatite B
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Transmissão é através de sangue,
agulhas e materiais cortantes
contaminados, também com as tintas
das tatuagens, bem como através da
relação sexual. É considerada também
a uma doença sexualmente transmissível.
Pode ser adquirida através de tatuagens,
piercings, no dentista e até em sessões
de depilação.
Os sintomas são semelhantes aos das
outras hepatites virais, mas a hepatite B
pode cronificar e provocar a cirrose
hepática.
A prevenção é feita utilizando
preservativos nas relações sexuais e não
utilizando materiais cortantes ou
agulhas que não estejam devidamente
esterilizadas. Recomenda-se o uso de
descartáveis de uso único. Quanto mais
cedo se adquire o vírus, maiores as
chances de ter uma cirrose hepática.
Existe vacina para hepatite B, que é
dada em três doses intramusculares e
deve ser repetida a cada 10 anos.
Hepatite C
Transmissão Hepatite que pode ser
adquirida através de transfusão
sanguínea, tatuagens, uso de drogas,
piercings, no dentista e em manicure, e
de grande preocupação para a Saúde
Pública.
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Sintomatologia : A grande maioria dos
pacientes é assintomática no período
agudo da doença, mas podem ser
semelhantes aos das outras hepatites
virais. A hepatite C é perigosa porque
pode cronificar e provocar a cirrose
hepática e o hepatocarcinoma, neoplasia
maligna do fígado.
Prevenção é feita evitando-se o uso de
materiais cortantes ou agulhas que não
estejam devidamente esterilizadas.
Recomenda-se o uso de descartáveis de
uso único, bem como material próprio
em manicures. A esterilização destes
materiais é possível, porém não há
controle e as pessoas que ‘dizem’ que
esterilizam não têm o preparo
necessário para fazer uma esterilização
real. Não existe vacina para a hepatite
C e é considerada pela Organização
Mundial da Saúde como o maior
problema de saúde pública, é a maior
causa de transplante hepático
transmite-se pelo sangue
facilmente do que a AIDS.
Hepatite D
Transmissão Causada por RNA-vírus
(tão pequeno que é incapaz de produzir
seu próprio envelope protéico e de
infectar uma pessoa), só
importância quando associada à hepatite
B, pois a potencializa. Isoladamente
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parece não causar infecção. Geralmente
encontrado em pacientes portadores do
vírus HIV e está mais relacionado à
cronificação da hepatite e também à
hepatocarcinoma.
Hepatite E
É uma hepatite infecciosa aguda
causada pelo vírus da hepatite E, que
pode cursar de forma subclínica. Sua
transmissão é do tipo fecal oral, através
do contato com alimentos e água
contaminados, e os sintoma iniciam em
média 30 dias após o contágio. É mais
comum após enchentes Não existe
vacina para hepatite E.
Os sintomas são de início súbito, com
febre baixa, fadiga, mal estar, perda do
apetite, sensação de desconforto no
abdome, náuseas e vômitos. Pode
e ocorrer diarréia. É considerada uma
mais hepatite branda, apesar de risco
aumentado para mulheres grávidas,
principalmente no terceiro trimestre
gestacional, que podem evoluir com
hepatite fulminante.
Tratamento : Não existe tratamento
específico. O paciente deve receber
tem
medicamentos sintomáticos e repousar.
Pode ser prevenida através de medidas
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de higiene, devendo ser evitado comprar 5.4-POLIOMIELITE

alimentos e bebidas de vendedores
O poliovírus é um enterovírus, com
ambulantes.
genoma de RNA simples . O vírus não
Hepatite F DNA-vírus, transmitido a tem envelope bilipídico, é recoberto
macacos Rhesus sp. em laboratório apenas pelo cápsideo e é extremamente
experimentalmente, através de extratos resistente às condições externas.
de fezes de macacos infectados. Ainda Epidemiologia
não há relatos de casos em humanos. É mais comum em crianças ("paralisia
infantil"), mas também ocorre em
Hepatite G A hepatite G foi a hepatite
adultos, como a transmissão do
descoberta mais recentemente (em
poliovírus "selvagem" pode se dar de
1995) e é provocada pelo vírus VHG
pessoa a pessoa através de contato fecal
(vírus mutante do vírus da hepatite C)
- oral, o que é crítico em situações onde
que se estima ser responsável por 0,3
as condições sanitárias e de higiene são
por cento de todas as hepatites víricas.
inadequadas. Crianças de baixa idade,
Desconhecem-se, ainda, todas as formas
ainda sem hábitos de higiene
de contágio possíveis, mas sabe-se que
desenvolvidos, estão particularmente
a doença é transmitida, sobretudo,
sob risco.
pelo contato sanguíneo (transmissão
Transmissão : O poliovírus também
parenteral). Pode evoluir para infecção
pode ser disseminado por contaminação
persistente com prevalência de 2%
fecal de água e alimentos.Todos os
entre doadores de sangues. Não foi
doentes, assintomáticos ou
ainda possível determinar com exatidão
sintomáticos, expulsam grande
– dado que a descoberta da doença e do
quantidade de vírus infecciosos nas
vírus que a provoca foram recentes –, as
fezes, até cerca de três semanas depois
consequências da infecção com o vírus
da infecção do individuo.Os seres
da hepatite G. A infecção aguda é
humanos são os únicos atingidos e os
geralmente «suave» e transitória e
únicos reservatórios, daí a vacinação
existem relatos duvidosos de casos de
universal poder erradicar essa doença
hepatite fulminante (os especialistas
completamente.
ainda não chegaram a uma conclusão
Progressão e Sintomas
definitiva sobre as causas destas
O período entre a infecção com o
hepatites fulminantes).
poliovírus e o início dos sintomas

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(incubação) varia de 3 a 35 dias. A eles (respiração artificial ou pulmão de

descrição seguinte refere-se à ferro). Antes dos programas de
poliomielite maior, paralítica, mas esta vacinação, os hospitais pediátricos de
corresponde a uma minoria dos casos. todo o mundo estavam cheios de
Na maioria o sistema imunitário destrói crianças perfeitamente lúcidas
o vírus em alguma fase antes da condenadas à prisão do seu "pulmão de
paralisia. ferro".
Prevenção: Vacinação com vacina
Sintomas Podem ser semelhantes às Sabin a criança.A única medida eficaz é
infecções respiratórias (febre e dor de a vacinação. Há dois tipos de vacina: a
garganta, gripe) ou gastrointestinais Salk e a Sabin. A Salk consiste nos três
(náuseas, vômitos, dor abdominal). Em sorotipos do vírus inativos com
seguida dissemina-se pela corrente formalina ("mortos"), e foi introduzida
sangüínea e vai infectar por essa via os em 1954 por Jonas Salk. Tem a
órgãos. Os mais atingidos são o sistema vantagem de ser estável, mas é cara e
nervoso incluindo cérebro, e o coração e tem de ser injetada três vezes, sendo a
o fígado. A multiplicação nas células do proteção menor.
sistema nervoso (encefalite) pode
ocasionar a destruição de neurônios 5.5-VARICELA (CATAPORA) É
motores, o que resulta em paralisia uma patologia infecciosa aguda, com
flácida dos músculos por eles inervados. grande transmissibilidade, causada pelo
Diagnóstico é por detecção do seu vírus varicela-zóster. A patologia é mais
DNA com PCR ou isolamento e comum em crianças entre um e dez
observação com microscópio anos, porém pode ocorrer em pessoas
electrônico do vírus de fluídos susceptíveis (não imunes) de qualquer
corporais. faixa etária. Esta patologia em crianças
Tratamento : a poliomielite não tem pode evolui sem conseqüências mais
tratamento específico. No passado sérias.
preservava-se a vida dos doentes com
Transmissão : O ser humano é o único
poliomielite bulbar e paralisia do
hospedeiro natural do vírus varicela-
diafragma e outros músculos
zóster. A infecção, em geral, ocorre
respiratórios com o auxílio de máquinas
através da mucosa do trato respiratório
que criavam as pressões positivas e
superior (porta de entrada). A
negativas necessárias à respiração por

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transmissão do vírus acontece, respiratória e conjuntival), sendo

principalmente, pela secreção freqüente que os diferentes estágios
respiratória (gotículas de saliva, espirro, evolutivos (pápulas, vesículas, pústulas
tosse) de um indivíduo infectado ou e crostas) estejam presentes
pelo contato direto com o líquido das simultaneamente. A evolução para a
vesículas. É possível a transmissão da cura, comumente, ocorre em até uma
varicela través da placenta. semana, embora lesões crostosas
residuais possam persistir por 2 a 3
Medidas de proteção : A doença pode
semanas e algumas pequenas cicatrizes
ser evitada através da utilização da
permaneçam indefinidamente.
vacina contra a varicela.
Tratamento: Todas as pessoas que
Sintomatologia : Em crianças, em
apresentam manifestações clínicas
geral, as manifestações iniciais da
compatíveis com varicela devem ser
varicela são as lesões de pele. É comum
avaliadas por médico tão logo possível.
em adultos ocorrer febre e prostração,
Os antitérmicos (paracetamol,
um a dois dias antes do aparecimento
dipirona), caso sejam necessários,
das lesões cutâneas. As lesões de pele
podem ser utilizados para controlar a
surgem como pequenas máculo-pápulas
febre. Os medicamentos que
("pequenas manchas vermelhas
contenham em sua formulação o ácido
elevadas"), que em algumas horas
acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®,
tornam-se vesículas ("pequenas bolhas
Doril®, Melhoral® etc) não devem ser
com conteúdo líquido claro"), das quais
usados em crianças com Varicela, pela
algumas se rompem e outras evoluem
possibilidade de Síndrome de Reye
para formação de pústulas ("bolhas com
(doença rara, de alta letalidade,
pus") e posteriormente (em 1 a 3 dias)
caracterizada pelo comprometimento
formam-se crostas, resultando em cerca
do sistema nervoso central e do fígado
de 200 a 500 lesões, que causam intenso
associado ao uso deste medicamento
prurido ("coceira"). As primeiras lesões
durante infecções virais em crianças).
comumente aparecem na cabeça ou
O uso do ácido acetil-salicílico, por
pescoço, mas a medida que estas
provocar alterações na função das
evoluem, rapidamente vão surgindo
plaquetas, pode ainda aumentar o
novas lesões em tronco e membros e
risco de episódios de sangramentoem
também em mucosas (oral, genital,
pessoas de qualquer idade. O prurido

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pode ser atenuado com banhos ou disponível uma vacina altamente

compressas frias e com a aplicação de eficaz. A doença é transmitida por
soluções líquidas contendo cânfora ou mosquitos e ocorre exclusivamente na
mentol ou óxido de zinco. Quando América Central, na América do Sul e
muito intenso, pode ser necessário na África. No Brasil, a febre amarela é
utilizar medicamentos (como a geralmente adquirida quando uma
dexclorfeniramina ou a cetirizina), pessoa não vacinada entra em áreas de
ajustando-se a dose pelo peso do transmissão silvestre (regiões de
doente, para evitar sonolência cerrado, florestas).
excessiva. Para reduzir o risco de
Transmissão : A transmissão pode
infecção bacteriana na pele,
ocorrer em áreas urbanas, silvestres e
principalmente em crianças, as unhas
rurais ("intermediária", em fronteiras
devem ser cortadas para evitar
de desevolvimento agrícola).As
traumatismo durante o ato de coçar. A
manifestações da febre amarela não
higiene corporal deve ser observada,
dependem do local onde ocorre a
bastando para isto a limpeza com água e
transmissão. O vírus e a evolução
sabão. Não existe comprovação
clínica são idênticos. A diferença está
científica de benefício do uso de
apenas nos transmissores e no local
substâncias como o permanganato de
geográfico de aquisição da infecção.
potássio e soluções iodadas para a
higiene das lesões de pele. Esta prática,
Medidas de proteção individual :
pode ainda resultar em danos, incluindo
Vacinação contra a febre amarela.
queimaduras e reações alérgicas.
Quando ocorrerem, as complicações
Manifestações :A maioria das pessoas
bacterianas (infecção secundária da
infectadas com o vírus da febre amarela
pele, pneumonia e sepse) devem ser
ntomas discretos ou não apresenta
tratadas com antibióticos adequados,
manifestações da doença. Os sintomas
receitados pelo médico.
da febre amarela , em geral aparecem
entre 3 e 6 dias (período de incubação)
5.6-FEBRE AMARELA
após a picada de um mosquito
A febre amarela é uma doença infectado. As manifestações iniciais são
infecciosa causada por um flavivírus (o febre de início súbito, sensação de mal
vírus da febre amarela , para a qual está estar, dor de cabeça, dor muscular,

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cansaço e calafrios. Em algumas horas
podem surgir náuseas, vômitos e,
eventualmente, diarréia. Após três ou
quatro dias, a maioria dos doentes
(85%) recupera-se completamente e fica
permanentemente imunizado contra a
doença.
Tratamento : não tem tratamento
específico. As pessoas com suspeita
desta, devem ser internadas para
investigação diagnostica e tratamento de
suporte, que é feito basicamente com
hidratação e antitérmicos. Não deve ser
utilizado remédio para dor ou febre,
acetil-salicílico (AAS®, Aspirina®,
Melhoral® etc.), que pode aumentar o
risco de sangramentos. Pelo menos
durante os cinco primeiros dias de
doença é imprescindível que estejam
protegidas com mosquiteiros, uma vez
que durante esse período podem ser
fontes de infecção para o Aëdes aegypti.
As formas graves da doença necessitam
de tratamento intensivo e medidas
terapêuticas adicionais como diálise
peritonial e, eventualmente, transfusões
de sangue.
5.7-COQUELUCHE
é uma doença extremamente contagiosa
provocada pelas bactérias Bordetella
pertussis e Bordetella parapertussis que
ao entrar no organismo permanece
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incubada até 14 dias. Se desenvolvem
no nariz, boca e garganta e após tal
período de incubação invade o aparelho
respiratório liberando nele suas toxinas
produzidas que fazem com que haja
superprodução do muco, impede a
fagocitose e desregula a ação das
células que fazem a fagocitose
(macrófagos). É transmitida duas
semanas antes até três semanas depois
do início da tosse após uma pessoa
doente espirrar, falar ou tossir. Também
pode se contrair a doença quando
compartilha-se lençóis, copos e outros
objetos pessoais.
Se manifesta em três fases: catarral que
dura até 14 dias, paroxística que dura
até 6 semanas e fase de convalescença
que permanece por até 3 semanas.
Sintomas :Inflamação dos brônquios,
febre baixa, tosse seca, coriza, espirros,
vômito, sudorese, expectoração e
posteriormente com a agravação da
doença manifesta perda de consciência,
convulsão, pneumonia, encefalite,
lesões cerebrais, óbito.
Tratamento :O tratamento utiliza
antibióticos para combater as bactérias,
onde normalmente utiliza-se a
eritromicina já que é eficaz e pouco
tóxica. Neste caso, o emprego de
imunoglobulina humana ainda não é
1
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comprovadamente eficaz. É importante vermes, a pessoa contaminada pode se

descansar muito, ingerir bastante tornar portadora do parasita sem
líquidos, utilizar oxigênio e sedativos nenhum sintoma, ou ao longo do tempo
leves para controlar crises de tosse. apresentar os sintomas iniciais de
forma mais crônica. Outros sintomas
Prevenção :A doença pode ser
são decorrentes da obstrução das veias
prevenida através da vacina tríplice que
do baço e do fígado com aumento dos
é administrada na criança com dois
mesmos e desvio de sangue podem
meses de vida com reforços
causar dores na parte superior
subseqüentes. Se uma pessoa sã for
esquerda do abdômen e vômitos com
exposta a um doente deve procurar
sangue
auxílio médico para que este prescreva
antibióticos para prevenir a doença. Tratamento: O tratamento é feito
usando antiparasitários(substâncias
5.8-ESQUITOSSOMOSE OU
químicas tóxicas ao parasita. O
BILHARZIOSE:é a doença provocada
medicamento mais indicado é o
por um parasita, o esquistossomo
Prazinquantel, que vem na forma de
(gênero Schistosoma). São três as
comprimidos que normalmente é
espécies que atacam o homem: S.
ingerido via oral uma vez por dia, o que
haematobium, agente da
já basta para eliminar o parasita e a
esquistossomose vesical; S. mansoni,
disseminação de ovos ao meio
responsável pela esquistossomose
ambiente. Nos casos de doença crônica
intestinal; e S. japonicum, encontrada
um tratamento específico é necessário.
no Extremo Oriente e responsável por
uma esquistossomose arteriovenosa, a A prevenção da esquistossomose é na
mais grave delas. Várias outras espécies verdade muito simples, veja algumas
desse gênero parasitam outros maneiras de se evita-la:
mamíferos e mesmo o homem.
- Identificando as pessoas
Sintomas :4 a 8 semanas após a contaminadas e dando-lhes tratamento.
contaminação começam a aparecer
- Melhorias no sistema de saneamento
sintomas como, febre, dor de cabeça,
básico das regiões de risco.
náuseas, calafrios, dores abdominais,
inapetência, vômitos e tosse
seca.Dependendo da quantidade de

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- Eliminação do hospedeiro Protozoário Tipo de malária Ciclo

intermediário(Caramujo). (duração)
Plasmodium vivax terça benigna 48
- Distribuição de cartilhas sobre a
horas
doença à população.
Plasmodium malariae quartã 72 horas
Plasmodium falciparum terçã maligna
Diagnóstico :de infecção de
(fatal) 24 a 48 horas
esquistossomose é importante saber
se a pessoa esteve em alguma área onde
Profilaxia da Malária (Prevenção)
há registro de casos da doença, além dos
sintomas apresentados desde então. • Drenando-se
Além disso, exames de fezes e urinas valas e banhados,
são essenciais. Recentemente há exames as fêmeas dos
que detectam no sangue a presença de mosquitos não
anticorpos que atuam contra o parasita. terão mais local
apropriado para a
5.9-MALÁRIA
postura;

A malária é uma das mais importantes • A criação de

doenças tropicais do mundo e peixes

apresenta-se bastante difundida no larvófagos, isto

mundo. Essa doença caracteriza-se por é, que se

desencadear acessos periódicos de alimentam de

febres intensas que debilitam larvas dos

profundamente o doente. A malária mosquitos,

provoca lesões no fígado, no baço e em produz bons

outros órgãos, além de anemia profunda resultados;

devido à destruição maciça dos glóbulos • O uso de

vermelhos que são utilizados pelo repelentes e a

Plasmodium para reproduzir-se. utilização de tela

nas janelas
Tipos de Plasmodium que são impedem que os
transmitidos por diferentes espécies mosquitos se
de mosquito. aproximem do
homem;

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• Evitar o acúmulo vacina contra a

de pneus velhos, malária.
latas, vasos e
Tratamento : visa principalmente a
outros
interrupção da esquizogonia sangüínea,
recipientes que
responsável pela patogenia e
armazenam água,
manifestações clínicas da infecção.
possibilitando a
Entretanto, pela diversidade do seu ciclo
reprodução do
biológico, é também objetivo da
mosquito.
terapêutica proporcionar a erradicação
• Certas árvores,
de formas latentes do parasita no ciclo
como o eucalipto
tecidual (hipnozoítos) do P. vivax,
podem ser
evitando assim as recaídas tardias. Além
usadas como
disso, a abordagem terapêutica de
plantas
pacientes residentes em áreas
drenadoras,
endêmicas, pode visar também à
porque absorvem
interrupção da transmissão, pelo uso de
muita água do
drogas que eliminam as formas
solo. Não
sexuadas dos parasitos. Para atingir
havendo água
esses objetivos, diversas drogas com
estagnada, as
diferentes mecanismos de ação são
fêmeas dos
utilizadas, tentando impedir o
mosquitos não
desenvolvimento do parasito no
terão local
hospedeiro. O Ministério da Saúde
adequado para a
através de uma política nacional de
postura;
medicamentos para tratmento da
• Educação
malária, disponibiliza gratuitamente
sanitária e o
essas drogas em todo o território
tratamento
nacional através das unidades do
medicamentoso
Sistema Único de Saúde (SUS).
(alcalóides) dos
enfermos são 5.10-CAXUMBA
medidas
indispensáveis. É uma doença contagiosa ocasionada
Ainda não há por vírus, estes são transmitidos por

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gotas de espirros, tosse ou por contato transmitido ao homem pelas fezes do

direto. inseto hematófago conhecido
popularmente como "bicho-barbeiro",
Sintomas :Os sintomas são inchaço da "procotó", "chupança", "percevejo-
glândula parótida em frente a orelha, do-mato", "gaudércio", etc.
dor na glândula inchada com tato ou
A transmissão pode ser feita também
pressão, dor aumentada com a
pela transfusão sangüínea, placenta e
mastigação, febre acima de 37ºC, dores
pelo aleitamento materno. A
de cabeça, e garganta inflamada. É uma
disseminação da doença está
doença de transmissão respiratória e que
profundamente relacionada com as
ataca normalmente as crianças.
condições de vida da população,
principalmente de habitação, e com as
A caxumba é uma doença inofensiva,
oportunidades econômicas e sociais que
porém pode provocar complicações
lhe são oferecidas.
como inchaço nos testículos e ovários, e
em casos raros resultar em esterilidade.
Modo de transmissão: O "barbeiro",
O coração e as articulações (juntas)
em qualquer estágio do seu ciclo de
também podem ser acometidos.
vida, ao picar uma pessoa ou animal
com tripanossomo, suga juntamente
O diagnóstico é feito através de exame
com o sangue formas de T.cruzi,
de sangue.
tornando-se um " barbeiro" infectado.
Os tripanossomos se multiplicam no
A prevenção é realizada devido a
intestino do "barbeiro", sendo
eficácia da vacina tríplice viral.
eliminados através das fezes.
A transmissão se dá pelas fezes que o
"barbeiro"deposita sobre a pele da
pessoa, enquanto suga o sangue.
Geralmente, a picada provoca coceira e
5.11-DOENÇA DE CHAGAS
o ato de coçar facilita a penetração do
tripanossomo pelo local da picada. O
Trata-se de uma infecção generalizada
T.cruzi contido nas fezes do "barbeiro"
basicamente crônica, cujo agente
pode penetrar no organismo humano,
etiológico é o protozoário flagelado
também pela mucosa dos olhos, nariz e
Trypanosoma cruzi, habitualmente

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boca ou através de feridas ou cortes setores do organismo, salientando-se o

recentes existentes na pele. coração e o aparelho digestivo.

Quadro clínico: Diagnóstico: O diagnóstico,

compreende o exame clínico e
Os sinais iniciais da doença se
laboratorial (pesquisa do parasito no
produzem no próprio local, onde se deu
sangue), na fase aguda e exame clínico,
a contaminação pelas fezes do inseto.
sorológico, eletrocardiograma e raio X,
Estes sinais, surgem mais ou menos de
na fase crônica. Nos dois casos, deve-se
4 a 6 dias, após o contato do "barbeiro
levar em consideração a investigaçãop
"com a sua vítima.
epidemiológica.
Os sintomas variam de acordo com a
fase da doença que pode ser Tratamento: As drogas hoje
classificada em aguda e crônica. disponíveis, são eficázes, apenas na fase
inicial da enfermidade, daí a
Fase aguda: Febre, mal estar, falta de
importância da descoberta precoce da
apetite, edemas localizados na pálpebra
doença..
(sinal de Romanã) ou em outras partes
do corpo (chagoma de inoculação), Vacinação: Ainda, não se dispõe de
infartamento de gânglios, aumento do vacina para uso imediato.
baço e do fígado e distúrbios cardíacos.
5.12-TUBERCULOSE
Em crianças, o quadro pode se agravar e
levar à morte. Frequentemente, nesta
A Tuberculose é uma doença
fase, não há qualquer manifestação
infecciosa causada pelo Mycobacterium
clínica a doença pode passar
tuberculosis ou bacilo de Koch em
desapercebida.
homenagem ao seu descobridor, o
bacteriologista alemão Robert Koch, em
Fase crônica: Nesta fase, muitos
1882. . Apesar das inúmeras
pacientes podem passar um longo
localizações possíveis da doença, em
período, ou mesmo toda a sua vida, sem
cerca de 90% dos casos, inicia-se pelos
apresentar nenhuma manifestação da
pulmões.
doença, embora sejam portadores do
Nas crianças, via de regra, a transmissão
T.cruzi . Em outros casos, a doença
ocorre pela ingestão de leite de vaca
prossegue ativamente, passada a fase
contaminado, podendo aparecer a
inicial, podendo comprometer muitos

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tuberculosa pulmonar, a renal, a óssea, tratamento, ao menos em seu início, é

na pele, etc. feito num hospital especializado
(sanatório). Usa-se um verdadeiro
Sintomatologia :Na tuberculose arsenal de antibióticos e, por vezes,
pulmonar, geralmente a primeira métodos cirúrgicos.
infecção por bacilos se estabelece sem
5.13-HANSENÍASE
apresentar sintomas ou com sintomas
discretos, como perda do apetite, fadiga,
A hanseníase é uma doença infecciosa
irritação. Muitas vezes, os sintomas
de evolução prolongada causada pelo
assemelham-se aos da gripe ou do
bacilo denominado Mycobacterium
resfriado comum. Podem surgir febre,
leprae ou bacilo de Hansen, .
tosse seca, sudorese noturna e
emagrecimento. Transmissão : Relativamente pouco
Por outro lado, em alguns casos, a contagiante, a forma de contágio mais
evolução origina conseqüências comum é a direta (pessoa a pessoa),
graves.Ocorre a reativação dos focos entre outras vias, por descargas nasais
primários, caseificação progressiva infectadas. Existe maior predisposição
(necrose do tecido) e cavernização, na infância, em condições sanitárias
caracterizando a tuberculose crônica. deficientes e de subnutrição.

Profilaxia : Na prevenção, Sintomatologia

principalmente em crianças recém-
nascidas, usa-se a vacina BCG (bacilo
de Calmet-Guérin). Evitar o convívio
com tuberculoso contagiante e só
consumir leite pasteurizado ou fervido
adequadamente. Talvez a prevenção
mais eficaz seja melhorar o padrão de
vida da população, as condições de
habitação,
alimentação.Também é importante a
descoberta de casos ocultos, através de
radiografias (abreugrafia)
cutâneo (prova de tuberculina). O
O período de incubação é de 3 a 5 anos.
A classificação das formas clínicas da
hanseníase divide-se basicamente em
quatro: indeterminada, tuberculóide,
dimorfa e virchowiana. Os dois tipos
mais importantes são a tuberculóide e a
virchowiana ou lepromatosa. A
formatuberculóide é carcterizada por
trabalho, nódulos sob a pele e regiões de
anestesia circunscrita, pelas lesões dos
nervos periféricos. A forma mais grave
e teste é a vichowiana ou lepromatosa que

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causa ulcerações e deformidades, com barreira hematoencefalica. Agentes

mutilações de mãos, nariz e orelhas. mais frequentes:

5.14-MENINGITE é uma inflamação - Neisséria meningitides

das meninges e do L.C.R. interposto. O (meningococos)
processo inflamatório estende-se por
- Haemophilus influenza tipo 3
todo o espaço sub-aracnoide em torno
do encéfalo e da medula espinal e
- Streptococus pneumoniae
costuma envolver os ventrículos.
(pneumococo)

TIPOS DE MENINGITE MAIS

MANIFESTAÇÕES CLINICAS As
COMUNS – Bacteriana ou piogénica
manifestações clinicas, dependem em
meningococos ( bactérias formadoras de
grande medida : - da idade do doente; -
pûs ) bacilos influenza pneumococos
da duração da doença; - da resposta á
infecção.Na maioria dos casos, há um
# – Meningite Tuberculosa - bacilos
período de 3 dias de doença antes do
da tuberculose
aparecimento incontestável de
# –Meningite Asséptica ou Viral – meningite.
agentes virais

MENINGITE BACTERIANA É uma

Sinais meningeos :
inflamação das membranas que cobrem
o cérebro e a espinal medula, causada
- rigidez da nuca
por microorganismos piogenicos e
caracterizada por L.C.R. turvo, com - Brudzinski
proteinorraquia aumentada, glicorraquia
- Kernig
diminuída e hipercitose á custa de
leucócitos polimorfonucleares
# Crianças com mais de 2 anos :
alterados.>>
- mal estar geral;
ETIOLOGIA Pode ser causada por
- febre (38-40ºc );
bactérias patogénicas e não patogénicas.
- calafrios;
Todos os Mo podem causar meningite
- cefaleia intensa;
desde que consigam atravessar a
- vómitos;

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- dores generalizadas; - choro débil;

- convulsão ( ocasionalmente ) - hipotermia ou febre;
irritação; - icterícia;
- sinais meningeos presentes; - sonolência;
- exantemas petéquiais ou - convulsões;
púrpuricos
DIAGNOSTICO : Em alguns casos,
Estes sintomas tendem a agravar-se, as culturas de material colhido no nariz
podendo mesmo originar um estado de e garganta, podem oferecer informações
coma. valiosas

# Lactentes e crianças pequenas : - exame físico

Raramente é observado o quadro - Exame do Liquor (diag.
clássico de meningite Os sinais Definitivo)
meningeos, não contribuem para o
TERAPÊUTICA : A conduta
diagnóstico por serem de difícil
terapêutica inicial compreende :
avaliação.

- isolamento;
Podem apresentar :
- instituição de antibioterapia;
- febre; vómitos; - manutenção de Hidratação;
- irritabilidade; - manutenção de ventilação;
- convulsões; - controle de convulsões;
- choro; - controle de temperatura;
- rigidez da nuca. - correcção de anemia.

# - Período neonatal De diagnóstico PREVENÇÃO : Nas meningites

difícil. Por vezes pode ser definido com
um << a criança não está bem.
Os sintomas mais frequentes são:
- recusa alimentar;
- escassa capacidade de sucção;
- vómitos e/ou diarreia;
- tónus fraco;
neonatais, a prevenção é feita com a
melhoria da assistência obstétrica. #
Pode ser feita através da vacinação, com
vacinas para meningococos tipo A e
tipo C. # Prevenção de infecções
respiratórias e dos ouvidos.
MENINGITE NÃO BACTERIANA
( ASSÉPTICA ) É um síndrome

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benigno causado porinumeros agentes, mas não a imunidade. O tétano pode

principalmente vírus, e está ser adquirido através da contaminação
frequentemente associada a outras de ferimentos (tétano acidental),
doenças, como o sarampo, parotidite e inclusive os crônicos (como úlceras
leucemia. varicosas) ou do cordão umbilical.Os
esporos do Clostridium tetani são
encontrados habitualmente no solo e,
sem causar o tétano, nos intestinos e
5.15-TÉTANO
fezes de animais (cavalos, bois,
O tétano é uma doença infecciosa grave carneiros, porcos, galinhas etc).
causada por uma neurotoxina produzida Também podem ser encontrados,
pelo Clostridium tetani, uma bactéria principalmente em áreas rurais, na pele
encontrada comumente no solo sob a (integra), no intestino e fezes de seres
forma de esporos (formas de humanos, sem causar a doença. Quando
resistência). O tétano, uma doença em condições anaeróbicas (ausência de
imunoprevenível, pode acometer oxigenio), como ocorre em ferimentos,
indivíduos de qualquer idade e não é os esporos germinam para a forma
transmissível de uma pessoa para outra. vegetativa do Clostridium tetani, que
A ocorrência da doença é mais multiplica-se e produz exotoxinas.
freqüente em regiões onde a cobertura
vacinal da população é baixa e o acesso
á assistência médica é limitado.

Transmissão: O tétano é uma doença

infecciosa, não transmissível de um
indivíduo para outro, que pode ocorrer
em pessoas não imunes ou seja, sem
niveis adequados de anticorpos
protetores. Os anticorpos protetores são
induzidos exclusivamente pela
aplicação da vacina antitetânica, uma
vez que a neurotoxina, em razão de
atuar em quantidades extremamente
reduzidas, é capaz de produzir a doença,
Tipos de tétano
Tétano acidental - (decorrente de
acidentes) é, geralmente, é adquirido
através da contaminação de ferimentos
(mesmo pequenos) com esporos do
Clostridium tetani, que são encontrados
no ambiente (solo, poeira, esterco,
superfície de objetos - principalmente
quando metálicos e enferrujados). O
Clostridium tetani, quando contamina

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ferimentos, sob condições favoráveis
(presença de tecidos mortos, corpos
estranhos e sujeira), torna-se capaz de
multiplicar-se e produzir
tetanospasmina, que atua em terminais
nervosos, induzindo contraturas
musculares intensas.
Tétano Neonatal As gestantes que
nunca foram vacinadas, além
estarem desprotegidas não passam
anticorpos protetores para o filho, o que
acarreta risco de tétano neonatal para o
recém-nato (criança com até 28 dias de
idade). Este tétano também chamado de
mal de sete dias é adquirido quando
ocorre contaminação do cordão
umbilical com esporos do Clostridium
tetani. A contaminação pode ocorrer
durante a secção do cordão com
instrumentos não esterilizados ou pela
utilização subseqüente de substâncias
contaminadas para realização
curativo no coto umbilical (esterco,
fumo, pó de café, teia de aranha etc).
Medidas de proteção individual : É
uma doença imunoprevenível. Como
não é possível eliminar os esporos do
Clostridium tetani do ambiente, para
evitar a doença é essencial que todas as
pessoas estejam adequadamente
vacinadas..
A vacina contra o tétano (toxóide
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tetânico) . A vacina está disponível nos
Centros Municipais de Saúde e PSFs
para pessoas de qualquer idade. O
esquema básico de vacinação na
infância é feito com três doses da
vacina tetravalente (DTP + Hib), que
confere imunidade contra difteria,
tétano, coqueluche e infecções graves
pelo Haemophilus influenzae tipo b
de
(inclusive meningite), aos dois, quatro e
seis meses, seguindo-se de um reforço
com a DTP aos 15 meses e outro entre
quatro e seis anos de idade. Em
adolescentes e adultos não vacinados, o
esquema vacinal completo é feito com
três doses da dT (vacina dupla), que
confere proteção contra a difteria e o
tétano. O esquema padrão de
vacinação (indicado para os maiores
de sete anos) preconiza um intervalo
de um a dois meses entre a primeira e a
segunda dose e de seis a doze meses
de
entre a segunda e a terceira dose, no
intuito de assegurar títulos elevados de
anticorpos protetores por tempo mais
prolongado. Admite-se, entretanto, que
a vacinação possa ser feita com
intervalo mínimo de 30 dias entre as
doses. Para os que iniciaram o esquema
e interromperam em qualquer época,
basta completar até a terceira dose,
independente do tempo decorrido desde
a última aplicação. Para assegurar
proteção permanente, além da série
2
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básica, é necessária a aplicação de uma bactéria chamada Leptospira presente

dose de reforço a cada dez anos, uma na urina de ratos e outros animais.
vez que os níveis de anticorpos contra o
Transmissão : Em situações de
tétano (e contra a difteria) vão se
enchentes e inundações, a urina dos
reduzindo com o passar do tempo. A
ratos, presente em esgotos e bueiros,
dT pode ser administrada com
mistura-se à enxurrada e à lama dos
segurança em gestantes e constitui a
alagamentos. A pessoa que tem contato
principal medida de prevenção do
com água de enchente ou lama pode se
tétano neonatal, não se eximindo a
contaminar. As bactérias presentes na
importância do parto em condições
água penetram no corpo humano pela
higiênicas e do tratamento adequado do
pele, principalmente se houver algum
coto umbilical. Para garantir proteção
arranhão ou ferimento.O contato com
adequada para a criança contra o risco
água ou lama de esgoto, lagoas ou rios
de tétano neonatal, a gestante que tem o
contaminados e terrenos baldios com a
esquema vacinal completo com a última
presença de ratos também podem
dose feita há mais de cinco anos deve
facilitar a transmissão da
receber um reforço no sétimo mês da
leptospirose.As pessoas que correm
gravidez.
mais perigo são aquelas que vivem à
5.16-LEPTOSPIROSE beira de córregos e em locais onde haja
ratos contaminados, lixo e também,
febre dos pântanos, doença dos
aquelas que trabalham na coleta de lixo,
porqueiros, tifo canino.
em esgotos, plantações de cana-de-
açúcar, de arroz, etc.Também é possível
É doença infecciosa, uma zoonose,
contrair a doença por ingestão de
causada por uma série de bactérias de
alimentos contaminados ou pelo contato
aspecto muito peculiar lembrando um
direto da boca em latas de refrigerantes
saca – rolhas, chamada leptospira. A
e cervejas. Lembre-se que com enorme
forma mais grave da doença e com mais
freqüência as latas ficam estocadas em
alta mortalidade é associada ao
armazéns infestados por roedores que
Leptospira icterohaemorrhagiae,
podem urinar e contaminá-las. A
chamada, com mais propriedade,
mordida de ratos também pode
doença de Weil. O agente etiológico É
transmitir a leptospirose, pois os ratos
uma doença infecciosa causada por uma
têm o hábito de lamber a genitália e

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assim poderia inocular a bactéria ao
morder uma pessoa. A rede de esgoto
precária, a falta de drenagem de águas
pluviais, a coleta de lixo inadequada e
as conseqüentes inundações
condições favoráveis para
aparecimento de epidemias. Assim, a
doença atinge em maior número pessoas
de baixo nível sócio-econômico, que
vivem nas periferias das grandes
cidades.
Quadro clínico Os sinais e sintomas da
leptospirose aparecem entre dois e trinta
dias após a infecção (período de
incubação), sendo em média de dez
dias.
Os primeiros sinais e sintomas :
Fraqueza, dor no corpo, dor de cabeça e
febre, sendo que, às vezes, a doença é
confundida com gripe, dengue ou algum
outro tipo de virose. Com o aumento da
febre podem ocorrer calafrios, mal-
estar, dor na batata das pernas
(panturrilhas), fortes dores na barriga e
também o aparecimento de
amarelada na pele (icterícia). Vômitos e
diarréia podem levar à desidratação.É
comum que os olhos fiquem muito
avermelhados. Em alguns pacientes os
sinais e sintomas podem ressurgir após
dois ou três dias de aparente melhora.
Nesse período, é comum aparecer
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manchas avermelhadas pelo corpo e
pode ocorrer meningite, que geralmente
não é grave.
O diagnóstico da doença é confirmado
são
através de exames de sangue
o
(sorologia). Complicações Os pacientes
que têm icterícia geralmente
desenvolvem uma forma mais grave,
com manifestações hemorrágicas na
pele, sangramentos pelo nariz, gengivas
e pulmões e pode ocorrer insuficiência
dos rins, o que causa diminuição do
volume urinário. As formas graves
podem levar ao coma e à morte em 10%
dos casos.
Tratamento: . O tratamento se baseia
em hidratação, e o antibiótico deve ser
dado até o 4º dia de doença, devendo ser
receitado pelo médico. Podem ser dados
analgésicos, porém, está contra-
indicado o uso de ácido acetilsalicílico e
de antiinflamatórios, que podem
aumentar o risco de sangramentos.Os
casos leves podem ser tratados em casa,
cor após consulta médica. Os pacientes com
as formas com icterícia e hemorragias
devem ser internados.
Prevenção : Primeiramente não se deve
entrar em contato com água e lama de
enchentes, proibindo as crianças de
fazê-lo.Uso de EPIs para quem trabalha
em contato com esgoto ou lixo deve
3
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usar botas e luvas de borracha. Se o 1. Manter os alimentos

contato for inevitável, usar as proteções guardados em
individuais citadas ou improvisar sacos vasilhames tampados;
plásticos amarrados nos pés e mãos, 2. Colocar o lixo em sacos
ficando o menor tempo possível em plásticos resistentes e em
contato com as águas.Objetos que latões fechados;
tiveram contato com águas de enchentes 3. Se tiver em casa cães,
devem ser desinfetados com água gatos ou outros animais
sanitária (4 xícaras de café diluídos em de estimação, retirar e
20 litros de água) e os alimentos devem lavar os vasilhames de
ser descartados. Água de poço deve ser alimento do animal todos
clorada ou fervida antes de beber.Se o os dias antes do
contato com águas de enchente já anoitecer, para não atrair
ocorreu, o risco de contaminação da ratos;
pessoa será maior de acordo com: 4. Manter limpos e
desmatados os terrenos
• A concentração de bactérias na baldios;
água, o tempo que a pessoa 5. Não jogar lixo perto de
ficou em contato com as águas, córregos, para não atrair
contato com mucosas, a ratos e não dificultar o
presença de lesões de pele e a escoamento das águas,
imunidade do indivíduo. agravando as enchentes;
• Deve-se ficar atento por alguns 6. Fechar buracos de telhas,
dias e, se a pessoa adoecer, deve paredes e rodapés;
procurar o médico o mais breve Manter as caixas d’água,
possível, contando sobre o risco ralos e vasos sanitários
de contágio de leptospirose. fechados com tampas
pesadas;
Como os ratos sãos os principais
7. Outros animais
transmissores da doença para o ser
domésticos também
humano, diversos cuidados devem ser
podem transmitir a
tomados para evitar a proliferação
Leptospira pela urina se
destes roedores, tais como:
estiverem infectados,
portanto deve-se evitar

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contato com excreções vírus causador da doença possui quatro

de animais, limpar as sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e
áreas diariamente e de DEN-4.
preferência com a
No Brasil, já foram encontrados da
proteção de luvas e
dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo
calçados emborrachados.
4 foi identificada apenas na Costa Rica.
8. Cães, bovinos e suínos
devem ser vacinados
Formas de apresentação - A dengue
anualmente contra
pode se apresentar – clinicamente - de
leptospirose.
quatro formas diferentes formas:
9. Deve-se evitar ingerir
Infecção Inaparente, Dengue Clássica,
bebidas diretamente de
Febre Hemorrágica da Dengue e
latas ou garrafas sem que
Síndrome de Choque da Dengue. Dentre
essas sejam lavadas
eles, destacam-se a Dengue Clássica e a
adequadamente.
Febre Hemorrágica da Dengue.
10. Deve-se usar copo limpo
ou descartável ou canudo Infecção Inaparente A pessoa está
plástico descartável. - infectada pelo vírus, mas não apresenta
Obs: Não existe vacina nenhum sintoma. A grande maioria das
disponível para seres infecções da dengue não apresenta
humanos. sintomas. Acredita-se que de cada dez
pessoas infectadas apenas uma ou duas
5.17-DENGUE
ficam doentes.

A dengue é uma doença infecciosa

- Dengue Clássica - A Dengue Clássica
febril aguda causada por um vírus da
é uma forma mais leve da doença e
família Flaviridae e é transmitida
semelhante à gripe. Geralmente, inicia
através do mosquito Aedes aegypti,
de uma hora para outra e dura entre 5 a
também infectado pelo vírus.
7 dias. A pessoa infectada tem febre alta
Atualmente, a dengue é considerada um
(39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço,
dos principais problemas de saúde
dor muscular e nas articulações,
pública de todo o mundo.
indisposição, enjôos, vômitos, manchas
vermelhas na pele, dor abdominal
Tipos de Dengue - Em todo o mundo,
(principalmente em crianças), entre
existem quatro tipos de dengue, já que o

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outros sintomas. Os sintomas da complicações, como alterações

Dengue Clássica duram até uma neurológicas, problemas
semana. Após este período, a pessoa cardiorrespiratórios, insuficiência
pode continuar sentindo cansaço e hepática, hemorragia digestiva e
indisposição. derrame pleural.Entre as principais
manifestações neurológicas, destacam-
- Dengue Hemorrágica: A Dengue
se: delírio, sonolência, depressão, coma,
Hemorrágica é uma doença grave e se
irritabilidade extrema, psicose,
caracteriza por alterações da coagulação
demência, amnésia, paralisias e sinais
sanguínea da pessoa infectada.
de meningite. Se a doença não for
Inicialmente se assemelha a Dengue
tratada com rapidez, pode levar à morte.
Clássica, mas, após o terceiro ou quarto
dia de evolução da doença surgem Medidas gerais de prevenção: O
hemorragias em virtude do sangramento melhor método para se combater a
de pequenos vasos na pelo e nos órgãos dengue é e vitando a procriação do
internos. A Dengue Hemorrágica pode mosquito Aedes aegypti, que é feita em
provocar hemorragias nasais, gengivais, ambientes úmidos em água parada, seja
urinárias, gastrointestinais ou uterinas. ela limpa ou suja.A fêmea do mosquito
Na Dengue Hemorrágica, assim que os deposita os ovos na parede de
sintomas de febre acabam a pressão recipientes (caixas d'água, latas, pneus,
arterial do doente cai, o que pode gerar cacos de vidro etc.) que contenham
tontura, queda e choque. Se a doença água mais ou menos limpa e esses ovos
não for tratada com rapidez, pode levar não morrem mesmo que o recipiente
à morte. fique seco.

- Síndrome de Choque da Dengue:

Importante que sejam adotadas as
Esta é a mais séria apresentação da
seguintes medidas:
dengue e se caracteriza por uma grande
- Não se deve deixar objetos que
queda ou ausência de pressão arterial. A
possam acumular água expostos à
pessoa acometida pela doença apresenta
chuva. Os recipientes de água devem
um pulso quase imperceptível,
ser cuidadosamente limpos e tampados.
inquietação, palidez e perda de
Não adianta apenas trocar a água, pois
consciência. Neste tipo de apresentação
os ovos do mosquito ficam aderidos às
da doença, há registros de várias
paredes dos recipientes. Portanto, o

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que deve ser feito, em casa, escolas,
creches e no trabalho,
• substituir a água dos vasos das plantas
por terra e esvaziar o prato coletor,
lavando-o com auxílio de uma escova;
• utilizar água tratada com água
sanitária a 2,5% (40 gotas por litro de
água) para regar bromélias, duas vezes
por semana*. 40 gotas = 2ml;
• não deixar acumular água nas calhas
do telhado;
• não deixar expostos à chuva pneus
velhos ou objetos (latas, garrafas, cacos
de vidro) que possam acumular água;
• acondicionar o lixo domiciliar em
sacos plásticos fechados ou latões com
tampa;
• tampar cuidadosamente caixas d'água,
filtros, barris, tambores, cisternas etc.
Medidas do governo: Para reduzir a
população do mosquito adulto, é feita a
aplicação de inseticida através do
"fumacê", que deve ser empregado
apenas quando está ocorrendo
epidemias. O "fumacê" não acaba com
os criadouros e precisa ser sempre
repetido, o que é indesejável, para matar
os mosquitos que vão se formando. Por
isso, é importante eliminar
criadouros do mosquito transmissor.
5.18-RAIVA
A raiva , também conhecida como
é: hidrofobia (quando ocorre na forma
virótica) é uma doença causada por um
vírus da família rhabdoviridae, gênero
Lyssavirus. O agente causador da raiva
pode infectar qualquer animal de sangue
quente, porém só irá desencadear a
doença em mamíferos, como por
exemplo cachorros, gatos, ruminantes e
primatas (como o homem).
O vírus da Raiva é um Rhabdovirus
com genoma de RNA simples de
sentido negativo (a sua cópia é que é
lida como mRNA na síntese protéica).
O vírus tem envelope bilípidico, cerca
de 100 nanômetros e forma de bala.
Prevenção : A vacina contra a Raiva
deve-se ao célebre
microbiologista francês Louis
Pasteur, que a desenvolveu em
1886.
Sintomatologia : Na fase inicial há
apenas dor ou comichão no local da
mordidela, náuseas, vômitos e mal estar
moderado ("mau humor"). Na fase
excitativa que se segue, surgem
espasmos musculares intensos da
faringe e laringe com dores excruciantes
os
na deglutição, mesmo que de água. O
indivíduo ganha por essa razão um
medo irracional e intenso ao líquido,
chamado de hidrofobia (por isso

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também conhecida por este nome). todo. Outro período particularmente de

Logo que surge a hidrofobia a morte já risco para se adquirir a infecção é
é certa. Outros sintomas são episódios durante a vida intra-uterina, da gestante
de hostilidade violenta (raiva), para o feto (transmissão vertical). O feto
tentativas de morder e bater nos outros e pode ter afetada a sua formação quando
gritos, alucinações, insônia, ansiedade contaminado. Transmissão de quatro
extrema, provocados por estímulos formas:
aleatórios visuais ou acústicos. O doente
está plenamente consciente durante toda Por ingestão de cistos presentes em

a progressão. A morte segue-se na dejetos de animais contaminados,

maioria dos casos após cerca de quatro particularmente gatos, que podem

dias estar presentes em qualquer solo

onde o animal transita. Mais comum
Diagnóstico : É usada a no nosso meio.
imunofluorescência para detectar Por ingestão de carne de animais

antígenos o vírus em biópsias da córnea infectados (carne crua ou mal-

ou pele. A observação microscópica passada), mais comum na Ásia.

Por transmissão intra-uterina da
óptica ou electrónica de corpos
gestante contaminada para o feto
neuronais permite observar os
(vertical).
patognómicos corpos de Negri Uma quarta forma de transmissão
inclusões citoplasmáticas escuras pode ocorrer através de órgãos
contaminados que, ao serem
Tratamento : Não há cura e após
transplantados em pessoas que terão
surgirem os sintomas excitatórios
que utilizar medicações que
(hidrofobia) a morte é certa e a terapia
diminuem a imunidade (para
consiste apenas em aliviar os sintomas e
combater a rejeição ao órgão
diminuir o sofrimento do doente.
recebido), causam a doença.
5.19-TOXOPLASMOSE - Doença do Obs: A apresentação desta doença
gato. Trata-se de doença infecciosa naqueles com imunidade diminuída,
causada por um protozoário chamado como já se poderia imaginar é muito
Toxoplasma gondii. Este protozoário é mais agressiva. Particularmente mais
facilmente encontrado na natureza e comum neste grupo são os pacientes
pode causar infecção em grande número contaminados pelo vírus HIV-1 (vírus
de mamíferos e pássaros no mundo

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que causa a síndrome da
imunodeficiência adquirida, SIDA ou
AIDS em inglês). Em geral também
ocorre por reativação de infecção
latente. Os sintomas nestes casos são
manifestações de comprometimento do
cérebro, pulmões, olhos e coração.
Sintomatologia : A apresentação mais
comum decorre do comprometimento
cerebral manifesta por dores de cabeça,
febre, sonolência, diminuição de força
generalizada ou de parte do corpo
(metade direita ou esquerda) evoluindo
para diminuição progressiva da lucidez
até o estado de coma.
Diagnóstico : Por se tratar de doença
com sintomas muito inespecíficos e
comuns a muitas outras, o diagnóstico
geralmente é feito por médicos com
experiência na área. A confirmação do
diagnóstico é feito por diversos testes
sangüíneos, Os mais comuns são os que
detectam a presença de anticorpos no
sangue contra o Toxoplasma gondii.
Tratamento : A necessidade e o tempo
de tratamento serão determinados pelas
manifestações, locais de acometimento
e principalmente estado imunológico da
pessoa que está doente. São três as
situações:
Imunocompetentes com infecção
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aguda:
- Somente comprometimento
gânglionar: em geral não requer
tratamento.
- Infecções adquiridas por transfusão
com sangue contaminado ou
acidentes com materiais
contaminados, em geral são quadros
severos e devem ser tratados.
- Infecção da retina (corioretinite):
devem ser tratados.
Infecções agudas em gestantes:
- Devem ser tratadas pois há
comprovação de que assim diminui a
chance de contaminação fetal
- Com comprovação de contaminação
fetal: necessita tratamento e o regime
de tratamento pode ser danoso ao
feto, por isso especial vigilância deve
ser mantida neste sentido.
Infecções em imunocomprometidos:
- Estas pessoas sempre devem ser
tratadas e alguns grupos, como os
contaminados pelo vírus HIV-1,
devem permanecer tomando uma
dose um pouco menor da medicação
que usaram para tratar a doença por
tempo indeterminado. Discute-se,
neste último caso a possibilidade de
interromper esta manutenção do
3
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progressiva, podendo levar ao óbito. A

tratamento naqueles que conseguem transmissão ocorre principalmente
recuperação imunológica com os através da ingestão de água e de
chamados coquetéis contra a AIDS. alimentos contaminados. A doença tem

Prevenção : Como a principal forma de distribuição mundial, sendo mais

contaminação é via oral, de uma forma freqüente nos países em

geral a prevenção deve ser feita: desenvolvimento, onde as condições de

saneamento básico são inexistentes ou
Pela não ingestão de carnes cruas ou inadequadas.
mal-cozidas.
Comer apenas vegetais e frutas bem Transmissão: A S. typhi causa
lavados em água corrente. infecção exclusivamente nos seres
Evitar contato com fezes de gato.
humanos. A principal forma de
As gestantes, além de evitar o contato transmissão é a ingestão de água ou de
com gatos, devem submeter-se a alimentos contaminados com fezes
adequado acompanhamento médico humanas ou, menos freqüentemente,
(pré-natal). Alguns países obtiveram com urina contendo a S. typhi. Mais
sucesso na prevenção da contaminação raramente, pode ser transmitida pelo
intra-uterina fazendo testes laboratoriais contato direto (mão-boca) com fezes,
em todas as gestantes. Em pessoas com urina, secreção respiratória, vômito ou
deficiência imunológica a prevenção pus proveniente de um indivíduo
pode ser necessária com o uso de infectado.
medicação dependendo de uma análise
Medidas de proteção individual: Os
individual de cada caso.
viajantes que se dirigem para uma área
onde exista risco de febre tifóide devem
5.20-FEBRE TIFÓIDE adotar as medidas de proteção para
evitar doenças transmitidas através da
É uma doença infecciosa ingestão de água e alimentos. O
potencialmente grave, causada por uma consumo de água tratada e o preparo
bactéria, a Salmonella typhi. adequado dos alimentos são medidas
Caracteriza-se por febre prolongada, altamente eficazes.
alterações do trânsito intestinal,
aumento de vísceras como o fígado e o A seleção de alimentos seguros é
baço e, se não tratada, confusão mental crucial. Em geral, a aparência, o cheiro

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e o sabor dos alimentos não ficam em casa, com antibióticos orais. Os

alterados pela contaminação com casos mais graves devem ser internados
agentes infecciosos. O viajante deve para hidratação e administração venosa
alimentar-se em locais que tenham de antibióticos. Sem tratamento
condições adequadas ao preparo antibiótico adequado, a febre tifóide
higiênico de alimentos. A alimentação pode ser fatal em até 15% dos casos.
na rua com vendedores ambulantes
constitui um risco elevado. Os
alimentos mais seguros são os
CAPITULO II- DOENÇAS
preparados na hora, por fervura, e
SEXUALMENTES
servidos ainda quentes.
TRANSMISSIVEIS

Manifestações Clínicas
manifestações , especialmente
primeira semana de doença, podem ser
semelhantes a de outras doenças febris
como a malária. Mesmo que tenham
história de risco para febre tifóide ,
pessoas que estiveram em uma área de
transmissão de malária,
apresentem febre, durante ou após a
viagem, devem ter essa
investigada. À medida que a febre
tifóide progride, é mais facilmente
confundível com infecções que podem
ter evolução lenta como a endocardite
bacteriana, a tuberculose ou, ainda,
com as doenças de natureza auto-imune,
como o lupus eritematoso sistêmico.
O tratamento : consiste basicamente
em antibióticos e reidratação. Nos casos
leves e moderados, o médico pode
recomendar que o tratamento seja feito
: As
1-SÍFILIS-
na
Sinônimos
Cancro duro, cancro sifilítico, Lues.
Período de Incubação
1 semana à 3 meses. Em geral de 1 a 3
semanas Agente:Treponema
e que
pallidum
doença
Conceito: Doença infecto-contagiosa
sistêmica (acomete todo o organismo),
que evolui de forma crônica (lenta) e
que tem períodos de acutização
(manifesta-se agudamente) e períodos
de latência (sem manifestações). Pode
comprometer múltiplos órgãos (pele,
olhos, ossos, sistema cardiovascular,
sistema nervoso). De acordo com
algumas características de sua evolução
a sífilis divide-se em Primária,
Secundária, Latente e Terciária ou

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Tardia. Quando transmitida da mãe para

o feto é chamada de Sífilis Congênita. Sífilis Latente: nesta fase não existem
manifestações visíveis mas as reações
sorológicas continuam positivas.
Sífilis primária: trata-se de uma lesão
ulcerada (cancro) não dolorosa (ou
Sífilis Adquirida Tardia: a sífilis é
pouco dolorosa), em geral única, com a
considerada tardia após o primeiro ano
base endurecida, lisa, brilhante, com
de evolução em pacientes não tratados
presença de secreção serosa (líquida,
ou inadequadamente tratados.
transparente) escassa e que pode ocorrer
Apresentam-se após um período
nos grandes lábios, vagina, clítoris,
variável de latência sob a forma
períneo e colo do útero na mulher e na
cutânea, óssea, cardiovascular, nervosa
glande e prepúcio no homem, mas que
etc. As reações sorológicas continuam
pode tambem ser encontrada nos dedos,
positivas também nesta fase.
lábios, mamilos e conjuntivas.

Sífilis Congênita: é devida a infecção

É frequente também a adenopatia
do feto pelo Treponema por via
inguinal (íngua na virilha) que, em geral
transplacentária, a partir do quarto mes
passa desapercebida. O cancro
da gestação. As manifestações da
usualmente desaparece em 3 a 4
doença, na maioria dos casos, estão
semanas, sem deixar cicatrizes. Entre a
presentes já nos primeiros dias de vida e
segunda e quarta semanas do
podem assumir formas graves, inclusive
aparecimento do cancro, as reações
podendo levar ao óbito da criança..
sorológicas (exames realizados no
sangue) para sífilis tornam-se positivas.
Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto
Sífilis Secundária: é caracterizada pela
prematuro, baixo peso, endometrite pós-
disseminação dos treponemas pelo
parto. Infecções peri e neonatal, Sífilis
organismo e ocorre de 4 a 8 semanas do
Congênita. Neurossífilis. Sífilis
aparecimento do cancro.
Cardiovascular.
As manifestações nesta fase são
essencialmente dermatológicas e as Transmissão
reações sorológicas continuam Relação sexual (vaginal anal e oral),
positivas. transfusão de sangue contaminado,

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transplacentária (a partir do quarto mês Conceito: Ulceração (ferida) dolorosa,

de gestação). Eventualmente através de com a base mole, hiperemiada
fômites. (avermelhada), com fundo purulento e
de forma irregular que compromete
Tratamento principalmente a genitália externa mas
Medicamentoso. Com cura completa, se pode comprometer também o ânus e
tratada precoce e adequadamente. mais raramente os lábios, a boca, língua
e garganta. Estas feridas são muito
Prevenção contagiosas, auto-inoculáveis e
Camisinha pode proteger da portanto, frequentemente múltiplas. Em
contaminação genital se a lesão estiver alguns pacientes, geralmente do sexo
na área recoberta. Evitar contato sexual masculino, pode ocorrer infartamento
se detectar lesão genital no(a) ganglionar na região inguino-crural
parceiro(a). (inchação na virilha). Não é rara a
associação do cancro mole e o cancro
Lesão localizada no pênis (glande) duro (sífilis primária).

Complicações/Consequências
Não tem. Tratado adequadamente, tem
cura completa.

Lesão localizada na
vulva (grandes lábios) Transmissão
Relação sexual
2- Cancro Mole - Sinônimos
Cancróide, cancro venéreo simples,
Tratamento
"cavalo"
Antibiótico.
Agente
Haemophilus ducreyi Prevenção
Camisinha. Higienização genital antes e
Período de Incubação após o relacionamento sexual. Escolha
2 à 5 dias do(a) parceiro(a).

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Lesões localizadas no pênis.
3-Herpes : Sinônimos
Herpes Genital
Período de Incubação: 1 a 26 dias.
Indeterminado se se levar em conta a
existência de portadores em estado de
latência (sem manifestações) que
podem, a qualquer momento, manifestar
a doença
Conceito: Infecção recorrente (vem,
melhora e volta) causadas por um grupo
de vírus que determinam lesões genitais
vesiculares (em forma de pequenas
bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias,
sofrem erosão (ferida) seguida de
cicatrização espontânea do tecido
afetado. As lesões com frequência são
muito dolorosas e precedidas por
eritema (vermelhidão) local. A primeira
crise é, em geral, mais intensa e
demorada que as subsequentes.
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O caráter recorrente da infecção é
aleatório (não tem prazo certo) podendo
ocorrer após semanas, meses ou até
anos da crise anterior. As crises podem
ser desencadeadas por fatores tais como
stress emocional, exposição ao sol,
febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo
virus e não apresentar ou nunca ter
apresentado sintomas e, mesmo assim,
transmití-lo a(ao) parceira(o) numa
relação sexual.
Agente
Virus do Herpes Genital ou Herpes
Simples Genital ou HSV-2. É um DNA
vírus.
Observação: Outro tipo de Herpes
Simples é o HSV-1, responsável pelo
Herpes Labial. Tem ocorrido crescente
infecção genital pelo HSV-1 e vice-
versa, isto é, infecção labial pelo HSV-
2, certamente em decorrência do
aumento da prática do sexo oral ou oro-
genital.
Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto
prematuro, baixo peso, endometrite pós-
parto. Infecções peri e neonatais.
Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações
genitais. Proctite. Complicações
neurológicas etc.
4
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Transmissão no períneo feminino.

Frequentemente pela relação sexual. Da
mãe doente para o recém-nascido na
hora do parto.

Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz
quanto a cura da doença. O tratamento
tem por objetivo diminuir as
manifestações da doença ou aumentar o Lesões
intervalo entre as crises. localizadas no pênis.

Prevenção: Não está provado que a

camisinha diminua a transmissibilidade
da doença. Higienização genital antes e
após o relacionamento sexual é
recomendável.

Lesões
boca e face

4- Gonorréia

Lesões Sinônimos: Uretrite Gonocócica,

no pênis (fase inicial). Blenorragia, Fogagem.

Agente: Neisseria gonorrhoeae

Período de Incubação

2 a 10 dias

Conceito: Doença infecto-contagiosa

Lesões que se caracteriza pela presença de

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abundante secreção purulenta Camisinha. Higiene pós-coito.

(corrimento) pela uretra no homem e
vagina e/ou uretra na mulher. Este
quadro frequentemente é precedido por
prurido (coceira) na uretra e disúria
(ardência miccional). Em alguns casos
podem ocorrer sintomas gerais, como a
febre. Nas mulheres os sintomas são
mais brandos ou podem estar ausentes
(maioria dos casos).

Complicações/Consequências

Abôrto espontâneo, natimorto, parto

prematuro, baixo peso, endometrite pós-
parto. Doença Inflamatória Pélvica.
Infertilidade. Epididimite. Prostatite.
Pielonefrite. Meningite. Miocardite.
Gravidez ectópica. Septicemia, Infecção
ocular (ver foto abaixo) Pneumonia e
Otite média do recém-nascido. Artrite
aguda etc. Assim como a infecção por
clam&iacutedia, é uma das principais
causas infecciosas de infertilidade
feminina.

5- HPV-Condiloma Acuminado
Transmissão: Relação sexual.

Sinônimos
Tratamento

Jacaré, jacaré de crista, crista de galo,

Antibióticos.
verruga genital.

Conceito: Infecção causada por um

Prevenção grupo de vírus (HPV - Human

Papilloma Viruses) que determinam

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lesões papilares (elevações da pele) as podem ser diagnosticada por meio de

quais, ao se fundirem, formam massas testes para detecção do virus).
vegetantes de tamanhos variáveis, com
Complicações/Consequências
aspecto de couve-flor (verrugas). Os
locais mais comuns do aparecimento
Câncer do colo do útero e vulva e, mais
destas lesões são a glande, o prepúcio e
raramente, câncer do pênis e também do
o meato uretral no homem e a vulva, o
ânus.
períneo, a vagina e o colo do útero na
mulher. Em ambos os sexos pode Transmissão
ocorrer no ânus e reto, não
Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e
necessariamente relacionado com o
oral). Mesmo que não ocorra penetração
coito anal.
vaginal ou anal o virus pode ser
Agente: Papilomavirus Humano (HPV) transmitido.O recém-nascido pode ser
- DNA vírus. HPV é o nome de um infectado pela mãe doente, durante o
grupo de virus que inclue mais de 100 parto. Pode ocorrer também, embora
tipos. As verrugas genitais ou mais raramente, contaminação por
condilomas acuminados são apenas uma outras vias (fômites) que não a
das manifestações da infecção pelo sexual : em banheiros, saunas,
virus do grupo HPV e estão instrumental ginecológico, uso comum
relacionadas com os tipos 6,11 e 42, de roupas íntimas, toalhas etc.
entre outros. Os tipos (2, 4, 29 e 57)
Período de Incubação: Semanas a
causam lesões nas mãos e pés (verrugas
anos. (Como não é conhecido o tempo
comuns). Outros tipos tem um potencial
que o virus pode permanecer no estado
oncogênico (que pode desenvolver
latente e quais os fatores que
câncer) maior do que os outros (HPV
desencadeiam o aparecimento das
tipo 16, 18, 45 e 56) e são os que tem
lesões, não é possível estabelecer o
maior importância clínica. O espectro
intervalor mínimo entre a contaminação
das infecções pelos HPV é muito mais
e o desenvolvimento das lesões, que
amplo do que se conhecia até poucos
pode ser de algumas semanas até anos
anos atrás e inclui também infecções
ou décadas).
subclínicas (diagnosticadas por meio de
peniscopia, colpocitologia, colposcopia
Tratamento: O tratamento visa a
e biópsia) e infecções latentes (só
remoção das lesões (verrugas,

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condilomas e lesões do colo uterino). anos que não tenham a infecção. Esta
Os tratamentos disponíveis são locais vacina confere proteção contra os
(cirúrgicos, quimioterápicos, vírus citados acima, os quais são
cauterizações etc). As recidivas (retorno responsáveis por 70% dos casos de
da doença) podem ocorrer e são câncer do colo do útero (tipos 16 e 18)
freqüentes, mesmo com o tratamento e 90% dos casos de verrugas
adequado.Eventualmente, as lesões (condilomas) genitais (tipos 6 e 11).
desaparecem espontaneamente. Não
existe ainda um medicamento que
erradique o virus, mas a cura da
infecção pode ocorrer por ação dos
mecanismos de defesa do
organismo.Já existem vacinas para
proteção contra alguns tipos
específicos do HPV, estando as
mesmas indicadas para pessoas não
contaminadas.

Prevenção: Camisinha usada

adequadamente, do início ao fim da
relação, pode proporcionar alguma
proteção. Ter parceiro fixo ou reduzir
numero de parceiros. Exame
ginecológico anual para rastreio de
doenças pré-invasivas do colo do útero. 6-Candidiase
Avaliação do(a) parceiro(a).
Abstinência sexual durante o Sinônimos: Monilíase, Micose por

tratamento. Em 2006 foi aprovada pela cândida, Sapinho

ANVISA (Agência Nacional de

Vigilância Sanitária) a utilização da
Vacina Quadrivalente produzida pelo
Laboratório Merck Sharp & Dohme
contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV,
para meninas e mulheres de 9 a 26
Agente: Candida albicans e outros.
Conceito: A candidíase, especialmente
a candidíase vaginal, é uma das causas
mais frequentes de infecção genital.
Caracteriza-se por prurido (coceira),

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ardor, dispareunia (dor na relação Transmissão: Ocorre transmissão pelo

sexual) e pela eliminação de um contato com secreções provenientes da
corrimento vaginal em grumos boca, pele, vagina e dejetos de doentes
brancacentos, semelhante à nata do ou portadores. A transmissão da mãe
leite. Com frequência, a vulva e a para o recém-nascido (transmissão
vagina encontram-se edemaciadas vertical) pode ocorrer durante o parto. A
(inchadas) e hiperemiadas infecção, em geral, é primária na
(avermelhadas). As lesões podem mulher, isto é, desenvolve-se em razão
estender-se pelo períneo, região perianal de fatores locais ou gerais que
e inguinal (virilha). No homem diminuem sua resistência imunológica.
apresenta-se com hiperemia da glande e
Período de Incubação: Muito
prepúcio (balanopostite) e
variável.
eventualmente por um leve edema e
pela presença de pequenas lesões
Tratamento: Medicamentos locais
puntiformes (em forma de pontos),
e/ou sistêmicos.
avermelhadas e pruriginosas. Na
maioria das vezes não é uma doença de Prevenção: Higienização adequada.
transmissão sexual. Em geral está Evitar vestimentas muito justas.
relacionada com a diminuição da Investigar e tratar doença(s)
resistência do organismo da pessoa predisponente(s). Camisinha.
acometida. Existem fatores que
predispõe ao aparecimento da infecção :
diabetes melitus, gravidez, uso de
contraceptivos (anticoncepcionais)
orais, uso de antibióticos e
medicamentos imunosupressivos (que
diminuem as defesas imunitárias do
organismo), obesidade, uso de roupas
justas etc.

Complicações/Consequências: São
raras. Pode ocorrer disseminação
sistêmica (especialmente em
imunodeprimidos).

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caracteriza-se pelo aparecimento de

uma lesão genital (lesão primária) que
tem curta duração e que se apresenta
como uma ulceração (ferida) ou como
uma pápula (elevação da pele). Esta
lesão é passageira (3 a 5 dias) e
frequentemente não é identificada pelos
pacientes, especialmente do sexo
feminino.
Complicações/Consequências
Elefantíase do pênis, escroto, vulva.
Proctite (inflamação do reto) crônica.
Estreitamento do reto.
Transmissão
Relação sexual é a via mais frequente de
transmissão. O reto de pessoas
cronicamente infectada é reservatório de
infecção.
Tratamento
Sistêmico, através de antibióticos.
Aspiração do bubão inguinal.
Tratamento das fístulas
Prevenção
Camisinha. Higienização após o coito.
7-Linfogranuloma Venéreo-
Sinônimos:
Doença de Nicolas-Favre,
Linfogranuloma Inguinal, Mula, Bubão.
Agente: Chlamydia trachomatis.

.
Período de Incubação
7 a 60 dias.
Conceito: O Linfogranuloma venéreo

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determinadas infecções e tumores,

conhecidas como doenças
oportunísticas, que acabam por levar o
doente à morte.

Os sintomas da fase aguda são

portanto inespecíficos e comuns a várias
doenças, não permitindo por si só o
diagnóstico de infecção pelo HIV, o
qual somente pode ser confirmado pelo
teste anti-HIV, o qual deve ser feito
após 90 dias (3 meses) da data da
exposição ou provável contaminação.
8-AIDS-SIDA

Agente: HIV (Human

Sinônimos: SIDA, Síndrome da
Immunodeficiency Virus), com 2
Imunodeficiência Adquirida, HIV-
subtipos conhecidos : HIV-1 e HIV-2.
doença.

Complicações/Consequências:
Conceito: Síndrome (uma variedade de
Doenças oportunísticas, como a
sintomas e manifestações) causado pela
tuberculose miliar e determinadas
infecção crônica do organismo humano
pneumonias, alguns tipos de tumores,
pelo vírus HIV (Human
como certos linfomas e o Sarcoma de
Immunodeficiency Virus). O vírus
Kaposi. Distúrbios neurológicos.
compromete o funcionamento do
sistema imunológico humano, Transmissão: Sangue e líquidos
impedindo-o de executar sua tarefa grosseiramente contaminados por
adequadamente, que é a de protegê-lo sangue, sêmem, secreções vaginais e
contra as agressões externas (por leite materno. Pode ocorrer transmissão
bactérias, outros vírus, parasitas e no sexo vaginal, oral e anal. Os beijos
mesmo por celulas cancerígenas). sociais (beijo seco, de boca fechada) são
seguros (risco zero) quanto a
Com a progressiva lesão do sistema
transmissão do vírus, mesmo que uma
imunológico o organismo humano se
das pessoas seja portadora do HIV. O
torna cada vez mais susceptível a
mesmo se pode dizer de apertos de mão

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e abraços. Os beijos de boca aberta são
considerados de baixo risco quanto a
uma possível transmissão do HIV.
Período de Incubação: De 3 a 10 (ou
mais) anos entre a contaminação e o
aparecimento de sintomas sugestivos de
AIDS.
Tratamento: Existem drogas que
inibem a replicação do HIV, que devem
ser usadas associadas, mas ainda não se
pode falar em cura da AIDS. As
doenças oportunísticas são, em sua
maioria tratáveis, mas há necessidade de
uso contínuo de medicações para o
controle dessas manifestações.
Prevenção: Na transmissão sexual se
recomenda sexo seguro: relação
monogâmica com parceiro
comprovadamente HIV negativo, uso de
camisinha. Na transmissão pelo sangue
recomenda-se cuidado no manejo de
sangue (uso de seringas descartáveis,
exigir que todo sangue a ser
transfundido seja previamente testado
para a presença do HIV, uso de luvas
quando estiver manipulando feridas ou
líquidos potencialmente contaminados).
Não há, no momento, vacina efetiva
para a prevenção da infecção pelo HIV.
É necessário observar que o uso da
camisinha, apesar de proporcionar
excelente proteção, não proporciona
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proteção absoluta (ruptura, perfuração,
uso inadequado etc). Repito, a maneira
mais segura de se evitar o contágio pelo
vírus HIV é fazer sexo monogâmico,
com parceiro(a) que fez exames e você
saiba que não está infectado(a).
9- Infecção por Trichomonas
Conceito: Doença infecto-contagiosa
do sistema gênito-urinário do homem e
genital da mulher. No homem causa
uma uretrite de manifestações em geral
discretas (ardor e/ou prurido uretral e
secreção brancacenta, amarelada ou
amarelo esverdeada), podendo,
eventualmente ser ausentes em alguns e
muito intensas em outros.É uma das
principais causas de vaginite ou
vulvovaginite da mulher adulta podendo
porém, cursar com pouca ou nenhuma
manifestação clínica. Quando presente,
manifesta-se na mulher como um
corrimento vaginal amarelo esverdeado
ou acinzentado, espumoso e com forte
odor característico. Não é incomum
também ocorrer irritação na região
genital bem como sintomas miccionais
que podem simular uma cistite (dor ao
urinar e micções frequentes).
Sinônimos: Uretrite ou vaginite por
Trichomonas, Tricomoníase vaginal ou
uretral, Uretrite não gonocócica (UNG).
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Agente: Trichomonas vaginalis De 2 a 21 dias.

(protozoário).
Conceito: A gardnerella vaginalis é
Complicações/Consequências: uma bactéria que faz parte da flora
Prematuridade. Baixo peso ao nascer. vaginal normal (ver explicação abaixo)
Ruptura prematura de bolsa. de 20 a 80% das mulheres sexualmente
ativas. Quando, por um desequilíbrio
Transmissão:Relação sexual
dessa flora, ocorre um predomínio dessa
(principalmente). A mulher pode ser
bactéria (segundo alguns autores em
infectada tanto por parceiros do sexo
associação com outros germes como
masculino quanto do sexo feminino (por
bacteróides, mobiluncus, micoplasmas
contato genital). O homem por parceiras
etc), temos um quadro que
do sexo feminino.É importante
convencionou-se chamar de vaginose
considerar aqui que mesmo a pessoa
bacteriana.Usa-se esse termo para
portadora da doença, mas sem sintomas,
diferenciá-lo da vaginite, na qual
pode transmitir a infecção.Fômites.
ocorre uma verdadeira infecção dos
tecidos vaginais. Na vaginose, por
Período de Incubação: 10 a 30 dias,
outro lado, as lesões dos tecidos não
em média.
existem ou são muito discretas,
Tratamento: Quimioterápicos. O caracterizando-se apenas pelo
tratamento pode ser oral e local (na rompimento do equilíbrio microbiano
mulher). vaginal normal.

Prevenção: Camisinha, tratamento Sintomatologia : A vaginose por

simultâneo do(a) parceiro(a). gardnerella pode não apresentar
manifestações clínicas (sinais ou
sintomas). Quando ocorrem, estas
manifestações caracterizam-se por um
10-Infecção por gardenerella
corrimento homogêneo amarelado ou
Sinônimos: Vaginite inespecífica. acinzentado, com bolhas esparsas em
Vaginose bacteriana. sua superfície e com um odor ativo
desagradável. O prurido (coceira)
Agente: Gardnerella vaginalis. vaginal é citado por algumas pacientes
mas não é comum. Após uma relação
Período de Incubação

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sexual, com a presença do esperma (de infecções, uso de antibióticos, 'stress',

pH básico) no ambiente vaginal, depressão, gravidez, uso de DIU, uso
costuma ocorrer a liberação de odor de duchas vaginais sem recomendação
semelhante ao de peixe podre. Foi médica etc) e determinar o predomínio
detectada uma maior incidência da de um ou mais de seus germes
vaginose bacteriana em mulheres que componentes, causando então o
tem múltiplos parceiros sexuais. No aparecimento de uma infecção.
homem pode ser causa de uretrite e,
Complicações/Consequências:
eventualmente, de balanopostite
Infertilidade. Salpingite. Endometrite.
(inflamação do prepúcio e glande). A
DIP. Ruptura prematura de Membranas.
uretrite é geralmente assintomática e
Aborto. Aumento do risco de infecção
raramente necessita de tratamento.
pelo HIV se houver contato com o
Quando presentes os sintomas
vírus. Há aumento também do risco de
restringem-se a um prurido (coceira) e
se contrair outras infecções como a
um leve ardor (queimação) miccional.
gonorréia, trichomoníase etc. Durante a
Raramente causa secreção
gestação pode ser causa de
(corrimento) uretral. No homem
prematuridade ou RN de baixo peso.
contaminado é que podemos falar
efetivamente que se trata de uma DST.
Transmissão: Geralmente primária na
mulher. Sexual no homem. Pode ocorrer
FLORA MICROBIANA NORMAL :
também transmissão pelo contato
Nosso organismo, a partir do
genital entre parceiras sexuais femininas
nascimento, entra em contacto com
germes (bactérias, virus, fungos etc) os
Tratamento - Medicamentoso :
quais vão se localizando na pele e
Metronidazol, Clindamicina. Pode
cavidades (boca, vagina, uretra,
haver cura expontânea da doença.
intestinos etc) caracterizando o que se
chama de Flora Microbiana Normal. Prevenção: Camisinha. Evitar duchas
Normal porque é inexorável e porque vaginais, exceto sob recomendação
estabelece um equilíbrio harmônico médica. Limitar número de parceiros
com o nosso organismo. sexuais. Contrôles ginecológicos
periódicos.
Existem condições em que este
equilíbrio pode se desfazer (outras

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CAPITULO III- PARASITOSES espécies de lombrigas, como a Ascaris

INTESTINAIS suum, que parasita o porco.

1-Ascaridiase : A ascaridíase é Profilaxia e Tratamento : As

causada pelo Ascaris lumbricoides, principais medidas profiláticas estão
verme nematelminte (asquelminte), relacionadas à higiene, tanto pessoal
vulgarmente denominado lombriga, quanto dos alimentos e da água.
cujo corpo é alongado e cilíndrico, No tratamento, o pamoato de pirantel e
com as extremidades afiladas. O mebendazol são muito eficazes e
comprimento varia entre 15 e 35 possuem os menores efeitos
centímetros. Os machos apresentam secundários. Como atuam apenas na luz
a cauda enrolada e são menores que intestinal, não possuem efeitos sobre as
as fêmeas. A dimensão do corpo larvas, podendo ser necessária a
destes vermes varia de acordo com o administração de corticosteróides.
seu número e intensidade do
2-Giardíase : A giardíase é uma
parasitismo.
parasitose intestinal, também
Sintomatologia : Na fase pulmonar, denominada giardose ou lamblíase,
os principais sintomas são: dificuldade causada pelo protozoário flagelado
respiratória, tosse seca, febre e irritação Giardia lamblia, que se apresenta sob
brônquica. duas formas: a de trofozoíto, piriforme,
Na fase digestiva, ocorrem desde com disco suctorial, dois núcleos e oito
flatulência, dor abdominal, cólica, flagelos, que vive no intestino delgado
digestão difícil, náusea, vômito, diarréia humano, e a de cisto, ovóide,
e até presença de vermes nas fezes. tetranucleado, eliminado aos milhões
Podem ocorrer sintomas alérgicos, com as fezes, contaminando a água e os
como dermatoses, rinites e alimentos.
conjuntivites. Complicações mais É cosmopolita, sendo uma doença
graves podem ocorrer, como a características das regiões tropicais e
pneumonia, abscesso hepático e choque subtropicais. Giardia lamblia é o
anafilático. Nas parasitoses maciças em enteroparasita com maior número de
crianças, pode ocorrer a oclusão cistos encontrados em águas de
intestinal e até a morte. Há outras córregos usados na irrigação de
hortaliças, encontrando-se nas

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populações ribeirinhas freqüência 4-Amebíase : amebíase se dá pela

considerável da protozose. infecção de protozoário (Entamoeba
histolytica), que pode se beneficiar de
Sintomatologia : O período de
seu hospedeiro sem causar benefício ou
incubação varia entre uma (ou menos) e
prejuízo, ou ainda, agir de forma
4 semanas.
invasora. Neste caso, a doença pode se
A sintomatologia costuma ocorrer em
manifestar dentro do intestino ou fora
50% ou mais dos parasitados,
dele.
associando-se provavelmente a fatores,
como alteração da flora intestinal a Sintomas : Seus principais sintomas são
óbito. desconforto abdominal, que pode variar
Na maioria dos casos, costuma ser leve de leve a moderado, sangue nas fezes,
ou moderada, raramente levando a forte diarréia acompanhada de sangue
óbito. ou mucóide, além de febre e
O sintoma mais comum é a diarréia, calafrios.Nos casos mais graves, a forma
com muco e não sanguinolenta; trofozoítica do protozoário pode se
desconforto abdominal, cólica, espalhar pelo sistema circulatório e,
flatulência, náuseas e vômitos. Pode com isso, afetar o fígado, pulmões ou
ocorrer dor no epigástrio (acima do cérebro. O diagnóstico breve nestes
estômago), simulando úlcera péptica. casos é muitíssimo importante, uma vez
Esta protozoose é mais freqüente em que, este quadro clínico, pode levar o
crianças com menos de dez anos de paciente a morte.
idade, principalmente no grupo ao redor
do cinco anos ou menos. Transmissão : A amebíase é
transmitida ao homem através do
Profilaxia e Tratamento : A prevenção consumo de alimentos ou água
consiste na educação sanitária, higiene contaminados por fezes com cistos
individual, proteção dos alimentos, amebianos, falta de higiene domiciliar e,
tratamento da água, combate aos insetos também, através da manipulação de
vetores mecânicos, como moscas, etc. alimentos por portadores desse
protozoário.
O tratamento dos doentes consiste no
uso de nitroimidazóis (ormidazol).
Diagnóstico : Seu diagnóstico mais
comum se dá pela presença de trozoítos

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ou cistos do parasita nas fezes, mas Sintomatologia :Muitas vezes a teníase

também pode ocorrer através de é assintomática. Porém, podem surgir
endoscopia ou proctoscopia, através da transtornos dispépticos, tais como:
análise de abcessos ou cortes de tecido, alterações do apetite (fome intensa ou
etc. . perda do apetite), enjôos, diarréias
freqüentes, perturbações nervosas,
Prevenção : Como na maioria das irritação, fadiga e insônia.
doenças, a melhor medida ainda é a
prevenção, neste caso, a prevenção se dá Profilaxia e Tratamento : A profilaxia
através de medidas higiênicas mais consiste na educação sanitária, em
rigorosas junto às pessoas que cozinha bem as carnes e na fiscalização
manipulam alimentos, saneamento da carne e seus derivados (lingüiça,
básico, não consumir água de fonte salame, chouriço,etc.)
duvidosa, higienizar bem verduras, Tratamento, este consiste na aplicação
frutas e legumes antes de consumi-los, de dose única (2g) de niclosamida.
lavar bem as mãos antes de manipular Podem ser usadas outras drogas
qualquer tipo de alimento, e, alternativas, como diclorofeno,
principalmente após utilizar o banheiro. mebendazol, etc.
O chá de sementes de abóbora é muito
5-Teníase
usado e indicado até hoje por muitos
médicos, especialmente para crianças e
A teníase é uma doença causada pela
gestantes.
forma adulta das tênias (Taenia solium e
Taenia saginata, principalmente), com
sintomatologia mais simples.
As tênias também são chamadas de CAPITULO IV- MICOSES
"solitárias", porque, na maioria dos
Micoses superficiais da pele: As
caso, o portador traz apenas um verme
micoses superficiais da pele, em alguns
adulto. São altamente competitivas pelo
casos chamadas de "tineas", são
habitat e, sendo hermafroditas com
infecções causadas por fungos que
estruturas fisiológicas para
atingem a pele, as unhas e os cabelos.
autofecundação, não necessitam de
Os fungos estão em toda parte podendo
parceiros para a cópula e postura de
ser encontrados no solo e em animais.
ovos.
Até mesmo na nossa pele existem

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fungos convivendo "pacificamente" * Tinea dos pés: causa descamação e

conosco, sem causar doença. A coceira na planta dos pés que sobe pelas
queratina, substância encontrada na laterais para a pele mais fina.
superfície cutânea, unhas e cabelos, é o
* Tinea interdigital ("frieira"):
"alimento" para estes fungos. Quando
causa descamação, maceração (pele
encontram condições favoráveis ao seu
esbranquiçada e mole), fissuras e
crescimento, como: calor, umidade,
coceira entre os dedos dos pés. Bastante
baixa de imunidade ou uso de
frequente nos pés, devido ao uso
antibióticos sistêmicos por longo prazo
constante de calçados fechados que
(alteram o equilíbrio da pele), estes
retém a umidade, também pode ocorrer
fungos se reproduzem e passam então a
nas mãos, principalmente naquelas
causar a doença.
pessoas que trabalham muito com água
Manifestações clínicas: Existem várias e sabão.
formas de manifestação das micoses
* Tinea inguinal ("micose da
cutâneas superficiais, dependendo do
virilha, jererê"): forma áreas
local afetado e também do tipo de fungo
avermelhadas e descamativas com
causador da micose. Veja, abaixo,
bordas bem limitadas, que se expandem
alguns dos tipos mais frequentes:
para as coxas e nádegas, acompanhadas
* Tinea do corpo ("impingem"): de muita coceira.
forma lesões arredondadas, que coçam e
* Micose das unhas (onicomicose):
se iniciam por ponto avermelhado que
apresenta-se de várias formas:
se abre em anel de bordas avermelhadas
descolamento da borda livre da unha,
e descamativas com o centro da lesão
espessamento, manchas brancas na
tendendo à cura.
superfície ou deformação da unha.
* Tinea da cabeça: mais frequente Quando a micose atinge a pele ao redor
em crianças, forma áreas arredondadas da unha, causa a paroníquia ("unheiro").
com falhas nos cabelos, que se O contorno ungueal fica inflamado,
apresentam cortados rente ao couro dolorido, inchado e avermelhado e, por
cabeludo nestes locais (tonsurados). É consequência, altera a formação da
muito contagiosa. unha, que cresce ondulada. Veja mais.

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* Intertrigo candidiásico: Prevenção :Hábitos higiênicos são

provocado pela levedura Candida importantes para se evitar as micoses.
albicans, forma área avermelhada, Previna-se seguindo as dicas abaixo:
úmida que se expande por pontos
* Seque-se sempre muito bem após
satélites ao redor da região mais afetada
o banho, principalmente as dobras de
e, geralmente, provoca muita coceira.
pele como as axilas, as virilhas e os
* Pitiríase versicolor ("micose de dedos dos pés.
praia, pano branco"): forma manchas
* Evite ficar com roupas molhadas
claras recobertas por fina descamação,
por muito tempo.
facilmente demonstrável pelo
esticamento da pele. Atinge
* Evite o contato prolongado com
principalmente áreas de maior produção
água e sabão.
de oleosidade como o tronco, a face,
pescoço e couro cabeludo. * Não use objetos pessoais (roupas,
calçados, pentes, toalhas, bonés) de
* Tinea negra: manifesta-se pela
outras pessoas.
formação de manchas escuras na palma
das mãos ou plantas dos pés. É * Não ande descalço em pisos
assintomática. constantemente úmidos (lava pés,
vestiários, saunas).
* Piedra preta: esta micose forma
nódulos ou placas de cor escura * Observe a pele e o pêlo de seus
grudados aos cabelos. É assintomática. animais de estimação (cães e gatos).
Qualquer alteração como descamação
* Piedra branca: manifesta-se por
ou falhas no pêlo procure o
concreções de cor branca ou clara
veterinário.
aderidas aos pêlos. Atinge
principalmente os pêlos pubianos, * Evite mexer com a terra sem usar
genitais e axilares e as lesões podem ser luvas.
removidas com facilidade puxando-as
* Use somente o seu material de
em direção à ponta dos fios.
manicure.

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* Evite usar calçados fechados o meses. A persistência é fundamental

máximo possível. Opte pelos mais para se obter sucesso nestes casos.
largos e ventilados.
CAPÍTULO V- AÇÕES DA
* Evite roupas quentes e justas. VIGILÂNCIA SANITÁRIA EM
Evite os tecidos sintéticos, RELAÇÃO A PRODUTOS
principalmente nas roupas de baixo. ALIMENTARES ,DOMICILIARES,
Prefira sempre tecidos leves como o MEDICAMENTOS, SERVIÇOS DE
algodão. SAÚDE E MEIO AMBIENTE

Tratamento: O tratamento vai depender 1-AÇÕES DA VIGILÂNCIA

do tipo de micose e deve ser SANITÁRIA
determinado por um médico
Agrotóxicos e toxicologia: Envolve a
dermatologista. Evite usar
verificação da qualidade, da eficácia e
medicamentos indicados por outras
da segurança de agrotóxicos, pesticidas
pessoas, pois podem mascarar
e similares.
características importantes para o
diagnóstico correto da sua micose,
Alimentos: Envolve o registro de
dificultando o tratamento.Podem ser
alguns tipos de alimento e a fiscalização
usadas medicações locais sob a forma
de estabelecimentos de comércio de
de cremes, loções e talcos ou
alimentos - restaurantes, lanchonetes,
medicações via oral, dependendo da
bares, supermercados etc.
intensidade do quadro. O tratamento
das micoses é sempre prolongado, Cosméticos: Envolve a verificação da
variando de cerca de 30 a 60 dias. Não qualidade, da eficácia e da segurança de
o interrompa assim que terminarem os cosméticos - shampoos, cremes,
sintomas, pois o fungo nas camadas alisantes etc.
mais profundas pode resistir.
Inspeção: Envolve a inspeção de
Continue o uso da medicação pelo
empresas que produzem ou
tempo indicado pelo seu médico. As
comercializam produtos ou serviços
micoses das unhas são as de mais
que podem afetar a saúde da população,
difícil tratamento e também de maior
como indústrias de medicamentos, de
duração, podendo ser necessário
produtos de limpeza etc.
manter a medicação por mais de doze

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Medicamentos Envolve a verificação Relações Internacionais: Envolve a

da qualidade, da eficácia e da segurança manutenção de relação da Anvisa com
de medicamentos, tanto antes da outros países, como os do Mercosul.
produção, quanto após a
Saneantes: Envolve a verificação da
comercialização, para verificar a
qualidade, da eficácia e da segurança de
existência de efeitos colateriais não
produtos de limpeza.
previstos (a chamada
farmacovigilância).
Laboratórios: Envolve a fiscalização
dos laboratórios que fazem as análises
Monitoração da Propaganda: Envolve
científicos de produtos sujeitos à
a fiscalização da propaganda de
vigilância sanitária
produtos relacionados à saúde, como
medicamentos, alimentos etc.
Sangue, tecidos e órgãos: Envolve a
verificação da qualidade e da segurança
Portos, Aeroportos e Fronteiras:
de sangue, tecidos e órgãos para
Envolve a fiscalização dos produtos ,
transfusão e transplantes.
meios de transporte e viajantes que
saem e entram no país por meio de seus
Serviços de saúde: Envolve a
portos, aeroportos e fronteiras.
fiscalização sanitária de hospitais,
clínicas etc.
Produtos para a saúde: Envolve a
vigilância de diversos produtos
Fumo: Envolve o controle dos produtos
médico-hospitalares, desde seringas até
de tabaco comercializados no país e o
equipamentos de tomografia. Assim
combate ao tabagismo.
como os medicamentos, a Anvisa
acompanha esses produtos desde sua 2-Recursos da Comunidade para ações
produção até após sua comercialização, coletivas –estratégias
para certificar que estão funcionando de
• Meio de Controle Social;
maneira correta (a chamada
• De Auto-Ajuda;
tecnovigilância).
• Parceria Decisória.
Regulação de preços: Envolve a
3-PNI - Programa Nacional de
monitoração dos preços de
Imunização
medicamentos e outros produtos que
podem afetar a saúde da população.

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O Programa Nacional de Imunizações necessário aos administradores que têm

(PNI) visa contribuir para o controle ou a incumbência de programar sua
erradicação das doenças infecto- aquisição e distribuição.
contagiosas e imunopreviníveis, tais
3.2-CADEIA DE FRIO: Os
como a poliomielite (paralisia infantil),
procedimentos utilizados para garantir a
sarampo, difteria, tétano, coqueluche,
qualidade dos imunobiológicos durante
tuberculose e outras, mediante a
o armazenamento, conservação,
imunização sistemática da população.
manipulação, distribuição e transporte -
O Programa foi formulado em 1973, a desde sua produção até o momento em
partir de uma proposta básica elaborada que serão administrados - formam o que
por técnicos do Departamento Nacional denominamos cadeia ou rede de frio. Os
de Profilaxia e Controle de Doenças produtos imunológicos produzidos pelo
(Ministério da Saúde e da Central de laboratório produtor,constantes do
Medicamentos CEME - Presidência da Programa Nacional de Imunizações,
República) e renomados sanitaristas e são distribuídos para as cadeias de frio
infectologistas. O P.N.I é parte de esfera estadual e municipal , e depois
integrante do Programa da Organização para os centros de saúde e PSFs.
Mundial de Saúde, com o apoio técnico,
operacional e financeiro da UNICEF e
contribuições do Rotary.

3.1-O objetivo fundamental do P.N.I

é possibilitar aos gestores envolvidos no
programa uma avaliação dinâmica do
risco quanto à ocorrência de surtos ou
epidemias, a partir do registro dos
imunos aplicados e do quantitativo
populacional vacinado, que são
agregados por faixa etária, em
determinado período de tempo, em uma
área geográfica.
Por outro lado, possibilita também o
controle do estoque de imunos

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3.3-Calendário de Imunização -2008 3.4—Transporte de Vacinas : as

vacinas devem ser retiradas da câmara
Calendário básico de vacinação
frigorifica, para o frigorífico
(crianças)
secundário; onde são colocadas num
Idade Vacinas
frigorífico secundário, onde são
BCG-ID (1)
Ao nascer catalogados os lotes pelos destinos
Hepatite B (2)
1 mês Hepatite B definitivos, mantendo-se sempre a
Tetravalente (DTP + Hib) (3)
2 meses
VOP (vacina oral contra a pólio, temperatura
Sabin) compreendida entre 2ºC e
VORH (vacina oral contra rotavírus8ºC.humano)
Devem (4)ser transportados em caixa
Tetravalente (DTP + Hib)
4 meses
VOP (vacina oral contra a pólio, térmica
Sabin) e com termômetros de caixa
VORH (vacina oral contra rotavírus humano)
externo (5) a vacina não pode ser
e interno,
Tetravalente (DTP + Hib)
6 meses VOP (vacina oral contra a pólio, colocada
Sabin) direto em contato com o gelo
Hepatite B ou gelox.
9 meses Febre amarela (6)
12 meses SRC (tríplice viral, MMR)
DTP (tríplice bacteriana) 3.5-Eventos Adversos de Imuno
15 meses
VOP (vacina oral contra a pólio, Especiais
Sabin)
DTP (tríplice bacteriana)
4 - 6 anos
SRC (tríplice viral, MMR)
10 anos Febre amarela 10 anos Imunibiológicos Especiais : São
aquelas vacianas dadas em condições
1.A aplicação da dose de reforço com a BCG-ID (intradérmica) foi suspensa a partir de junho de 2006. A segunda
especiais .
dose da BCG continua recomendada para contactantes domiciliares de pessoas com qualquer forma de
Ver Nota Técnica no. 66.
2.O esquema básico de vacinação contra a hepatite B é feito com 3 doses. A primeira dose deve ser administrada nas
1-Vacina de vírus inativado contra a
primeiras 12 horas de vida do recém nascido. A segunda e a terceira doses devem ser aplicadas, respectivamente,
Poliomielite
30 e 180 dias após a primeira.
3.A vacina tetravalente (DTP+Hib) protege contra Difteria
Indicações:
Haemophilus influenzae tipo b (inclusive meningite). Os reforços, o primeiro aos 15 meses e o segundo entre 4 e 6
• Imunodeprimidos
anos, são feitos com a DTP.
• pós transplante de medula óssea
4.A primeira dose da vacina oral contra rotavírus humano (
• evento adverso da vacina de
vida. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose é de 4 semanas.
5.A segunda dose da vacina oral contra rotavírus humano ( vírus vivos atenuados
vida. O intervalo mínimo recomendado entre a primeira e a segunda dose Filhos
• Obs: é de 4 de
semanas.
mãe HIV
6.Crianças a partir dos 9 meses de idade, que residam ou que irão viajar para
positivo antes da definição
não vacinados, em caso de viagem para áreas de risco, inclusive no exterior
diagnóstica e crianças com HIV/
feita 10 dias antes da partida.
aids devem receber a VIP e,

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quando não disponível esta • Coagulopatias;

vacina, deve-se utilizar a VOP. • Crianças menores de 13 anos
Via de administração: intramuscular com HIV/aids;
ou subcutânea • Adultos com HIV/aids que
Composição: vacina trivalente sejam portadores do VHB ou
inativada por formaldeído VHC;
• Fibrose cística;
Idade de aplicação: a partir de 2
• Trissomias;
MESES de idade
Indicação :
Esquema: 2 DOSES (inter. de 2 meses)
e 2 REFORÇOS • Imunodepressão terapêutica
ou por doença
• 1º reforço  6 meses a 1 ano
imunodepressora;
depois da 2ª dose
• Candidatos a transplante de
• 2º reforço  3 a 5 anos após o
órgão sólido, cadastrados em
1º reforço
programas de transplantes;
• Transplantados de órgão
Contra-indicações
sólido ou de medula óssea;
• Reação grave a dose anterior de • Doadores de órgão sólido ou
VIP ou anafilaxia a algum de medula óssea, cadastrados
componente da vacina. em programas de
transplantes.
Eventos adversos
Via de administração: intramuscular,
• Locais: Eritema discreto no local
no deltóide
da aplicação.
Composição: inativada, preparadas a
• Sistêmicos: Febre moderada
partir de culturas celulares em
• Alérgicos: Anafilaxia é rara
fibroblastos humanos .

2-Vacina contra Hepatite A

Idade de aplicação: a partir de 2
ANOS
Indicações:

Esquema: 2 DOSES com intervalo de 6

• Hepatopatias crônicas de
meses
qualquer etiologia;

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Contra-indicações • Dose única.

• história de reação anafilática a Efeitos adversos

algum dos componentes da
• Locais: eritema, enduração e dor
vacina.
de intensidade leve;
• Não é recomendada durante a
• Sistêmicos: febre, sintomas
gestação, apesar do risco teórico
gastrointestinais, mal estar,
para o feto ser baixo e ser vacina
cefaléia, exantema 
inativada.
ocasionalmente.
Eventos adversos • Alérgicos: Anafilaxia é rara.

• Locais: dor, eritema ou edema 4-Vacina contra a Varicela

 (20 a 50%);
• Sistêmicos: febre e fadiga (<
Indicações:
5%);
• Alérgicos: anafilaxia é rara.
• Imunocomprometidos
• profissionais de saúde
3-Ig Humana anti hepatite B
• candidatos a transplantes de
Indicações:
órgãos
• prevenção da infecção perinatal • pacientes antes de quimioterapia
pelo vírus da hepatite B; • HIV positivo
• vítimas de acidentes com • Contatantes
material biológico positivo ou • comunidades fechadas e surtos
fortemente suspeito de infecção
Via de administração: via subcutânea
por VHB;
• comunicantes sexuais de casos
Composição: Vírus vivo atenuado
agudos de hepatite B;
• vítimas de abuso sexual; Idade de aplicação: a partir de 12
• imunodeprimido após exposição MESES de idade
de risco, mesmo que
Esquema:
previamente vacinados.

• 12 meses a 12 anos  1 dose;

Esquema

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• > 13 anos 2 doses (de 4 a 8

semanas) Indicações:

Contra-indicações • Crianças ou adultos

imunocomprometidos;
• durante o período de três meses
• Grávidas;
após suspensão de terapia
• Recém-nascidos de mães 
imunodepressora, inclusive uso
varicela nos 5 últimos dias de
de corticóides;
gestação ou até 48 horas após o
• gestação (mulheres em idade
parto;
fértil vacinadas devem evitar a
• Recém-nascidos prematuros 
gravidez durante um mês após a
28 ou + semanas de gestação 
vacinação);
mãe nunca teve varicela;
• reação anafilática a dose anterior
• Recém-nascidos prematuros <
da vacina ou a algum de seus
28 semanas de gestação (ou < 1
componentes.
kg ao nascimento) 
independente de história
Eventos adversos
materna de varicela.
• Locais: dor, hiperestesia ou
Composição: Obtidas do plasma de
rubor (20%)  1as horas após a
doadores selecionados com altos títulos
aplicação;
de anticorpos específicos.
• Erupção leve semelhante à
varicela (3,5%)  no local da
Início da aplicação: Qualquer idade -
aplicação  de 8 a 19 dias após
< 96 h após o contato.
a vacinação;
• Sistêmicos: febre pode ocorrer Esquema: 1 dose
em torno de 15% dos vacinados,
Via de aplicação: Intramuscular
até 40 dias depois da vacinação.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara
Contra-Indicações

• Anafilaxia a dose anterior.

5-Imunoglobulina humana Eventos adversos

antivaricela-zóster

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• Locais: eritema, enduração e dor
de intensidade leve.
• Sistêmicos: febre, sintomas
gastrointestinais, mal estar,
cefaléia, exantema.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
6-Imunoglobulina Humana Anti-
Rábica (IGHR)
Indicações
• Indivíduos que apresentaram
algum tipo de hipersensibilidade
quando da utilização de soro
heterólogo (antitetânico, anti-
rábico, antidiftérico);
• Indivíduos que não completaram
esquema anti-rábico por eventos
adversos à vacina;
• Indivíduos imunodeprimidos –
na situação de pós-exposição,
sempre que houver Indicações
de vacinação anti-rábica.
Esquema
• Dose única.
Contra-indicações
• Anafilaxia a dose anterior.
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• Observação: Gravidez e
imunodepressão não constituem
contra-indicações.
Eventos adversos
• Locais: eritema, enduração e dor
de intensidade leve.
• Sistêmicos: febre, sintomas
gastrointestinais, mal estar,
cefaléia, exantema.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
6-Vacina contra influenza, inativada
(INF) – “Vacina contra Gripe”
Indicações:
• Imunodeprimidos
• Profissionais da saúde
• Comunicantes domiciliares de
imunodeprimidos;
• Cardiopatias crônicas;
• Pneumopatias crônicas;
• Asplenia anatômica ou funcional
e doenças relacionadas;
• Diabetes mellitus;
• Fibrose cística;
• Trissomias;
• Nefropatia crônica / síndrome
nefrótica;
• Asma.
Esquema
1 DOSE anual -≥ 9 anos
6
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2 DOSES com intervalo de 4 a 5 • doença pulmonar ou

semanas cardiovascular crônica
grave
Vacinações subseqüentes: 1 dose
• insuficiência renal
anual - 6 m a 8 anos
crônica, síndrome
nefrótica
Contra-indicações
• diabetes
• História de anafilaxia a proteínas • cirrose hepática
do ovo ou a outros componentes • fístula liquórica
da vacina. • asplenia congênita ou
adquirida
Eventos adversos
• hemoglobinopatias
• imunodeficiência
• Locais: eritema, dor e
congênita ou adquirida,
enduração, de pequena
crianças HIV positivo
intensidade, com duração de até
assintomáticas e com
dois dias;
aids.
• Sistêmicos: febre, mal-estar e
mialgia;
• Composição: Cada 0,5 ml de
• não agrava sintomas de
dose intramuscular é formulada
pacientes asmáticos nem induz
para conter 2 mcg de sacarídeo
sintomas respiratórios.
por sorotipo 4, 9V, 14, 18C, 19F
• Sd. Guillan-Barré – 1/1.000.000
e 23F, 4 mcg de sorotipo 6B,
doses aplicadas
aproximadamente 20 mcg de
• Alérgicos: Reação anafilática é
proteína CRM197, e
rara.
aproximadamente 0,5 mg de
fosfato de alumínio como
7-Vacina pneumocócica 7 valente
adjuvante.

Indicações:
• Idade Aplicação: a partir dos 2
(dois) meses de idade até 23
• Crianças menores de 2 anos
(vinte e três) meses.
basicamente imunocompetentes
• Esquema básico:

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• Via de aplicação : Indicações

Intramuscular-
• HIV/aids;
Dose : 2 doses (0/2 m) ≥ 24 meses • Asplenia anatômica ou funcional
e doenças relacionadas;
Dose : 2 doses (0/2 m) : • Pneumopatias crônicas, exceto
asma;
1− 12 a 23 meses
• Asma grave em usos de
2− 12 a 15 m de idade
corticóide em dose

2 doses (0/2 m) imunossupressora;

• Cardiopatias crônicas;
7 a 11 meses • Nefropatias crônicas /
hemodiálise / síndrome
12 a 15 m de idade
nefrótica;

3 doses (0/2/4 m) • Transplantados de órgãos

sólidos ou medula óssea;
2 a 6 meses • Imunodeficiência devido a
câncer ou imunossupressão
Contra-Indicações
terapêutica;

• Pn23 e Pnc7: Reação anterior de • Diabetes mellitus;

hipersensibilidade imediata • Fístula liquórica;

(anafilaxia) à vacina. • Fibrose cística (mucoviscidose);

• Trissomias;
Eventos adversos • Imunodeficiências congênitas;

• Locais: Rubor, enduração e dor

de intensidade leve. Idade Aplicação: a partir dos 2 ANOS
• Sistêmicos: Irritabilidade, de idade.
sonolência e choro excessivo são
descritos, porém de intensidade Esquema

leve.
• Dose única.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
• A revacinação é indicada uma
única vez, devendo ser realizada

8-Vacina Polissacarídica 23 Valente 5 ANOS após a dose inicial.

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• Obs: 1ª dose, pelo menos 6 a 8
semanas após a última dose da
Pnc7.
Contra-Indicações
• Pn23 e Pnc7: Reação anterior de
hipersensibilidade imediata
(anafilaxia) à vacina.
Eventos Adversos
• Locais: eritema, enduração e
dor.
• Sistêmicos: febre baixa, astenia,
cefaléia e mialgia, sendo mais
intensos e mais freqüentes na
revacinação.
• Alérgicos: anafilaxia é rara
9-DTP acelular
Indicações:
• crianças até 6 anos completos 
após uma das doses DTP
apresentem os seguintes eventos
adversos:
- Convulsões nas primeiras 72
horas;
- Episódio Hipotônico
Hiporresponsivo (EHH) nas
primeiras 48 horas.
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• Via de aplicação : Intramuscular
Composição: associação dos toxóides
diftérico e tetânico com imunógenos
derivados da Bordetella pertussis.
Idade Aplicação: < 7 anos
• 2, 4 e 6 meses, com um reforço
aos 15 meses e outro entre 4 e 6
anos.
• intervalo mínimo  um mês.
• Crianças  doses anteriores de
DTP celular ou Tetravalente
completar o esquema com
DTPa;
• DTPa substituindo a
tetravalente  simultaneamente
receber vacina contra
Haemophilus influenzae tipo b,
aplicada com seringa individual,
em grupo muscular diferente.
Contra-indicações
• choque anafilático: tetravalente
ou da tríplice celular (DTP) ou
da tríplice acelular (DTPa),
antitetânico-diftéricas duplas
(DT e dT) e da vacina
antitetânica;
• encefalopatia até sete dias
depois da aplicação da vacina
tetravalente ou da vacina DTP
celular ou da DTP acelular,
6
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devendo o esquema nestes casos 12 a 15 meses *

ser completado com vacina
2 doses (intervalo de 4 a 8 semanas)
dupla (DT ou dT).

7 a 11 meses
Eventos adversos

12 a 15 meses *
• Locais: são os mesmos das
vacinas celulares, dor,
3 doses (intervalo de 60 dias)
enduração, hiperemia, porém
com enor freqüência e 2 a 6 meses
intensidade.
Contra-indicações
• Sistêmicos: temp. axilar ≥ 40°C,
• Anafilaxia a dose anterior ou a
convulsões febris, choro com 3
algum componente da vacina
horas ou mais de duração e
episódios hipotônicos;
Eventos adversos
• Encefalopatia  evento raro.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara • 10% dos casos nas 1as 24 hs
• Locais: dor, eritema e enduração
• Sistêmicos: febre, irritabilidade
e sonolência.
10-Vacina contra Haemophilus
• Alérgicos: anafilaxia é rara.
influenzae do tipo b (Hib)

• * Para imunodeprimidos
11-Vacina dupla infantil (DT)
(HIV/aids, imunossupressão
devido a drogas e câncer,
Esquemas
imunodeficiência congênita com
deficiência isolada de tipo • Em substituição às vacinas
humoral ou deficiência de Tetravalente, DTP e DTP
complemento, transplantados). acelular, nos casos em que estas
vacinas são contra-indicadas.
Dose única
Indicações:
2 doses (intervalo de 4 a 8 semanas)*

1 a 19 anos

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• Encefalopatia nos 7 dias
subseqüentes à administração de
dose anterior de vacina
tetravalente, DTP celular ou
DTP acelular.
Contra-indicações
• Reação anafilática anterior às
vacinas Tetravalente, DTP
celular, DTP acelular ou DT.
Eventos adversos
• Locais: Dor, rubor e enduração
locais são freqüentes. Nódulos
subcutâneos e abscessos
assépticos podem ocorrem
infreqüentemente.
• Sistêmicos: Febre de até 38,5
graus é relativamente freqüente.
Convulsões febris e
episódio hipotônico hiporresponsivo são
relatados com freqüência menor do que
os observados
com a vacina DTP celular.
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
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11-Vacina meningocócica conjugada
Composição: Cada 0,5 ml de dose deve
conter: polissacarídeo meningocócico
do grupo C 10ug conjugado ao toxóide
tetânico (TT) 10-20 ug; ADJUVANTE:
Hidróxido de alumínio 1,4 mg
(equivalente a 0,5 mg de alumínio).
Indicações: a partir dos 2 meses de
idade, nos portadores de:
• Asplenia congênita ou adquirida
• deficiências do complemento
• anemia falciforme e talassemia.
Esquema básico:
• A partir de 2 meses de idade, 2
ou 3 doses com intervalo
mínimo de 30 dias, idealmente
de 60 dias, de acordo com as
indicações do fabricante.
• Em crianças maiores de 12
meses e adultos, dose única.
• Via de aplicação :
Intramuscular
Contra-indicações
• Pacientes com
hipersensibilidade a qualquer
um dos componentes da vacina.
Eventos adversos
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• Locais: eritema, enduração e Esquemas

dor.
• Dose única.
• Sistêmicos: febre baixa e
irritabilidade.
Contra-indicações
• Alérgicos: anafilaxia é rara.
• Anafilaxia a dose anterior.
12-Imunoglobulina humana
antitetânica (IGHT) Eventos adversos

Indicações • Locais: eritema, enduração e dor

de intensidade leve são comuns.
• hipersensibilidade quando da
• Sistêmicos: febre, sintomas
utilização de qualquer soro
gastrointestinais, mal estar,
heterólogo (antitetânico, anti-
cefaléia, exantema.
rábico, antidiftérico, antiofídico,
• Alérgicos: Anafilaxia é rara.
etc.);
• Indivíduos imunodeprimidos,
nas indicações de 13-Vacina contra Febre Tifóide
imunoprofilaxia contra o tétano,
• Indicações: restrita as pessoas
mesmo que vacinado.
sujeitas a exposição excepcional,
• Recém nascidos em situações de
em decorrência de sua ocupação
risco para tétano cujas mães
(profissionais de laboratório
sejam desconhecidas ou não
com contato habitual com
tenham sido adequadamente
Salmonella typhi e trabalhadores
vacinadas;
de rede de esgoto), ou viajantes
• Recém nascidos prematuros com
a áreas endêmicas.
lesões potencialmente
• Idade Aplicação: a partir de 2
tetanogênicas,
meses de idade
independentemente da história
• Dose/Esquema básico: 1 dose
vacinal da mãe.
• Reforço: Após 3 anos
• Gravidez e imunodepressão não
• Via de aplicação: Intramuscular
constituem contra-indicações.

3.6-Entidades responsáveis pelo

controle de doenças transmissiveis

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SINAN- SISTEMA NACIONAL DE imunodeficiência humana - HIV em

AGRAVOS DE NOTIFICAÇÃO gestantes e crianças expostas ao risco
de transmissão vertical
Sistema Nacional de Agravos de XX. Influenza humana por novo
Notificação (SINAN) -É o sistema subtipo (pandêmico)
que reúne todas os dados relativos XXI. Leishmaniose Tegumentar
aos agravos de notificação, Americana
alimentado pelas notificações XXII. Leishmaniose Visceral
compulsórias . XXIII.Leptospirose
XXIV. Malária
Lista de Doenças de Notificação XXV. Meningite por Haemophilus
Compulsória influenzae
XXVI. Peste
I. Botulismo XXVII.Poliomielite
II. Carbúnculo ou Antraz XXVIII.Paralisia Flácida Aguda
III. Cólera XXIX.Raiva Humana
IV. Coqueluche XXX.Rubéola
V. Dengue XXXI.Síndrome da Rubéola
VI. Difteria Congênita
VII. Doença de Creutzfeldt - Jacob XXXII. Sarampo
VIII. Doenças as (casos agudos) XXXIII. Sífilis Congênita
IX. Doença Meningocócica e outras XXXIV. Sífilis em gestante
Meningites XXXV. Síndrome da
X.Esquistossomose (em área não Imunodeficiência Adquirida - AIDS
endêmica) XXXVI. Síndrome Febril Íctero-
XI. Eventos Adversos Pós-Vacinação hemorrágica Aguda
XII.Febre Amarela XXXVII. Síndrome Respiratória
XIII. Febre do Nilo Ocidental Aguda Grave
XIV. Febre Maculosa XXXVIII. Tétano
XV. Febre Tifóide XXXIX. Tularemia
XVI. Hanseníase XL. Tuberculose
XVII. Hantavirose XLI. Varíola
XVIII. Hepatites Virais
XIX. Infecção pelo vírus da

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Portaria Nº 5, de 21 de fevereiro de
2006

Referências :

Manuais do Ministério da Saúde :

Manual de rede de Frio

Manual de Vacinação

Manual de Imunos especiais

Manual de doenças infecciosas e

Parasitárias

Manual de vacina –OMS/OPAS

Sites :

http://dtr2004.saude.gov.br/sinanweb/ep
ilista.hthptt//saude.gov.br/editora/htm+
manuais

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