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MIGRACOES INTERNACIONAIS DEE PARA O BRASIL CONTEMPORANEO volumes, fluxos, significados e politicas Prof? Fabio Contel FLGS61-GEOGRAFIA DA POPULACAO Texto / AA Copias INeane Loves Parana ‘esimo: Os mavimentos migratiiosSaternacionais «partir de para o Brasil consateem, hoje, wma Tor {ante queso rei, que esvolve gropos sociale especficos, majrituviamente nip documentos, sees & cio de aproveitadores. A questo des remessa também tem ido alvo de especalsho etniciatvns governa ‘mentas. Esta staicto demands ~ argentemente ~feformolagsoe implementagae de poiias de hier & ‘de emigrarto, bem como agées volladasd impemetaao dos direitos humanos dos migrants Patavraschave! Migragses intemacionss. Remessue, Pains socials, Abstract: Intemational migcatory movemens from ano Bratil nowadays constiutesaninreosingly important Social gaeetion, It inves roups. mauly non documented persons omitted tthe action of Speculiors; emittnees i als gening spate urgent formulation ae wll 3 an implemoncation Of public immigration and out-mieeation policies su well xs policies relat to migraet homaa Highs and Acces o cial services, Key words: Inerrtional migration. Remittances, Public Policies, ‘esde quando se tornou manifesto, hi mais de trés décadas, 0 fendmeno da migragiio de brasileiros para paises: desenvolvidos vem-se constituindo, dde maneia erescente, em tema relevante na produciio cien- tifica, nas discussdes politicas, na midia falada e escrita, ‘no cancioneiro popular e, mais recentemente, em novela de Ambito nacional Por outro lado, a publicagio dos resultados amostrais do Censo Demogrifico de 2000, as séries de informagies levantadas pelo Ministério de Relagoes Exteriores ¢, prin- eipalmente, a turbuléneia dos primeiros anos do nevo mi- \énio passaram a reforgar a necessidade de reflexito, de realizagio de um balango do conhecimento ¢ de incorpo- ragio de novas evidéncias empiricas sobre a insergo do Brasil nos movimentos internacionais de populagio, Sto Pato Pectin. 12 3523-3, jl et. 2008 {Eom Accrescente importancia das migragées intemacionais no contexto da globalizaao tem sido, na verdade, objeto de um mimero expressive de contribuigdes importantes, de carster te6rico empitico, que atestam sua diversida- de, significados e implicagses. Parte significativa desse arsenal de contribuigdes importantes volta-se & reflexio sobre as enormes transformagses econdmicas, sociais, politicas, demograficas e culturais que se processam em Ambito intemacional, principalmente a partir dos anos 80. eixo de reflexio, situam-se as mudangas advindas do processo de reestruturagao produtiva! —o que implica nnovas modalidades de mobilidade do capital eda popula- lo em diferentes partes do mundg2} No cendrio da globalizagio, as reventes tendéncias de movimentos migrat6rios internacionais também vém ddemandando areavatiago de paradigmas para serem me= thor conhecidas e entendidas. Para tanto, tomanvse im prescindveis aincorporagio de novas dimensdes explica- tivas e uma revisio da prépria definigio do fenéimeno rigeatorio? THioje, € extremamente importante consideraro contexto de lata compromissos internacionais assumidos em prol da ampliagio ¢ efetivagio dos Direitos Humanos dos rmigrantes. E preciso reconhecero novo, dificil ¢eontlitivo papel dos Estados Nacianais ¢ das politicas sociais em relagio aos processos inlernacionais e interoos de distri- ‘buiga0 da populagso mo espago — cada vez mais desigual c excludente, 118 que se tomar em conta as tensBes entre ‘os niveis de ago internacional, nacional e local. Ede fun- damental importincia considerar que 08 movinnentos mic sgratérios internacionais constituem a conteapartida da reestruturagio territorial planetiria que, por sua vez, esta intrinsecamente relacionada 8 reestruturacia econémico- produtiva em escala global. ‘Alem disso, acontecimentos recentes, como 0 11 de setembro nos Estados Unidos ¢ sua estratégia militar preventiva iniciada com a Guerra do Iraque, os eontlitos do Oriente Médio, as tensoes entre comunidades de imigrantes magulmanos na Europa, entre outres manifes~ tages das contradigaes e conflitos q al a neste inicio de século, reforgam as dimensBes de racismo e xenofobia. | ‘No planointeenacional, este 6 0 momento decisivo para a definigao de quai paises ter2o acesso a0 desenvotvi- ‘mento, Em outras palavres, € importante saber quais de- les poderio lograr o desenvalvimento eeondmico e social capaz de trd-los da condigio de etemos paises em de- senvolvimento. Nesse cenirio, comparecem os patses da ‘América do Sul, onde, nas décadas passadas ~ com exce- ‘es, mas de um modo geral ~assistiv-se a processos de democraizasio, embora as crises financeiras, 0 défict fiscal asd proceso produtivo, entre outras dimensdes, tenham im- primido como contrapartida dessa dinimica, 0 aumento da pobreza, da desigualdade e da exelusio,dstanciando- 6s ainda mais dos paises do Primeiro Mundo. Para superara distancia que a separa dos pases desen- volvidos, a América do Sul desenvolve esteatézias ~ € muitas vezes oscila entre a obedigncia aos cinones neoliberas eas tentativas de incrementaro resgate social acumulado, Nesse contexto move-se o Mercostl qu j6 hi mais de uma década opera com oscilagdes, conrad Bes € desafios, ao mesmo tempo que as discusses sobre fdas externas e internas, o estancamento do couécco interacial on Alea ecrudcacem slnds mi te eaifitosimernos especticos da rego. 1 Bomo esuatégia de efrentamente da suasto adver, a conjomtarapoifica sponta para a emergenia de ide tanga mals veltades vo eforg regional conjenta do con neal sul-amereano. Por essa rato, no tmblo do Mereo. tul,apolticn exter do skal governo parece str diigida to Fotalecimenta do bloco de integrasto ampli am- bem oprestdonte Kirschner na Argeatina~ pats val, as tambtim allndo~ parece favorecer male dinamo um fvangorelalvo nas poleasscias que envolvem ita ios lo gs faroctineetaa lence pales do bloco, Esse deslocamentes se do tanto por moda de residdneia: como por retomo a stuagoes reed anteriores: circlaridade:dupla residéncla'ou perm bias tmpordrian lno vor com fois on tv treste = com stimento da parcipog8o de mulheres aaa eee ape egal ee clzuatnas) MODALIDADES DE MOVIMENTOS, SIGNIFICADOS E GRUPOS SOCIAIS ENVOLVIDOS Na midia, hé reportagens, quase diariamente, sobre brasileiros que migraram e vive em outros paises — jealarmente nos Estados Unidos. © tera também foi tea tado.em telenovela recentemente teansmitida em “horério nnobre”. Esses dois exemplos, entre outras evidéneias, ilus- tram a erescente visibilidade do tema: a consolidagao de Fuxos migratérios: os procedimentos adotados para a en- trada nos Estados Unidos ~ agora via México ~; 05 tiscos {que os migrantes correm; a violencia ¢ a corrupgi0 dos atravessadores; a mescla destes com 0 narcotrifico; 0 tra- tamento desigual para os “migrantes documentados” e os chamados “migrantes irregulares”. Cobertura jornalistica recente tratou de vérias dimen- ss deseas navas tondéncias ¢ earacteristicas do movie ‘mento de brasileiros rumo ao Primeiro Mundo. Foram narradas as vicissitudes, dificuldades, desprotegio, injus- tigas e até algum sucesso que cercam a vida cotidiana de ‘um grupo erescente ~ principalmente de jovens urba- nos ~, que parte de uma também erescente diversidade de locais. Todos buscam inserir-se, de forma temporéria ou posteriormente em caréter definitivo, no palsque, para-les, pareee sero “sonbo americana” (SALFS, 2005; HARAZIM, 2005; MEDEIROS, 2005). Ha que se ressaltar, pelo oportuno, que na mesma edi- gio do jornal publica-se reportagem a respeito dos recen- 24 So Pao wy Paste 19,93, 9.23393 jolt 2008 tes imigrantessul-americanos pobres, principalmente bo- livianos, que adentram o pais também em busca de me- Totes condigbes de vida, aspirando a ter direitos a saiide © educago, mesino como imigrantes também “ilegais” (CAFARDO, 2005). No mesmo dia, a Revista da Fotha também se ocupou com uma ampla cobertura a respeito dos imigrantes po- bres que vieram recentemente on que esto hi mais tem- po no Brasil. Relata suas vicissitudes, sua desprotegao, suas condig6es absolutamente precérias de habitagio ¢ remuneragio, a situaglo de seus filhos, enire outras di Dez anos antes, em sua edigao de outubro de 1995, 0 Jornal 0 Estado de S.Pauto anunciava em manchete de primeira pagina, em letras garrafsis: “Brasil exportou um nillio de migrantes” (RABINOVICH, 1995), 0 autor da matériaestampava em “furo jomalistico” os aameros que estavam sendo debatidos num seminrio em Brasilia: tra- tava-se de um arredondamenta de cifras projetadas me dante 0 uso do Censo Demogrifico de 1991 (CARVA- LHO, 1996; OLIVEIRA etal, 1996). Ulirapassar a cifea de um milhdo pareeta a configuragto plena de uma nova auestto social TNos debates ¢ nas publicagdes que se seguiram, esta- vvam presents algumas earacteristicas peroebidas a respei- to de um fendmeno que estava se configurando pela pi imeira vez na histia do pats, ferindo os bros nacionalistas ea imagem de pats receptor: a saida de Brasileiros para o cexterior* Delineavacse, também, no conjunto de contribui- {esos entendimentos e os signficados ndo s6 de salda de brasileros como da entrada de novos imigrantes. J Num resumo a tespeito dos entendimentos © dessas interpretagoes, cumpre ressaltar alguns pontos que pet- ‘manecem como contribuigdes imprescindiveis para o de- bate atl Fos movimentos migratérios internacionais de © para o Brasil foram pereebidos como inseridos na reestraturagao produtiva em nivel internacional. Assim, a crise finance £2, 0 estancamenta do processo de desenvolvimento, 0 excedente de miio-de-obra crescente, a pobreza, a ausén- «ia de perspectiva de mobilidade social, entre outras ea 55, estariam na raiz da nova questo social: pereebia-se nfo se ratar de uma tnversdo de tendéncia = © Brasil no seria um pais de imigracao que passou a ser de emigraeso. Em outras palaveas, nfo teria passado de receptor a expulsor de populagto. O contexto, 0 signi- ficado, os volumes, os Nuxos, as redes ¢ outras dimen- ses importantes, no contexto interna e internacional, pas- Sto Pho tt Pare, ¥ 19,93, 253, jdt, 2005 savam a ser completamente distintos de tudo 0 que, sob a mesma rubrica, sueedera no passado, Embora em inenor scala, 0 contexto dos movimentos internacionais que envolviam © Brasil indieava a entrada de novos contin entes de estrangeiros, com caractersticas absolutamen, {e distintas das dos movimentos anteriores:] FF comexcegto do easo dos “brasiguaios”, pereebia-se que 6 migrantes nBo eram os mais pobres — em sia maioria, 1s movimentos estavam atingindo os jovens adultos de camadas médias ucbanes: J [F aocontrivia de algumas andtises conjunturais que ass0- vam a safda de brasileitos A década perdida (anos 80) ou A conjuntura do Governo Callor, esse estudo earacte- rizava a questo social como inerente & nova etapa da lobalizagdo e afirmava que, portanto, esta tinha “vindo para ficar” F percebia-se que, sob a ubrica migragao internacional aglatinavam-se processos ¢ fendmenos distntos. Estes envolviam tanto quests fundidrias nfo resolvidas (como no jd wadicional caso das migragges Brasil-Paraguai), quanto pereepgdes ¢ anseios de grupos socials espectti 0s frente a uma mobilidade social iruncada no pais (eomo no €980 do “rumo ao Primeiro Mundo"), com tarefasre- smuneradas de baixa qualificaglo e manus, porém muito melhor remuneradas. Percebiam-se modalidades de mo vimentos populacionais emergentes no contexto do capic talismo internacional e proprias da globalizagao atual — como a configuragio do mercado dual da economia, a entrada de pessoal téenieo-ciemtico qualificado,stuagbes de “fuga de eérebros”, ente outa; - embora de diminuta expresso numérica, aentradaesaida de pessoas do territério nacional nunca cessou, Poder-se~ ia dizer queo Brasil beneficiou-se da “invasao de cérebros” vindos de paises vizinhos, em grande parte das quais afugentados pelos regimes autoritrios dos anos 70, bem ‘como a entrada de europeus, nos anos que se seguiram & Segunda Guerra Mundial - que sio, entre outros, exemplos de pequeno, mas intermitente afluxo de estrangeitos: ~ Finalmente, potcebi-xe # cmergente questo das remessas ay (anseréncisvnlaterais 10 blango de Pazamenton do Brasil ~ que ja re apresentavam em fxpansio, Na verdad, es remesias cresceram espe Sivamente nor anos 90 tiverim como pice 0 aa db 1992! de 834 mlhoes de dares er 198, patram par 1556 bio, em 199152243, mn 1992 183, ), As autoridades vém gradativamente se manifestando mais abertamente sobre 0 interesse desse montante de divisas para a economia nacional: percebe-se que © Brasil entrou no rol dos pafses com altos indices de remessas ~ estimada em USS 5,8 bilhies em 2003." Destes tltimos 5 bilhdes que entraram no Brasil, 0 Japtio & responsivel por 3 bilhdes; os USA, por 1 bilhio; e a Buropa, por 1 bilhiio~ sendo que a metade desse volume vem de Portugal [Esse montante representa 7% das exportagées brasileias, que somaram 73 milhGes, em 2003 ~ ¢ 6 maior do que qualquer produto de exportagao. Nesse tiltimo ano, as remessas so superiores As exportagdes de soja (4,29 bilhdes), € bem mais elevadas do que os produtos tradi- cionais como 0 café (1,3 bilhio) e valgados (1,62 bilhio) (ROSSI, 2005), ou seja, como havia constatado Klagsbrunn (1996),[o emigrante continua sendo o maior produto de exportagio de Brasil Comemorando essa cifta que teria entrado no pais ent parte pelo Banco do Brasil e em outra tazida pessoalmente ou enviada por parentes © amigos." uma auioridade do Jtamaraty manifeston-se, em tom jocoso: 0s brasileiros que vive no exteriorsio compatriotas que deveriam ser re- cebidos com tapete vermelho, champanbe ¢ caviar (Fo- tha de S.Paulo, 4 jul. 2004), Estrangeiros no Brasit No que se refere 8 entrada de estrangeiros no Brasil, hh que se registrar que o controle da imigragio € uma as buisio de rés ministérios: da Justga, das Relagses Exterio- res € do Trabalho e Emprego,jAo Ministério da Justiga compete, essencialmente, © controle dos estrangeiros aps sua entrada em territério nacional e a aplicagHo da politi- a de imigragio — desde a concessio de visto, protrogs- ges, transformagées de vistos, permanéncia, até medidas ‘menos “simpaticas”, como a extraigao. J A politica imigratéria atual é orientada pela Lei n® 6.815, de 19 de agosto de 1980, que desde o infeio de sua Vig2acia vem sendo alvo de erticas no pats. A lel criou ainda © Conselho Nacional de Imigragao ~ CNI, 61g presidido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com representantes de vérios outros ministéios, gio de classe Sociedade Brasileira para o Progresso da Cineia ~SBPC. ‘Sho Povo we Petsecnvn,v 19.9.3, p23 jolt 2005 fo NI, por meio de 49 resolugdes, orienta a politica iigratriaqus, neste momento, prvilegi a imigragt sob o pontode visa da assimilagao da teenologia investimenta de capital estrangero,reunito familia, atividades de a sisténia, rabaloespevializadoe desenvolvimento clen- fico, cadénsco e cultural (BARRETO, 2001) FBestaca-se ainda, na condulo da politica imigratoria brasileira, o trabalho desenvolvido pelo Comte Nacional para os Refugiados ~ Conae vinculado ap Ministerio da Sastiga, que tem por fnalidade a eondugao da politics oy chonal sobre refugiados. { Cave a0 Ministerio do Traatho e Emprego estabele- cr reves eorienagoes de carer peral no queconceme 2 autorizagto de trabalho a esrangeitos}com abeervan. cia dos recetos da Let n® 6:815/80 que define su siti. (fo jurdica wo pals Esse conjunto de dspositivos careteriza Brasil como um dos pafses mais resttivos quanto &imigragto dees teangeiros. E interessante consierar ax discussdce are. Peto no Abita do governo do Mereost, onde howve tens tativas para harmonizar as poiticas migratGries dos paises-membros com vistas lve irutagie de tabatha, dores no sontexto da abertura comercial: nesse frum, & ‘Outra dimensio que vem surgindo com fmpeto €a ques- lio do acesso dos imigrantes nto documentados e seus familiares aos servigos pifblicos no Brasil. Sabe-se que, no Brasil, criangas © adolescentes estrangeitos ou filhos <ée estrangeiros em situag3o ilegal nem sempre conseguem ugar em escolas piiblicas. No Férum Social das Migra- {$6es, realizado em Porto Alegre, em janeiro de 2005, dis- Cutia-se 0 acesso desses migrantes as politicas univer salistas~ sate ¢ educacao ~ constatando-se que o Sistema Unico de Satide ~ SUS € 0 dnico programa que, por sua regulamentagio universalista, possui o respaldo de aten- dimento a todos, indistintamente. No Brasil, os estados tém relativa autonomia no que se refere ao acesso de imigrantes e/ou seus filhos ao ensino pUiblico fundamental. No entanto, no plano juridico, a Constituigd0 Brasileica, de cunho universalista, contrapse- se ao Estatuto do Estrangeiro, que é mais restitivo, Mai- las vezes, 0 jovem pode freqtientar a escola, mas esta nto pode emitir certificados de conclusio."” ‘Todas essas constatagdes a respeito dos movimentos migratérios internacionais a partir de e para o Brasil indicam fortemente a urgéncia de tratamento de uma problemética emergente que demanda anilise, enten- dimento e monitoramento. Isso significa reformulagao € Sto Pawo Paurneren. «19.0.3: 233, jar 2008 Monies ranicenis na @ Best Cowen ampliago das politicas © agdes frente A nova sitaagao, para alterar seus pressupostos, tomar em conta as especi- ficidades dos fluxos © dos grupos saciais envolvidas, defender os individuos de atravessadores, ampliar seu eescopo para dar conta dos direitos humanas dos migrantes suas familias. Sob a égide da Conferéncia sobre Direitos Humanos, 0 tratamento dos migrantes internacionais cireunsereve-se no ambito da articulagio entre soberania nacional, democracia, direitos humanos € direitos a0 desenvolvimento. O desafio consiste em transtormar os ‘compromissos assumidos internacionalmente em pro- _gramss ¢ praticas sociais condizentes com a articulagao Proposta ~ sintese das contradigdes, conflitos e anta- ‘onismos intensificados neste infcio de século, A migracio internacional, que & a contrapartida populacional desse contexto globalizado, representa hoje a transformagiio da hheranga alvissareira do século 20 e um grande desafio para © século 21 Notas 1. elas, entre outos: Harvey (1993), Pare (1978), Benko e Lietz 2. Vejase Sassen (1988), 3. bastame expressive o montanie © a qualidade da producto de demégratos« eapecalisas em Extudos Populacionas sobre ten “Mesinn com rico de aprerentar lacunar importante menctor oa bath da Comtasio de Migragio taerncional Ga Unive Incrnacanal ata 0 Esiudo da Popolagao = 1USSP. Cf, enve outros, Massey ata (1993) a producto mesieana,consstente © numerous expres fe ha ‘arindae publicagoes da Somede, sugeaivo camber, @ ecene tate {ae Canates (2003), Un bom balan da produ olbigraficnencors tease em Assis e Sasaki (2001: contigs posterines mas sig. Fieatvas sho mencionadas 40 fal 4A excepto de esmdantes casos isola de profissonas de alg tas Sreas de ponta sald de Orateion 36 exigva avant 9 teene miltst, com 0s reigindos plicos expulvos do pay 5.0 registro de brasileivos no exterior constitu levantamento do Ministrio dat Relagdes Exteriore junto aos consulates ¢ cra sas brasileias, nilowse, em 1996, es Hvemor aceito& quit le ‘anuarenos: alm do priteito,outos em 2000, 2008 «2603. Cabe fecisrar aqui que nic se ata de artaisieas pices, rus stn de fevantamente administativo interno, os proptios fncionérios Je eamaaty sto muito cavtelosos no que se efete a0 uso deses dado ‘com una quaniiescho preci dos emigrants braiiees 6. Nos itimos meses. entrada de brasileiro nos Estados Unis via ‘México vem sendo amplamente notciaia © alardeada ha verdnee, forecehavet um aflaxo mals lnenso,possveiente cojuntral ef ‘hurido, A'min menciona a ira de 309 mil urn mili de bras ros a esidindo, x maria clandestinmente y 17. 0 caso dos movimentos popolucionsis entre Brasil ¢Pacngual tern sido mplament estadado. Eve outros estuda, vei-se Pala (1598, 1906.e 1997) Sprandel (1992 ¢ 1998). Considers, alm du Argentina, Prague Uruguay, também Chi le, Bolivia e Pee Nee Lov Patan 9. Ministério do Trabalho ¢ prego. Secretaria de Relagtos do Tra batho (SRT Coordenasao de Imignagae (CGI), CNED, (2000), 10. ro Ambito das negociagoes que cercara a conferéncla e que se neamiaharam para lara final, dava-se Enfse 3 quests rela Slonadas i sadde reprodutivav seus desdobramentos tomatic: 60 tanto, questo das migragoes ltemaclonas gearam sempre for- {te tenses entre ce representantes dos pace de Grigem eos doe pat ‘ex recepioes em grande parte kdenlficndos com movimenton inter Sacionas de pases pobres para pales icon, Neare capil, 0 elt to reflete estar tenses, earacterianda-se por ambivalencias, contr {igoes « inexequbiigades. pesar diss. consitse, como todos 0s ‘eluérios das confergacne ds ONL, tum referencial bérco para da ‘sabes de agbese polities no plano iteracionl em coma ortesdor ‘de Financiamerion para pesquna e, mits vets, 2:30 110 enconto foi promovido pla Procuradria Regional dos Dit les do Cidade do Distrito Federal ~ PROCIMPE, com apoio or tizselonal da Casa do Brasil de Lisboa e colaboragto da Caria Portuguesa, da Caritas Brasileira, da Obra Catlicn Poreuguess de Migrasoes e da Pastoral dos Brasileiros no Exterior da Conterencia. Nacional dos Bispos do Brasil, sb patrociia do Banco do Brasil. 12, Hi que a assnalar que, 90 j6 mencionado levantamento conelat do amaraty de 2003, repisira-ce pela primes vera situagto regular regular dos trslcvos oo exterior, bem como oe delentoe ce rst pectivos pater. Pandagio Geto Varysn, com projet coordenato pala porgaizadors Dra. Ana Cristina Braga bares 14. Be acondo com os dads do BID, as remessas pars o Bras aumnen laram sinifieaivanente, somado 2.6 bliss, em 2001: 4.5 bilboes, fem 2002: ¢ 52 bhdes om 2003. 1S. © registro comalar de Ministrio de Rela Exteriors apo, pris 2005; 1, calito de braslleivs vivendo no exterior, No east, B'propro Minsteto ebezou a usa extimaiva de 23 mlboes de em frantes considerendo esatiatiea elaboradst pelos pases que acolo Sr braloeos edadoc alerts & movimunlaydo conslur dos brst {eis legis. Quanto as eutimarivas das remarses0 Barco Go Beni fegitou e cava de 29 bilkice eo restate tio qUantiastszida pe Soulmonte ao pas ou enviadss por aig. 16. Veins um levantmento sobre a arbi doe Miistros, bem como bre ae tnformacsos por eles oda e' epulamentach jr 2 que informa essa stuagae em Booninger © Leones (2001) 17, Seminério 10 ~ Poias Piblicas, Farum Social dat Migrasies (Porta Alegre, 23 425 de janeiro de 2005). REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ASSIS. G.de.O: SASAKI. EM. Os novos migrants do e para @ [Brasil um belango da predugaobibliogrtiea. fa: CNPD.Migrarses interacionats = Coneibuiges para poltias. rasta, DF: 2001 p.615-669., BAERINGER, R; LEONCY, C. Perfil ds etrngeiros no Brasil segundo autriagoes de trabalho (Miniseio do Trabalho © Emprego) crease de estsadas © saldas ca Policia Federal. In: ‘CPD: Migrapder buernactonets ~ Contribaigbes pars pliicae. Brasii, DEY 20D1,p. 187242, BARRETO, LLETF, Consideaeies sobre a imigracio no Bri Contemporineo. In: ENPD. iigraedes nternacionas ~ Cone bes para policas, Brasilia, DF: 2001. p. 63:72, BENKO, G.; LIPETZ, A. Ar Resides Ganhadora, Por Bs, 1998, ‘CAPARDO. R. 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